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Grande Loja Legal de Portugal / Grande Loja Regular de Portugal


R.˙. L.˙. José Bonifácio de Andrada e Silva – Nº 108 Oriente de Lisboa

C.˙.M.˙. Benjamin Franklin

O Painel do grau de Companheiro Maçom

Lisboa / PT
2023
Sumário
I. Introdução........................................................................................................................................................4
II. Origens históricas do Painel do grau de Companheiro....................................................................................4
III. Ritualística e significado simbólico do Painel do grau de Companheiro.........................................................4
IV. Os elementos do Painel de Companheiro.......................................................................................................5
V. Conclusão........................................................................................................................................................8
Bibliografia e Referências....................................................................................................................................9

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I. Introdução
Meu objetivo com este trabalho é de forma autêntica, trazer informações sobre o painel do grau de
companheiro maçom, após uma pesquisa, intepretação e assimilação. pretendo explorar aspectos históricos,
tais como a origem do painel, seu propósito e interpretações, sua utilização ritualística e a sua importância
tanto para a maçonaria como para o maçom.

II. Origens históricas do Painel do grau de Companheiro


Originalmente o rito Adonhiramita não usava painel no grau de companheiro, apenas colocava sobre o piso
mosaico as ferramentas. chamado de quadro, painel ou tapete da loja, como os maçons antigos não tinham
templo maçônico, o local de encontro era adaptado em salas por exemplo hotéis e bares, que eram alugadas e
decoradas, por vezes o painel do grau sendo desenhado no chão. posterior mente o painel foi feito também
como em tapete.

-Coleção dos painéis de Harris


A famosa coleção chamada do dos painéis de Harris né os painéis de Harris que são uma coleção de painéis
simbólicos maçônicos pintados por um artista chamado John Harris no final do século 18 então esses painéis
eles foram originalmente encomendados pelo grande oriente da França e depois eles foram adquiridos pela
grande loja de Massachussetts nos estados unidos e a coleção dos painéis de Harris ela consiste uma série de 33
painéis que representam cenas da história bíblica e maçônica bem como símbolos e alegorias da doutrina
maçônica cada painel desse é ricamente né e apresenta detalhes bastante minuciosos que revelam a habilidade
do artista do John Harris os painéis de Harris eles são considerados uma das mais belas coleções de painéis
simbólicos maçônicos e eles são altamente valorizados pelos maçons por sua beleza e significado simbólico e
eles são exibidos nas cópias desses painéis são exibidos em muitas lojas maçônicas ao redor do mundo e são
frequentemente usados né em rituais maçônicos.

III. Ritualística e significado simbólico do Painel do grau de Companheiro


Entende-se a representação gráfica colocada, na maior parte dos ritos maçónicos, no centro do templo, sobre o
pavimento de mosaico, voltado para o oriente. sendo o essencial para o trabalho maçonico, os painéis
simbólicos apresentam os símbolos fundamentais do grau a ser trabalhado. eles são a representação mais
fundamental e não podem faltar nas lojas. o desvelamento do painel indica, inclusive, a abertura da loja, que
acontece no rito Adonhiramita pelo metre de cerimónias.

IV. Os elementos do Painel de Companheiro


-Pavimento mosaico
O chão quadriculado, que alterna o preto e o branco, o escuro e o claro, representa as polaridades/dualidades
universais, yin-yang, noite-dia, fêmea-macho, lua-sol, Ocidente-Oriente, terra-céu. A realidade é composta por
tais alternâncias, por momentos luminosos e escuros, alegres e tristes, celestes e terrestres. São essas
alternâncias parte da harmonia universal.

-Orla dentada
Cerca o piso mosaico, contornado por una corda formada por uma série de nós - os laços da união e do amor.
Representa a cadeia de união. Simboliza também a dualidade e o equilíbrio, com um triangulo branco para
dentro e outro para for, e simboliza também a atração entre os maçons. Simboliza os pais entorno da familia,
que a protege. Pela imagem, os triângulos com mesmo tamanho, para dentro e para fora simbolizam os influxos
do externo para o interno e vice-versa, assim como equilíbrio.

-A corda
A corda de 81 nós, que no painel aparece com 7 nós, simbolizando a união indissolúvel entre os maçons. O
simbolismo da corda está ligado ao simbolismo da ascensão e da delimitação de um terreno. A corda oito
representa o infinito potencial.

-As borlas e os quatro pontos cardeais


Suas extremidades, desfiadas em borlas, é o emblema dos laços que unem todos os maçons para constituírem
uma única família sobre a terra. As Quatro Borlas, representando as 4 virtudes cardeais: a prudência, justiça,
fortaleza e a temperança. Os quatro pontos cardeais, além de auxiliar com a localização no templo também
remetem as 4 virtudes cardeais.
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-Escada com cinco degraus
Simboliza o caminho de acesso aos mistérios do grau de companheiro. O número 5 é a idade do companheiro, e
tem seus mistérios e associações como: Os cinco sentidos, as 5 ordens de arquitetura, 5 artes liberais.

-A pedra bruta
Representa o aprendi, este que é matéria prima, passiva, indiferenciada ou o caos e toda sua potencialidade, o
que pode vir a ser.

-As colunas menores e suas ordens de arquitetura


Podemos observar que o pavimento Mosaico, como o soalho do grande pórtico. Esse parece uma entrada para
algum lugar que guarda um segredo.

-As colunas B e J
As colunas vêm da origem da simbologia do pórtico templo do rei Salomão. Observa-se a ordem de arquitetura
coríntia, que simboliza a beleza. Está destacado em vermelho a coluna do Grau, a B. Note que as colunas estão
posicionadas em frente do sol e da lua, que também pode ser interpretado como a dualidade das coisas.
Boaz
Palavra sagrado do companheiro, que significa força ou rapidez e pode ser entendido como através da
força. É a coluna do primeiro vigilante, da força, que leva o nome do Bisavó de Davi.

Jakin
É a coluna do primeiro vigilante, da beleza, e quer dizer ele estabelece

-Trolha
Trolhar é passar a trolha, ou seja, nivelar o cimento ou argamassa, igualar, preencher alguma lacuna. Tem
sentido de finalizar um trabalho

-Maço e cinzel
Símbolos do aprendiz, o maço é o método, a vontade espiritual. O cinzel ou o "corte" é o discernimento, sem o
qual todo esforço seria vão. O malho pode ainda representar a vontade que executa. É a energia que age, a
determinação moral, a força principal que age sobre a matéria. O cinzel ou a qualidade do corte, como o arado,
representa o princípio cósmico ativo que penetra e modifica o princípio passivo.

-A Pedra cúbica piramidal ou pedra cúbica pontiaguda


Agora que o companheiro aprendeu a desbastar e esquadrejar, por meio do Maço e do Cinzel aperfeiçoando-se
no corte das pedras, o trabalho dos companheiros é polir a pedra cúbica, onde os companheiros trabalham. A
primeira ideia que aparece no grau é que, depois de passada o período de aprendizagem básica, o aprendiz
transformou a pedra bruta em pedra cúbica. Sobre essa pedra cúbica se desenvolverá e a pedra cúbica
piramidal, ou pedra cúbica de ponta.
O que vemos nessa pedra cúbica piramidal são os elementos terrestres representados no quadrado, se
sobreporão e se fundirão os elementos celestes, representados no triangulo.

-Alavanca e a régua de 24 polegadas


A régua de 24 polegadas
A régua serve para traçar linhas retas, ou seja, é um símbolo da retidão. Nos rituais se explica que o dia tem 24
horas e que, assim como a régua traça linhas retas, o Aprendiz deve viver com retidão as 24 horas. A régua
simbolizará ao Aprendiz/Companheiro, não só a retidão nas 24 horas do dia, mas a busca pelo equilíbrio
harmonioso com o qual deverá medir o templo que está construindo.

Alavanca
A alavanca é o símbolo da força, que se apoiado num ponto ideal move o mundo. A régua, que
também simboliza retidão, aparece ao lado da alavanca painel do grau, a fim de nos lembra para
trabalhar com força e retidão.

-Tabua ou prancha de delinear


Como instrumento de trabalho, lembra o mestre de quem recebemos as ordens

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-Espada
Símbolo maçônico do poder exterminador do vicio e da ignorância.

-As estrelas
As Estrelas ou Constelações que simbolizam o caráter universal da Maçonaria.

-A Estrela Rutilante
A estrela rutilante, ou seja, feito em chamas tem origem no pentagrama (estrela de cinco pontas) pitagórico. na
tradição pitagórica, o número cinco era considerado um número sagrado e representava a harmonia e a
perfeição. o pentagrama pitagórico também foi associado a diversos significados simbólicos ao longo da
história, incluindo a representação dos elementos da natureza (terra, ar, fogo, água e éter) e a representação
dos cinco sentidos humanos (visão, audição, tato, olfato e paladar). a estrela rutilante brilha na loja para
iluminá-la. símbolo da manifestação central da luz e da perfeição, representada o homem regenerado, a luz em
meio das trevas do mundo profano.
No telhamento do companheiro maçom, significar ver a estrela rutilante é ver em si mesmo a luz e o poder do
criador.

-O Sol e a Lua
Seu simbolismo se reporte às antigas tradições iniciáticas e dos antigos mistérios. Podemos observar que, o sol
a lua e a tábua de delinear (instrumento do companheiro e do mestre) aparecem próximos, no volume
maçonaria dissecada de Samuel Prichard, foi reproduzido um catecismo maçônico, certamente um dos mais
antigos, em que diz:
— Existem algumas luzes em sua Loja?
— Sim, três. — O que elas representam?
— O Sol, a Lua e o Mestre da Loja.
— Para quê?
— O Sol para governar o dia, a Lua para governar a noite e o Mestre (para governar) a Loja.
- O Sol e a Lua, que além de simbolizar os luminares do dia e da noite, simbolizam o masculino e
feminino, pertencendo o Sol ao Orador e a Lua ao Secretário.

-O prumo, o nível o esquadro e o compasso


Esses elementos aparecem juntos e representam respectivamente: O nível simbolizando o primeiro vigilante,
como símbolo da justiça, e o prumo simbolizando o segundo vigilante e a retidão dos atos.

-O esquadro e o compasso
Nesse grau, o esquadro e o compasso ficam entrelaçados, representando que o companheiro já
trabalhou na matéria nesse caso simbolizado pelo esquadro, que também pode ser entendido como a
terra. O compasso, simboliza o espírito, e podemos entendê-lo como o céu.

-As janelas
Alas recordam os tempos operativos, quando as janelas das edificações em que os artífices trabalhavam
serviam para eles observarem a marcha do sol. A janela simboliza receptividade (da luz e do ar). interessante
notar que há 3 janelas e que parece haver grades. As grades nas janelas, podem ser entendidas como um tipo
de proteção, onde só deixaria passa luz e ar, ou seja, sabedoria e influxo espiritual. vendo o posicionamento
destas, observamos que elas estão no oriente, sul e ocidente, que, por sua vez, são as 3 estações do sol.
Nenhuma janela há no norte, por onde o sol não passa. os aprendizes, sentados na coluna do norte (de acordo
com um simbolismo oriundo do hemisfério norte) recebem uma luz esmaecida, que vem através do sul e do
oriente por reflexo.

V. Conclusão
É interessante notas que talvez se precise de uma vida inteira de pesquisa para ver todo os significados e simbolismos
num painel do grau. Ver que os instrumentos do grau de aprendiz se mantem no painel de companheiro, leva a reflexão
que devemos dar continuidade assim como relembrar o trabalho iniciado no grau de aprendiz. Além disso, penso que os
símbolos de aprendiz, na realidade do companheiro, podem trazer novas perspectivas, neste grau.

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Bibliografia e Referências

https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2020/09/09/o-quadro-da-loja-de-aprendiz-no-reaa-historia-e-
simbolismo/

https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2020/09/09/o-quadro-da-loja-de-aprendiz-no-reaa-historia-e-
simbolismo/

https://www.youtube.com/@transcendenciaaoamuniz - Canal Transcendência

Martins Jurado, Jose - Maçonaria Adonhiramita. Apontamentos

Ritual de companheiro Maçom – GLLP/GLRP

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