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Por este meio de expressão, embora a Maçonaria não seja uma religião no sentido
vulgar do vocabulário, não deixa de ser uma associação fundada em bases religiosas.
Entende assim que um homem sem princípio base, sem bases morais a obedecer ou a
seguir, será incapaz de todo ideal e de toda a beleza que encerra o conceito divino dos
Maçons, e, portanto incapaz de se tornar um soldado positivo da Maçonaria.
Além disso, a Maçonaria reconhece e tem reconhecido sempre que na Bíblia, como em
todos os livros sagrados dos vários povos, encontram-se os princípios da Lei Natural,
que se tornam a base da Moral Universal.
Aberta a Bíblia pelo Ir indicado e depois de ler os versículos apropriados, coloca
sobre o Livro da Lei o Esquadro e o Compasso na posição prescrita para o grau, este
apontando para o Ocidente, aquele para o Oriente.
Lembramos aqui, que no grau de Aprendiz, o Esquadro deve ser colocado por cima do
Compasso; no grau de Companheiro, os dois instrumentos ficam entrelaçados e, no grau
de Mestre o Esquadro fica por baixo do Compasso.
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Aprendiz
a Matéria, fazendo prevalecer o Espírito. Isto pode acontecer alguma vez, porém
reconhecemos que é algo bastante difícil e por isso muito raro.
A palavra Landmarks (land = terra e mark = limite, fronteira) cuja origem é inglesa, no
seu sentido etimológico, pode ser entendida como: “Limites fronteiriços” que delimitam
um território e que, por esse fato, não podem ser alterados ou removidos.
Allec Mellor – Dicionário da Franco Maçonaria, editado pela Martins Fontes p.159 –
assim define os Landmarks: “Landmarks são as regras de conduta que existem desde
tempos imemoriais – seja sob a forma de lei escrita ou não escrita que são co-
essenciais à sociedade (maçônica), que são imutáveis, e que todo maçom é obrigado a
manter intactas, em virtude dos mais solenes e invioláveis compromissos.”
O grande escritor norte americano Albert G. Mickey compilou vinte e cinco Landmarks,
tidos como aceitos e que as Grandes Lojas Americana e Inglesa acolheram.
Os estudiosos da Maçonaria garantem que o egrégora da loja toma força e vigor quando
o irmão Orador abre o Livro da Lei, declama o salmo e coloca o esquadro e compasso
sob a Bíblia.
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Aprendiz
Sendo um hino de louvor, de uso no culto público, ele exalta o valor da unidade do povo
hebreu, no contexto do reinado teocrático do Rei David (1070 – 970 A. C.).
A expressão “habitarem unidos os irmãos” nos dá uma direção natural para interpretar o
texto: O VERSO SE REFERE À UNIDADE DO TERRITÓRIO DE ISRAEL. O verso expressa a
bênção da unidade no reino davídico; e esta bênção da unidade é relatada na expressão
"bom e suave”. "O Salmo expressa a esperança da unificação do reino do norte e do sul,
com Jerusalém sendo a capital de um reino unido".
Portanto, o primeiro verso é uma expressão da bênção alcançada, na união das doze
tribos, sob o reinado de Davi, após o problemático e tumultuado reinado do Rei Saul.
O segundo verso expressa a unidade das doze tribos de Israel sob a orientação do
serviço sacerdotal, simbolizado na figura de Aarão, PRIMEIRO SUMO SACERDOTE
DE ISRAEL.
Este óleo derramado sobre a cabeça, descendo sobre a barba, símbolo da virilidade e da
autoridade, chega a orla, isto é, a barra de suas vestes, unificando tudo com a unção
sagrada.
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Ao norte de Israel existe uma cordilheira; nesta cordilheira se encontra o Monte Líbano,
famoso por seus cedros, nas suas encostas.
Dentro desta cordilheira, fazendo divisa entre Israel, Líbano e a Síria encontra-se o
Monte Hermon com seus 2814 metros de altura e seu cume sempre nevado.
Dessa forma, ele supria a falta de chuvas e propiciava as condições para uma boa
colheita oferecendo, assim, as circunstâncias para a fixação do homem na região.
O Monte Hermon, na visão de David, através de seu orvalho e de sua neve, é sinal de
vida.
O terceiro versículo traz uma nova e interessante figura; como no segundo versículo,
uma comparação é introduzida. "Como o orvalho do Hermon, que desce sobre os
montes de Sião." A comparação não se concentra no "orvalho do Hermon", mas nos
resultados do "orvalho do Hermon que desce sobre os montes de Sião".
Assim, a riqueza de vida do Hermon se faz presente em toda a extensão de Israel até as
proximidades do Sião.
Aquele “que desce”... como o óleo precioso… que desce… como o orvalho, como a
neve que traz bênção sobre todo Israel.
Na segunda parte do versículo três, Deus elege o monte Sião e não o Hermon; "porque
ali o Senhor ordena a bênção”.
A evaporação forma “Orvalho do Hermon” que face aos ventos, o conduz para o
“Monte de Sião”, ou seja, sobre Jerusalém.
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Por esse motivo e fenômeno climatérico é que o “Orvalho do Hermon”, vem decantado
pelo povo Hebreu, há milênios.
A mensagem de “União Fraternal”, retratada nos versos do Salmo 133, nos permite a
ilação:
... Como é bom e suave;
... Ela é como o óleo precioso que desce da cabeça à barra das vestes da maior
autoridade teológica de Israel - Aarão;
... Assim como o Orvalho e a Neve do Monte Hermon traz a fartura e a
abundância sobre todo Israel.
Assim como Aarão é ungido, a terra também o é, e todos são abençoados .. (União
Fraternal) com a Vida Eterna!
Temos outras traduções bíblicas que, ao invés de usarem o vocábulo “juntos”, referem a
expressão mais condizente com o espírito maçônico: “em união”; no entanto, aparecem
esses vocábulos como sinônimos.
É a fórmula para a satisfação; é o meio para alcançar a eficiência do amor fraterno que
resulta na alegria do Grupo.
O amor fraterno constitui uma “benção”; a dedicação fraternal em união constitui a vida
eterna, ou seja, o estado permanente da conquista, da satisfação e da Paz.
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Aprendiz
Representam a medida justa que deve presidir todas as ações, isoladas, de cada um
componente da Loja e, conjuntas, dentro do trabalho maçônico, cujas ações não podem
se afastar da Justiça e da Retidão, que regem todos os atos de quem, realmente, tem
consciência de ser maçom.
Assim, o Aprendiz que irá manusear o Esquadro para desbastar a pedra que lhe foi
entregue, na qualidade de depositário transitório, estará executando uma obra divina, eis
que a Pedra Bruta é ele próprio.
O Oficiante abre o Livro Sagrado, ou seja, abre o Universo e ao ler em voz alta o
Salmo, oferece o seu sopro, iniciando com a sua vibração, os mistérios ocultos da
Maçonaria, espiritualizando os símbolos que cercam, numa ação de criatividade, sempre
diferente para cada reunião que se inicia.
Todos devem acompanhar o cerimonial com atenção porque participam dos resultados,
desaparecendo o homem profano, para que numa perfeita união, possam as palavras do
Salmista penetrar no íntimo de cada um transformando as dificuldades da vida em
momentos de indizível paz.
Encerrada a leitura, o Oficiante passa a executar com ambas as mãos o seu trabalho;
toma com a mão direita o Esquadro e o coloca no centro do Livro; com a mão esquerda
entrelaça o Compasso. A obra está consumada e retira-se satisfeito por ter cumprido,
posto que simbolicamente, a tarefa que lhe foi deferida.
Fontes:
A Bíblia Sagrada – Editora Vozes, 1996, com concessão de Paulo Evaristo, CARDEAL ARNS,
Arcebispo Metropolitano de São Paulo.
Denizart Silveira de Oliveira Filho – Da Iniciação Rumo à Elevação – Editora A Trolha, 2012.
Jones Rodrigues Neves e José Ricardo Laricchia – Palestra apresentada na Loja Lauro Sodré
em 27/04/2010, tema: “A Abertura do Livro da Lei No Grau de Aprendiz”.
Nicola Aslan – Comentários ao Ritual de Aprendiz – Vade Mécum Iniciático – Editora
Maçônica 1975.
Nicola Aslan – Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia – Editora A
Trolha, 2000.
Rizzardo da Camino – O Aprendiz Maçônico – Editora Madras, 1995.
Rizzardo da Camino – Simbolismo do Primeiro Grau – Editora Madras, 1998.
Theobaldo Varoli Filho – Curso de Maçonaria Simbólica – Aprendiz, Editora A Gazeta
Maçônica, 1976.