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PRIMEIRA INSTRUÇÃO DO GRAU DE COMP.’. M.´.

Princípios Morais e Filosóficos das “Viagens” do Comp.’. M.’.

O Grau de Companheiro ensina-nos o Rito Escocês Antigo e


Aceito, é o Grau dedicado à exaltação do Trabalho.

O trabalho ministra lições nos dias tumultuados de nossa


atualidade, quando valores invertidos atropelam sem ressentimentos a Ética.

É prestado com respaldo nos melhores princípios da dignidade,


que o ato de trabalhar seja praticado com a alegria do crescimento espiritual,
pois o homem, na sua capacidade de errar e transgredir, esmera-se em
arquitetar formas nada saudáveis e recomendáveis de “trabalhos” distantes de
qualidades sublimes, exercidos unicamente com o intuito de provocar um
enriquecimento rápido e sem causa, com a meta apenas de acumular a matéria.

O Companheiro exalta o trabalho, impõe ação aos instrumentos


colocados à sua disposição, como o maço e o cinzel, a régua, o compasso e o
esquadro, o prumo e o nível, a alavanca, aprendendo a manejá-los com
habilidade e dedicação incontidas, buscando a abundância; transformando em
Pedra Cúbica a Pedra Bruta que já desbastara; escalando a escada do
aprimoramento espiritual; lançando-se às profundezas dos mistérios de sua
existência.

O Grau de Companheiro possui uma característica bastante forte


de participação, de ação e criação em grupo, possibilitando o exercício da
fraternidade com plenitude e ampliando a visão espiritual sobre a vida
material.

O Maçom é um trabalhador por excelência.


Por perfeita e justa razão, recebe ele o apelido de Obreiro e o seu
local de trabalho, Oficina. Mais ainda junto aos Companheiros, essa qualidade
de trabalhador se enaltece, passando a ser a essência filosófica do Grau.

Deixando de usar apenas a força mais bruta, arduamente aplicada


no aprendizado do alto da Coluna do Norte, e imprimindo mais a inteligência,
o Companheiro estará mais livre em seus passos para buscar seus caminhos.

Nas etapas de sua jornada, trabalhando com afinco e sempre em


conjunto com seus Irmãos, na mais pura essência da fraternidade, certamente
terá confrontos com dificuldades e obstáculos, mas o empenho na construção
do Templo, com o uso adequado das ferramentas do Grau e a aplicação de
princípios teóricos e filosóficos que passará a dominar com mais propriedade,
servirá para aprender e compreender os sentidos dos emblemas, das alegorias e
dos símbolos que a Maçonaria lhe proporciona e para entender o que é
realmente necessário para alcançar o Grau de Mestre Maçom.

Peço desculpas aos Irmãos aqui presentes, mas não encontrei uma
maneira melhor de finalizar este meu trabalho, do que repetir o final da
primeira instrução: “ Elevai-vos, meus irmãos à altura do pensamento sublime
que preside nossa Instituição; servi à humanidade, afastando-vos dos turbilhões
das paixões que agitam o mundo profano; ficai alheio às lutas das ambições, aos
tumultos e às querelas dos partidos; pautai vossos esforços e ações pelas
virtudes que todo Maçom deve possuir.”
PRIMEIRA INSTRUÇÃO DO GRAU
COMPANHEIRO MAÇOM

Princípios Morais e Filosóficos das “Viagens” do


Comp.’. M.’.

Talles Jardim Vieira


2023

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