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1. INTRODUÇÃO
O Princípio da Tolerância
“Proclama que os homens são livres e iguais em direitos (...) e que a Tolerância constitui
o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a
dignidade de cada um.”
2. TOLERÂNCIA
Definição:
Está claro aqui que tolerar não é amar; tampouco apreciar. Tolera-se aquilo que não se
gosta, no mínimo que soa estranho, mas que somos obrigados a aceitar, e na melhor das
hipóteses, compreender para evitar o conflito e a violência. É um valor necessário e muito
importante, mas atualmente insuficiente. Suficiente seria caso a nossa vida ética se limitasse
ao cumprimento dos deveres, ao respeito pelos contratos, e ao respeito pela regra de ouro da
vida em sociedade: “Não fazei ao outro o que não queres a ti.”
É sabido que outras Lojas têm eliminado de seus quadros integrantes perniciosos ao
meio. Mas não somos uma casa de correição! A exclusão de Irmãos deve ser uma exceção de
Górdio, e não um ato à revelia da normalidade. O normal é a virtude no ato da seleção dos
novos Irmãos. A Tolerância neste momento é que deve ser equilibrada, porém precisa, pois ser
tolerante não significa aceitar tudo, mas antes disso, aceitar aquilo que acreditamos estar “justo
e perfeito”. Nossa Casa tem regras, a natureza tem regras, a sociedade tem regras…por que a
Tolerância não as teria?
3. CONCLUSÃO
Penso que o limite da Tolerância não deve ter seara sem fim. O adágio popular do “8 ou
80” é prefácio que justifica os extremos, o radicalismo. A virtude é o equilíbrio. O caminho da
Tolerância virtuosa e com limites é o justo e perfeito, o saudável a qualquer instituição, em
especial a nossa, que coincidentemente tem sido atacada pelas mídias esquerdistas no atual
momento político brasileiro. A Tolerância nos permite ser tolerantes ao ponto de questionar
seus próprios limites. Se assim não o fosse, teríamos que aceitar os extremismos da cultura
islâmica (casamento com meninas-crianças, censura total, mulheres tratadas como mercadoria, e o
pior, terrorismo). Teríamos que aceitar o comunismo, as ditaduras, a Guerra na Ucrânia!
Em minha propriedade eu tenho um pé de limão, desses cor de laranja, comuns na
Região Sul. Observo como ele é tolerante ao nosso clima. Enquanto todas as outras árvores
frutíferas são férteis apenas uma vez ao ano, esse tipo de limão não para nunca de produzir,
apesar do rigoroso inverno, das chuvas intensas, da seca, do rigor do verão…ele é tolerante a
tudo, e segue dando tudo de si para cumprir aquilo ao que foi destinado: produzir limões, e por
sua vez, descendentes.
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Assim, devemos ser tolerantes como esse pé de limão, porém sempre com virtudes,
pois a tolerância não deve ser justificativa para a cegueira perniciosa, incauta ou relapsa. Em
nossa vida, assim como em nossa Instituição, qualidade deve sempre ser prioridade em
detrimento de quantidade, se esta for prejudicial ao nosso meio.
Mas como ser tolerantes quando percebemos que nosso Irmão está claramente
equivocado em sua percepção presente ou futura? Deixo aqui esse enigma moral.
REFERÊNCIAS
1. D’ELIA Jr, R. Maçonaria: 100 Instruções de Aprendiz. 1ª ed. São Paulo: Madras, 2008.