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DIVINDADES DAS ÁGUAS

26 de abril - Deusas ligadas a Água


Hoje são celebradas diversas deusas ligadas ao elemento água...E alguns elementais da água, assim que
proponho que ativemos nossa aquosidade, nossa emotividade, nossa sentimentalidade, de forma construtiva,
fertilizando espaços áridos em nossas vidas, amortecendo emoções rígidas, mergulhando no ventre primordial
das deusas, quem sabe identificando-nos com alguma dessas mães-da-água sagradas...

Refrescar a vida, a nossa essência e aos demais.

Permitir que bebamos da fonte inesgotável das emoções bem gerenciadas e por que não para aqueles que
tendem a gerir essas emoções com dureza, encará-las com suavidade e conforto!

Qual minha dica?

Banhos de ervas, mágicos, revigorantes...

Banhos de mar, cachoeiras, rios.

Água, muita água!

Oferendas e agradecimentos por termos à sorte de sentir, de sermos mais sensíveis do que nunca!

Mas uma sensibilidade positiva, sem “frescuras”, mas simplesmente refrescados no âmago!

Bênçãos da Deusa,

Autoria: Luciana

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Divindades do Mar e das Águas

O Oceano
Para os antigos o Oceano primitivamente é um rio imenso que envolve o mundo terrestre. Na Mitologia é o
primeiro deus das águas, filho de Urano, o Céu e de Gaia, a Terra; é o pai de todos os seres. Homero diz que os
deuses eram originários do Oceano e de Tétis. Conta o mesmo poeta que os deuses iam muitas vezes à Etiópia
visitar o Oceano e tomar parte nas festas e sacrifícios que ali se celebravam. Conta-se enfim que Juno, desde o
seu nascimento, foi por sua mãe Réia confiada aos cuidados de Oceano e de Tétis, para livrá-la da cruel
voracidade de Saturno.

O Oceano é, pois, tão antigo como o mundo. Por isso representam-no sob a forma de um velho, sentado sobre
as ondas, com uma lança na mão e um monstro marinho ao seu lado. Esse velho segura uma urna e despeja
água, símbolo do mar, dos rios e das fontes.
Como sacrifício ofereciam-lhe geralmente grandes vítimas, e antes das expedições difíceis, faziam-se lhe
libações. Era não somente venerado pelos homens, mas também pelos deuses. Nas Geórgicas de Virgílio, a ninfa
Cirene, ao palácio do Peneu, na fonte desse rio, oferece um sacrifício ao Oceano; três vezes seguidas, ela deita o
vinho sobre o fogo do altar, e três vezes a chama ressalta até a abóbada do palácio, presságio tranquilizador
para a ninfa e seu filho Aristeu.

Tetis e as Oceânidas
Tetis, filha do Céu e da Terra, casou com o Oceano, seu irmão, e foi mãe de três mil ninfas chamadas Oceânidas.
Dão-lhe ainda como filhos, não somente os rios e as fontes, mas também Proteu, Etra, mãe de Atlas, Persa, mãe
de Circeu, etc. Conta-se que Júpiter, tendo sido amarrado e preso pelos outros deuses, Tetis pô-lo em liberdade,
com auxílio do gigante Egeon.

Ela se chamava Tetis, palavra que em grego significa "ama, nutriz", sem dúvida porque é a deusa da água,
matéria-prima que, segundo uma crença antiga, entra na formação de todos os corpos.

O carro dessa deusa é uma concha de maravilhosa forma e de uma brancura de marfim nacarado. Quando
percorre o seu império, esse carro, tirado por cavalos-marinhos mais brancos do que a neve, parece voar, à
superfície das águas. Ao redor dela, os delfins, brincando, saltam no mar; Tetis é acompanhada pelos Tritões
que tocam trombeta com as suas conchas recurvas, e pelas Oceânidas coroadas de flores, e cuja cabeleira
esvoaça pelas espáduas, ao capricho dos ventos.

Tetis, deusa do mar, esposa de Oceano, não deve ser confundida com Tetis, filha de Nereu e mãe de Aquiles.

Netuno (Poseidon)
Netuno ou Poseidon, filho de Saturno e de Réia, era irmão de Júpiter e de Plutão. Logo que nasceu, Réia o
escondeu em um aprisco da Arcádia, e fez Saturno acreditar ter ela dado à luz a um potro que lhe deu para
devorar. Na partilha que os três irmãos fizeram do Universo ele teve por quinhão o mar, as ilhas, e todas as
ribeiras.

Quando Júpiter, seu irmão, a quem sempre serviu com toda a fidelidade, venceu os Titãs, seus terríveis
competidores, Netuno encarcerou-os no Inferno, impedindo-os de tentar novas empresas. Ele os mantém por
trás do recinto inexpugnável formado por suas ondas e rochedos.

Netuno governa o seu império com uma calma imperturbável. Do fundo do mar em que está sua tranquila
morada, sabe tudo quanto se passa na superfície das ondas. Se por acaso os ventos impetuosos espalham
inconsideradamente as vagas sobre as praias, causando injustos naufrágios, Netuno aparece, e com a sua nobre
serenidade faz reentrar as águas no seu leito, abre canais através dos baixios, levanta com o tridente os navios
presos nos rochedos ou encalhados nos bancos de areia, - em uma palavra, restabelece toda a desordem das
tempestades.

Teve como mulher Anfitrite, filha de Doris e de Nereu. Essa ninfa recusara antes desposar Netuno, e se
escondeu para esquivar-se às suas perseguições. Mas um delfim, encarregado dos interesses de Netuno,
encontrou-a ao pé do monte Atlas, e persuadiu-a que devia aceitar o pedido do deus; como recompensa foi
colocada entre os astros. De Netuno ela teve um filho chamado Tritão, e muitas ninfas marinhas; diz também
que foi a mãe dos Ciclopes.

O ruído do mar, a sua profundidade misteriosa, o seu poder, a severidade de Netuno que abala o mundo,
quando com o tridente ergue os enormes rochedos, inspiram à humanidade um sentimento mais de receio do
que de simpatia e amor. O deus parecia dar por isso, todas as vezes que se apaixonava de uma divindade ou de
um simples mortal. Recorria então à metamorfose; mas mesmo assim, na maior parte das vezes, conservava o
seu caráter de força e impetuosidade.

Representam-no mudado em touro, nos seus amores com a filha de Éolo; sob a forma de rio Enipeu, quando
fazia Ifiomédia mãe de Ifialto e de Oto; sob a de um carneiro, para seduzir Bisaltis, como cavalo para enganar
Ceres, enfim, como um grande pássaro nos amores com Medusa, e como um delfim quando se apaixonou por
Melanto.

A sua famosa discórdia com Minerva, por causa da posse de Ática, é uma alegoria transparente em que os doze
grandes deuses, tomados como árbitros, indicam a Atenas os seus destinos. Esse deus teve ainda uma
desavença com Juno por causa de Micenas e com o Sol por causa de Corinto.

Quer a fábula de Netuno, expulso do céu com Apolo, por haver conspirado contra Júpiter, tenha construído as
muralhas de Tróia, e que defraudado no seu salário, se tenha vingado da perfídia de Laomedonte destruindo os
muros da cidade.

Netuno era um dos deuses mais venerados na Grécia e na Itália, onde possuía grande número de templos,
sobretudo nas vizinhanças do mar; tinha também as suas festas e os seus espetáculos solenes, sendo que os do
istmo de Corinto e os do Circo de Roma eram-lhe especialmente consagrados sob o nome de Hípio.
Independente das Saturnais, festas que se celebravam no mês de julho, os romanos consagravam a Netuno todo
o mês de fevereiro.

Perto do istmo de Corinto, Netuno e Anfitrite tinham as suas estátuas no mesmo templo, não longe uma da
outra; a de Netuno era de bronze e media doze pés e meio de altura. Na ilha de Tenos, uma das Ciclades, tinha
Anfitrite uma estátua colossal da altura de nove cúbitos. O deus do mar tinha sob a sua proteção os cavalos e os
navegantes. Além das vítimas ordinárias e das libações em sua honra, os arúspices ofereciam-lhe
particularmente o fel da vítima porque o amargor convinha às águas do mar.

Netuno é geralmente representado nu, com uma longa barba, e o tridente na mão, ora sentado, ora em pé
sobre as ondas; muitas vezes; em um carro tirado por dois ou quatro cavalos, comuns ou marinhos, cuja parte
inferior do corpo termina em cauda de peixe.

Proteu
Proteu, deus marinho, era filho de Oceano e de Tetis ou, segundo uma outra tradição, de Netuno e de Fênice.
Segundo os gregos, a sua pátria é Palene, cidade da Macedônia. Dois dos seus filhos, Tmolos e Telégono, eram
gigantes, monstros de crueldade. Não tendo podido chamá-los ao sentimento da humanidade, tomou o partido
de retirar-se para o Egito, com o socorro de Netuno, que lhe abriu uma passagem sob o mar. Também teve
filhas, entre as quais as ninfas Eidotéia, que apareceu a Menelau, quando voltando de Tróia esse herói foi levado
por ventos contrários sobre a costa do Egito, e lhe ensinou o que devia fazer para saber de Proteu os meios de
regressar à pátria.

Proteu guardava os rebanhos de Netuno, isto é, grandes peixes e focas. Para o recompensar dos trabalhos que
com isso tinha. Netuno deu-lhe o conhecimento do passado, do presente e do futuro. Mas não era fácil abordá-
lo, e ele se recusava a todos que vinham consultá-lo.

Eidotéia disse a Menelau que, para decidi-lo a falar, era preciso surpreendê-lo durante o sono, e amarrá-lo de
maneira que não pudesse escapar, pois ele tomava todas as formas para espantar os que se aproximavam: a de
leão, dragão, leopardo, javali; algumas vezes se metamorfoseava em árvore, em água e mesmo em fogo; mas se
se perseverava em conservá-lo bem ligado, retomava a primitiva forma e respondia a todas as perguntas que se
lhe fizessem.

Menelau seguiu ponto por ponto as instruções da ninfa. Com três dos seus companheiros, entrou de manhã, nas
grutas em que Proteu costumava ir ao meio-dia descansar, juntamente com os rebanhos. Apenas Proteu fechou
os olhos e tomou uma posição cômoda para dormir. Menelau e os seus três companheiros se atiraram sobre ele
e o apertaram fortemente entre os braços. Era inútil metamorfosear-se: a cada forma que tomava, apertavam-
no com mais força. Quando enfim esgotou todas as suas astúcias Proteu voltou à forma ordinária, e deu a
Menelau os esclarecimentos que este pedia.

No quarto livro das Geórgicas, Virgílio, imitando Homero, conta que o pastor Aristeu, depois de haver perdido
todas as suas abelhas, foi a conselho de Cirene, sua mãe, consultar Proteu sobre os meios de reparar os
enxames, e para lhe falar, recorreu aos mesmos artifícios.

As Sereias
Quando, por uma noite calma de primavera ou de outono, o marinheiro deixa vogar docemente o barco perto
das margens, nas paragens semeadas de rochedos ou de escolhos, ouve ao longe, no marulho das ondas, o
gorjeio das aves marinhas. Esse gorjeio, entrecortado, às vezes, por gritos estridentes e zombeteiros, sobe aos
ares e passa invisível com um estranho síbilo de asas, por cima da cabeça do marinheiro atento, dando-lhe a
ilusão de um concerto de vozes humanas. A sua imaginação então lhe representa grupos de mulheres ou de
raparigas que se divertem e procuram desviá-lo do seu caminho. Desgraçado dele se se aproxima do lugar em
que a voz parece mais clara, isto é, dos rochedos à flor d'água onde, para as aves marinhas, a pesca é frutuosa;
infalivelmente o seu barco se quebrará e se perderá entre os escolhos.

Tal é, sem dúvida, a origem da fábula das Sereias; mas a imaginação dos poetas criou-lhes uma lenda
maravilhosa.

Elas eram filhas do rio Aqueló e da musa Calíope. Ordinariamente contam-se três: Parténope, Leucósia e Lígea,
nomes gregos que evocam as ideias de candura, de brancura e de harmonia. Outros dão-lhes os nomes de
Aglaufone, Telxieme e Pisinoe, denominações que exprimem a doçura da sua voz e o encanto das suas palavras.

Conta-se que no tempo do rapto de Prosérpina, as Sereias foram à terra de Apolo, isto é, a Sicília, e que Ceres,
para puni-las por não haverem socorrido a sua filha, mudou-as em aves.

Ovídio, ao contrário, diz que as Sereias, desoladas com o rapto de Prosérpina, pediram aos deuses que lhes
dessem asas para que fossem procurar a sua jovem companheira por toda a terra. Habitavam rochedos
escarpados sobre as margens do mar, entre a ilha de Capri e a costa de Itália.
O oráculo predissera às Sereias que elas viveriam tanto tempo quanto pudessem deter os navegantes à sua
passagem; mas desde que um só passasse sem para sempre ficar preso ao encanto das suas vozes e das suas
palavras, elas morreriam. Por isso essas feiticeiras, sempre em vigília, não deixavam de deter pela sua harmonia
todos os que chegavam perto delas e que cometiam a imprudência de escutar os seus cantos. Elas tão bem os
encantavam e os seduziam que eles não pensavam mais no seu país, na sua família, em si mesmos; esqueciam
de beber e de comer, e morriam por falta de alimento. A costa vizinha estava toda branca dos ossos daqueles
que assim haviam perecido.

Entretanto, quando os Argonautas passaram nas suas paragens, elas fizeram vãos esforços para atraí-los. Orfeu,
que estava embarcado no navio, tomou a sua lira e as encantou a tal ponto que elas emudeceram e atiraram os
instrumentos ao mar.

Ulisses, obrigado a passar com o seu navio adiante das Sereias, mas advertido por Circe, tapou com cera as
orelhas de todos os seus companheiros, e se fez amarrar, de pés e mãos, a um mastro. Além disso, proibiu que o
desligassem se, por acaso, ouvindo a voz da Sereias, ele exprimisse o desejo de parar. Não foram inúteis essas
precauções. Ulisses, mal ouviu as suas doces palavras e as suas promessas sedutoras, apesar do aviso que
recebera e da certeza de morrer, deu ordem aos companheiros que o soltassem, o que felizmente eles não
fizeram. As Sereias, não tendo podido deter Ulisses, precipitaram-se no mar, e as pequenas ilhas rochosas que
habitavam, defronte do promontório da Lucárnia foram chamadas Sirenusas.

As Sereias são representadas ora com cabeça de mulher e corpo de pássaro, ora com todo o busto feminino e a
forma de ave, da cintura até os pés. Nas mãos têm instrumentos: uma empunha uma lira, outra duas flautas, e a
terceira gaitas campestres ou um rolo de música, como para cantar. Também as pintam com um espelho. Não
há nem um autor antigo que nos tenha representado as Sereias como mulheres-peixe. Como muita gente
atualmente as representam.

Pausânias conta ainda uma fábula sobre as Sereias:

"As filhas de Aqueló, diz ele, encorajadas por Juno, pretenderam a glória de cantar melhor do que as Musas, e
ousaram fazer-lhes um desafio, mas as Musas, tendo-as vencido, arrancaram-lhes as penas das asas, e com elas
fizeram coroas."

Com efeito, existem antigos monumentos que representam as Musas com uma pena na cabeça. Apesar de
temíveis ou perigosas, as Sereias não deixaram de participar das honras divinas; tinham um templo perto de
Sorrento.

Pedido de Socorro dos Deuses das Águas!!!

Sou água que nasce na fonte viva

E nos rios agonizo.

Você que me mata, me aprecia me descarta

Sujas-me e me lambuzas
E lamenta sua sorte, bem depois da minha morte.

Sou água da vida,

Tudo sem mim é questão de morte.

Morte da fauna, morte da flora

Morte dos sonhos, do ouro da fama,

Tudo jogado na lama

Pela ganância dos fortes.

tudo sem mim é NADA

E nada investem em mim.

Represam-me em hidrelétricas

Mudando meu caminho... meu destino,

Lembram de mim na sede

Não se importando com os excrementos de esgotos

Que derramam sobre mim.

Sou água, sou vida,

És inteligência e não entendo

Porque matas a mim!

Temos que fazer algo, não temos?

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