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A Idade do Aprendiz Maçom

Introdução
Os três anos do Aprendiz e os três passos de sua marcha, ainda lembrando
as três viagens da iniciação, são evidentemente o símbolo do tríplice período que
marcará as etapas de seu estudo e de seu progresso.
Estudo e progresso remetem a Aprendizagem​. Pozo (2002) prefere não criar uma
definição formal de aprendizagem. Acredita ser mais útil pensar em quais seria as
melhores características para uma boa aprendizagem. Ele sugere três:
a) a aprendizagem produz mudanças duradouras
b) a aprendizagem deve ser transferível para outras situações
c) a aprendizagem é consequência direta da prática realizada

Desenvolvimento
A simbologia oculta por trás do número três, além de indicar quantidade este
número possui várias simbologias na cultura humana, com referências místicas e
até sobrenaturais.
O três representa a essência das coisas.
Assim como o homem (1) e a mulher (2) têm o potencial de criar uma terceira
pessoa, o número 3 representa a frutificação. Não à toa as religiões são baseadas
na trindade: Pai, Filho e Espírito Santo (cristã), Brahma, Vishnu e Shiva (hindu),
Osíris, Hórus e Ísis (egípcia) e até Guaraci, Rudá e Jaci (tupi-guarani). O mesmo
princípio rege a Lei de Três, doutrina que determina que, para existirem, todas as
coisas necessitam de três forças: a ativa, a passiva e a neutralizante. Essa terceira
força, fruto das outras duas, é a criadora. Por exemplo: o futuro é fruto do passado e
do viver presente.4​
O Aprendiz possui três anos. Segundo Ragon, isso teria relação com os
antigos mistérios aos quais os aprendizes só eram admitidos três anos após a
apresentação. Segundo Vassal, tal frase encontraria a sua origem nos mistérios
egípcios, nos quais o iniciado no primeiro Grau, corresponderia ao nosso Aprendiz,
que ficaria três anos afastado do mundo profano. No entanto, como isso não ocorre
ao Aprendiz moderno, torna-se impossível encontrar uma explicação quanto a sua
idade, faz-se necessário encontrar outro significado.
No sentido simbólico, a idade de três anos é atribuída ao novo Iniciado para
indicar que ele conhece o valor alegórico dos números, sendo o três consagrado ao
Aprendiz. Em razão disso, nesse Grau: Idade, marcha, viagens, sinais, toques,
abraços, bateria e aclamações, contam-se por três, assim como a composição da
loja: Aprendizes, companheiros e mestres que é governada por três luzes que são o
Venerável e os dois vigilantes.
No sentido simbólico, o número três representa em especial a Divindade,
Inteligência e Virtude. A Maçonaria tem por Mestre, somente O Grande Arquiteto do
Universo, por guia nos trabalhos, a Inteligência e por finalidade de suas ações, a
Virtude.

Conclusão
Cada etapa de nossa vida está marcada por diferentes aspectos evolutivos, a
inocência da infância, a espontaneidade da juventude e a maturidade do adulto.1​
A fase da infância assim como a idade do aprendiz é um momento de
evolução e aprendizado, durante esta fase estou tendo contato pela primeira vez
com o que representa a ritualística e os símbolos que estamos cercados em loja.
A primeira interação com os símbolos de minha coluna ocorreu durante a
iniciação, quando utilizei o malho e o cinzel para simbolicamente desbastar a pedra
bruta.
O malho o cinzel e a pedra também são uma tríade e após receber a
instrução e buscar mais informações sobre estes símbolos fiquei impressionado, de
como, a simplicidade destes três itens é capazes de expressar tamanha quantidade
de significados e como é imprescindível a interação entre eles.
O malho é um instrumento ativo emblema do trabalho e da força em prol de
derrubar obstáculos e o cinzel é um instrumento passivo que diz respeito a arte de
esculpir, praticamente inútil sem a utilização do malho que de forma inseparável
produzem os melhores e mais importantes efeitos.2​
O Malho seguro pela mão direita, é entendido como sendo um símbolo da
ação pura da vontade o Aprendiz, atuando com perseverança e continuidade sobre
a Pedra, enquanto o Cinzel é visto como a capacidade de orientação e observação,
a capacidade de saber discernir o que deve ou não ser retirado do bloco em
trabalho. Sob o ponto de vista iniciático, Malho e Cinzel podem ser percebidos,
respectivamente, como a Tradição, que prepara, e como a Revelação, que cria.​3

Bibliografia

Pozo, Juan (2002). ​Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem​ 1 ed.


Porto Alegre: Artmed. p. 60.

https://amenteemaravilhosa.com.br/aceitar-passar-dos-anos/​ ​(1​​ )

Da Camino, Rizzardo (1999). ​Rito Escocês Antigo e Aceito Loja de Perfeição (Graus
1º ao 33º) 2ª ed.

D´Elia Junior, Raimundo. 100 Instruções de Aprendiz (​2​)


https://www.ippb.org.br/textos/especiais/mythos-editora/o-bem-o-mal-e-a-licao-da-pe
dra-bruta​ (​3​)

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/a-simbologia-oculta-por-tras-de-31-numer
os/​ (​4​)

Autor
Fábio Júnior Ramos.
GR.1 CIM 23924
T.F.A

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