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1. INTRODUÇÃO
Templo (do latim templum, "local sagrado") é uma estrutura arquitetônica dedicada ao
serviço religioso, como culto. No sentido figurado, é o reflexo do mundo divino, a habitação de
Deus sobre a terra, o lugar da Presença Real. É o resumo do macrocosmo e também a
imagem do microcosmo: “O corpo é o templo do Espírito Santo” (I, Coríntios - 6, 19).
Todos os templos autênticos envolvem um simbolismo cósmico. Podemos citar, como
exemplo, o templo edificado por Salomão a Jeová. Ele representava o cosmo e cada objeto ali
existente obedecia a uma ordem. O candelabro de 7 braços simbolizando os 7 planetas do
Sistema Solar conhecidos pelo homem na data de sua construção (na época a Lua era
considerada um planeta e os planetas Urano e Netuno não haviam sido descobertos pelo
homem). A Mesa, a ação de graças por tudo que se realizou na ordem terrestre. Sobre a mesa,
12 pães simbolizando os meses do ano. A pedra fundamental do templo sendo o centro do
mundo, ponto onde se comunicam o terrestre e o celeste.
40 m de comprimento
13 m de largura
20 m de altura
Área total de 520 m²
A seguir encontrava-se o menor espaço, que denominavam “Santo dos Santos”, e tinha
a forma de um retângulo com comprimento de 13 m desde o fundo do Templo, e a mesma
largura deste, onde eram instalados:
A Arca da Aliança
A Urna do Maná
O Bastão de Aarão…tudo lembrando a Estada no Egito e o Êxodo.
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O acesso ao Santo, isto é, ao Templo propriamente dito, era feito através de um grande
Pórtico, com 6,5 m de profundidade e muita altura. Esse Portal era flanqueado por Duas
Colunas de Bronze, elaboradas com maestria sob a coordenação do exímio entalhador,
fundidor e transformador de metais Hiram Abif, magistral artífice fenício a serviço de Hiram, Rei
de Tiro (Fenícia), que muito auxiliou o Rei Salomão na construção de seu Templo. Ambas as
Colunas, que eram ocas, tinham:
15,30 m de altura
12 m de fuste
3,30 m de capitel
8 m de perímetro
0,08 m de espessura da parede
Assim, a frase completa seria uma dedicação ao Templo, isto é, uma oração
propiciatória:
"Ele (Deus) estabeleceu o Templo com força (solidamente)",
Ou, como querem alguns autores, em alusão ao Hebreu como o povo escolhido por
Deus:
"Deus estabelecerá, solidamente, o reino de David na Terra".
À frente do Santo, e portanto das Colunas, havia uma grande escadaria, que levava a
um plano inferior, descoberto, onde se encontravam:
Folhas de Palma
Cadeias de Festões
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Todos esses ornamentos em Bronze cobertos por uma rede do mesmo material.
Um pouco abaixo dos capitéis, envolvendo todo o fuste das colunas, existiam três fileiras
de Lírios, sendo:
NASCIMENTO
EXISTÊNCIA
MORTE.
O Templo era orientado de Leste para Oeste, daí o porquê das Lojas Maçônicas serem
orientadas do Oriente para o Ocidente. As Lojas são sustentadas por Três Colunas
denominadas Sabedoria, Força e Beleza, a saber:
O Teto das Lojas representa a Abóbada Celeste com suas variadas nuances de cores,
sendo que o caminho para a Abóbada (ou Céu Infinito) é representado pela Escada existente
no Painel da Loja, conhecida por Escada de Jacó, denominação que a Maçonaria conserva
como guardiã das antigas tradições. A Escada com seus muitos degraus, demonstra que cada
um representa uma das Virtudes exigidas ao integrante da Ordem, na busca incessante da
própria Perfeição Moral. Na base, no centro e no topo do Painel, destacam-se três símbolos
por demais conhecidos no Mundo Profano, traduzidos por Fé, Esperança e Caridade, virtudes
morais que devem sempre ornamentar o espírito e o Coração dos seres humanos, e
principalmente do Maçom que jamais deve se furtar em ter:
Fé no G∴A∴D∴U∴,
Esperança na Moral, e
Caridade aos semelhantes.
O interior da Loja contém ornamentos, paramentos e joias, sendo que esses ornamentos
são:
Pavimento Mosaico
Estrela Flamígera
Orla Dentada
O Pavimento Mosaico, com seus quadrados brancos e pretos, mostra que apesar da
diversidade das coisas da Natureza, em tudo reside a harmonia, sendo extremamente útil para
nunca ser considerada a diversidade de cores e raças e o antagonismo das religiões.
A Estrela Flamígera ou Flamejante, representa a Principal Luz da Loja, simbolizando o
Sol, Glória do Criador, exemplo da maior Virtude a preencher o coração do Maçom: a
Caridade.
A Orla Dentada mostra o Princípio da Atração Universal do Amor, com seus múltiplos
dentes representando os Planetas gravitando em torno do Sol, e também significando, por seus
ensinamentos e conceitos de Moral transmitidos, por exemplo: o povo reunido em torno do
chefe, os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos em Loja!
O Livro da Lei representa o Código Moral que deve ser seguido e respeitado, a Filosofia
a ser adotada, e principalmente a Fé que governa e anima o ser.
O Compasso e o Esquadro, quando unidos na Loja, representam toda a amplitude da
medida justa e perfeita, demonstrando que jamais se deveria afastar da Justiça e da Retidão, e
por isso, devem reger todos os Atos do verdadeiro Maçom.
As Joias da Loja são compostas por três Móveis e três Fixas. As Jóias Móveis são o
Esquadro, o Nível e o Prumo, assim denominadas, pois serão transferidas periodicamente com
a passagem à Nova Administração eleita.
As Jóias Fixas são a Prancheta, a Pedra Bruta e a Pedra Polida, assim chamadas
porque permanecem imóveis na Loja como um Código de Moral.
3. CONCLUSÃO
Precedendo o Templo deve haver um compartimento chamado Átrio (ou vestíbulo), que
dá acesso a outro compartimento chamado Sala dos Passos Perdidos. Deve haver ainda a
Câmara das Reflexões em local discreto. Ou seja, é tudo preciso e obedece a um padrão
normatizado.
Do ponto de vista histórico, podem existir controvérsias com relação a dados, nomes,
localização, etc. Mas o ponto mais difuso é o filosófico, que apresenta inúmeras interpretações
dos significados contidos na arquitetura existente e expressada em todo o Templo.
Historiadores, religiosos, pesquisadores, judeus, cristãos e árabes, todos têm suas versões
para a interpretação simbólica do Templo e sua magnitude, que em nada desmerece seu valor,
pois cada uma delas sempre apresenta um fim semelhante, que é a busca da perfeição
humana no sentido de cada vez mais sermos iguais (próximos) ao GADU, ou se não sermos
iguais, estarmos próximos Dele, o que nos leva a concluir que a busca é a mesma, não
importando o caminho ou a compreensão que cada um dá, mas sim em alcançar a plenitude
dos laços Maçônicos que nos unem, ou seja, a Solidariedade.
REFERÊNCIAS
1. D’ELIA Jr, R. Maçonaria: 100 Instruções de Aprendiz. 1ª ed. São Paulo: Madras, 2008.
2. <http://pt.wikipedia.org>.