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O Painel do Grau
de Companheiro
Maçom
Resumo
Este trabalho trata do painel do grau de Companheiro Maçom, seus elementos e sua
simbologia. Será
feita também uma abordagem diacrônica do painel, desde os primeiros usos até a sua
consolidação.
Pretende-se abordar as transformações do painel associadas às transformações dos
ritos maçônicos, ao
longo da formação e consolidação da Maçonaria Especulativa.
Introdução
A abordagem material pode ser entendida quase como uma análise dos significantes,
deixando de
lado, a priori, o significado. Na análise dos símbolos, essa abordagem analisará
primeiramente o
aspecto físico dos elementos, oferecendo conteúdo para uma análise do conteúdo, ou
seja, da
simbologia. Desse modo, na história da Maçonaria, a abordagem material se
preocupará com a
disposição da Loja, seus painéis e paramentos. Julga-se importante essa abordagem
para a
compreensão das transformações rituais ocorridas na Maçonaria nos séculos XVIII e
XIX, na
consolidação e perpetuação do aspecto especulativo da Ordem. Naturalmente, sozinha
essa abordagem
Figura 1: Imagem do painel do
grau de Companheiro Maçom
nos dias de hoje (REAA)
não faria sentido. É apenas uma ferramenta, que pretendemos usar de base para o
entendimento da
simbologia maçônica.
As transformações iconográficas estão diretamente associadas às revisões dos rituais e
reformulações
do entendimento do simbolismo dos graus. Nesse sentido, a disposição do templo e
seus elementos
simbólicos e usuais se transformam ao longo da história da Maçonaria até a
consolidação do seu
caráter especulativo, que perdura até os dias de hoje. Elas não acontecem por conta
própria, mas
associadas a transformações que atendem a necessidades internas e externas à
Ordem. O uso do painel
dos graus acompanha naturalmente essas transformações.
Apanhado histórico
A decoração do templo com os painéis começa a surgir no século XVIII
(aproximadamente 1745).
Originalmente, os painéis eram chamados de planos de loja1
1 Aqui vale a pena lembrar que, na origem, os painéis de grau eram espécies de
tapetes
pequenos colocados no chão ou, em alguns casos, desenhos.
O ritual do grau de Companheiro Maçom começa a ganhar corpo nas duas últimas
décadas do século
XVIII, com a estruturação do Rito Escocês2
A escada de Jacó é de origem bíblica. Está presente em poucas lojas, muito embora
exista em
algumas lojas, esculpida em frente ao altar, no Oriente. No topo da escada há uma
estrela de sete
pontas, que simboliza da ascensão em direção ao mundo espiritual. Ela representa a
fé, a segurança e a
esperança. Ela não está presente em todos os painéis do grau de Companheiro.
As colunas J e B, como já mencionado, estão invertidas e tinham inicialmente três
romãs, como no
painel de Aprendiz, mas são posteriormente substituídas pelas esferas terrestres
(coluna B) e celeste
Figura 3: Painel da Loja de
Companheiro em 1820
As três janelas têm as grelhas mais abertas do que no painel do Aprendiz. Isso porque
o Companheiro
tem suporte para receber mais luz.
O esquadro e o compasso estão entrelaçados, simbolizando que o Companheiro está
dando um passo
para dentro da Ordem, mas o completará quando da sua exaltação.
Figura 4: Painel com a Escada de Jacó
As jóias móveis: esquadro, nível, prumo, malhete, cinzel, régua e alavanca; e as jóias
fixas: pedra
bruta, pedra polida e prancha de traçar. O nível e o prumo estão um ao lado do outro,
centralizados no
painel e abaixo do esquadro. O nível simboliza a igualdade de condições dos seres
humanos. O
prumo revela a desigualdade, no sentido das hierarquias e lideranças, pois ocupa a
dimensão vertical.
O esquadro está sobre o nível e dividido em duas exatas metades pelo prumo. O
conjunto desses três
elementos simboliza a divisão dos poderes e o equilíbrio na edificação interna, onde
todos são iguais e
assumem postos de poder rotativos, que sempre devem se moderar entre si. A
prancha de traçar é
um instrumento do Mestre Maçom. Simboliza a memória. As paralelas cruzadas
representam o
quadrado delimitador e os ângulos opostos, a transcendência. O malhete e o cinzel
ficam ao lado da
coluna B, cruzados. É um conjunto já presente no painel de Aprendiz Maçom como
instrumentos para
desbastar a pedra bruta. O malhete imprime a força e o cinzel, a modelagem, ou seja,
representa a
combinação entre a força e a educação, o polimento. A régua e a alavanca são alusão à
terceira
viagem do Companheiro Maçom. A régua tem 24 polegadas, representando as horas
do dia, ou seja, a
disciplina de trabalho do maçom e a alavanca, a retidão moral e o desejo de um
homem livre para
construir um mundo justo e perfeito. O conjunto delas representa então o trabalho
justo e disciplinado
sempre em prol da liberdade, igualdade e fraternidade.
A pedra bruta e a pedra polida são símbolos fundamentais nos dois graus. Trata-se do
caminho de
aprimoramento que o Aprendiz Maçom trilha para chegar a Companheiro e se
aprimorar até a
exaltação.
O sol e a lua aparecem na parte superior, o sol à direita e a lua à esquerda. Entre eles
está a Estrela
Flamejante. O sol é a luz ativa, irradiante e a lua, a luz passiva, reflexa. O companheiro
maçom está
entre elas. A Estrela Flamejante é a característica do grau, representante da transição,
característica do
Companheiro Maçom.
A corda de nove nós circunda o painel e se abre no Ocidente, simbolizando que a
Maçonaria está
aberta a novos integrantes e à sociedade. A corda simboliza a cadeia de união. Sete é o
número da conclusão. No painel do grau de Aprendiz, são sete os nós, representando a
conclusão da sua
iniciação. O número nove representa que o Companheiro deve transcender a
conclusão, extrapolar a
sua condição de iniciado, seguindo seu caminho até a exaltação.
O pavimento mosaico é característico do Templo de Salomão. Na sua medida ideal o
comprimento é
o dobro da largura. Uma das leituras do seu quadriculado xadrez é a harmonia dos
opostos, ou seja, a
pluralidade de entendimentos é necessária para que se componha um todo diverso,
mas unido.
Em 1829, uma nova versão do REAA foi publicada pelo Supremo Conselho da França
com o título de
Anciens Cahiers 5829, onde regulamenta a simbologia das viagens do Companheiro.
Elas deveriam se
referir aos Cinco Sentidos; às Cinco Ordens da Arquitetura (dórica, jônica, coríntia,
toscana e
compósita); às Sete Artes Liberais (Trivium: gramática, lógica e retórica; e Quadrivium:
aritmética,
música, geometria e astronomia) e às Duas Esferas (terrestre e celeste), essa última de
caráter deísta.
A dualidade presente nas Artes Liberais e nas Duas Esferas representa a harmonia
entre matéria e
espírito. No Trivium estão contidas as artes do espírito e no Quadrivium, da matéria
Igualmente, a Esfera Celeste representa o divino e a Terrestre, o humano.
De 1829 até os dias de hoje, o painel do grau de Companheiro se manteve, quase sem
alterações. No
final do Século XIX, com a emergência dos ideais positivistas, o rito sofreu algumas
alterações que
visavam eliminar seu caráter simbólico e foram revertidas posteriormente. As
alterações básicas foram
na quarta viagem, que simbolizou por um tempo os filósofos Solon, Sócrates, Licurgo e
Pitágoras e a
quinta viagem se tornou uma exaltação à liberdade e glorificação do trabalho. Essas
modificações
duraram pouco, talvez o mesmo pouco tempo que durou o pensamento positivista.
Bibliografia
GUIGUE, Christian. 2010. La Formation Maçonnique. Paris : Guigue, 2010.
LEADBEATER, C. W. Pequena História da Maçonaria. São Paulo : Pensamento.
LIRA, Jorge B. 1964. As Vigas Mestras da Maçonaria. Rio de Janeiro : Aurora, 1964.
NAUDON, Paul. 1994. La Franc-Maçonnerie. Paris : Presses Universitaires de France,
1994.
SANTOS, Joaquim G. O Quadro na Loja de Companhiero no REAA: História e
Simbólica. academia.edu.
A trolha é uma espécie de pá achatada usada pelo pedreiro para aplicar a argamassa,
como instrumento simbólico destina-se a realizar a unidade. É o emblema característico
do amor fraternal que deve unir todos os Maçons.
Trechos do capítulo II – Item Painel da Loja de Companheiro, do Livro Virtude e
Verdade – Graus Simbólicos, do autor Luiz Fachim
O PÓRTICO - O Pórtico é a Entrada da Câmara do Meio a entrada por onde tem acesso ao
SANTO SANCTORUM ou SANTO DOS SANTOS, exibindo as inscrições em Hebraico, quatro
letras que formam o tetragrama sagrado, temos a letras IOD-HÉ-VAU-, significa ¨Aquele que é ¨
JEOVA, sendo assim é o umbral da luz, a porta de entrada para o atingimento da Perfeição e o
conhecimento da verdade.
O SOL E A LUA – Simboliza o Antagonismo da Natureza que gera o equilíbrio, para conciliação
dos contrários.
A LETRA G – Esta no centro da Estrela Flamígera ou Flamejante, a letra IOD, que é o mesmo
que a letra G, traduz o nome do Criador Incriando e Auto-Divino, e também representa a
Geometria, que é a Ciência da Construção fundamentada nas aplicações infinitas do Triangulo,
e seguindo nosso Ritual, tem Múltiplos significados: Geometria; porque o Maçom tem que
ocupar um lugar polido no Edifício Social, porque ela faz a Obra da Vida. Gravidade; porque há
uma Força Irresistível que une os Irmãos. GENIO; Porque o Maçom pesquisa a Verdade, e
aspira sempre subir, aprimorando-se. GNOSE; Porque Inquirir as Verdades Eternas.
Simbologia Maçônica dos Painéis de Aprendiz, Companheiro. Autor: Almir Sant´ Anna Cruz. 1ª
Edição 1997. Ed. A Trolha.
O COMPANHEIRO
Segundo consta, a palavra companheiro é de origem latina, o seu significado tem provocado
controvérsias quanto à sua etimologia, pois alguns autores sustentam que ela seria derivada da
preposição
cum
= com e do verbo ativo e neutro
pango
= pregar, cravar, plantar, traçar sobre a cera
e ---no sentido figurado --- escrever, compor, celebrar
, cantar, prometer, contratar, confirmar. Neste
caso, especificamente,
pango
teria o sentido de contrato, promessa, confirmação, fazendo com que
a expressão
cum
pango
--- que teria dado origem à palavra Co
mpanheiro --- significa com contrato,
com promessa, envolvendo um solene compromisso, que teria orientado as atividades religiosas e
profissionais da Idade Média e do período renascentista.
A origem mais aceita, todavia, é outra: o termo Companheiro é derivado da expressão
cum
panis
, onde
cum
é a preposição
com
e
panis
é o substantivo masculino
pão
, o que lhe dá o
significado de
participantes
do mesmo pão
. Isso dá a idéia de uma convivência tão íntima e
profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas participarem de mesmo pão, para o seu
nutrimento.
COMPANHEIRO MAÇOM
Doutrinariamente, o grau de companheiro é o mais legítimo grau maçônico, por mostrar o
obreiro já totalmente formado e aperfeiçoado, profissionalmente.
Historicamente, é o grau mais importante da
Franco-Maçonaria, pois sempre representou o
ápice da escalada profissional, nas confrarias de ar
tesãos ligados à arte de construir, as quais
floresceram na Idade Média e viriam a ser conhecidas
, nos tempos mais recentes, sob o rótulo de
“Maçonaria Operativa” , ou “Maçonaria de Ofício” .
Na realidade, antes do século XVIII havia
apenas dois graus re
conhecidos na Franco-
Maçonaria:
Aprendiz e Companheiro
. Na época anterior ao desenvolvimento da Maçonaria dos
Aceitos, ou Especulativa, o Companheiro era um
Aprendiz, que havia servido o tempo necessário
como tal e havia sido reconhecido como um oficial, um trabalhador qualificado, autorizado a praticar
seu ofício. Na Idade Média, quando as construções e pedra eram comissionadas pela igreja, ou
pelos grandes reis, duques ou lords, a Maçonaria operativa era um lucrativo negócio; ser
reconhecido, portanto, como um Companheiro pelos
operários era um passaporte seguro para uma
participação no negócio e para um
a renda praticamente garantida.
Não se deve, todavia, confundir o grau de Companheiro Maçom, ou Companheirismo com as
associações de companheiros , Compagnonnage -- surgida na Idade Média, em função direta das
atividades de Ordem dos Templários, e existente
até hoje, embora sem as mesmas finalidades da
organização original, como ocorre, também, com a Maçonaria. O Compagnonnage foi criado porque
os templários necessitavam, em suas distantes comendadorias do Oriente, de trabalhadores
cristãos; assim organizaram-se de acordo com a s
ua própria doutrina, dando-lhes um regulamento,
chamado Dever. E esses trabalhadores construíam formidáveis cidadelas no Oriente Médio e, lá,
adquiriram os métodos de trabalho herdados da Anti
güidade, os quais lhes permitiram construir, no
Ocidente, as obras de arte, os
edifícios públicos e os templos
góticos, que tanto têm maravilhado,
esteticamente, a Humanidade.
PAINEL DO GRAU DE COMPANHEIRO
Entre todos os graus, o de comp.·. conta com o maior número de Painéis, comparado com os
demais Graus. Apenas a título de exemplo, além do
Painel simbólico do 2° Grau que é objeto do
nosso trabalho , podemos mencionar ainda outros como Painel Alegórico (John Harris), o Painel da
Loja de Comp.·., no qual estão representadas as Sete
Artes, as Ciências Liberais e as Cinco Nobres
Ordens de Arquitetura e o Painel Misto de 1745 que reúne as ferramentas do aprendiz e
companheiro.
PAINEL MISTO
Aproximadamente 264 anos, de acordo com as
fontes históricas confiáveis, pode-se, pela
primeira vez, ver impresso nos livros do Abade Gabriel Luiz Calabre Perau (1700-1767) o mais
antigo Painel Maçônico. Este guardava características peculiares, no entanto reunia símbolos e
ferramentas tanto de Aprendiz, como de Companheiro. Por este motivo, era identificado como Painel
Misto (Aprendiz-Companheiro) ou Conjugado, tal como publicado no Livro de Revelações em 1745.
A Ordem dos Franco Maçons Traída). Este Painel já contava com a presença de: Est.·. Flam.·., Letra
“G”, Trolha, Globo, Luminárias (Sol e Lua) e as Letras J e B.
PAINEL ALEGÓRIC
O – JOHN HARRIS
Os painéis de Irm.: John Harris pintados em 1823 para o rito inglês, são até hoje usados sem
destinção, por quase todos os ritos. Nele obser
va-se A fonte de Água Corrente , a Espiga ,as Duas
Colunas, a escada em caracol e a camara do meio . Esse rito tem características próprias com
lendas e tradições diferentes
e divergentes de outros ritos.
SÍMBOLOS E INSTRUMENTOS DO PA
INEL DO GRAU DE COMPANHEIROS
ESCADA DE SETE DEGRAUS
A escada de Jacob é uma alegoria de origem bíblica, a qual nem sempre está presente no
recinto da Loja, a não ser no desenho do Painel. Todavia, algumas Lojas costumam esculpir a
escada na face frontal do altar , no Oriente. No topo da escada há uma estrela de sete pontas.
Símbolo da via ascendente, em direção ao céu, a Escada de Jacob repousa, no painel, dito
alegórico, sobre o Livro das Sagr
adas Escrituras, tendo três, ou sete degraus, sobre os quais
repousam os símbolos das três virtudes teológicas: a Cruz representando a Fé, a Âncora
representando a Esperança e o Graal representando a Caridade.
AS TRÊS JANELAS
A Loja do parendiz não recebe nenhuma luz do mundo exterior, e lembra, por esse detalhe as
criptas subterrâneas cavadas no flanco das
montanhas, os hipogeus do Egito ou da Índia.
A Loja do Companheiro, em contrapartida, está em comunicação com o mundo exterior
graças às três janelas.
As três janelas representam as 3 luzes de uma
loja e estão representadas no painel do grau
de companheiro: a primeira a Oriente, a Segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente, onde
nenhuma janela se abre para o Norte. O templo fica isolado do mundo profano e o Maçom não deve
sofrer nenhuma tentação para se tornar espectador do mesmo.
A CORDA COM NOVE NÓS
A corda é um emblema utilizado na maçonaria, que tem várias interpretações, conforme os
diversos ritos. No painel do grau de companheiro há a representação de uma corda com nove nós a
qual está diretamente relacionada com a corda de oitenta e um nós, pois, Oitenta e Um (81), é o
quadrado de nove e nove que por sua vez é o quadrado de três. A numerologia tem-se que três é o
numero Perfeito, de elevado valor Místico, simbo
lizando dentre muitas verdade sagradas a União e a
Fraternidade Maçônica no mundo.
A corda de OITENTA E UM NÓS tem correlação direta com a Orla Dentada, com o Pavimento
Mosaicos, com a Cadeia de União e com Romãs. E cada um destes símbolos, vem reforçar o
significado de que os Maçons são unidos
são partes integradas do UNIVERSO.
PAVIMENTO MOSAICO
O pavimento mosaico ,como uma tradição maçônica é representado do Templo de Salomão ,
e formado por lajes quadradas que se alternam nas cores branca e preta , formando um tabuleiro de
xadrez sendo a medida ideal de um paralelogramo cujo comprimento seja o dobro da largura.
Com seus quadrados brancos e pretos simboliza a Harmonia dos contrários nos ensinando
que apesar do contraste e da diversidade de todas as cores da natureza em tudo reside a mais
perfeita Harmonia.
PRANCHA
A Prancha ou prancheta da Loja é um instrumento do M.·.M.·., está localizada no alto e à
direita do Painel do grau do companheiro, sendo o símbolo da memória. A Prancha serve para guiar
os aprendizes no caminho justo , para atingirem o aperfeiçoamento nos trabalhos da Arte Real. Na
Prancha do Painel do Grau de Comp.·., estão
traçadas as paralelas cruzadas, que lembram: o
quadrado, a matéria, o corpo físico, o limitado;
e os ângulos opostos do vért
ice, os quais por sua
vez, lembram a tríade: o espírito, o ilimitado, o infinito.
O SOL E A LUA
Sobre O Sol e a Lua muito poderia se dizer. O Sol está colocado à direita do Painel do Grau
de Comp.·. Com sua majestade, o Sol vem inspirando a humanidade desde seus primórdios. O
poder, a energia, a segurança, o fazer e o realiz
ar que a luz deste astro nos concede generosa e
gratuitamente todos os dias, lembra-nos do verdad
eiro interesse do Maçom, que presta auxílio sem
esperar retorno ou humilhar o beneficiado.
A LUA
A Lua fica à esquerda do Painel e está cor
oada de nuvens. Por um lado a Lua simboliza o
princípio feminino, aquoso, frio e úmido, por outro lado ela simboliza a constância, a regularidade, a
afeição, a obediência, a evolução, a luz mora
l. Logo o Sol e a Lua que são figurados na Loja,
significam que o Maçom jamais está nas trevas e
que seus raios devem refletir sobre aqueles que
ainda se conservam na escravidão.
O COMPASSO E O ESQUADRO
O Compasso e o Esquadro estão colocados no centro do Painel do 2° Grau, sendo que as
hastes que formam o ângulo reto do Esquadro estão voltadas para a parte de cima deste, tendo o
Compasso voltado de forma oposta e com uma de suas hastes sobre o Esquadro e a outra por atrás
deste. Além do simbolismo próprio de cada um
destes instrumentos, o Compasso e o esquadro
Entrelaçados têm um significado muito particular, ou seja, ele é usado como o emblema da Ordem
Maçônica.
O ESQUADRO, O NÍVEL E O PRUMO
O Esquadro, o Nível e o Prumo, tem seus simbolismos próprios, porém juntos no Painel do
Grau de Comp.·., eles também se revestem de um simbolismo particular. O Nível e o Prumo estão
colocados um ao lado do outro no Centro do painel e abaixo do Esquadro. O Nível maçônico é um
Triângulo no vértice do qual se acha um fio a Pr
umo, que divide o Triângulo em dois Esquadros
certos, isto é, formando dois ângulos de 90°. O Nível é o símbolo da igualdade das condições
humanas e do nivelamento das desigualdades arbitr
árias e nos faz lembrar que ninguém entre nós
deve dominar os outros. O Prumo
é um pedaço de chumbo suspenso por um cordel. Serve para
comprovar que um objeto está colocado ou não perpendicularmente ao horizonte, ou seja revela a
desigualdade. O fio a Prumo simboliza a atração e a Retidão que deve resplandecer em todos os
juízos de um bom maçom. de maneira que nenhum afeto, mesmo os mais íntimos, o desvie deste
princípio. A reunião do Esquadro, o Nível e o Prumo
permitem a correta construção das muralhas do
templo simbólico, em que se emprega todo maçom, juntos são considerados o emblema da retidão
de conduta.
O MAÇO O CINZEL
O Maço e o Cinzel estão colocados cruzados em forma de x no lado direito inferior da Coluna
B no Painel do 2° Grau. O Simbolismo destes é muito extenso e além de estarem muito associados.
Enquanto o Maço é o símbolo da força dirigida ou controlada, a fim de resultar um resultado definido,
o Cinzel simboliza as vantagens da educação. Po
r si só o Cinzel não produziria qualquer obra,
porém movido pelo Maço, o Cinzel permite a remoção
das asperezas, isto é, os erros e preconceitos
,transformando a pedra bruta em pedra polida .
A RÉGUA E A ALAVANCA
A Régua e a Alavanca, elas representam
a terceira viagem de companheiro. A régua
maçônica possui 24 polegadas, representando as
24 horas do dia. Seu tamanho já sugere um
instrumento de construção e o maçom deve medi
r e programar sua vida nas 24 horas, do trabalho
ao lazer, de forma que caminhe com retidão e determinação. A Alavanca representa a Força moral,
a firmeza da Alma, a coragem do homem livre pela construção de um mundo melhor.
A ESTRELA FLAMIGERA
A Estrela Flamigera, a Estrela Flamejante
só é conhecida na Maçonaria – pelo menos em
principio – pelo Companheiro e nesse grau, precisamente, as romãs que encimavam habitualmente
as duas Colunas são substituídas por
duas esferas. No
Painel de Companheiro está entre as colunas B e J acima do Templo, com cinco pontas. É o
emblema individual do Companheirismo. “O astro que ilumina a Loja dos Companheiros” onde figura
no Oriente acima do Venerável.Traz em seu centro a letra G. A letra G é Incontestavelmente um
enigma maçônico, e sobre ela paira um mistério que provocou um número infinito de interpretações.
Com base a maçonaria é a construção, e a arquite
tura a ciência aplicada à obra, “G” representa
Geômetra, ou seja, Deus.
AS COLUNAS J E B
As colunas J e B Jackin e Boahaz, simbolos dos limites do mundo , da vida e da morte, do
elemento masculino e feminino, do ativo e do passivo. Segundo a Bíblia, a coluna “B” é chamada
Booz ou Boaz, significa “na força” e na coluna
“J” é chamada Jaquim e significa “estabilidade”. As
Colunas são originadas do Templo de Salomão construídas do lado de fora de Templo, junto à porta
de entrada, representando os solstícios de Verão e de Inverno.
A PEDRA BRUTA
A pedra Bruta: A mistura de conhecimento e s
entimentos profanos, é para o Aprendiz uma
Pedra Bruta a ser lapidada, ao vencer suas paixões, e edificando dentro de si, a rotina do bem,
sempre aprimorando sua personalidade e o conhecimento de seu grau.
A PEDRA POLIDA
A pedra Polida: Com o auxílio do esquadro, o nível e do prumo, já desbastadas as rudes
arestas pelo Aprendiz. Agora é preciso moldá-
las, com o aperfeiçoamento da Personalidade. São
infinitas situações e evoluções
dos sentidos. Juntando as Pedras
já Polidas na edificação de um
Mundo Perfeito representando o homem ajustado e polido para a sociedade .
CONCLUSÃO:
Os Símbolos e instrumentos do painel tem muito á nos transmitir e nos ensinar.
Com relação aos painéis citados nota-se claramente o enriquecimento e a evolução do painel
simbólico do Grau de Companheiro, esta evoluç
ão gerou a desvinculação dos graus onde os
Aprendizes e os Companheiros conquistaram seu próprio painel , logo os respectivos símbolos
tornaram-se mais ricos e detalhados , sem , contudo , perder a essência da tradição simbólica
destes graus .
BIBLIOGRAFIA
1- Rizzardo da Carmino – Simbolis
mo do Segundo Grau Companheiro –
Editora Aurora.
2- Antônio Carlos Gama M.·.M.·. –
Apostila – Companheiro Maçom.
3- Assis Carvalho – Caderno de Estu
dos Maçônicos – Edit
ora Maçônica “A
Trolha” Ltda.
4- Trabalhos Maçônicos – Lo
ja Estrela – Rio Claro.
5- Sites maçônicos – Internet.
Insatisfações
...
"Nada é bastante para quem considera pouco o que é suficiente."
Confúcio (K
ung-Fu-Tse)
10 pares de sapatos e não encontra
um que combine com aquela festa.
20 ternos e todos ultrapassados.
Geladeira cheia e o filho batendo a porta por não encontrar uma coisa gostosa.
Calmante forte, com tarja preta e receita, mas eles não conseguem dormir.
Carro do ano na garagem, mas não sabem para onde ir.
Casa de luxo na praia, mas sem amigos verdadeiros para compartilhar...
Celular , DVD, Karaokê, Notebook, Câmera digital,
Vídeo Game In Box, jogos de última geração, e
muita, muita insatisfação e vazio.
Estamos nos armando de tudo o que é material s
upérfluo para suprir o vazio que nada preenche.
Vamos as compras esperando encontrar felicidade , mas voltamos frustrados, com o carro cheio e a
alma vazia.
Nunca o homem teve tanta informação e nunca ficou tão
distante como agora da
Paz de Espírito, tantos
templos, tantas religiões, tantas de
finições , tantas Instituições e ideologias, mas mesmo assim, o homem
continua valorizando as coisas matérias e ignorando as necessidades da sociedade e das instituições.
Por isso a carência afetiva, as doenças nervosas, a
violência que se espalha, o consumismo que gera as
diferenças sociais tão brutais. O ho
men valoriza picuinhas e se esquece
do alimento da alma que são as
ações do coração ,
nada sacia o homem, quanto mais ele acumula, quanto mais possui, mais vazio vai se tornando.
Aproveite seu dia, busque encontrar a paz pelo seu
caminho, seja sincero com as pessoas , abrace o
próximo com o coração e não com os braços , de um sorriso para o animal abandonado e que você
quase atropela, ouça o filho que se embriaga e você
nem vê, a filha que sofre
a desilusão do primeiro
amor e você não sabe.
Quantos buscam onde está a paz ,o sossego ,o amor ,
Deus ,mas cegos pelo orgulho e pela arrogância ,
não conseguen
ver que nunca se ausentaram e sempre estiveram na su
a vida, no seu dia a dia, na sua família, mas que
você nunca direcionou seus atos
para senti-los . a não ser nos
momentos de dor e dificuldades.
Você agradeceu a Deus ao almoçar hoje?
No dia do seu casamento você mandou o primeiro convite para Ele?
Na sua formatura Ele estava presente?
Hoje ao levantar-se você falou com Ele ou sorriu para sua família e seus filhos?
Você quer saber onde está Deus?
Olhe para a sua vida, como você está tratando o próximo , o que você está valorizando como importante
no dia de hoje olhe para a sua vida, reveja suas atit
udes diárias , os atos falam
mais do que as palavras ,
por isso, antes de fazer sua oração repetida, velha e cansada , coloque seu coração nas orações,convide
Deus para participar de todos os
seus momentos, e assim, você será preenchido, saciado, envolvido pelo
amor que nunca acaba, pela água que sacia a tua sede, e então, mesmo com muito pouco, encontrarás a
paz de espírito , a satisfação da dignid
ade e preencherá o vazio do seu coração.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
A Corda com Três Nós - Representam as três fases ou etapas da vida: a Infância, a
Juventude e a Maturidade. As duas borlas pendentes representam a Força e a Beleza e
todos esses atributos ou virtudes que são necessários para se chegar a verdade.
A haste livre do Compasso pretende demonstrar que a mente ainda fechada e com
preconceitos e convenções que impediam o Aprendiz de livremente pesquisar e procurar
a verdade, começa a se abrir e o Companheiro, com certa liberdade de raciocínio,
encontra-se no caminho de se tornar um Livre Pensador, que lhe possibilitará encontrar
a Verdade.
CONCLUSÃO