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Instrução

de

Companheiro
Este Catecismo é um presente loja Francis Bacon
Só é considerado conhecedor aquele que estuda.
Aproveite este com sabedoria

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AMADOS IRMÃOS:

Nesta oportunidade, abordaremos um tema de capital importância para a nossa


sublime Ordem: o vestuário maçônico, seu desenvolvimento esotérico e profano.
O VESTUÁRIO é uma palavra latina, medieval, que designa um conjunto de peças
de roupas que se vestem.
Para a nossa sociedade não existe diferença entre o vestir-se e o adornar-se. No
primeiro caso, é o ato de cobrir-se de maneira a atender as exigências do pudor; no
segundo caso, trata-se do uso, ou abuso, de acessórios que venham, ou possam, satisfazer
o senso do estético.
O pudor não é sentimento inato no ser humano. Muito ao contrário, é convenção do
cotejo de usos e costumes das diferentes culturas e de diferentes povos, começando-se
pelas remotas épocas, inclusive aquela, da folha de parreira, que cobriu nossos "pais"
Adão e Eva, no paraíso bíblico.

No Oriente

O traje é, por toda a parte, subordinado ao clima, mas se apresenta em conformidade


com as exigências que ele impõe nas classes inferiores ou de escravos, afirma-se luxuoso,
colorido, entre os nobres e ricos, que procuram sempre distinguir-se pelo exterior e pela
qualidade ou quantidade dos trajes com que se cobrem. Assim foi na Assíria, no Egito e
nos demais países da Ásia Menor, como se observa pelas efígies que nos restam desses
povos.

Na Grécia

Os trajes gregos apresentam nos monumentos caracteres bem diversos; mas, todos,
tanto nos homens, como nas mulheres, podem agrupar-se nestes dois tipos: as roupas
interiores, sendo a principal a túnica, muitas vezes sem mangas, e o vestuário exterior de
que eram peças principais os mantos com que se cobriam por sobre a túnica. Em Atenas,
do século V ao VII. variaram estes mantos. Notam-se o dórico, muito curto, adotado
depois de Sócrates pelos filósofos. O pesado manto de lã, para o inverno, manto de guerra
e de viagem, próprio dos elegantes do tempo. Estes vestuários eram geralmente brancos,
mas haviam os vermelhos, verdes, azuis e pardos.

Os Etruscos

Entre os etruscos, ambos os sexos das classes superiores, usavam a túnica, a toga e a
capa. Para os nobres e magistrados, a toga era branca, com uma franja de cor púrpura. As
pessoas de inferior condição usavam o manto apenas, não lhes sendo tolerada a túnica.

Os Romanos

Os romanos copiaram dos gregos e dos etruscos grande parte do seu vestuário. A
principal peça a rigor, o vestuário romano por excelência, que somente os cidadãos

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tinham o direito de usar, era a toga, caindo em harmoniosas pregas preparadas
antecipadamente. A lei prescrevia a cor branca para a toga, mas foi abandonada, pouco a
pouco, na vida corrente, por vestuário ligeiro, tingido ao gosto de cada um.

Os Gauleses

Na época da conquista romana, nem todos os gauleses usavam o mesmo traje. Os


mais vizinhos da Itália, de Marselha e das colônias gregas da costa marítima, vestiam,
mais ou menos, a maneira ateniense ou romana. O traje verdadeiramente nacional só
apareceu para além de Viena. Era feito em linho, lã ou peles. A peça característica era a
"braga", ou pantalonas, ampla entre a raça dos kinricas e justa entre os celtas. Um colete
apertado descia até ao meio da perna. Uma saia listrada, de que derivou a blusa dos
camponeses, cobria tudo, como manto. Muitas vezes aparece o manto com capuz.
Os gauleses tinham um pronunciado gosto pelos ornamentos de qualquer espécie,
cobrindo-se de jóias. A mais comum era o torque, colar que veio a ser um dos sinais
distintivos da raça. Depois da conquista, as altas classes adotaram o traje romano.

Da Idade Média aos Tempos Modernos

Dos trajes gauleses e romanos nasceu as vestimentas da Idade Média, tal como
aparece a partir do século XII, depois de liberto da influência bizantina. Os vestuários dos
camponeses variavam muito levemente aos tempos obscuros da primeira civilização. Tais
como eram por ocasião da conquista romana, assim se conservaram até muito além das
cruzadas e mesmo no reinado de São Luiz. As bragas gaulesas foram substituídas pelos
calções, mas nota-se grande número de passagens intermediárias nestes diversos
vestuários das pernas...
O vestuário dos homens do povo e dos burgueses, sempre talhados nos melhores
tecidos, cujo fabrico era vigiado severamente pelas corporações, em conseqüência do seu
elevado custo, conservaram por longo tempo as formas tradicionais, o que não se dava
com os dos senhores e homens da corte. Mas os nobres, que nas reuniões de cerimônias
tratavam entre si disputas de qual se mostraria mais luxuoso, mudavam continuamente as
modas, que o resto do país só lenta e tardiamente adotava. As cruzadas provocaram
modificações profundas no traje, mormente porque fizeram convergir para a Europa os
ricos estofos de Oriente, vulgarizando muitas artes decorativas.
De um modo geral, e até o século XIV, prevaleceram as formas longas: usava-se,
sobretudo, a toga ou roupão, sendo os das mulheres mais compridos e justos. Os homens
deram-se, então, a usar vestuários curtos e ajustados, que substituíram os roupões, depois
da túnica e da toga bordada da antigüidade. Durante a Renascença, as mulheres tendiam,
cada vez mais, a adotar as formas amplas: as saias ampliavam-se em forma de sino,
alargando-se cada vez mais a circunferência. No século XIV, o vestuário passou pelas
fases do mais insensato luxo e da mais severa simplicidade. A reação do século XVII
para com as formas desafogadas relembrou o vestuário que, como o calção comprido ou a
pantalona, já há dois séculos fora adotada pelos camponeses. Depois de várias tentativas,
as modas do reinado de Luiz XIV conduziram à concepção de traje moderno em suas três
peças essenciais: calção, colete e casaco.

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Se quisermos resumir a história do vestuário, pode-se dividi-la em três grandes
períodos, que sempre nos deu o modelo: o período bárbaro, que vai desde os merovingios
até os primeiros Valois, isto é, proximamente ao ano 1330, com suas formas gaulesas,
galo-romanas e bizantinas; o período artístico, que compreende o da Renascença italiana
e vai até o fim do século XVI; e, por fim, o período das armas de defesa. É então que se
estabelece uma diferença cada vez mais pronunciada entre o traje civil e o militar, ou
farda. A revolução de 1789 estabeleceu, pelo menos quanto ao homem, o traje racional,
isto é: levado ao máximo da simplicidade e utilidade. Hoje, todos os homens do mundo
civilizado vestem de maneira uniforme.

Traje Eclesiástico e Litúrgico

Traje eclesiástico e litúrgico: durante os cinco primeiros séculos, o hábito dos


clérigos não diferia do dos leigos de modesta condição. Mas, quando os bárbaros
introduziram o uso dos vestuários sem roda, repuxados, os clérigos conservaram a antiga
túnica romana. No Século IX foi-lhes proibido sair sem ajuntarem à túnica a estola
(roupão amplo) e a capa (manto). Este regulamento caiu em desuso pelo século XV, e o
hábito ordinário dos clérigos ficou sendo a sotaina, que ainda hoje, algumas ordens usam,
e os demais, somente nos rituais. A começo, não haviam cores especiais para os hábitos
dos clérigos. Parece, todavia, que os Papas usaram sempre a cor branca. No século XV,
Paulo III deu a sotaina vermelha aos cardeais, e pela mesma época, a violeta tornou-se a
cor distinta dos bispos. Só no século XVI é que a cor negra foi imposta aos clérigos. Em
geral, os religiosos adotaram os hábitos que usavam os pobres no tempo da sua fundação.
Segundo São Bento, o traje de um monge deve compor-se de uma túnica, de um
escapulário e de uma capa com capuz. As ordens medicantes contentaram-se com o
escapulário e um longo manto, cuja cor difere segundo a ordem; sendo que, o cordão é
usado de maneira apertada nos franciscanos.
A princípio, os padres celebravam os mistérios com os seus hábitos ordinários: os
vestuários litúrgicos, sem os quais hoje não é permitido dizer a missa, só pouco a pouco
foram adotados. Estes, são: o amito, a alva, o cordão, a manipula ou estola pequena, a
estola e a casula. O bispo junta-lhes a mitra, sapatos e meias de precioso estofo, luvas e
um anel de ouro encrustado com uma ametista. Os diáconos e subdiáconos usam, em
lugar da casula, as túnicas ou tunicelas. Nas vésperas, com orações da tarde e procissões,
o oficiante cobre-se com a capa de esperges. A cor dos vestuários muda com o ofício do
dia. O branco, o vermelho, o violeta e o verde - muito raramente a cor de rosa - são as
cores usadas, convindo juntar o ouro, que pode suprir todas as cores precedentes, e o
negro, que é próprio para os ofícios celebrados em intenção dos mortos.

A Gravata

É erro crer em que a gravata data só do século XVIII. Sob o nome de "focale", já os
romanos a conheciam. Usada primeiro pelos doentes e pessoas débeis, como pelos
conferentes, a gravata foi adotada pelos soldados romanos em campanha nos países frios.
O uso da gravata teve origem, ao que se supõem, entre os povos do norte. Foi introduzida
em França, parece, no reinado de Luiz XIV, o chamado "Rei-Sol", em 1638-1715, cujo

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reinado deu florescimento às artes e às ciências, e pelos croatas, que compunham um
regimento, e que, por corrupção, denominaram "gravatas". Era uma espécie de tira branca
com que envolviam o pescoço para preservá-los do frio. Luiz XIV adotou-a, no que foi
imitado por toda a corte. Passaram a usar, logo depois, ricas gravatas de rendas, o que
veio a tornar-se privilégio da nobreza. As modas da revolução francesa respeitaram a
gravata, depois de ter atingido o máximo do tamanho, durante o império. Na restauração
e começo do reinado de Luiz Felipe, tendeu, cada vez mais, a passar a simples
ornamento.
Uma espécie de pescoceira de tecido rígido que, lembrando o "gorjal" das
armaduras, obrigava o solado a conservar a cabeça reta para cima, o que outrora se tinha
por um ar-marcial, fez, por muito tempo, parte da farda militar.
O que é o simbolismo do nó ou laço, que damos na gravata? Maçônicamente,
integra vários sentidos importantes, relacionados, todos eles, com central de uma conexão
encerrada em si mesma. O nó está no domínio das aspirais de linhas sigmóideas, é o sinal
do infinito representado pelo n0 8 (oito) na forma horizontal, tanto na parte física, como
na parte oculta, que para tanto vemos o seu nó, separando o que representa, os dois
mundos, ou seja, o céu e a terra, o norte o sul, como, também, é o sinal de vida ou morte,
além de tantas outras definições. Por isso é que Hermes Trimegisto disse: o que está em
cima é como o que está em baixo. Vemos melhor essa manifestação do infinito, como a
rede, os laços entrelaçados, cujo nó expressa a idéia de ligação e apresamento.
Geralmente, este é um conceito que também expressa uma situação psíquica constante,
embora percebido em maior grau. A do homem não liberado e atado por Deus Urânico.
Por esta razão, o "Flamen Dialis", sacerdote do culto Flaminico, dos antigos romanos,
não podia levar nó nas suas vestimentas. O que acontece, também, com os peregrinos
muçulmanos da Meca. Este sentido mágico da atadura que possui o nó, aplica-se
literalmente e praticamente, que dá lugar a ações mágicas, como a dos marinheiros de
Shetland, os quais crêem dominar os ventos mediante os nós da corda anodada, que
constitui um anel encerrado em circunferência. Como tal, tem o sentido geral de circuito,
proteção ao recinto. O nó "corrediço" é um sinal determinativo egípcio, entre palavras,
calúnias e maldições, em viagens. Deve-se originar-se o significado em idéia de atar a
alguém aleijado e tem uma conexão com o Arcano 12 do Tarot, cuja carta representa:
realização, sacrifício moral e físico. O nó, enfim, é um dos oito emblemas da boa sorte do
budismo chinês e representa a longevidade. Aqui, o que o pensamento simbólico utiliza
do objeto é a idéia de conexão para aplicando-lhe ao biológico e fenomênico. O célebre
"nó górdio", que Alexandre, o Grande, cortou com sua espada, as cordas do inestrincável
nó, que ninguém o conseguiram desfazer, o que foi feito de um modo rápido e violento.
O que falam todas as doutrinas místicas, cortar um nó, é traduzir um plano guerreiro e
existencial de puras idéias, tanto do lôgro, como da vitória.

As Luvas

Falemos, agora, sobre a origem e uso das luvas, não só pelo seu lado profano e
social, bem como do litúrgico e esotérico, isto é, nas várias sociedades, tantos religiosas,
como iniciáticas.
As luvas são peças do vestuário, geralmente feitas de pelos, lãs, couro, malha,

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seda... Seu uso é para encobrir, ou cobrir, as mãos e cada um dos dedos, separadamente,
com a finalidade de proteção contra o frio, no trabalho, além de servir como adorno.
A luva já era usada no Egito. Sabe-se que foram encontradas luvas de linho nos
túmulos dos seus faraós. A luva foi, provavelmente, ignorada pelos gregos e romanos.
Foram os bárbaros que, por volta do século VI, a introduziram no Ocidente, onde ela se
difundiu muito, desde a Idade Média.
As luvas, possuíam, então, um valor místico ou como símbolo. Assim, a luva
representava a fé jurada na cerimônia da investidura feudal. Adquiriu, na mesma época,
um valor espiritual, estritamente religioso; e, a partir do século X, entrou na liturgia
eclesiástica.
As luvas tinham, também, um papel de proteção, sobretudo para os caçadores e os
falcoeiros. A princípio, eram feitas de peles, com riscos e bordados, mas só vindo a
tornar-se em símbolo de elegância no final do século XII.
Seu uso se espalhou tanto, que os seus fabricantes se reuniam em corporações, os
quais, no século XVI, se tornaram luveiros-perfumistas, de cujo uso, a moda exigia luvas
perfumadas. E, até segundo os gostos da época, eram envenenadas, para matar a quem as
usassem.
No século XVII, com o encurtamento das mangas nos trajes, principalmente
femininos, as luvas se alongaram e se ornaram de longos punhos. Dai foi que a maçonaria
passou a usar punhos, nos trajes do Venerável Mestre, bem como em vários graus
filosóficos. Esse costume se manteve no século XVIII, e a França gozou de
incontestáveis brilhos, entre seus fidalgos, no domínio da luva de pelo.
Pouco a pouco, a fabricação e uso das luvas, espalhou-se pelo mundo afora.
As luvas mais usadas, são as de peles de cordeiro e de cabrito, bem como as de
peles de pecari, de onagro, rena, sendo que as mais raras, de antílope e as de avestruz.
Estão as luvas, em várias cerimônias maçônicas, como, por exemplo, nas iniciações
dos profanos, algumas lojas doam dois pares de luvas brancas, ao recipiendário, sendo
um para seu uso, recomendando-lhe a mansidão e a pureza, a fim de ser extraído de
dentro de si o combatido estado animal que existe no seu íntimo: e, segundo, pela cor
branca, o seu estado de pureza. O outro par, para ser doado à esposa, a fim de simbolizar
que o maçom deve querer e considerar o belo sexo como digno e necessário como a sua
companheira, o mesmo que ela deve ser do esposo, isto é, como uma comemoração do
ato, claro e presente e não que a esposa mais o ame, e, sim, a que se considera digna de
ser amada.

O sapato e a meia

Abordaremos, agora, o aspecto do sapato, o qual designamos como calçado. Gomo


o calçado e a meia andam juntos, passo a passo, iniciamos falando, primeiramente, da
meia e o seu uso através dos tempos.
A palavra meia, que vem do meio, peça do vestuário que cobre o pé e a perna, às
vezes chegando acima do joelho para protegê-lo do frio e atenuar o atrito do calçado.
Desconhecida na antigüidade. Mas, os romanos enrolavam as pernas com faixas de
pano. As meias formavam, na Idade Média, uma peça única com as calças. Feitas de
pano, possuíam uma sola de couro que fazia às vezes de sapato. Foram, a seguir,

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separadas da vestimenta e sustentadas por grampos presos a uma espécie de túnica e
faziam parte do vestuário masculino. Exclusivamente de uso da nobreza, em razão de seu
preço elevado, as meias de malhas, tricotadas à mão, surgiram no século XVI; no século
XVIII, a moda masculina impôs as meias de seda "negra". No século seguinte, após a
revolução francesa, em que se deu um retorno aos costumes clássicos, surgiram as meias
brancas, lembrando as faixas de pano dos romanos. Após isso, o aparecimento de teares
circulares possibilitou a fabricação de meias em escala industrial, bem como maior
difusão do artigo no mundo inteiro. Os homens passaram a usar meias curtas, cobrindo
apenas o tornozelo. Depois da última guerra, enfim, a técnica da fabricação de meias foi
revolucionada pelo surgimento do "nylon" e outras fibras sintéticas.
A primeira máquina rudimentar para produção de meias de malha foi inventada por
um eclesiástico inglês, Willian Lee, 1609.0 francês Hindret, fundou, sob o reinado de
Luiz XIV, a primeira grande manufatura de meias. Em 1857, foram postas cm
funcionamento as primeiras máquinas circulares. Em 1869, os técnicos Franz e Pope
construíram a primeira máquina manual, capaz de produzir simultaneamente todas as
partes da meia, inclusive a ponta e o calcanhar. Em 1872, Grinswold introduziu os
aperfeiçoamentos ainda hoje existentes nas máquinas modernas.
Gomo acabamos de ver, a origem das meias, através dos tempos, podemos concluir
a razão da maçonaria de hoje, dar preferência ao uso da meia de cor preta no seu traje
maçônico, assim como o uso da meia em seu uso social.
Calçado é o termo que se designa o que se adapta nos pés com a finalidade de
cobri-lo, de protegê-lo. Os calçado podem ser classificados em três categorias, que
persistem nas variações do uso durante os tempos: em primeiro lugar temos as sandálias,
formadas por uma simples sola que se prende ao pé por meio de tiras; segundo, temos os
sapatos, que cobrem todo o pé; e terceiro, as botas, que cobrem ao mesmo tempo o pé e a
perna, ou parte dela.
Os calçados são fabricados de materiais diversos, sendo que o couro é o mais
corrente, sobretudo para a sola.
A origem do calçado data dos tempos mais remotos. Das escavações na Dinamarca,
comprovaram-se sua existência desde a segunda parte da Idade de Bronze. Na
antigüidade, os egípcios, fenícios e hebreus, embora andassem descalços a maior parte do
tempo, usavam sandálias feitas de folhas de palmeira ou de papiro, enquanto que os
hititas utilizavam uma espécie de tamancos com as pontas levantadas, o que ainda hoje
pode ser encontrado na Ásia Menor. Os gregos usavam vários tipos de calçados, como as
sandálias com várias tiras muito finas e de várias maneiras sobre as pernas e com solas de
couro que cobriam às vezes a ponta do pé, tinham, também, o "socus", uma espécie de
pequena bota com sola inteiriça, havendo, também, o "coturno", cuja sola alta, de
madeira, fazia com que os atores trágicos parecessem mais altos e acentuava sua
majestade. Já na Grécia e em Roma, a forma passou a ser diferente para o pé esquerdo e o
pé direito. Os romanos adotaram inicialmente a "carbatina" etrusca, feita de uma sola
sustentada por tiras de couro. E, depois, todas as modas gregas. Mas, entre os latinos, o
calçado era um distintivo da classe social, enquanto o "socus" era de uso corrente. O
"calceu", raiz da palavra calçado era o sapato baixo dos cidadãos. Mas não era utilizado
pelos escravos. Havia, também, botinas de cano bastante alto, amarradas do lado, além
das "cáligas", botas especiais, para os militares, que deixavam os dedos dos pés livres.

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Todos esses calçados eram de couro e de cores variadas. Os invasores bárbaros
propagaram, a seguir, o uso de calçados grosseiros de couro. Mas, na época bizantina,
ressurgiu a moda romana das sandálias e das botinas negras para o povo, vermelhas ou
amarelas, para as classes elevadas, e botas persas, moles, de cor vermelha e bordadas, de
uso da corte.
No império Carolingio, os homens usavam botina de couro trabalhada e ainda
coberta de pêlos, presa por longas cruzadas no alto da perna.
No século XII, apareceram as primeiras concepções fantasistas do calçado. Eram os
calçados de madeira, que chegavam a ter 50 centímetros de altura, de uso em Veneza.
Eram calçados de bicos finos, pontudos, chamados "pinache", que tornaram na corte da
Borgonha os sapatos chamados "à la polaine", desmesuradamente alongados. No século
XV, posteriormente substituídos pelos de bico largo e chato, os calçados bico-de-pato. De
Veneza propagou-se o uso de uma espécie de galochas, apenas com sola e gaspea, parte
dianteira do sapato, e que, usadas por cima do calçado, protegendo-o da lama e da água.
No fim do século XVI, surgiram o salto independente e a arqueadura, elementos que
prenunciavam o calçado moderno. Tanto na guerra, como nas cidades, os homens usavam
botas cujo cano em forma de funil se tornava mais larga na parte superior e terminava
com uma dobra sobre si mesma. Foi preciso ir buscar na Hungria os processos de
preparação e tratamento do couro, cujo segredo se tinha perdido.
Sob o reinado de Luiz XVI, os sapatos deixaram de ser arqueados e os homens
passaram a usar sapatos baixos de cor preta, com fivelas de prata. Durante o século XIX,
predominaram na preferência dos dois sexos as botinas bicolores de couro mole, de atar
com cordões, de abotoar ou de elástico. Já por volta de 1900, os homens tornaram-nas
menos pesadas. A maçonaria adotou para seu uso os sapatos de cor preta, por ser esta a
cor que representa, naturalmente, uma liturgia que não é só na maçonaria, bem como em
todas as grandes religiões da humanidade.

O chapéu

O chapéu é uma peça do traje destinado à cobertura da cabeça, cuja palavra é


derivada do latim "caput". Por volta do ano 2000 A.C. que o chapéu, no sentido preciso
do termo, ainda não existia. Mas os homens cobriam-se com carapuças; a partir do ano
1500 A.C. os egípcios cobriam-se com um quadrado de tecido simples, mas grosso e com
belos desenhos, em que tampavam as têmporas e caia em dobras estreitas e quadradas
para trás das orelhas. Somente o faraó usava o chamado "pschent", tiara que se ajustava
bem estreitamente à cabeça.
Os gregos usaram a "tholia", um chapéu de palha, de fundo pontudo, semelhante ao
atual chapéu nicense.
O chapéu do Deus Hermes - O Mercúrio - era redondo e baixo, de aba larga, como a
exemplo do chapéu masculino. Depois, o chapéu foi abandonado, só reaparecendo no
século XII da nossa era: primeiro, sob a forma de arcos, denominados frontais, com
pedrarias, galões ou flores. No fim do século XII, surgiram os chapéus de feltro e de
lontra, em bico, de barrete, de bordas chatas, enroladas ou cortadas. Já com o
renascimento, o chapéu tornou-se o mais luxuoso complemento do traje. A Itália
influenciou a Europa inteira, com a riqueza e a originalidade dos seus chapéus.

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No século XVII, teve a preponderância das modas francesas e holandesas.
Assinalaram-se as incidências do estilo barroco e do clássico sobre o traje europeu,
incluindo-se o chapéu.
Os homens limitaram seus chapéus a calotas baixas e de feltro, com grandes bordas
flexíveis, chamados à mosqueteira, guarnecidos de grandes plumas de avestruz.
Na Inglaterra, os partidários de Crouwell adotaram o chapéu de feltro neutro,
cilindrado. Era o chapéu chamado "puritano", que os imigrantes do navio "May-flower"
levaram para a América do Norte, e que, no século seguinte, simbolizaria, na Europa, a
liberdade alcançada.
A partir de Luiz XIV, o uso da peruca fez do chapéu um acessório supérfluo, que o
fidalgo trazia debaixo do braço.
Com o advento da revolução francesa, provocou-se uma vasta reação contra as
perucas e os chapéus demasiados monumentais, considerados como expressão de uma
mentalidade aristocrática. Aí, os homens passaram a usar o chapéu preto e de laço de fita
com as cores nacionais, e os militantes costumavam usar o "bicorne", muito popularizado
com o nome de "Napoleão".
No começo do século XX, a sobriedade foi de rigor para os homens, a moda proveio
da Inglaterra, com os chapéus de fôrma alta, e de seda, isto é, copa alta e cilindrada, de
bordas mais ou menos largas, pelo qual veio até 1914, que ficou sendo o chapéu elegante,
pelo qual se distinguia das classes trabalhadoras, devido a estas usarem o boné, munido
de palas. Foi nesta época que apareceu, também, o chapéu em forma de côco, até hoje
conhecido. Mas, por volta de 192º, a adoção de penteados práticos e o uso de chapéus
sóbrios, como o chapéu "sino", enfiado até os olhos, e a boina, a qual o filme "Bonnie
and Clyde" proporcionou nova preferência em 1968. Poder-se-ia lamentar, tendo em vista
a elegância, o desaparecimento progressivo do chapéu a partir dos anos pós-guerra. A
indústria sofreu duramente a moda atual, que leva a maioria das pessoas a andarem
sempre de cabeça descoberta.
Entraremos agora na parte hierárquica e esotérica do uso do chapéu em Loja, bem
como poderemos ver que o uso data de tempos imemoriais, tanto como o profano, como
religioso. Tanto assim que os cardeais, desde 1245, usavam O chamado "capello", cujo
formato era largo, de cor vermelha, com resilhas vermelhas, que recaiam sobre o peito.
Na maçonaria do século XVIII, em loja de aprendiz e companheiro, só o venerável tinha
o privilégio de usar o chapéu dentro da oficina, como sinal de superioridade; porém, em
sessão da câmara do meio, todos OS mestres permaneciam com o chapéu na cabeça, um
sinal de igualdade.
O costume de somente o venerável usar o chapéu em loja deve ter tido origem do
cerimonial das cortes daquela época. Estando o rei presente, somente ele tinha o direito
de estar coberto, pois o chapéu era o emblema da soberania em loja. O venerável
representa o rei "Salomão", que, assim, só ele tinha o direito de usar o chapéu. Na câmara
do meio, porém, o venerável é apenas o presidente de uma assembléia de pares.
Há quem atribua ao porte do chapéu, com ligações à magia. Assim, diz Boucher, no
seu livro sobre o simbolismo maçônico, que o Dr. Henri Allaix afirma, na sua introdução
de magia, e com bastante segurança, que os pelos grossos e curtos - como as
sobrancelhas, barbas, bigodes...
- são órgãos "emissores", ao passo que os cabelos, pelos finos e longos, são órgãos

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"receptores"; ao cobrir-se a cabeça, o mestre mostra, assim, que nada tem a receber, isto
é, que chegou ao termo final da iniciação. E acrescenta: "O papa tinha, outrora, o alta da
cabeça completamente raspado; hoje, ele usa o solidéu. O padre, por sua tonsura, suprime
uma parte de suas possibilidades de recepção das emanações "profanas"; torna-se menos
influenciável. Os missionários, usando barba comprida, desenvolvem as suas faculdades
de missão e de persuasão.
É preciso notar que o magistrado se cobre no momento de julgar, significando que
não aceitará mais nenhuma influência suscetível ao seu julgamento.
O porte do chapéu na maçonaria, não é generalizado. Assim, as lojas inglesas o
ignoram, atualmente, ao passo que este costume se manteve na Alemanha, onde até os
aprendizes o usam cm loja. Não se trata mais de uma manifestação de igualdade.
Contudo, o ritual prescreve que o maçom deve descobrir-se desde que seja feita menção
ao Grande Arquiteto do Universo.
Nas lojas norte-americanas, ainda hoje, continua o costume anacrônico do uso da
cartola e do chapéu "tricórnio".
No seu livro de mestre, Oswaldo Wirth liga o chapéu à primeira séfira de "Kether",
dizendo, simbolicamente, que todo o interesse do chapéu limita-se ao de substituir a
coroa, isto é, Kether, a primeira séfira dos cabalistas. Emblema de sabedoria, tem ela a
missão de fazer compreender aquele que o usa, que não é um chefe com poderes para
comandar arbitrariamente, segundo suas apreciações pessoais. Um soberano deve reinar e
não exercer um comando. Ora, não se reina senão traduzindo a vontade geral. O mestre,
portanto, não dirigirá a loja conforme a sua idéia, mas há de se inspirar nas aspirações
mais elevadas da coletividade. É a idealidade coletiva que forma o diadema luminoso,
coroamento de árvore dos sefirots, que servia para lembrar o tricórnio, chapéu de três
bicos, do mestre da loja.
Em nossos dias, nas lojas latinas, os mestres só se cobrem para trabalhar no terceiro
grau, com exceção do Brasil, que devido neste país existir o rito, ou melhor dizendo, a
maçonaria Adonhiramita, que após a sua nova nomenclatura dos graus trinta e três, todos
os mestre passaram a usar o chapéu, desde a loja de aprendiz até a loja de mestre, graças
ao excelso Conselho da maçonaria Adonhiramita. Todos, assim, afirma, que são capazes
de segurar o primeiro malhete e de comportar-se, quando for o caso, como dignos
soberanos iniciáticos. "Sabendo fazer abstração de si, o mestre torna-se, efetivamente,
apto a reinar, não como déspota ou como potentado vulgar, mas como adepto da arte real,
digno de ocupar o trono de Salomão, o mais sábio dos reis".
O homem que domina a si mesmo e não sofre nenhum arrastamento, eleva-se à
realeza dos iniciados. Como ninguém o manda, está livre, determinando-se apenas sob a
influência da razão mais esclarecida.
Todo mestre deve esforçar-se para realizar este ideal, que lhe confere importantes
prerrogativas, das quais o porte do chapéu classifica-o em pé de igualdade, como
psiquico-espiritual.
Em resposta a uma consulta feita por uma loja, o "Boletim da Grande Loja da
França", de setembro de 1936, que refere-se aos supracitados comentários de Oswaldo
Wirth, acrescentando que o uso do chapéu pelo venerável, enquanto os demais irmãos
permaneciam descobertos, "não pode ter sido espalhado no continente a não ser como
uma imitação de um costume inglês". E no boletim citado, o irmão Felix Mellon diz que

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o porte do chapéu nas lojas pelos ingleses foi um costume geral daquele país, seja nas
assembléias religiosas, seja nas assembléias laicas, o que pode ser comprovado por uma
pesquisa nos museus ou nas coleções de gravuras do século XVIII. Desta forma, a
maçonaria inglesa teria seguido um costume secular que a maçonaria francesa continuou.
E o referido articulista cita várias assembléias em que os dignatários têm a cabeça coberta
com os chapéus de época. Refere-se, também, ao uso que os homens conservaram, depois
do édito de tolerância de 1787, em favor dos protestantes, de permanecerem cobertos
durante o culto. Este costume existe não somente entre os judeus, mas, também, entre
quase todos os povos orientais. E assim que o grande enciclopedista Mackey escreveu:
"Tirar o chapéu na presença de superiores foi considerado, entre todas as nações cristãs,
uma demonstração de respeito e reverencia". Nas nações orientais, descobrem-se a
cabeça. O contrário disto, também, é verdadeira; e conservar a cabeça coberta, enquanto
todos ao redor estão descobertos, é sinal de superi9ridade de posição social ou de cargo.
O rei permanece coberto, ao passo que os cortesãos que estão ao seu redor, tiram o
chapéu.
Os altos graus têm várias coberturas, como capacetes, barretes, mitras, solidéus, e
outras, usadas em várias cerimônias maçônicas pelos presidentes, vigilantes e maçons dos
diferentes graus nas solenidades privadas. O chapéu, então, deve estar sempre na cabeça,
salvo se um mais graduado em cargo ou grau estiver descoberto.
Após darmos algumas definições sobre o uso do chapéu em loja, com seu
desenvolvimento de um modo geral, daremos, agora, algumas definições sobre o
simbolismo das cores, focalizando, principalmente, a cor preta ou negra, por ser a cor
padrão-maçônica.

As Cores

Assim, na maçonaria, temos as cores, que é de uma importância extraordinária, de


vez que figuram na maior parte das decorações, como os graus e símbolos, tendo um
significado análogo aos que possuíam nos antigos mistérios.
Sem procurar o simbolismo das cores, um maçom jamais poderá compreender os
seus significados.
O preto é o emblema da destruição e da morte, em oposição a criação, a luz e a vida,
no dizer do irmão Frau Abrinos, enciclopedista maçônico. As colunas do templo, situadas
no ocidente da loja, representam os dois princípios, devendo, assim, serem pintadas, uma
de preto e a outra de branco. O preto é a cor do luto e da tristeza, que atormenta o todo
iniciado, quando acredita que seu desejo de exelsitude, o seu sacrifício e o seu ardor, têm
sido em vão. O preto, é assim, a cor do elemento terra, bem como o azul, elemento ar, o
vermelho, fogo e o verde, elemento água.
Da equivalência do preto, temos a escuridão, ou seja, a falta de luz, as trevas, e,
consequentemente, no sentido figurado, é a ignorância. A escuridão tem sido, em todos
os sistemas iniciáticos, considerado um símbolo do conhecimento. Daí a regra de que os
olhos não podem ver até o coração, constituindo a verdadeira natureza daquelas belezas,
que constituem os mistérios da Ordem.
Nos antigos mistérios, o aspirante era sempre amortalhado na escuridão, como um
passo preparatório para o recebimento da luz ampla do conhecimento. O tempo deste

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confinamento na escuridão e na solidão varia nos diversos mistérios das ordens
iniciáticas. Vemos, entre os druidas da Bretanha, o período de iniciação era de nove dias
e nove noites. Os mistérios gregos, era de três vezes nove dias e noites. Enquanto que,
entre os persas, de acordo com Porfirio, estendiam-se pelo período de cinqüenta dias de
escuridão, solidão e jejum. Isto, porque, de acordo com todas as cosmogenias, a escuridão
existia antes de ser criada a luz. E, assim, a escuridão foi adorada, na origem, como o
primogênito e como o progenitor do dia e do estado da existência, antes da criação.
A maçonaria restaurou a escuridão em seu verdadeiro lugar, como um estádio de
preparação. O símbolo dos períodos distantes da criação e do qual saiu a ordem divina, o
estado do nada antes do nascimento e da ignorância e antes do recebimento da luz. É daí,
nos mistérios, o abandono do aspirante, a solidão e a escuridão, chamada, para ele, ato de
regeneração, dizer-se ter nascido de novo ou de ter-se ressuscitado da morte. Portanto, é
na maçonaria a escuridão que envolve o pensamento do não iniciado, que é removida
pelo resplandecente fulgor da luz maçônica. Por isso, os maçons são chamados, com
muita propriedade, de filhos da luz.
Ora, vejamos o que diz a Bíblia, a respeito dos caos e das trevas, o que, para nós,
tem a equivalência do preto ou mesmo a escuridão. Do caos ou das trevas, revezam-se a
luz, ou seja, o dia e a noite, segundo o Gênese, capítulo 1, versículo 5. As trevas foram
criadas por Deus, segundo os Salmos 103, versículo 2º. Isaías, capítulo 45, versículo 7, da
força libertadora, que tinha seu ungido para liberar Israel e por isso da necessidade de
uma força divina a fim de cumpri-la. E disse Deus: "Eu formo a Luz e crio as Trevas,
faço a Paz e mando castigar os povos. Eu sou o senhor que faço essas coisas". Segundo
Daniel, capítulo 3, versículo 72, fez Nabucodonosor a estátua de ouro e pôs no campo de
Dura, província da Babilônia, e disse Daniel: "A Luz das Trevas bendizei-o o Senhor
Segundo Job, capítulo 1º, versículo 21: "Minha alma tem tédio à minha vida,
soltarei a minha língua contra mim; e falarei da minha amargura da minha alta antes que
não mais tornar a esta vida terrena, para aquelas tenebrosas e cobertas de escuridão pela
morte. Job, capítulo 15, versículo 23, respondendo a Elifas de Termam, disse quando se
move para buscar o pão, julga que o dia das trevas está preparada na sua mão.
Continuando Job nos capítulos 17, versículo 12:
o meu espírito vai-se consumindo, os meus dias abreviaram-se e só me resta o sepulcro,
converteram para mim a noite e o dia de novo, depois das trevas, espero a luz.
Todavia, vemos que obscuros são os caminhos que conduzem a Deus.
Vemos, então. no êxodo, capitulo 2º, versículo 21: "Eu sou o senhor teu Deus, que
te tirei da terra do Egito" e o povo ficou longe e Moisés aproximou-se da escuridão, em
que Deus estava.
No Deuterônimo, capitulo 4, versículo 2 e no capítulo 5, versículo 22: e agora, ó
Israel ouve os preceitos e as determinações que eu te ensino, para observando-se os vivas
e entre em posses da terra, porque o Deus de nossos pais nos manda dar; e vós
aproximaste-os das fraldas dos montes em que ardia até o céu; e havia nele trevas, nuvens
e escuridão. Moisés convocou toda Israel, e disse-lhe: "ouve Israel, as cerimonias e as
ordenações, que eu hoje intimo aos teus ouvidos; aprendeis, pondo em práticas estas.
palavras disse o senhor a toda a multidão sobre o monte, no meio do fogo e da nuvem, e
da escuridão, com voz forte sem juntar mais nada; e as escreveu em duas tábuas de pedra
que me entregou. Por vemos, que no céu junto de Deus, tudo é luz, é por isso, quem não

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está unido a Deus, anda em trevas, achamos isto equivalente ao maçom que viu a luz e o
profano que ainda não a viu, anda na treva e na ignorância.
No simbolismo da cor, o negro ou preto, costuma-se dizer que, se o branco é o
símbolo da verdade, o negro é, por oposição, o símbolo do nada e do que é falso. Isto é,
ao que nos parece, uma afirmação gratuita. Antecipadamente, porque o negro não é uma
cor, propriamente falando, e sim, uma tinta. Isto porque, o preto se aplica a muitas coisas,
conforme o fim a que se destina. Na arte heráldica, por exemplo, chamam-no saibro, e
significa: prudência, sabedoria e força na adversidade. Nós sabemos, também, que o
negro tem uma nuance Krishna, o mais belo dos deuses e que Osiris e Isis, divindades
benfazejas egípcias, eram geralmente vestidas de negro. Em todo caso, o negro representa
os sentimentos profundos, e, assim, como o vermelho, cor de nosso sangue, que é um
antídoto àquelas cores em que se encontra freqüentemente associado, o negro predispõe
às ciências, e, também, ao amor ardente.
Como vemos, não é atoa que os triângulos entrelaçados, que, por sinal, é um signo
mágico, chamado estrela ou signo de Salomão, compondo-se de um branco e de outro
preto, em que no ocultismo, tem-se como dualidade da vida, sintetizando a matéria e o
espírito, bem como a vida e a morte, e outras tantas designações.
É por isso que a maçonaria tem por princípio, desde a antigüidade, fazer suas
iniciações à noite, que é, no dizer de Hesiodo, que a noite tem uma relação com o
princípio passivo e feminino e inconsciente. Por isso a classifica como mãe dos deuses. E
a maçonaria chama os seus adeptos de nascidos da noite, como os filhos da luz. Como ele
afirma que é opinião dos gregos, que a noite e as trevas são preciso na formação de todas
as coisas. E como a água tem um significado de fertilidade, virtualmente, de semente.
Como o estado prévio, não é dia, porém o promete e prepara, tem o mesmo sentido que a
cor negra, ou seja, o símbolo da morte, da doutrina tradicional.
Gomo podemos ver, nestes arrazoados, cheios de citações referentes a cor negra, ou
chamada, também, de preto, e reconhecida como trevas, escuridão, solidão, isto é, como
em princípio, tanto profano, como bíblico e esotérico, a fim de sintetizarmos, esta cor, a
preferida na maçonaria, como, também, no clero secular e entre os rabinos judaicos.

O Balandrau

Não podemos deixar de incluir neste trabalho o uso do balandrau, como traje
maçônico, do qual, em tempo, daremos um breve relato a seu respeito.
O BALANDRÁU é uma espécie de opa, ou beca com mangas. O balandrau é uma
peça fechada até o pescoço, sendo confeccionada de tecido preto, que pode variar, de
acordo com o clima.
O balandrau é usado por certas irmandades em atos religiosos, tendo sido adotado
como vestuário pelos irmãos de várias lojas do Brasil.
O balandrau do irmão esperto é bastante comprido. É munido de uma capa, ou
mantelete, e de um largo capuz, a fim de não ser reconhecido pelos profanos, antes de
receberem a iniciação maçônica.
O uso do balandrau, segundo nos parece, é uma peculiaridade da maçonaria
brasileira, de vez que nenhum autor, ou dicionarista maçônico, fora do Brasil, refere-se a
ele como indumentária maçônica. A nosso ver, o uso do balandrau remonta à última

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metade do século XIX, tendo sido introduzido na maçonaria pelos irmãos que faziam
parte, ao mesmo tempo, de irmandades católicas e de lojas maçônicas, irmãos estes que
foram o pivô da famigerada "questão religiosa".

O Avental

O avental é um dos símbolos mais importantes da maçonaria. Entre os Essênios, era


um dos objetos que se entregavam aos neófitos, sendo sua cor branca. A representação
geral do avental na maçonaria é a do trabalho. Sua forma e cores varia nos diversos graus.
Muitos veneráveis e oficiais de loja estão na crença de que podem dispensar o uso do
avental de seu grau e que é suficiente a jóia distinta do cargo para poder entrar nos
trabalhos. Isto é um erro e uma falta. O avental, símbolo do trabalho, é o único distintivo
para o maçom entrar nos tempos e tomar parte nas lides, sendo, por conseguinte,
indispensável para todos os irmãos, inclusive para o venerável e dignatários. As jóias dos
graus dos cargos são tão-somente a condecoração, enquanto que o avental é o verdadeiro
vestido maçônico. Nas lides dos altos graus, os irmãos estão dispensados de vestir o
avental, porque, simbolicamente, o trabalho acabou para eles. Mas, nos trabalhos
simbólicos, onde os mesmos têm força e vigor, o avental é obrigatório.
O avental de pele branca é a insígnia do maçom.
Nem nu, nem vestido, despojado das coisas de brilho enganador, o candidato à
iniciação, depositando toda a confiança em Deus, segue com passo afoito o seu guia e
nada receia!

À GL DO GR ARQ DO UNIV

VENERAB - Meus IIr, o 1º Vig, guarda da vossa Col, vai proferir a Primeira
Instrução. Ouvi e meditai sobre suas palavras.
1º VIG - Meus IIr, como é do vosso conhecimento, foi empregado um número
imenso de OObr na construção do Templo de Salomão. Eram, na sua maior parte,
AApr e CComp. Os AApr recebiam, semanalmente, uma ração de trigo, de vinho e
azeite; os CComp tinham seus salários pagos em dinheiro. Ao entrarem no Templo de
Jerusalém, tinham a sua atenção despertada, particularmente, ao passarem pelo pórtico,
por duas grandes colunas, denominadas J e B
- A altura dessas colunas era de dezoito côvados, a circunferência de doze e um diâmetro
de quatro. Eram ôcas, a fim de servirem de arquivo para a fraternidade pois dentro delas,
se depositavam os registros constitucionais. Suas paredes tinham a espessura de quatro
polegadas. Essas colunas foram feitas de bronze, nos terrenos argilosos das margens do
Jordão, entre Succoih-Zeradatha, onde Salomão ordenara fossem fundidos todos os vasos
sorados, sob a direção geral de Adonh.
- Encimando as colunas viam-se capitéis, de cinco côvados de altura; cercados por um
delicado rendilhado de bronze e ornados de lírios e romãs. O rendilhado, pela conexão de
suas malhas, significa UNIDADE, UNIÃO HARMONIA, os lírios, pela sua brancura,
simbolizam PUREZA, CARIDADE, INOCÊNCIA e, as romãs, pela exuberância de suas

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sementes, ABUNDÂNCIA, FELICIDADE.
- Além disso, as colunas eram encimadas por duas esferas, uma representando o mapa do
globo terrestre e a outra, a do globo celeste, ambas assinalando a UNIVERSALIDADE
DA MAÇONARIA.
Foram colocadas à entrada do Templo, como recordação aos filhos de Israel da coluna
milagrosa de fogo, que os iluminou, na fuga da escravidão egípcia e das nuvens que os
ocultaram no Faraó e das tropas enviadas para capturá-los.
Assim, quando entrassem no Templo para celebrar o culto divino, eles teriam, sempre,
diante dos olhos, a lembrança da redenção de seus antepassados.
Depois de passarem por entre essas colunas, nossos antigos IIr chegavam ao pé de uma
escada em caracol, cuja ascensão lhes era obstada pelo 2º Vig, que lhes exigia o T, o
S e P dos 1º e 2º Graus.
A P de P significa - ABUNDÂNCIA - e está representada, no Painel da Loja do 2º
Grau, por uma espiga de trigo junto de uma queda d'água. A palavra SC tem sua
origem na época em que um exército dos Efrainitas atravessou o Rio Jordão, para
combater Jefté, famoso general Gleadita. O pretexto dessa desavença foi não terem os
Efrainitas sido convidados a participarem da honra de guerra Amonita; sua verdadeira
causa, porém foi a captura dos despojos de que, em conseqüência dessa guerra, Jefté e
seu exército se tinham apoderado. Os efrainitas, foram sempre tidos como um povo
turbulento e sedicioso, porém, só romperam as hostilidades em virtude dos insultos
pesados que lhes dirigiam os Gleaditas. Daí, juraram exterminá-los.
Jefté tentou, por todos os' meios, apaziguá-los; vendo porém, que isso era impossível,
avançou com seu exército, deu-lhes combate, derrotou-os e os pôs em fuga.
- Para tornar decisiva sua vitória, precavendo-se contra futuras agressões, enviou desta-
camentos para guardar a passagem do Jordão, por onde deveriam vir, forçosamente, os
insurretos de regresso a seu país. Deu ordens severas para que fosse executado todo o
fugitivo que, por aí passasse e se confessasse Efrainita.
- Aqueles que negassem ou usassem de subterfúgios, ordenava que pronunciassem a
palavra SC. Os Efrainitas, por defeito vocal, próprio de seu dialeto, não pronunciavam
SC, mas SI.
- Deste modo, a ligeira diferença de pronúncia descobria sua nacionalidade e custou-lhes
a vida. As escrituras dizem que morreram, no campo de batalha e nas margens do Jordão,
42.000 Efrainitas, e, como SC foi, então a palavra que serviu para distinguir amigos de
inimigos, Salomão resolveu adotá-la como P de P dos CComp. Depois de nossos
antigos IIr darem as provas que lhes eram exigidas pelo 2º Vig, este lhes dizia:
"Passai SC". Então, subiam a escada em caracol, constituída por 3, 5 e 7 ou mais
degraus, porque TRÊS governam a Loja; CINCO a constituem e SETE, ou mais, a
tornam perfeita. Os três a governarem são: o Ven Mest e os dois VVig; os cinco
que a constituem são: os três que a governam e mais dois Companheiros; os sete que as
tornam perfeitas são dois AApr, adicionados aos cinco que a constituem. Três

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governam uma Loja porque três foram os Grão-Mestres que presidiram à construção do
primeiro Templo de Jerusalém: SALOMÃO, rei de Israel; HIRAM, rei de Tiro e
ADONHIRAM.
- Cinco constituem a Loja, em consideração às cinco ordens nobres da arquitetura:
TOSCANA, DÓRICA, JÔNICA, CORÍNTIA e COMPOSITA.
- Sete Mestres ou mais a tornam perfeita, porque Salomão gastou mais de sete anos na
construção, acabamento e consagração do Templo de Jerusalém ao serviço de Deus. Há,
também, neste número, uma alusão as sete artes e ciências: GRAMÁTICA, RETÓRICA,
LÓGICA, ARITMÉTICA, GEOMETRIA, MÚSICA e ASTRONOMIA.
- Após haverem atingido o cimo da escada, nossos antigos IIr se encontravam diante da
porta da Cam do Meio que encontravam aberta, porém, simbolicamente fechada pelo 2º
Vig, para todos os que estivessem abaixo do Grau de Comp.
Pedia-lhes o S, o T e PP de Comp, o 1º Vigilante dizia-lhes: "Passai B".
Passados para a Cam do Meio do Templo, suas atenções eram despertadas por certos
caracteres hebraicos que atualmente são representados em Loja, por um triângulo
equilátero, tendo no centro a Letra "G" (IOD), que significa "DEUS", o Grande Geômetra
do Universo, a quem devemo-nos submeter e a quem devemos, humildemente, venerar.
- Ainda há muitas interpretações simbólicas deste emblema, cada qual mais bela; isso,
porém, constituirá uma Instrução, que recebereis mais tarde.
A lenda da escada em caracol pode, também, ser considerada como alegoria, na qual um
jovem, tendo passado a sua adolescência como Apr e sua virilidade como Comp,
tenta, ousadamente, avançar e subir, apesar do caminho ser tortuoso e a subida difícil, na
esperança de, pela diligência e pela perseverança, chegar à idade madura como um
esclarecido Mestre. Nossos antigos IIr foram obreiros da pedra; isso, para eles era um
trabalho ambicionado, uma obrigação religiosa e, a maravilhosa habilidade que possuíam
revela-se, ainda hoje, nas monumentais construções do Velho Mundo. Essa perfeição,
porém, só era conseguida depois de um longo e acurado estudo. Eles viam na perfeição
encontrada, por toda a parte da Natureza, o ideal que se esforçavam por atingir na
confecção e no acabamento dos seus trabalhos.
Por essa razão, faziam da Geometria seu principal estudo, para que pudessem dar, a cada
detalhe de sua obra, as devidas proporções. Desde então, a Geometria ficou sendo o
estudo mais acurado que deve fazer um Com e que será sempre de grande valia. Do
mesmo modo que os nossos antigos IIr hauriram na Natureza sua inspiração, eu vos
aconselho a estudardes nesse Grande Livro, perscrutando-lhe os seus mais profundos
recessos e esforçando-vos em desvendar os seus mistérios até que, ajudados pela Luz da
razão e da ciência, possais vencer as inúmeras dificuldades encontradas em vosso
caminho.
Possa vosso Espírito se enriquecer com tesouros extraídos das mais puras fontes da
Verdade e da Justiça e vosso Coração encher-se de Amor por todas as coisas que, na sua
Infinita Sabedoria, o Gr Arq do Univ criou.

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Estudai e preservai com paciência, para que, um dia, perfeitamente instruídos sobre os
mistérios do Segundo Grau, participeis dos trabalhos da Cam do Meio.
VENERAB - Meus IIr, ouvistes a Primeira Instrução do Grau de Comp dada por
nosso Ir 1º Vig.
- Ele vos apontou o caminho que tendes a seguir para chegardes, como nossos antigos
IIr, a tomar parte nos trabalhos dos Mestres.
- Não é sem muitas dificuldades que lá chegareis; espero, porém, com a maior alegria
que, fiel ao vosso Mestre a aos ensinamentos que tendes recebido nesta Loja, a honrareis,
correspondendo à confiança que depositamos em vós, desde o dia em que aqui batestes
com o fim de vos iniciardes e vos associastes aos nossos trabalhos.
- Está terminada a Primeira Instrução do Grau de Com.
- Rogo ao Gr Arq do Univ que vos ilumine, proteja e guarde.
Bibliografia:
- Manuel Del Companhiero - Magister - Ed. Kyer
- Ritual do Companheiro Maçom - Rito Adonhiramita - Editora GOB

A Gl DO GR ARQ DO UNIV

VENERAB - IIr, o 1º Vig, para que nos reunimos?


1º VIG - Para os instruirmos na Arte Real, entregando-nos ao estudo das
ciências que ela exige.
VENERAB - Sois Comp, Ir 1º Vig?
1º V1G- E V A E F
VENERAB - Como podeis justificar esta vossa afirmativa?
1º VIG - Porque adquiri consciência de mim mesmo; agora sei o que sou e
posso me pronunciar com segurança sobre o Grau que possuo.
VENERAB - Que é ser Comp?
1º VIG - É o Obr reconhecido apto para exercer a arte, senhor que é de sua
energia de trabalho. Ele tem por dever realizar na prática, o plano teórico traçado pelos
Mestres.
VENERAB - Porque consentistes em serdes recebido Comp?
1º VIG - Porque tinha desejo de conhecer os mistérios da natureza e da ciência,
bem como os significados da letra "IOD", que corresponde a nossa letra "G".

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VENERAB - Que significa a letra "G".
1º VIG - Geometria, Gravidade, Gênio, Gnose.
VENERAB - De que Geometria tratamos aqui, Ir 2º Vig?
2º VIG- Da aplicável à construção universal, da que nos ensina a POLIR o homem e a
torná-lo digno de ocupar seu lugar no edifício social.
VENERAB - Que relação existe entre a Geração e o Comp?
2º VIG O Comp é chamado a fazer OBRA de VIDA, pondo em ação sua energia
vital e aprofundando-se nos mistérios da existência. Ora, tudo isso tira-se origem da
Geração, cujas leis inspiraram as mais belas doutrinas da Antigüidade.
VENERAB - Em que pode a Gravidade interessar à Maçonaria?
2º VIG A atração universal, que tende a aproximar os corpos na ordem física, corres
ponde, na ordem social, a uma força misteriosa análoga que tende a reunião e, mesmo a
fusão, das almas. Corresponde a força que une os corações, que assegura a solidez do
edifício maçônico, cujos materiais são seres vivos, unidos indissoluvelmente pela
profunda afeição que sentem uns pelos outros. O Amor Fraternal é, na Maçonaria, um
princípio vital de Ordem de Harmonia e de estabilidade, assim como a Gravidade o é dos
corpos celestes.
VENERAB - Em que consiste o Gênio?
2º VIG - Na exaltação fecunda de nossas faculdades intelectuais imaginativas.
Desde que o Espírito, calculadamente, adquira a posse de si mesmo, não si dos limites do
talento que possa conter. Para chegar a ser gênio, necessário é que se abandone às
influencias superiores, que se entusiasme, que vibre aos acordes de uma Harmonia mais
elevada.
VENERAB - Que significa Gnose?
2º VIG - Em grego quer dizer "conhecimento". E o conjunto de noções comuns
a todos os Iniciados que à força de aprofundar, acabam por se encontrar na mesma
compreensão da causa das coisas.
VENERAB - Como fostes recebido Comp, Ir 1º Vig?
1º VIG - Passando da Col "J" para a Col "B".
VENERAB - Que representa essa passagem de uma para outra Col?
1º VIG- Uma modificação no programa Iniciático. Para receber seu salário junto à
Col "J", o Apr deve basear-se na razão, cujos clarões afugentam as trevas e fazem
discernir o erro. Após as purificações que, vitoriosamente, suportou conduzido para junto
da Col sem se afastar de seus hábitos de disciplina racional, deverá, para se tornar
perfeito pensador, exercitar sua imaginação e desenvolver sua sensibilidade. Depois de
ter aprendido a raciocinar corretamente pode, pela educação, elevar seu pensamento às
causas dos fenômenos.

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VENERAB - Que vos ensinaram no decorrer de vossas viagens de Comp?
1º VIG - A me servir de utensílios precisos, para transformar a PEDRA
BRUTA em PEDRA CÚBICA, talhada de acordo com as exigências da ARTE.
VENERAB - Quais são esses instrumentos?
1º VIG - A princípio o MAÇO e o CINZEL, em seguida a RÉGUA e o
COMPASSO e depois a ALAVANCA e, finalmente, o ESQUADRO.
VENERAB - Que significa o MAÇO e o CINZEL?
1º VIG - Como instrumentos destinados a desbastar a Pedra Bruta, nos
mostram como devemos corrigir nossos defeitos, tomando resoluções sábias (CINZEL),
que uma determinação enérgica (MAÇO) põe em execução.
VENERAB - Que relação existe entre a RÉGUA e o COMPASSO?
1º VIG - A Régua, permitindo traçar linhas retas, que podem prolongar ao
Infinito, simboliza o direito inflexível, a lei moral no que ela tem de mais rigoroso e
imutável. A esse ABSOLUTO se opõe o círculo de relatividade, cujo raio se mede pelo
afastamento das pernas do compasso. Ora, como nossos meios de realização são
limitados, devemos traçar nosso programa de trabalho tendo em conta, não só a idéia do
ABSTRATO que incumbe seguir (RÉGUA), como a REALIDADE CONCRETA
(COMPASSO), com as quais estamos habituados.
VENERAB - A que alude a ALAVANCA, Ir 2º Vig?
2º VIG- Ao poder irresistível de uma Vontade flexível quando, inteligentemente
aplicada.
VENERAB - Porque a RÉGUA deve se juntar à ALAVANCA?
2º VIG- Porque a Vontade só é invencível quando posta ao serviço do direito absoluto.
VENERAB - Qual a importância do ESQUADRO?
2º VIG- Permite controlar o corpo das pedras que devem ser estritamente retangular,
para se ajustarem, com exatidão, entre si. Assim, simbolicamente, o Esquadro determina
as condições de solidariedade. Símbolo da Sabedoria, nos ensina que a perfeição consiste,
para o indivíduo, na justeza com que se coloca na sociedade.
VENERAB - Porque a última viagem do Comp deve ser feita sem instrumentos de
trabalho?
2º VIG- Porque a sua transformação em PEDRA CÚBICA está completa e, assim, não
mais tem de se preocupar com o seu aperfeiçoamento. Cabe-lhe, desde então se
concentrar e observar, tornando-se acessível aos clarões intelectuais que devem iluminar,
progressivamente, o seu entendimento.
VENERAB - Como um Comp  se faz reconhecer, Ir 1º Vig?
1º VIG- Por u S, dd PP e u T

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VENERAB - Que significa a P de P?
1º VIG - Numerosos como as espigas de trigo, FARTURA, ABUNDÂNCIA e, daí ser
representada no Painel da Loja por uma espiga de trigo.
VENERAB - E qual a origem desta P, como P de P?
1º VIG - Em uma guerra contra os Efrainitas, JEFTÉ, tendo os vencidos e postos em
fuga, mandou guardar as passagens do rio Jordão, com ordens terminantes para que
fossem mortos todos os Efrainitas, que ousassem atravessá-las para voltar ao seu país.
Como não falavam a língua dos Israelitas, ordenou Jefté que os fizessem pronunciar a
palavra SC que os Efrainitas, por defeito de dialética, pronunciavam SI. Essa
diferença de pronúncia foi fatal a 42.000 Efrainitas que foram massacrados, à medida que
se apresentavam para voltar à pátria.
VENERAB - E, para nós, esta P não tem uma significação mais iniciática?
1º VIG - Traduzida, pode se relacionar com os mistérios de Ceres, cujo
simbolismo era agrícola, embora o iniciado devesse, em Eleusis, sofre alegoricamente, a
sorte do grão de trigo que morre, no inverno, sob a terra, para renascer, na Primavera, sob
a forma de planta nova.
VENERAB - Dai-me a P S, Ir 2º Vig.
2º VIG - (Dá a P regularmente).
VENERAB - Que quer dizer esta P?
2º VIG - Perseverança do Bem.
VENERAB - Que relação existem entre as CCol e o salário que recebem o Apr e o
Comp ?
2º VIG - Erguidas de cada lado da entrada principal do Templo de Salomão,
correspondem aos obeliscos dos santuários egípcios. Eram como estes, cobertas de
hieróglifos ou ideogramas que os Iniciados deviam aprender a decifrar o sentido. É, pois,
sua instrução iniciática e não um sal que o Apr e o Comp vão receber junto às
CCol.
VENERAB - Como eram compostas essas CCol?
2º VIG - Eram de bronze para indicar que os princípios da Iniciação são imutáveis e
que se transmitem de uma a outra civilização.
VENERAB - Quais as dimensões dessas CCoI?
2º VIG - De dezoito côvados de altura, sem contar o capitel, que media cinco. Além
disso, havia um rendilhado de doze côvados, cercando cada Col. Os capitéis
terminavam em calota esférica, cercado de uma dupla fila de romãs. Essas proporções
dão às CCol um aspecto fálico e as aproximam dos numerosos monumentos
consagrados ao Poder Gerador Masculino.
VENERAB - Qual a espessura das CCol, segundo as tradições maçônicas?
19
2º VIG - Quatro polegadas, porque se as supõe ocas para guardar os tesouros e as
ferramentas dos AApr e CComp.
VENERAB - Que representa o tesouro oculto nas CCol?
2º VIG - A Doutrina Iniciática, cujo reconhecimento estará reservado aos que não
param na superfície e sabem se aprofundar.
VENERAB - Porque a marcha do Comp comporta passos laterais?
2º VIG - Para indicar que o Comp não está obrigado a seguir, invariavelmente, a
mesma direção. Para que possa colher a verdade, por toda a parte, lhe é permitido afastar-
se do caminho normalmente traçado. A exploração do mistério, porém, não o deve
desorientar e, por isso, todo afastamento momentâneo da imaginação deve ser seguido de
um pronta volta à retidão do raciocínio.
VENERAB - Quais são, Ir 1º Vig, os ornamentos de uma Loja do Comp?
1º VIG - O Pavimento Mosaico, a Estrela Flamígera ou Rutilante e a Orla Dentada,
Venerab Mestr.
VENERAB - Para que servem?
1º VIG - O Pavimento Mosaico é o soalho do grande pórtico; a Estrela Rutilante
brilha ao centro da Loja para iluminá-la; e a Orla Dentada limita e decora as
extremidades.
VENERAB - Que representa o Pavimento Mosaico?
1º VIG - Seus ladrilhos de iguais dimensões, alternativamente brancos e pretos,
traduzem a rigorosa exatidão que a tudo equilibra no domínio de nossos sentimentos,
submetidos, fatalmente, à Lei dos contrastes.
VENERAB - Que relação existe entre o Pavimento Mosaico e o Comp?
1º VIG - Qual o operário aplicado à realização da GRANDE OBRA, o Iniciado no
segundo Grau deve estar compenetrado do interesse de prosseguir na conquista de uma
felicidade contínua e sem mescla. Uma felicidade que se perpetue e que não seja
perturbada, não pode, como tal, ser aniquilada; transforma-se em suplício, porque ela
fatiga e conduz ao aniquilamento, à morte. A nossa vida consiste na ação da luta contra
todos os obstáculos, no trabalho penoso, mas perseverante, empreendido por um ideal a
realizar. O esforço, sofrimento provado, é o prêmio da vida, cujas alegrias são
extremamente proporcionais às ações empregadas para possuí-las.
VENERAB - Porque a Estrela Flamígera é o símbolo do Comp ?
1º VIG- Porque o Comp é chamado a tornar-se um fogo ardente, fonte de luz e de
calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem reservas,
mas com discernimento, de uma inteligência verdadeiramente esclarecida, porque está
aberta a todas as compreensões.
VENERAB - Porque a Estrela Flamígera é de cinco pontas, Ir 2º Vig?

20
2º VIG - Para figurar os quatro membros do homem e a cabeça que os governa.
Esta, como centro das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da
matéria. Assim, a Estrela Flamígera é mais, particularmente, símbolo do poder da
Vontade.
VENERAB Que lugar ocupa a Estrela Flamígera, em relação ao Sol e à Lua?
2º VIG - Está colocada entre esses corpos de maneira a formar um triângulo.
VENERAB - Por quê?
2º VIG - Porque a Estrela Flamígera irradia a luz do Sol e da Lua, afirmando
que a Inteligência, ou a compreensão, procede igualmente da Razão e da imaginação.
VENERAB - Que entendeis por Orla Dentada?
2º VIG - E o lambrequim que cerca o teto da Loja. Por cima desse lambrequim
corre a corda formada por uma série de nós - os laços de amor. É a cadeia de União cujas
extremidades, desfiadas em borlas, se reúnem próximo às duas CCol. O todo é o
emblema dos laços que unem todos os Maçons para constituírem uma única Família
sobre a Terra.
VENERAB - Há outras Jóias na Loja?
2º VIG- Sim, Venerab Mestr, três móveis e três imóveis.
VENERAB - Quais são as móveis?
2º VIG - O Esquadro, insígnia do Venerab Mestr, o Nível, que decora o 1º
Vig e o Prumo de que me acho revestido.
VENERAB - Porque são Jóias móveis?
2º VIG - Porque, além de passarem a novos serventuários, o Esquadro controla
o talhe das pedras, de que o Nível assegura a posição horizontal, enquanto que o Prumo
permite que sejam colocadas verticalmente.
VENERAB - Sob o ponto de vista moral, essas Jóias significam alguma coisa, Ir 1º
Vig?
1º VIG - O Esquadro nos induz a corrigirmos os defeitos que nos impeçam de manter,
firmemente, nossa posição na construção humanitária; o Nível exige que o Maçom tenha
como iguais a todos os homens, enquanto o Prumo incita o Iniciado a elevar-se acima de
todas as mesquinharias, fazendo-o conhecer o valor das coisas.
VENERAB - Quais são as Jóias imóveis?
1º VIG - A Pedra Bruta é a matéria sobre a qual se exercitam os AApr; a
Pedra Cúbica serve para os CComp ajustarem seus instrumentos e o Painel da Loja
permite aos MMestr traçar seus planos.
VENERAB - A que alude, essas Jóias imóveis?
1º VIG - A Pedra Bruta representa o homem grosseiro e ignorante, suscetível,
21
porém, de ser educado e instruído; a Pedra Cúbica, figura o Iniciado que, livre de erros e
de preconceitos, adquiriu os necessários conhecimentos e a habilidade para participar,
utilmente, da GRANDE OBRA DE CONSTRUÇÃO UNIVERSAL; O Painel da Loja,
relaciona-se com os MMestr, cuja autoridade se baseia no talento, de que dão provas e
no exemplo que devem dar.
VENERAB - Quantas são as janelas que iluminam uma Loja de Comp, Ir 2º
Vig?
2º VIG - Três, Venerab Mestr, situadas, respectivamente, ao Or, ao Sul e ao
Oc
VENERAB - Por que no Setentrião não existe janela?
2º VIG - Porque a luz nunca vem dessa direção.
VENERAB - Para que servem as janelas?
2º VIG - Para iluminar os OObr quando entram, ou saem, da Loja.
VENERAB - Onde têm assento os CComp?
2º VIG - Ao Sul, Venerab Mestr.
VENERAB - Como deve trabalhar um Comp ao lado do seu Mestr?
2º VIG - Com liberdade, alegria e fervor.
VENERAB - Qual é a idade de um Comp?
2º VIG - (Dá a idade).
VENERAB - A que se refere esse número?
2º VIG - À quintessência, concebida como espírito universal das coisas, ou como um
quinto princípio, reduzindo à unidade o quaternário dos Elementos. Alude, também, aos
cinco sentidos que revelam o mundo exterior, objeto de estudo do Comp, enquanto o
número três indica que o Apr deve se encerrar em seu mundo interior.
VENERAB - Recebestes vosso salário, Ir 1º Vig
1º VIG - Sim, Venerab Mestr e estou satisfeito.
VENERAB - Que mais esperais de vossos IIr?
1º VIG - Espero o momento em que, bem instruído sobre o que deve saber um Comp,
seja-me permitido participar dos trabalhos dos MMestr.
VENERAB - Está terminada a segunda Instrução do Grau de Comp, meus IIr.
- Que o Gr Arq do Univ continue dispensando sobre todos vós farta messe de
bênçãos e vos proteja, ilumine e guarde.

Bibliografia:
22
- Grau do Companheiro e seus Mistérios - Jorge Adoum - Editora Pensamento.
- Pequena História da Maçonaria - C. W. Leadbeater - Editora Pensamento.

À GL DO GR ARQ DO UNIV

VENERAB - Muitas vezes, freqüentemente mesmo, salteiam-nos à imaginação as


seguintes
perguntas:
- O QUE É A VIDA?
- PARA QUE SERVE ELA?
- QUAL O SEU FIM?
- A estas perguntas juntam-se, logo, outras menos transcendentais:
- POR QUE NÃO ACEITA O HOMEM A VIDA, COMO O FAZEM OS ANIMAIS?
TAL QUAL ELA SE APRESENTA? GOZÁ-LA DO MELHOR MODO, COM FELIZ
DESPREOCUPAÇÃO, NÃO SERIA MAIS PRÁTICO, MAIS ACERTADO, DO QUE
TORTURAR O ESPÍRITO QUERENDO PENETRAR NESSES MISTÉRIOS
INSONDÁVEIS?
- É bem verdade, meus IIr, que esta questão não preocupa, absolutamente, a grande
massa dos homens, dos que só querem que os deixem viver das satisfações materiais, não
cogitando daquilo que, em seu fraco entender, têm como supérfluo ou inútil.
- Há, entretanto, criaturas para as quais esses mistérios constituem uma verdadeira
obsessão. Preocupados com o enigma das coisas, QUEREM COMPREENDER e, pelo
incessante trabalho cerebral, buscam conhecer a existência dos mundos e dos seres
interrogando a Natureza, para arrancar-lhe seus segredos.
- Meditam sobre eles com o maior encarniçamento e, só se satisfazem, quando alguma
idéia nasce-lhes no cérebro, capaz de explicar, racionalmente, tudo quanto, até então,
observaram.
- Daí, desses esforços, surgiram os sistemas filosóficos e religiosos que, tidos e
propagados como doutrinas verdadeiras, procuram corresponder à NECESSIDADE DE
SABER, inata do homem.
- Embora concebidos com sinceridade, esses sistemas são errôneos porque se originam de
convicções e concepções HUMANAS, falíveis portanto, como tudo que é humano.
- Para formulá-los com acerto, necessário seria a posse da Verdade, que ninguém ainda
conseguiu.
- Deste modo, persiste o mistério, apesar dos ingentes esforços com que os homens
tentam penetrá-lo. Seu domínio se alarga e recua, cada vez mais, à proporção que a
23
Humanidade avança no caminho da ciência e a medida que os investigadores se lhe
aproximam para desvendá-lo
- Iludir-se quanto a isso, é uma característica peculiar dos espíritos tacanhos.
- O sábio, o pensador, o verdadeiro Iniciado humilha-se sempre, quando em presença de
uma Verdade que ele reconhece superior a sua compreensão. Assim, esquiva-se de ser o
instrutor das multidões, porque jamais poderia conscientemente, satisfazer-lhes a justa
curiosidade e, na impossibilidade material de fazê-las compreender o seu erro e, muito
menos de conduzi-las ao único caminho da Verdade, as abandona às suas grosseiras
fantasmagorias. O Iniciado, porém, tem o estrito dever de correr em auxilio de todos os
que julgar INICIÁVEIS, dos que independentes, se revoltam contra a tirania
arbitrariedade dos sistemas em uso. Estes merecem que se lhes ensine a procurar o
VERDADEIRO sem preocupação nem esperança de triunfo, só alcançada pelo repouso
de uma inteligência satisfeita.
- NUNCA SABEREMOS, eis a Verdade!
- Entretanto, QUEREMOS SABER, buscando avidamente ADIVINHAR O ETERNO
ENIGMA, crentes que é este o nosso mais nobre e mais elevado destino.
- A VERDADE, esse mistério inatingível, que nos atrai com uma força irresistível, é
muito vasta, muito livre e muito sutil para se deixar prender, imobilizar e petrificar na
rigidez de um sistema, qualquer que ele seja.
- Os artifícios e as roupagens com que a revestem, para nela dar a conhecer, só servem
para deturpá-la, tornando-a, algumas vezes IRRECONHECÍVEL; por isso, tudo que se
procura objetivar com o auxilio de subterfúgios, será sempre reflexo ilusório, apagada
imagem da grande VERDADE, que o iniciado busca em vão contemplar, face a face.
- Para isso é que ele recebe a Iniciação, que ensina ao Com a, primeiro, olvidar tudo
aquilo que lhe não é próprio e, em seguida, a concentrar-se, descendo ao âmago dos
próprios pensamentos, a fim de aproximar da fonte fina da VERDADE, instruindo-se,
assim, não pelas sábias lições dos MMestr, mas pelo exercício da MEDITAÇÃO.
- Assim procedendo não conseguirá, naturalmente, aprender tudo quanto encerram os
livros e ensinam as escolas; mas para que sobrecarregarmos a memória, se nos
enganamos com o caráter ilusório do que nos parece verdadeiro? O simplesmente
ignorante está mais próximo da Verdade, que o fátuo que se jacta de uma ciência
enciclopédica, apoiada unicamente em falsas noções.
- Ouvi, agora, com atenção, o final desta primeira parte de vossa última instrução, porque
ela condensa tudo quanto acabo de dizer-vos e, que recebida da tradição Iniciática,
através dos séculos, se conserva intacta, entre nós, para que a transmitamos aos
continuadores de nossas obra:
- EM MATERIA DE SABER A QUALIDADE SUPERA A QUANTIDADE.
- SABEI POUCO MAS, ESSE POUCO, SABEI-O BEM.
- APRENDEI, PRINCIPALMENTE, A DISTINGUIR O REAL DO APARENTE

24
- NÃO VOS DEIXEIS APEGAR ÀS PALAVRAS, ÀS EXPRESSÕES, POR MAIS
BELAS QUE PAREÇAM; ESFORÇAI-VOS, SEMPRE, PARA DISCERNIR AQUILO
QUE É INEXPLICÁVEL INTRADUZÍVEL, À IDEIA - PRINCÍPIO O FUNDO O
ESPÍRITO, SEMPRE MAL E, IMPERFEITAMENTE INTERPRETADO NAS FRASES
MAIS BURILADAS.
- É DESTE MODO, UNICAMENTE POR ESTE MEIO, QUE AFASTAREIS AS
TREVAS DO MUNDO PROFANO E ATINGIREIS A CLARIVIDÊNCIA DOS
INICIADOS.
- Estes, se distinguem pela penetração do espírito que possuem e, pela capacidade de
compreensão. Filósofos célebres e grandes sábios têm permanecido PROFANOS, por não
terem compreendido o que OBSCUROS PENSADORES conseguiram discernir por si
próprios, à força de refletirem no silêncio e no recolhimento.
- Para vos tomardes verdadeiros Iniciados, podeis ler pouco, mas pensai muito; meditai
sempre e, sobretudo, não tenhais receio de sonhar.
- Ir Orad explicai aos nossos IIr CComp, o que nos revela a tradição, sobre a
simbologia numérica do segundo Grau, de nossa Subl Ord.
ORAD - Ouvistes, meus IIr, as sábias palavras proferidas por nosso Venerab
Mestr, a respeito dos frutos da MEDITAÇÃO, obtidos por obscuros pensadores,
enquanto grandes sábios e filósofos eruditos nada conseguiram.
- DEVEIS MEDITAR SEMPRE E PROFUNDAMENTE, disse-vos ele. Qual, porém,
deve ser o objeto de vossas meditações?
Sobre o que meditar para fortalecer e engrandecer o espírito?
Meus lIr, uma vez que sois Maçons, começai por concentrar toda a vossa atenção sobre
a Maçonaria. Observai, minuciosamente, tudo quanto lhe diz respeito; meditai,
principalmente, sobre a SINGULARIDADE que nela encontrardes, pois não tem outro
fim, assevero-vos, que o de atrair a vossa atenção e despertar a vossa curiosidade. Todos
os nossos símbolos devem ser encarados sob este ponto de vista.
Quanto mais aprofundardes no estudo de nosso simbolismo, mais vos convencereis de
que ele foi arquitetado em dados abstratos, ou ontológicos, ligados, particularmente, às
propriedades intrínsecas dos números (Gnose Numérica).
- Como Apr, vos familiarizastes com o TETRADA Pitagórica, que vos mostrou, no
QUATERNÁRIO, a raiz e fundamento das coisas. O Comp prosseguirá nesse estudo;
partindo do QUATRO, para chegar, sucessivamente, a CINCO, ao SEIS e mesmo ao
SETE. Como Mestr, mais tarde, se apoiará sobre o que houver descoberto
relativamente ao SETE, para elevar-se ao OITO, NOVE e DEZ. Assim teremos:
- APRENDIZ 1, 2, 3, 4
- COMPANHEIRO 4, 5, 6, 7
- MESTRE 7,8,9,10
- A DÉCADA é, aqui, encarada como representando uma única NOVA. DEZ encerra,
25
pois, uma união completa, um ciclo fechado, ao qual nada há que acrescentar.
- Pitágoras ensinava que DEZ engendra QUATRO, pois 1 + 2 + 3 + 4 =
1º, graficamente figurado pelo triângulo, encerrando dez pontos dispostos
por 1,

 

  

   

- Outrora, um traçado destes provocava uma sucessão infinita


de idéias, todas lógicas e intimamente encadeadas. Ao Iniciado moderno
cumpre tornar a formar a Cadeia, que lhe servirá de fio de Ariadne, para guiá-
lo no labirinto dos conhecimentos Iniciáticos.
- Geometricamente, UM representa o ponto, DOIS a linha, TRÊS a superfície e
QUATRO o sólido, cuja medida é o cubo.
- UM, o ponto sem dimensões é, porém, o gerador abstrato de todas as formas
imagináveis. E o NADA contendo o TODO em potência, digamos o CRIADOR, o
Princípio anterior a toda manifestação, o ARCHEO, o OBREIRO por excelência.
- DOIS, a linha, nada mais é que UM, o ponto, em movimento, portanto a ação,
a irradiação a expansão ou a emanação criadora, o Verbo ou o Trabalho.
- TRÊS, a superfície, se apresenta como o plano em que se precisa de intenções,
em que o Ideal se determina e se fixa. É o domínio da lei necessária que governa toda a
ação, impondo a toda arte suas regras inevitáveis.
- QUATRO, o sólido ou, mais especialmente, o cubo, mostra a Obra realizada, através
da qual se nos revela a Arte, o Trabalho e o Obr.
- Em todas as coisas é preciso descobrir um QUATERNÁRIO, uma vez que nos
coloquemos sob o ponto de vista objetivo, porque o TERNÁRIO nos basta, se ficarmos
no domínio do Abstrato, ou do Subjetivo.

26
- O Comp, porém, não pode e nem deve se satisfazer com a concepção teórica; sua
função é REALIZAR, é lutar, constantemente, contra as dificuldades encontradas no
caminho e VENCÊ-LAS. Como realizador, QUATRO é o seu ponto de partida, ao passo
que o Apr tem no número TRÊS o número característico de seu Grau. O ideograrismo,
isto é, a expressão da idéia escrita, tem como base quatro sinais fundamentais:

O Círculo O Quadrado

O Triângulo A Cruz

que se referem à Unidade, ao Binário, ao Ternário e ao Quaternário.


Combinando-se, entre si, estes sinais, produzem uma série de ideogramas, cujo sentido se
revela pela análise de seus elementos componentes. Este, porém, é um estudo que não
cabe nesta Instrução. Entretanto seria de toda vantagem que os CComp se
aprofundassem no Simbolismo Hermético, para verificarem suas intimas relações com o
SIMBOLISMO MAÇÔNICO.
VENERAB - Am Ir Sec, como concebeis o Tetragrama?
SEC - O Ser dos Seres, o Ser em si, Aquele que é, encontra-se representando, na Bíblia,
por quatro letras que formam a PALAVRA SAGRADA, cuja pronúncia é proibida.

- "IOD", a primeira dessas letras, é a menor do alfabeto sagrado. É, apenas, uma vírgula
na qual se quis ver o órgão a criança. Voltamos, assim, ao ponto de vista matemático
concentrado, em seu NADA, toda a virtude expansiva do que DEVERÁ NASCER E SE
DESENVOLVER. "IOD" é, pois, a representação do princípio ativo, da causa agente e
significa, portanto, o ser que PENSA, que QUER, que MANDA. COMO a Col J
"IOD" simboliza o FOGO realizador (ARCHED), que se manifesta pelo artista, Obreiro,
27
Operador, Criador ou Gerador.
- "HE", segunda letra do Tetragrama, corresponde ao SOPRO que, saindo do interior,
espalha-se em derredor. Esta letra simboliza, pois, o SOPRO ANIMADOR, a VIDA
emanando de "IOD", para se propagar através do espaço, sob a forma de irradiação vital.
"HÉ", em suma, representa a vida que não é mais do que a ATIVIDADE exercida pelo
princípio criador e ativo. Sem "HE", "IOD" não seria ativo, não poderia EXERCER ATO
DE PENSAR. QUERER E MANDAR, porque "HÉ" é a expressão do TRABALHO, A
OPERAÇÃO ou o VERBO, tomado no sentido gramatical.
- "VAU" (ou "VÓ"), a terceira letra, tem, em hebraico, a mesma função de nossa
conjunção E. É o símbolo do que liga o abstrato ao concreto, o indivíduo ao coletivo
geral ou universal. Ora, aquilo que liga, que estabelece a união, nós denominamos MEIO
AMBIENTE, ATMOSFERA ANÍMICA, enfim, a relação estabelecida entre a CAUSA e
o EFEITO. "VAU", portanto se refere à LEI segundo a qual SE EXERCE a atividade,
isto é, a Arte e as regras ou condições necessárias ao Trabalho.
- "HÉ" se repete, no final do Tetragrama, para exprimir o resultado final da atividade;
TRABALHO EXECUTADO, OBRA EM VIA DE EXECUÇÃO. Em relação ao
princípio pensante, que quer e que manda ("IOD"), o segundo "HE" é o PENSAMENTO,
a IDEIA CONCEBIDA, a DETERMINAÇAO DADA ou ORDEM FORMULADA.
- Os espíritos superiores só se interessam pela OBRA REAL, ligada, pois, são incapazes
da cogitação do EFEITO e da CAUSA que, naturalmente, implica na manifestação do
QUATERNÁRIO resultante de toda e qualquer ação:
1º) Princípio ativo (SUJEITO)
2º) Atividade desenvolvida por esse princípio (VERBO)
3º) Aplicação da atividade que se regula e se adapta conforme o objetivo
4º) Resultado produzido (OBJETO)
VENERAB - Ven Ir 1º Vig, o que é a quintessência, sob o ponto de vista
hermético?
1º VIG- O SER se manifesta unicamente pela ação; NÃO AGIR equivale a NÃO
EXISTIR, porque aquele QUE EXISTE está em perpétuo trabalho. Nada é inerte, nada é
morto; tudo vive, os minerais e os corpos celestes, os vegetais e os animais. Entretanto, a
vida difere de um a outro reino da natureza; ela se hierarquiza em toda parte, segundo as
espécies e mesmo, segundo os indivíduos.
- É assim que, entre homens, uns vivem uma vida mais elevada e mais completa que
outros.
Essa vida, de uma ordem superior a comum, é proporcional ao desenvolvimento do
princípio da personalidade, porque o ser inferior não é senão um AUTÔMATO, que
reage MECANICAMENTE, sob a ação de forças que o tornam verdadeiro joguete. Sua
vida permanece MATERIAL ou ELEMENTAR porque resulta, unicamente da luta dos
Elementos, que se opõem, dois a dois, como indica o seguinte esquema.

28
AR

CORPO MATERIAL
ÁGUA FOGO

TERRA

- Daí se infere que o AR, leve e sutil, abranda, contrabalançando a atração da TERRA,
espessa e pesada, que embrutece e materializa. Fria e úmida, a ÁGUA contrai aquilo que
o FOGO, seco e quente, tende a dilatar. Estes elementos, que não mais podem ser
considerados como CORPOS SIMPLES, segundo a teoria antiga, todavia, devem ser
tidos como AGENTES COORDENADORES do mundo material. Foi pela sua ação que
se explicou o CAOS; por isso, eles dominam tudo quanto é material. Por mais potente
que sejam, entretanto, as forças exteriores, elas devem ser dominadas pela ENERGIA
que, tem sua sede na própria personalidade.
É por este motivo que o homem deve criar e desenvolver, em si próprio, um princípio
mais forte que os ELEMENTOS com os quais entra em luta nas provas Iniciáticas.
Enquanto combate, conserva-se Aprendiz; uma vez vencedor, torna-se Companheiro ou
Iniciado definitivo. O que triunfa, nesse momento, é o princípio da HUMANIDADE; o
homem, propriamente dito, domina o animal; CINCO se impõe ao QUATRO; a
QUINTESSÊNCIA prevaleceu sobre o QUATERNÁRIO dos Elementos.
Chegado à perfeição, o HOMEM-TIPO será exaltado sobre a cruz, para realizar o
mistério da redenção. A RAZÃO (LOGOS ou VERBO), resplandece nele, remediando o
obscurecimento do Instinto, causado pela queda. O estado de espiritualidade, de
iluminação é atingido, as trevas inferiores são dissipadas e é, então, que ASTRO
HUMANO, a ESTRELA FLAMIGERA brilha em todo o seu esplendor. Todavia, A ES-
TRELA FLAMÍGERA, este astro central da Loja de Companheiro, não tem um poder
iluminativo igual ao do Sol; sua luz é suave, não tem irradiações resplandecentes e é
facilmente suportada. Ela se condensa numa espécie de nimbo, que tem sido comparado a
uma flor desabrochada, representada por uma rosa de cinco pétalas.
Símbolo de quintessência, isto é, daquilo que o homem tem de mais puro e elevado, a
ROSA é unida à CRUZ, num emblema de pura espiritualidade, mas a respeito do que é
muito cedo, ainda, para falar-vos.
VENERAB.~ - Ven Ir 2º Vig, como podeis compreender O Hexagrama?
2º VIG - CINCO nasceu no centro do QUATRO; SEIS é constituído pelo ambiente
sintético, emanado de CINCO.
A atmosfera psíquica, que envolve nossa personalidade, se compõe, sob o ponto de vista
hermético, de ÁGUA vaporizada pelo FOGO ou ÁGUA ÍGNEA, isto é, o fluido vital
29
carregado de energias ativas.
Essa União do Fogo e da Água é representada, graficamente, por uma figura muito
conhecida, chamada o SIGNO DE SALOMAO:

- Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino e o outro é feminino-passivo. O


primeiro representa a energia individual, o ardor que se eleva da própria personalidade; o
segundo representado por um triângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber
o orvalho depositado pela humanidade, difundida através do espaço.
A ESTRELA FLAMÍGERA corresponde ao MICROCOSMO humano, isto é, ao homem
considerado como um mundo em miniatura, ao passo que, os dois triângulos
entrelaçados, designam a ESTRELA DO MICROCOSMO, isto é, do mundo em toda a
sua extensão infinita.
VENERAB - Ven Ir 1º Vig, como vós conheceis o misterioso número Sete?
1º VIG- SETE é o número de harmonia, resultante do equilíbrio estabelecido por
elementos dissemelhantes. Essa harmonia é representada pela figura seguinte:

5 6

30
- A adição dos números opostos dá
4 sempre, em resultado, o número central
SETE (7). 1 7 2
1 mais 6 igual a 7;
2 mais 5 igual a 7;
3 mais 4 igual a 7.
- A última destas combinações, isto é, 3 mais 4, é a que mais de perto se refere à
Maçonaria. TRÊS triângulos mais QUATRO, Tetragrama, dão em resultado:

- Como sabeis, este é o símbolo do DELTA SAGRADO, sendo o tetragrama central, as


mais das vezes substituído por um OLHO; O OLHO QUE TUDO VÊ.
- Nada mais posso dizer-vos sobre o número SETE, mais do domínio do Mestre do que
mesmo do Companheiro. Apenas vos explicarei se é que já não o compreendestes, que a
quintessência elevada, sucessivamente, ao Hexagrama e ao Heptagrama, representa a
ESSÊNCIA DO SER, isto é, a alma humana purificada, temperada pelas provas de
existência e tendo atingido a um estado que lhe permite realizar o que o vulgo profano
denomina MILAGRES. O Companheiro não pode ignorar que a REALIZAÇÃO
INTEGRAL da GRANDE OBRA está reservada ao INICIADO PERFEITO, ao
MESTRE.
- Para ser, porém, Mestre, é preciso ter, previamente adquirido as virtudes e os conhe-
cimentos que o tornem digno.
- Eis, VENERAB MESTR, o que nos ensina a tradição sobre a Simbologia Numérica
do 2º Grau.
VENERAB - Meus IIr, que os ensinamentos profundos revelados nesta última
instrução do 2º Grau, tenham penetrado, profundamente, no espírito de nossos IIr
CComp para que eles compreendam a obra que devem executar ao transporem a
PORTA DA MORTE, quando exaltados ao sublime Grau de MESTRE.
- Que a Gr Arq do Univ vos ilumine e guarde.

Bibliografia:
- Dogma e Ritual de Alta Magia - Eliphas Levi - Editora Pensamento.

31
- Ritual do Companheiro Maçom - Rito Adonhiramita - Editora GDB.

QUESTIONÁRIO

0l - Em Loj de Comp Maç, qual o tratamento dado ao Ven Mestr e aos


VVig?
02 - Sabe-se que na construção do TEMPLO DE SALOMÃO, foi empregado um número
imenso de OObr, que na sua maior parte eram AApr. Que recebiam semanalmente,
os AApr?
03 - qual é a Pal de Pas do Comp?
04 - A letra "G" simboliza duas idéias grandes e sublimes. Quais são elas?
05 - Qual o significado da Pal Sagr?
06 - Encimando as CCol do Templo de Salomão, viam-se capitéis, cercados por um
delicado rendilhado de bronze e ornados de lírios e romãs. Dê a altura dos capitéis e o
significado do rendilhado, dos lírios e das romãs.
07 - Gomo e em que época teve origem a Pal SCHIB?
08 - Que representa a Col que está na direção do Alt do Ir CHANC?
09 - Quais são os instrumentos que o Comp carrega em sua Segunda Viagem?
10 - Quando galgastes os cinco degraus do Tempo, o que vistes junto ao Pórtico?
11 - O que representa a Col que está próxima ao Alt do Ir 1º VIG?
12 - Quais são os instrumentos que o Comp carrega na sua Quarta viagem?
13 - Por que eram ocas as duas grandes CCol?
14 - Por que a Estrela Flamígera é tomada como Símbolo da Comp?
15 - Quais são os instrumentos que o Comp carrega na sua Quinta Viagem?
16 - O que simboliza a marcha irregular do Comp
17 - Quais são os ornamentos da Loj de Comp?
18 - "O Venerab estava vestido de ouro e azul". O que essas cores significam?
19 - Qual é a relação existente entre a Régua e o Compasso?
20 - Quais foram os Três Grãos-Mestres que presidiram a construção do Primeiro Templo
em Jerusalém?
21 - O que indica a letra "B"?
22 - Por que se diz que "cinco constituem a
23 - A que alude a Lenda da Escada em Caracol? Gomo a interpretais?
24 - Qual era o nome do general Gleadita que derrotou os Efrainitas? Qual a origem da
desavença?
25 - Por que Sete tornam uma Loj perfeita?
26 - C é a idade do Comp A que este número se refere?
27 - Três MMestr conduzem símbolos que são depositados no Pav Mosaico. quais
são e o que significam tais símbolos?
28 - O que é, no vosso entender, ser Comp?
29 - Para que se reúnem os CComp?
30 - qual é o vosso conceito de Vida?
31 - Gomo concebeis o Tetragrama?
32
32 - Em que consiste o Gênio?
33 - Dai vossa interpretação esotérica do Esquadro.
34 - O que é a quintessência, do ponto de vista hermético?
35 - Quais são às quatro letras do Tetragrama?
36 - Analisai, à luz da Numerologia, vossos nomes profanos e histórico.
37 - Analisai o nome NAPHTALI, à luz da Tábua Hebraica.
38 - Analisai o nome Cabala (Kabbalah), à luz da Tábua Hebraica.
39 - Por que ninguém ainda conseguiu a posse da Verdade?
40 - A que conduz o exercício da Meditação?
41 - Quais são os quatro sinais fundamentais do ideograrismo?
42 - Qual é o significado da letra "IOD"?
43 - O que representa o Signo de Salomão?
44 - Quais são os instrumentos que o Comp utiliza para transformar a P B em P
C?
45 - Qual é a grande modificação Iniciática, representada pela passagem da Col "J"
para a Col "B"?
46 - quais são as Jóias da Loj de Comp
47 - Como vós conheceis o número 7 ?
48 - O que representa a Síntese, na Numerologia?
49 - Por que existem e quais são as qualidades dos Maçons?
50 - Onde está situada a Loj de Comp?
51 - Por que e a quem é dedicada a Loj onde fostes recebido?
52- Gomo vos podeis fazer reconhecer Com p?
53 - Onde ficam assentados os CComp? Por quê?
54 - Dai o significado do Hexagrama?
55- Por que o Apr deve descer a Câm de Refl antes de ser recebido Comp?
56 - Quais são e como são simbolizadas as virtudes do Perfeito Comp?
57 - qual é a significação do pentalfa?
58 - Por que o Venerab tem assento no
59 - Por que, esotericamente, no vosso entender, o Cobr tem assento junto à porta da
Templ?
60 - Dai vossa interpretação do 2º Grau e expressai vossos comentários sobre o mesmo.

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