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O Deus Cornífero

O Deus Cornífero possui inúmeros nomes. Ele é chamado de Consorte da Deusa, Doador de
Vida, Senhor da Morte e Ressurreição, Deus das Sementes, Flores e Frutas, Antigo Deus da
Fertilidade, o Senhor da Dança.
Ele é conhecido por Cernunnos, Herne, Pan, Osíris, e outros incontáveis nomes.
O Deus é adorado sob muitas formas e nomes, mas o aspecto predominante venerado por
nossos antepassados foi o Deus Cornífero. O homem do período Paleolítico de 12 mil anos atrás
retratou inúmeras vezes nas paredes das cavernas o Deus Cornífero da Caça, um ser meio
homem meio animal.
O Deus Cornífero teve uma força dominante, mesmo depois do aparecimento de novos
Deuses. Esse poderoso arquétipo continuou existindo durante 10 mil anos, depois de aparecer
primeiramente em pinturas rupestres nas paredes das cavernas.
Chifres sempre foram sinais de algo Divino. Na Babilônia, o grau de importância dos Deuses era
identificado pelo número de chifres atribuídos a Ele. Um exemplo principal é Ishtar, uma antiga
Deusa, detentora de sete chifres.
(...).
O Deus Cornífero simboliza a força masculina da Natureza. Ele é a "contraparte" da Deusa. O
Deus pode ser representado pelo Sol. Desde tempos imemoráveis, as mudanças das estações
foram percebidas como padrões diferentes de calor do Sol.
O Deus Cornífero pode ser representado por um homem com cabeça de humano e pernas e
chifres de cabra ou cervo. Nos tempos antigos Ele era invocado antes de o homem sair para
caçar, para abençoar o caçador com sucesso e fartura. O Deus Cornífero  é o Caçador e a
caça. Ele é o Senhor da Luz, mas também da Escuridão da noite, das Sombras, das profundidades
da floresta, das profundezas do submundo.
Ele era reverenciado e invocado antes das sementes serem plantadas e novamente quando eram
colhidas. Ele se mostra na terra vivente, na grama, nas árvores e na vinha. Esse aspecto é o
Deus da Morte, que é enterrado como semente e que ressurge novamente verde e jovem na
Primavera, renascido do Útero da Grande Mãe. Ele se mostra também nas colinas estéreis e
frias, nos ventos indomáveis e nas planícies de Inverno.
O Deus Cornudo é o espírito de vegetação, das coisas verdes e crescentes, da floresta e do
campo. Dionísio, Adônis e muitos outros Deuses da vegetação e colheita eram
freqüentemente descritos como cornudos e eventualmente usavam chifres de touro, cabra,
carneiro ou veado.
Um altar para Cernunnos foi descoberto debaixo do que é agora a Catedral de Notre-Dame, em
Paris, França. Herne, o Caçador, também é usado freqüentemente para designar o Deus.
Muitas variações dos nomes do Deus aparecem como nomes de alguns lugares na Inglaterra.
Cerne Abbas, na Inglaterra meridional, é um exemplo.
(...).
Consideremos os muitos modos nos quais o Deus Cornudo sobreviveu. O folclore o retratou
como Robin Goodfellow e Puck. Puck é o personagem principal em Sonho de uma Noite de
Verão, peça na qual Shakespeare desenvolveu em um dia de Sabá (Solstício de Verão - Litha) a
trama da história. O Homem Verde (Green Man) ainda é venerado em celebrações e é um
símbolo comum achado nas paredes das tavernas na Inglaterra.
O corpo dele é de um homem, mas os seus pés são patas, e os chifres capturam os poderes dos
céus, do Sol e das estrelas. Ele é Deus do constante renovar, do movimento eterno, e é
considerado a própria força crescente de vida. O Deus Cornífero é o caçador, o guerreiro, o
gerador, o Rei da terra, e representa ao mesmo tempo as mudanças e verdades.
É o Deus visto com características duais. Ele é o Deus do Verão e do Inverno. Ele é o Rei do Sol,
o Rei do Milho e o Homem Verde, honrado no Verão. Ele é o Senhor do Submundo, o Caçador,
o Pastor e o Curandeiro, na sua face do Inverno. Ele é o Sol renascido no Solstício de Inverno que
traz vida e alegria, mas também o Senhor da Luz e da Morte.

O DEUS CORNÍFERO:

O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de


barba com casco e chifres de bode. Ele é o guardião das entradas e do circulo mágico que é
traçado para o ritual começar. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das
matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa
própria existência.
Ele nasce da Deusa, como seu complemento e carrega os atributos da fertilidade, alegria,
coragem e otimismo. Ele é a força do Sol e da mesma forma, nasce e morre todos os dias,
ensinando aos homens os segredos da morte e da renascimento.
Segundo os Mitos pagãos o Deus nasceu da Deusa, cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem
amor a Deusa engravida e quando chega o inverno o Deus Cornífero morre e renasce quando a
Deusa dá a luz. Este Mito contém em si os próprios ciclos da natureza onde no Verão o Deus é
tido como forte e vigoroso, no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce novamente na
primavera.
Para a maioria pode aparentar meio incestuoso, quando se afirma que o Cornífero seja filho e
consorte da Deusa, mas isto era extremamente comum aos povos primitivos onde os indivíduos
se casavam entre os próprios familiares para conservar a pureza da raça. Além disso, simbolismo
do Mito deve ser observado, pois todas as coisas vieram do ventre da Grande Mãe inclusive o
próprio Deus e por isso para Ela Ele deve voltar.
O culto aos Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi
considerado o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com chifres, pois os chifres sempre
representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos. Além disso, a
Bruxaria surgiu entre os povos da Europa, onde os cervos se procriam com extremada
abundância, por isso eram freqüentemente caçados, pois eram uma das principais fontes de
alimentação.
Com o crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar Bruxaria, a figura
atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade resgatar o status
deste importante Deus torna-se bastante difícil.
O Deus Cornífero representa a luz e a escuridão, a imortalidade e a morte, a interrupção a
continuidade. Cernunos, como também é chamado, simboliza a força da vida e da morte. É o
amante e filho da Deusa, o senhor dos cães selvagens e dos animais. É ele que desperta-nos para
a vida depois da morte. Representa o Sol, eternamente em busca da Lua. Seus chifres na
realidade representam as meias-luas, a honraria e a vitalidade e não uma ligação com o Diabo.
Ainda hoje existe muito confusão a cerca da Bruxaria e isto se deve a Igreja Medieval que
transformou os Bruxos antigos em Feiticeiros do Demônio, por conveniência.
O culto à Deusa Mãe e aos Deus Cornífero é pré-cristão, surgiu milênios antes do catolicismo e do
conceito de Demônio, o qual jamais foi adorado, invocado, cultuado e reverenciado nas práticas
pagãs ou como deidade da Bruxaria.
A Arte Wiccaniana remonta os homens das cavernas e para entendermos o porque uma divindade
com chifres foi reverenciada pelos Bruxos de antigamente e é reverenciada até hoje pelos Bruxos
modernos temos que pensar como nossos antepassados.
Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os
chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais
portadores dos mesmos. Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com
chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía.
Quando o homem saia em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal
capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele
vencera os obstáculos. Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o “Rei”. O capacete com chifres
acabou por se tornar em uma coroa real estilizada.
Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron foram representados
com chifres. Até mesmo Moisés foi homenageado com chifres pelos seus
seguidores, em sinal de respeito aos seus feitos e favores divinos.
Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos
antigos. Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram
considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos
associaram e ainda associam-nos.
O Deus Cornífero é então o mais alto símbolo de realeza, prosperidade,
divindade, luz sabedoria e fartura. É o poder que fertiliza todas as coisas
existentes na terra.
A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos as forças vitais do
Universo.

Princípio Masculino o Deus Cornífero

Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina,
nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem,
pensamento lógico, fertilidade, Saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe todo o
dia, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento.

Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa
Virgem, eles fazem Amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce
novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra
os ciclos da nossa própria vida.
Para alguns, pode parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é
preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas
vieram, e, para ele, tudo retornará. E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de
todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda
a Humanidade. O sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente
entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses.
O Deus Cornífero é a deidade fálica da fertilidade e da criatividade intelectual. Simbolizado
pelo sol, geralmente é representado como um homem barbado com cascos e chifres de um bode,
é o Deus da Natureza e a contraparte masculina da imagem da Deusa e seu consorte. Na
época primitiva era conhecido como o Deus Chifrudo da Caça. Hoje também é conhecido por
vários nomes diferentes. Em algumas tradições Ele é chamado de Cernunnos, que é o nome
latino para "o Chifrudo". Em outras, é conhecido como Pã, Dionísio, Woden entre outros
nomes. Ele é suave, carinhoso e encorajador, mas também é o caçador.
Ele é o Deus Moribundo, mas a sua morte está sempre a serviço da força vital. Ele é
sexualidade indomada, mas sexualidade como um poder profundo, sagrado e unificador. Ele é o
poder do sentimento e a imagem do que os homens poderiam ser, se estivessem libertos da
cultura patriarcal. O Deus Cornífero tem sido adorado desde os tempos antigos em quase todas
as culturas; entretanto sua imagem foi deliberadamente pervertida pela Igreja medieval para a
imagem do diabo cristão. O Deus das Bruxas é sexual, mas a sexualidade é percebida como
sagrada, não como obscena ou blasfema. Nosso Deus possui chifres, mas estes são meias-luas
que crescem e minguam da Deusa da Lua e o símbolo da vitalidade animal.
Seus chifres representam a verdade da emoção não mascarada, a qual não busca agradar
nenhum senhor. Em alguns aspectos ele é negro porque a escuridão e a noite são períodos de
poder e parte dos ciclos temporais. O Deus Cornífero nasce de uma mãe virgem. Ele não tem
pai, é o seu próprio pai. À medida que cresce e atravessa as mudanças da Roda, permanece
relacionado à força nutriente primordial. Seu poder é extraído diretamente da Deusa; ele é parte
dela.
A imagem do Deus Galhudo em Feitiçaria é radicalmente diferente de qualquer outra imagem
de masculinidade em nossa cultura. Pois não se encaixa em nenhum dos esteriótipos esperados.
Ele é suave, carinhoso e encorajador, mas também é o Caçador. Ele é o deus Moribundo, mas a
sua morte está sempre a serviço da força vital. Ele é a sexualidade indomada, mas sexualidade
como um poder profundo, sagrado e unificador. Ele é o poder do sentimento e a imagem do que
os homens poderiam  ser, se estivessem libertos das correntes da cultura patriarcal.
A imagem do deus Galhudo foi deliberadamente pervertida pela igreja medieval para a imagem
do diabo cristão. As bruxas não acreditam ou cultuam o diabo - elas o consideram como um
conceito próprio do cristianismo.
Nosso Deus possui chifres, mas estes são as meias-luas que crescem e minguam da Deusa da
Lua é o símbolo da vitalidade animal. Em alguns aspectos, ele é negro, não por ser horrendo ou
assustador, mas porque a escuridão e a noite são períodos de poder e parte dos ciclos temporais.
Na Arte os mistérios femininos e os mistérios masculinos podem ser desempenhados
separadamente. Mas na maioria das tradições de bruxas, o Deus é visto como a outra metade da
Deusa e muitos dos ritos e festividades são dedicados a ele e a ela.
O Deus Galhudo representa qualidades masculinas poderosas e positivas que derivam de fontes
mais profundas que estereótipos e o aleijamento emocional e violento dos homens em nossa
sociedade.
O Deus, todavia, nasce de uma mãe virgem. Ele não tem pai; é o seu próprio pai.
O Deus incorpora o poder do sentimento. Seus chifres animais representam a verdade da
emoção não mascarada. Ele permanece dentro da órbita da Deusa; seu poder está sempre a
serviço de vida.
 O Deus das Bruxas é o Deus do amor. Esse amor inclui a sexualidade, que também é
selvagem e indomada, assim como suave e carinhosa.
Na Arte, o corpo masculino, como o corpo feminino, é tido como sagrado, que não deve ser
violado.
O culto à Deusa e ao Deus Cornífero simboliza a crença de que tudo que existe no universo
está dividido em dois opostos: feminino e masculino, negativo e positivo, luz e trevas, vida e
morte e isso significa o equilíbrio da Natureza. Em todas as tradições wiccanas os Deuses são
reverenciados durante os oito sabás do ano, que nada mais são do que belas cerimônias
religiosas derivadas dos antigos festivais que celebravam, originalmente, a mudança das estações
do ano. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o Sabá dos Bruxos, não constituem uma
ocasião em que as Bruxas se reúnem para realizar orgias, lançar encantamentos ou preparar
poções misteriosas.

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