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BELÉM
2021
M.·. R.·. GRANDE LOJA MAÇÕNICA DO PARÁ
BELÉM
2021
À.·. GL.·. DO G.·. A.·. D.·. U.·.
BELÉM
2021
GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO PARÁ
AUG E RESP GR BENLOJA SIMB HARM E FRAT Nº 9
(Leitura: AUGUSTA E RESPEITÁVEL GRANDE BENEMERITA LOJA
SIMBÓLICA HARMONIA E FRATERNIDADE Nº 9)
Analogicamente:
Coluna da Sabedoria (Representa Salomão (o Templo de Jerusalém) e
mostra o mundo divino ou religioso).
Coluna da Força (Representa Hiram (Rei de Tiro, fornecendo homens e
materiais aos trabalhos do Templo) e mostra o mundo físico e mental).
Coluna da Beleza (Representa Hiram-Abiff (Pelo trabalho de
Coordenação e direção das obras) e mostra o mundo espiritual ou
metafísico).
A ABÓBADA CELESTE (É o teto das Lojas, sendo que o caminho para o
céu infinito é representado pela Escada de Jacó).
LOJA :
- Local onde trabalhamos.
- Formato de um quadrilongo
· Comprimento do Or .´. ao Oc .´.
· Largura do N .´. ao S .´.
· Altura da Terra ao Céu
· Profundidade da Superfície ao Centro da Terra
- Abóbada Azul
· Semeada de estrelas e nuvens, na qual circulam o Sol, a Lua e outros Astros que se
mantém em equilíbrio pela atração de uns sobre os outros.
· Sustentáculos : 12 Colunas representando os Signos do Zodíaco, ou seja, as 12
Constelações, percorridas pelo Sol durante um ano solar.
- 3 Pilares
· Sabedoria, Força e Beleza, representados por 3 grandes Luzes.
- Figuras Alegóricas
· Pórtico - elevado sobre degraus e ladeados por 2 Colunas sobre cujos Capitéis descansam
3 romãs abertas.
· Pedra Bruta; Pedra Polida; Esquadro; Compasso; Prumo; Nível; Malho e cinzel; Painel da
Loja; Sol e Lua; Pavimento Mosaico.
- Oriente em relação ao Ocidente
· Oriente = de onde provém a Luz.
= simboliza o mundo invisível, o abstrato, o mundo espiritual.
· Ocidente = Para onde se dirige a Luz.
= Simboliza o mundo visível, que nossos sentidos alcançam, tudo que é natural.
- Romãs
· Representam os bens produzidos pela influência das estações.
· Representam as Lojas e os maçons espalhados pela superfície da terra.
· As sementes intimamente ligadas lembram a fraternidade e a união que deve existir entre
os Maçons.
- Pedra Bruta
· Representa o homem sem instrução, com suas asperezas de caráter, devidas à ignorância
em que se encontra e as paixões que o dominam.
- Pedra Polida
· Representa o homem instruído que, dominando as paixões e abandonando os
preconceitos, se libertou das asperezas da Pedra Bruta, que poliu.
- Prancheta
· Representa a memória.
· Faculdade que permite efetuarmos nossos julgamentos, conservando o traçado de todas as
nossas percepções.
- Sol e Lua
· São os esplendores que a Abóbada Celeste mais ferem a imaginação do homem.
- Pavimento Mosaico
· Representa a variedade do solo terrestre.
· Formado pelas pedras brancas e pretas, ligadas pelo mesmo cimento, simboliza a união
de todos os Maçons, apesar das diferenças de cor, de classe social, de opiniões políticas e
religiosas.
· Imagem do Bem e do Mal, de que se acha semeada a estrada da vida.
- Orla dentada
· Exprime a união que deverá existir entre todos os homens quando o amor fraternal
dominar todos os corações.
A ESCADA DE JACOB
· É o caminho para se atingir a Abóbada Celeste, representada pelo teto da Loja.
· Cada degrau representa uma das virtudes exigidas ao Maçom para caminhar em busca da
Perfeição Moral.
· Possui 3 símbolos :
Na base : Fé no G\A\D\U\. É a sabedoria do Espírito.
No centro : Esperança, no aperfeiçoamento moral. É a força do espírito.
No topo : Caridade, para com seus semelhantes. E a beleza que adorna o espírito.
Virtudes Morais que devem preencher o espírito e o coração de qualquer ser humano e
principalmente do Maçom.
JÓIAS
· 3 móveis = Esquadro, Nível e Prumo.
(Porque são transferidos periodicamente aos novos Veneráveis e Vigilantes, juntamente
com a passagem da administração).
· 3 Fixas = Prancheta, Pedra Bruta e Pedra Polida.
(Porque representam o código moral, aberto à compreensão de todos os homens; o Mestre
guia os aprendizes no trabalho indicado na prancheta, traçando o caminho que devemos
seguir para o aperfeiçoamento, a fim de podermos progredir nos trabalhos da ARTE
REAL).
AS 4 BORLAS
· Pendentes dos 4 cantos extremos da Loja servem para lembrarmos das 4 virtudes
cardeais.
1. Temperança
2. Justiça
3. Coragem
4. Prudência
Segunda Instrução
Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos
A Segunda Instrução nos mostra uma grande verdade, a existência de um ser superior, do
Grande Arquiteto do Universo (G.’.A.’.D.’.U.’.) criador de tudo que existiu, existe e
existirá.
Sabemos disso pois somos dotados de inteligência, e com ela sabemos distinguir o bem do
mal e a Maçonaria está aí para nos ajudar a fazer progressos e a aperfeiçoar a forma de
distinguir o bem que devemos sempre fazer do mal que devemos evitar em nós e nos que
nos cercam.
Chamamos a isso de Moral, e na Maçonaria encontramos o ensinamento necessário para
seguir nosso caminho para o bem. Na Maçonaria encontramos a mais pura e propícia
formação de nosso caráter, tanto do ponto de vista social como individual.
Podemos fazer uma analogia deste progresso de aperfeiçoamento com nossa vida, dividida
em infância, quando este discernimento é rudimentar, passando pela adolescência onde nos
deparamos com muitos questionamentos e no final, na nossa fase adulta, onde podemos
aperfeiçoar e elevar ao mais alto grau a nossa concepção de moral.
Sabemos desde nossa entrada na Maçonaria que o caminho será árduo e longo, mas não
devemos esmorecer jamais, com certeza passaremos por bons e maus momentos, nestes
casos, devemos retirar o máximo proveito dos bons momentos e fazer de trampolim os
maus momentos.
A moral se baseia no amor ao próximo e a Deus e esta deve ser a base de todo o
ensinamento moral.
Quando de nossa iniciação, provamos que somos livres e de bons costumes, mas só isso
não basta, precisamos ter em nossas mentes que isso deve ser seguido em todo o resto de
nossas vidas.
Nos é explicado que todo homem é livre, ninguém deve viver em escravidão, não devemos
viver na escravidão que nossa vida profana muitas vezes nos priva de sermos livres por
estar presos a conceitos. Não é ser escravo de sua liberdade, mas ser escravo de suas
paixões. Por isso dizemos que temos de vencer nossas paixões e submeter nossas vontades,
fazendo progresso na Maçonaria.
Quando fomos recebidos Maçons, estávamos nem vestidos e nem nus, despojados de todos
os metais e com os olhos vendados para que ficássemos privados de nossa visão. A
privação dos metais nos faz lembrar o homem em seu estado natural sem nenhuma
vaidade, sem nenhum vício e sem orgulho e a cegueira momentânea nos leva ao homem
primitivo, em sua ignorância sobre todas as coisas. Tudo isso nos leva a ver que tudo isso é
imprescindível para alcançar a plenitude Moral.
Quando fizemos nossas viagens entre do Ocidente para o Oriente e do Oriente ao Ocidente,
na primeira viagem é um caminho cheio de obstáculos, dificuldades e nebuloso, o segundo
caminho é mais ameno, mas ouvindo o tilintar de armas e no final um caminho plano,
rodeado de silêncio.
O primeiro caminho representa o caos que se acredita ter sido a criação do mundo, os
primeiros anos do homem, o início dos tempos, onde as paixões dominam. sobrepujando a
razão e as leis. O ruído das armas na segunda viagem representa a ambição dos homens,
antes de encontrar o equilíbrio, as lutas travadas pelos homens para se colocar em
igualdade com seus semelhantes. A terceira viagem, plana, sem obstáculos e rodeada de
silêncio, nos mostra paz e tranqüilidade resultante da ordem e da moderação das paixões
quando atinge sua maturidade moral.
Representativamente cada uma destas viagens findou em uma porta em que batemos. A
primeira ao sul, onde foi nos mandado passar, na segunda, no Ocidente, fomos purificados
pela água e na terceira, no Oriente, recebemos a purificação pelo fogo. Significando que
para estar em condição de receber a Luz da Verdade, o homem deve se livrar de todos os
preconceitos sociais e de educação e entregar-se de corpo e alma na procura da Sabedoria.
Estas três portas representam as três disposições para buscar a Verdade, a Sinceridade, a
Coragem e a Perseverança.
Foi nos dada depois a Luz, Luz que nos ferio os olhos para nos fazer perceber que os raios
da Luz da Verdade pode ofuscar a visão daquele que não está preparado para receber a Lua
da Verdade,
Fomos ligados a Ordem Maçônica por um juramento, onde dissemos, com nossas palavras
que guardaremos segredos que nos foram confiados, juramos amar, proteger e socorrer
nossos irmãos sempre que isso for necessário.
Nenhum arrependimento tenho até o momento e quero que assim continue até o final de
meu tempo com minha entrada da Maçonaria. Estou dando meus primeiros passos e quero
fazer disso uma grande caminhada. Na segunda instrução é questionado se há algum
arrependimento e digo do fundo do coração que não, fiz um juramento e, como nos ensina
a segunda instrução, o faria novamente sem pestanejar se assim se fizesse necessário.
Estou me tornando um Maçom, muitos caminhos ainda terei que trilhar para alcançar meus
objetivos ou os objetivos de todo o bom Maçom, e quero que todos os irmãos como tal me
reconheçam.
Deverei ser reconhecido como Maçom pelos atos que praticar, buscando o ensinamento da
Moral em nossos Templos, sei também me fazer reconhecer pelo Sinal, pela Palavra e pelo
Toque. A palavra, como aprendiz, não a pronuncio, mas a soletro pois no meu início, como
colocado na fase da ignorância, devo receber para depois passar adiante.
A representatividade do avental, que sempre tenho de estar usando em Loja, me faz
lembrar que o homem nasceu para o trabalho e devo trabalhar incessantemente para buscar
a Verdade e para buscar o aperfeiçoamento da humanidade.
Trabalhamos em um Templo na forma de um paralelogramo estendendo-se o mesmo o
Oriente para o Ocidente de largura de Norte a Sul e altura da Terra ao Céu com
profundidade até o centro da Terra. Templo este coberto pela abóbada azul onde
encontramos estrelas e nuvens, tendo também representado o Sol e a Lua bem como
inúmeros astros que conservam o equilíbrio da atração de uns aos outros. Abóbada
sustentada por doze colunas que representam os doze signos zodiacais onde o sol percorre
em um ano zodiacal. Nossa Loja também é sustentada pelas três fortes colunas
representando a Sabedoria (Venerável Mestre) a Força (Irmão Primeiro Vigilante) e a
Beleza (Irmão Segundo Vigilante), também conhecidas como as Três Luzes, uma no
Oriente e as outras a Sul e a Norte.
O Oriente indica o ponto de onde provém a Luz e o Ocidente para onde ela se dirige. O
Ocidente representa o mundo visível, de um modo geral, tudo o que é material e o Oriente
simboliza o mundo invisível, tudo o que é abstrato, o mundo espiritual.
O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina,
mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao
aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e,
pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e
mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços
indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças,
condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.
Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra
isento de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou
restrição.
Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde nós homens
nos aprimoramos em benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que nos
possibilitam ser, cada vez mais, úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de
uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos
esforços.
O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito
jurídico. Para ser homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali.
Goza de liberdade o homem que não é escravo de suas paixões , que não se deixa dominar
pela torpeza dos seus instintos de fera humana.Não é homem livre, não desfruta da
verdadeira liberdade, quem esta escravizado a vícios. Não é homem livre aquele que é
dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações. Não é homem livre,
quem se enchafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica
voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas
qualidade, anulando-as.
Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que
infamam, que desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas
as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho
das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da
perfeição intangível.
Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar
sua vida pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e
usada para designar o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais
traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que
estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.
Os bons costumes, referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das
pessoas e a dignidade ou decoro social.
A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os
princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado,
com abuso que é defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos
desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os
demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos, cultiva a
fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da
fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora, recusa
agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um
semelhante.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta
com as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na
vitória e sereno se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os,
pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos
aperfeiçoamos.
O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da
virtude, que ele deve cultivar, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da
humanidade. O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser maçom, não
humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é abrigo de
covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade,
não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os
objetivos da maçonaria.
O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não
vê no auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de
solidariedade humana, cuja prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode
cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói,
só a amizade constrói.
Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer
é trair os sentimentos de fraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos
cargos, porque isto é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a
elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar.
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
Ritual do Grau de Aprendiz Maçom
Dicionário Aurélio – 1999
Adaptação do Texto Original do Ir.•. Nery Saturnino – A.•.R.•.L.•.S.•. Amor e
Fraternidade