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O painel do grau de Companheiro Maçom no Rito Brasileiro é uma

representação simbólica complexa, repleta de elementos significativos que


transmitem ensinamentos e valores maçônicos. Embora possa haver variações
em diferentes lojas maçônicas, aqui está uma descrição mais abrangente dos
elementos comumente encontrados no painel:

1. Esquadro: O esquadro é um dos símbolos mais proeminentes no painel


do grau de Companheiro. Representa a retidão moral, a retidão de
conduta e o equilíbrio nas ações. Ele ensina aos maçons a importância de
viver de acordo com princípios éticos e morais elevados.
2. Compasso: O compasso é outro símbolo central no painel. Representa o
autocontrole, a moderação e a medida nas ações. Ele simboliza a
necessidade de encontrar um equilíbrio entre os desejos e as obrigações,
buscando sempre a harmonia em todas as áreas da vida.
3. Nível: O nível é um símbolo de igualdade e fraternidade. Representa a
ideia de que todos os maçons são considerados iguais dentro da
fraternidade, independentemente de sua origem social, econômica ou
religiosa. Ensina a importância de tratar todos os indivíduos com respeito
e justiça, promovendo a união e a fraternidade.
4. Prumo: O prumo é um instrumento que representa a verticalidade, a
retidão e a honestidade. Ele simboliza a necessidade de agir com
integridade em todas as situações da vida, mantendo-se fiel aos
princípios maçônicos. O prumo nos lembra que devemos buscar a
verdade e ser honestos em nossas ações e palavras.
5. Paleta e Cinzel: A paleta e o cinzel são ferramentas usadas pelos
pedreiros para moldar e aperfeiçoar a pedra. No contexto maçônico, eles
representam o trabalho árduo, a educação e o aperfeiçoamento pessoal.
Enfatizam a importância de buscar constantemente o conhecimento,
desenvolver habilidades e cultivar virtudes para aprimorar-se como
indivíduo.
6. Trabalhos de Pedra: No painel, pode haver representações de diferentes
tipos de pedras, cada uma com seu significado simbólico. A pedra bruta
representa o maçom em seu estado original, cheio de imperfeições,
potencialidades e desafios a serem superados. A pedra cúbica representa
o maçom que, por meio de trabalho e dedicação, está progredindo em
sua jornada maçônica, buscando aperfeiçoar-se. A pedra polida
representa o maçom que alcançou um alto nível de maturidade, virtude e
sabedoria, resultado de sua busca constante pela perfeição moral e
espiritual.
7. Colunas Jônica e Dórica: As colunas Jônica e Dórica são símbolos que
representam sabedoria e força, respectivamente. Elas podem estar
presentes no painel do grau de Companheiro, simbolizando os pilares
fundamentais da maçonaria. Essas colunas são frequentemente
associadas às colunas Boaz e Jachin que ficavam na entrada do Templo
de Salomão. As colunas representam princípios como sabedoria,
fortaleza, harmonia e equilíbrio, incentivando os maçons a buscar essas
virtudes em sua própria jornada maçônica.

Esses são alguns dos elementos comumente encontrados no painel do grau de


Companheiro Maçom no Rito Brasileiro. No entanto, é importante lembrar que
a disposição, os detalhes e os símbolos exatos podem variar entre diferentes
lojas maçônicas e tradições dentro do Rito Brasileiro.

O Painel do Grau
de Companheiro

Maçom

Resumo

Este trabalho trata do painel do grau de Companheiro Maçom, seus elementos e sua
simbologia. Será
feita também uma abordagem diacrônica do painel, desde os primeiros usos até a sua
consolidação.
Pretende-se abordar as transformações do painel associadas às transformações dos
ritos maçônicos, ao
longo da formação e consolidação da Maçonaria Especulativa.

Palavras-chave: maçonaria; simbologia; emblemas; grau de companheiro; painel do


grau

Introdução

A abordagem material pode ser entendida quase como uma análise dos significantes,
deixando de
lado, a priori, o significado. Na análise dos símbolos, essa abordagem analisará
primeiramente o
aspecto físico dos elementos, oferecendo conteúdo para uma análise do conteúdo, ou
seja, da
simbologia. Desse modo, na história da Maçonaria, a abordagem material se
preocupará com a
disposição da Loja, seus painéis e paramentos. Julga-se importante essa abordagem
para a
compreensão das transformações rituais ocorridas na Maçonaria nos séculos XVIII e
XIX, na
consolidação e perpetuação do aspecto especulativo da Ordem. Naturalmente, sozinha
essa abordagem
Figura 1: Imagem do painel do
grau de Companheiro Maçom
nos dias de hoje (REAA)

não faria sentido. É apenas uma ferramenta, que pretendemos usar de base para o
entendimento da
simbologia maçônica.
As transformações iconográficas estão diretamente associadas às revisões dos rituais e
reformulações
do entendimento do simbolismo dos graus. Nesse sentido, a disposição do templo e
seus elementos
simbólicos e usuais se transformam ao longo da história da Maçonaria até a
consolidação do seu
caráter especulativo, que perdura até os dias de hoje. Elas não acontecem por conta
própria, mas
associadas a transformações que atendem a necessidades internas e externas à
Ordem. O uso do painel
dos graus acompanha naturalmente essas transformações.
Apanhado histórico
A decoração do templo com os painéis começa a surgir no século XVIII
(aproximadamente 1745).
Originalmente, os painéis eram chamados de planos de loja1

. Assim, dizia-se plano de loja para a


recepção de Aprendiz-Companheiro ou Mestre. Nessa época, os graus de Aprendiz e
Companheiro
Maçom eram muito próximos. Antes de 1780, as lojas recebiam Aprendiz e
Companheiro na mesma
sessão, exaltando o Companheiro poucas semanas depois da sua elevação. A elevação
também era
amiúde feita na sequência da iniciação: segundo os Rituais do Marquês de Gages
(1763), a recepção
no segundo grau (elevação) poderia ser feita no mesmo dia da iniciação, levando-se o
neófito para
mais duas viagens em torno da Loja e fazendo-o adentrar novamente. Nesse
momento, eram-lhe
ensinados os passos do Companheiro: um passo lateral ao Meio-Dia, outro passo
lateral ao Setentrião
e o último passo ao Oriente, colocando-o novamente no eixo e completando a sua
passagem pelos
quatro pontos cardeais. Nesse período, o plano de recepção (painel) também passou a
ser chamado de
quadro.

1 Aqui vale a pena lembrar que, na origem, os painéis de grau eram espécies de
tapetes
pequenos colocados no chão ou, em alguns casos, desenhos.

O ritual do grau de Companheiro Maçom começa a ganhar corpo nas duas últimas
décadas do século
XVIII, com a estruturação do Rito Escocês2

e do Rito Francês. Nos Rituais do Duque de Chartres


(1784) e no Regulateur du Maçon (1786), a recepção no segundo grau já é composta
por cinco
viagens, no final das quais o elevado é convidado a subir os cinco degraus no tapete da
loja para

adentrar simbolicamente o templo e contemplar a Estrela Flamejante. Todo esse


procedimento tem
como pano de fundo o número 5: o número de degraus, de viagens e de pontas da
estrela. A
simbologia é o ser humano, com seus erros e acertos e o aprimoramento moral e
intelectual.
2 Nos dias de hoje, chama-se Rito Escocês Retificado, para diferenciá-lo do Rito
Escocês Antigo
e Aceito.
Figura 2: Painel do grau de
Aprendiz-Companheiro (1745)

A consolidação do ritual de Companheiro Maçom acaba por levar a uma natural


separação entre os
graus de Aprendiz e Companheiro e cria uma distinção entre os painéis desses graus.
Em La
Maçonnerie des Hommes (1785), já há dois painéis distintos, onde, no painel de
Companheiro, é
incluída a Estrela Flamejante, em posição central no oriente, entre o sol e a lua. É
aproximadamente
nesse período que começa a surgir a necessidade de padronização dos painéis da Loja.
Todavia, no
Tullieur de Vuillaume (1820), há ainda muito pouca diferença entre os painéis de
Aprendiz e
Companheiro.
O advento dos Graus Simbólicos do REAA data de 1804. Surgem então as primeiras
representações
gráficas normativas de modelos de painéis de lojas. Na França, o Companheiro sobe no
templo por
cinco degraus e vislumbra a Estrela Flamejante; na Inglaterra, ele primeiramente
executa seu último
trabalho de Aprendiz Maçom com a Pedra Bruta e, em seguida, sobe os degraus e
vislumbra a estrela.
Assim, na França, as elevações e Lojas de Companheiro Maçom eram realizadas à
porta do templo e,
na Inglaterra, no seu interior e assim, o Companheiro não adentrava novamente ao
templo, pois já
estava no seu interior. Isso justifica a inversão das colunas J e B no painel: na elevação,
quando
convidado a vislumbrar a entrada do templo, na França olharia de fora e veria a coluna
J à esquerda e
B à direita; na Inglaterra, olharia de dentro e veria a mesma ordem, pois as colunas
estariam
invertidas.
Elementos do painel e sua simbologia
A geometria dos quadros se consolida com um retângulo pitagórico, cujos lados se
relacionam na
proporção de 3 por 4. Por conta do desenvolvimento do pensamento científico, os
pontos cardeais
iniciáticos (Oriente, Ocidente, Setentrião e Meio-Dia) foram substituídos pelos
profanos (Norte, Sul,
Leste e Oeste). Nos primeiros painéis de Companheiro Maçom nas lojas do Rito
Escocês, o número de
degraus ainda varia entre cinco e sete. Paulatinamente, se define em cinco para
Companheiro e três para Aprendiz. A porta do Templo de Salomão varia também, em
alguns, está aberta, em outros,
fechada.

A escada de Jacó é de origem bíblica. Está presente em poucas lojas, muito embora
exista em
algumas lojas, esculpida em frente ao altar, no Oriente. No topo da escada há uma
estrela de sete
pontas, que simboliza da ascensão em direção ao mundo espiritual. Ela representa a
fé, a segurança e a
esperança. Ela não está presente em todos os painéis do grau de Companheiro.
As colunas J e B, como já mencionado, estão invertidas e tinham inicialmente três
romãs, como no
painel de Aprendiz, mas são posteriormente substituídas pelas esferas terrestres
(coluna B) e celeste
Figura 3: Painel da Loja de
Companheiro em 1820

(coluna J) e há um Delta radiante na entrada do templo, em cima do portão. Essa


substituição surge
também no Tuilleur de Vuillaume. As esferas referem-se à dualidade espírito-matéria.

As três janelas têm as grelhas mais abertas do que no painel do Aprendiz. Isso porque
o Companheiro
tem suporte para receber mais luz.
O esquadro e o compasso estão entrelaçados, simbolizando que o Companheiro está
dando um passo
para dentro da Ordem, mas o completará quando da sua exaltação.
Figura 4: Painel com a Escada de Jacó

As jóias móveis: esquadro, nível, prumo, malhete, cinzel, régua e alavanca; e as jóias
fixas: pedra
bruta, pedra polida e prancha de traçar. O nível e o prumo estão um ao lado do outro,
centralizados no
painel e abaixo do esquadro. O nível simboliza a igualdade de condições dos seres
humanos. O
prumo revela a desigualdade, no sentido das hierarquias e lideranças, pois ocupa a
dimensão vertical.
O esquadro está sobre o nível e dividido em duas exatas metades pelo prumo. O
conjunto desses três
elementos simboliza a divisão dos poderes e o equilíbrio na edificação interna, onde
todos são iguais e
assumem postos de poder rotativos, que sempre devem se moderar entre si. A
prancha de traçar é
um instrumento do Mestre Maçom. Simboliza a memória. As paralelas cruzadas
representam o
quadrado delimitador e os ângulos opostos, a transcendência. O malhete e o cinzel
ficam ao lado da
coluna B, cruzados. É um conjunto já presente no painel de Aprendiz Maçom como
instrumentos para
desbastar a pedra bruta. O malhete imprime a força e o cinzel, a modelagem, ou seja,
representa a
combinação entre a força e a educação, o polimento. A régua e a alavanca são alusão à
terceira
viagem do Companheiro Maçom. A régua tem 24 polegadas, representando as horas
do dia, ou seja, a
disciplina de trabalho do maçom e a alavanca, a retidão moral e o desejo de um
homem livre para
construir um mundo justo e perfeito. O conjunto delas representa então o trabalho
justo e disciplinado
sempre em prol da liberdade, igualdade e fraternidade.
A pedra bruta e a pedra polida são símbolos fundamentais nos dois graus. Trata-se do
caminho de
aprimoramento que o Aprendiz Maçom trilha para chegar a Companheiro e se
aprimorar até a
exaltação.
O sol e a lua aparecem na parte superior, o sol à direita e a lua à esquerda. Entre eles
está a Estrela
Flamejante. O sol é a luz ativa, irradiante e a lua, a luz passiva, reflexa. O companheiro
maçom está
entre elas. A Estrela Flamejante é a característica do grau, representante da transição,
característica do
Companheiro Maçom.
A corda de nove nós circunda o painel e se abre no Ocidente, simbolizando que a
Maçonaria está
aberta a novos integrantes e à sociedade. A corda simboliza a cadeia de união. Sete é o
número da conclusão. No painel do grau de Aprendiz, são sete os nós, representando a
conclusão da sua
iniciação. O número nove representa que o Companheiro deve transcender a
conclusão, extrapolar a
sua condição de iniciado, seguindo seu caminho até a exaltação.
O pavimento mosaico é característico do Templo de Salomão. Na sua medida ideal o
comprimento é
o dobro da largura. Uma das leituras do seu quadriculado xadrez é a harmonia dos
opostos, ou seja, a
pluralidade de entendimentos é necessária para que se componha um todo diverso,
mas unido.

Algumas considerações finais

Em 1829, uma nova versão do REAA foi publicada pelo Supremo Conselho da França
com o título de
Anciens Cahiers 5829, onde regulamenta a simbologia das viagens do Companheiro.
Elas deveriam se
referir aos Cinco Sentidos; às Cinco Ordens da Arquitetura (dórica, jônica, coríntia,
toscana e
compósita); às Sete Artes Liberais (Trivium: gramática, lógica e retórica; e Quadrivium:
aritmética,
música, geometria e astronomia) e às Duas Esferas (terrestre e celeste), essa última de
caráter deísta.
A dualidade presente nas Artes Liberais e nas Duas Esferas representa a harmonia
entre matéria e
espírito. No Trivium estão contidas as artes do espírito e no Quadrivium, da matéria
Igualmente, a Esfera Celeste representa o divino e a Terrestre, o humano.
De 1829 até os dias de hoje, o painel do grau de Companheiro se manteve, quase sem
alterações. No
final do Século XIX, com a emergência dos ideais positivistas, o rito sofreu algumas
alterações que
visavam eliminar seu caráter simbólico e foram revertidas posteriormente. As
alterações básicas foram
na quarta viagem, que simbolizou por um tempo os filósofos Solon, Sócrates, Licurgo e
Pitágoras e a
quinta viagem se tornou uma exaltação à liberdade e glorificação do trabalho. Essas
modificações
duraram pouco, talvez o mesmo pouco tempo que durou o pensamento positivista.

3 No latim, refere-se às atividades do espírito como otium e às da matéria como


negotium.

Na década de 1950, a Grande Loja da França absorveu algumas características anglo-


saxônicas nos
seus ritos com o objetivo de ser reconhecida pela Grande Loja Unida da Inglaterra.
Uma das
uniformizações foi assumir a posição invertida das colunas no painel dos graus de
Aprendiz e
Companheiro (coluna J à direita e B à esquerda).
Conclusões

O grau de Companheiro Maçom se desenvolveu ao longo dos anos e criou uma


característica própria:
a transição. Claro que, na Maçonaria, o aprimoramento é perpétuo. O que ocorre é
que o Companheiro
Maçom adquire estofo para se tornar Mestre Maçom e, daí, encerra-se a primeira
parte da sua jornada
nos graus simbólicos. Passará depois aos filosóficos, se assim desejar. O painel do grau
é
verdadeiramente uma alegoria: ele tem um aspecto retórico, no sentido que esclarece,
através da
leitura simbólica dos seus elementos, o caminho a ser percorrido pelo Companheiro
Maçom. As
figuras de retidão, divisão dos poderes, aprimoramento intelectual e moral, ou seja,
todo o simbolismo
aqui exposto converge mais uma vez para aqueles ideais maçônicos que tanto me
encantam e que me
fazem pertencer à Ordem e ter redigido este trabalho: cultivar o conhecimento,
praticar o
aprimoramento intelectual, combater a ignorância, frear a tirania, lutar pela liberdade,
igualdade e
fraternidade de maneira ampla. Sem isso, não faz nenhum sentido que nós nos
reunamos.

Bibliografia
GUIGUE, Christian. 2010. La Formation Maçonnique. Paris : Guigue, 2010.
LEADBEATER, C. W. Pequena História da Maçonaria. São Paulo : Pensamento.
LIRA, Jorge B. 1964. As Vigas Mestras da Maçonaria. Rio de Janeiro : Aurora, 1964.
NAUDON, Paul. 1994. La Franc-Maçonnerie. Paris : Presses Universitaires de France,
1994.
SANTOS, Joaquim G. O Quadro na Loja de Companhiero no REAA: História e
Simbólica. academia.edu.

Painel da loja de companheiro


O painel da Loja de Companheiro é, no seu conjunto, muito semelhante ao painel da
Loja de Aprendiz. A diferença é a inclusão da Estrela rutilante ou Flamejante, com a
Letra “G”; assim como a Alavanca, a Régua, a Espada e a Trolha. O número de
degraus passa a ser cinco (que se atribui aos cinco estágios da inteligência,
representados pela Coluna Dórica, Coluna Jônica, Coluna Coríntia, Compósita e
Toscana; os cinco sentidos: tato, olfato, gosto, visão e audição; e as cinco viagens com o
manejo das ferramentas adequadas, as quais representam o progresso rumo ao
aperfeiçoamento).
Entre os elementos da simbologia aplicada ao Grau de Companheiro, há a Estrela
Flamejante, de cinco pontas, o Pentalfa. A Estrela Flamejante, por ser um foco ardente,
e fonte de Luz e Calor, bem como pelo seu significado filosófico, no próprio Grau de
Companheiro, tem conotação mais voltada para o discernimento e uma inteligência
verdadeiramente esclarecida e aberta a todas as conquistas do conhecimento e
compreensões.
A Alavanca tem valor pelo seu sistema. Na edificação, sua utilidade está na remoção de
pedras para prepara-las como alicerces. É importante lembrar que, na Maçonaria,
a Alavanca é um instrumento usado nas provas e está sempre acompanhado da Régua,
justamente porque a força deve ser prudentemente medida.
A Régua utilizada pelos operativos para medir e delinear os trabalhos, como para traçar
linhas retas, de modo variado, pela Maçonaria Especulativa foi dividida em 24
polegadas. Trate-se, pois, a régua o símbolo da razão e do caráter cognitivo da mente
humana.
A Espada é a arma branca, formada de uma lâmina comprida e pontiaguda, podendo ser
de um ou de dois gumes. Cuida-se de instrumento que indica o símbolo do poder, em
especial no meio militar. Em Maçonaria, a Espada tem grande simbologia. E, de regra,
é o objeto usado no cerimonial como símbolo de poder e autoridade, motivo pelo qual é
o emblema dissipador das trevas e da ignorância.

A trolha é uma espécie de pá achatada usada pelo pedreiro para aplicar a argamassa,
como instrumento simbólico destina-se a realizar a unidade. É o emblema característico
do amor fraternal que deve unir todos os Maçons.
Trechos do capítulo II – Item Painel da Loja de Companheiro, do Livro Virtude e
Verdade – Graus Simbólicos, do autor Luiz Fachim

PAINEL DA LOJA GRAU DE COMPANHEIRO


Antigamente no inicio da Maçonaria Especulativa, quando ainda não tinham sido criados os
Templos Maçônicos, o 1º Experto desenhava no chão, no local onde se realizava a reunião,
com carvão ou giz, o Painel tal qual ele é hoje. Após o fechamento da Loja, termino da sessão
era então apagado. O Painel de Companheiro deve constar do seguinte:

AS COLUNAS ‘B’ E ‘J’ E OS SEUS CAPITEIS – As Colunas apresentam-se intumescidas em


suas bases afilando-se em direção ao Capitel, como em uma Coluna Egípcia, apresenta em
seus fustes inscrições desconhecidas, há quem diga que são de origem Fenícia. Os romãs nos
Capitéis significa a Universalidades da Maçonaria. A Altura de trinta e cinco Côvados, com
Capitel de cinco Côvados, perfazendo quarenta Côvados de altura; A Coluna B, ao Sul,a direita
de quem adentra ao Templo, é presidida pelo 2º Vigilante, e esta representa a BELEZA,
também é a Palavra Sagrada no Grau de Aprendiz, que quer dizer PERSEVERANÇA NO BEM;
A Coluna J, ao Norte, a esquerda de quem entra no Templo, é presidida pelo 1º Vigilante, e
esta representa a FORÇA, também é a Palavra Sagrada, do Grau de Companheiro, que quer
dizer ESTABILIDADE, FIRMEZA, onde tem seu assento.

ORLA DENTADA – Simboliza a atração universal através da fraternidade.

PAVIMENTO MOSAICO – Simboliza a harmonia do contrario.

OS CINCO DEGRAUS – Simboliza a idade do Companheiro, o tempo necessário para o


aprendizado teórico e pratico da construção do edifício Social a que se impõe os Maçons.

O PÓRTICO - O Pórtico é a Entrada da Câmara do Meio a entrada por onde tem acesso ao
SANTO SANCTORUM ou SANTO DOS SANTOS, exibindo as inscrições em Hebraico, quatro
letras que formam o tetragrama sagrado, temos a letras IOD-HÉ-VAU-, significa ¨Aquele que é ¨
JEOVA, sendo assim é o umbral da luz, a porta de entrada para o atingimento da Perfeição e o
conhecimento da verdade.

A CORDA DE TRES NÓS – Representa as três fases ou etapas da vida; a Infância, a


Juventude, e a Maturidade; As duas Borlas pendentes representa a Força e a Beleza e todos
esses atributos ou virtudes são necessários para se chegar a verdade.

AS TRES JANELAS – Representam as três Luzes da Loja: O Venerável Mestre é a Sabedoria,


o 1º Vigilante a Força, e o 2º Vigilante a Beleza.

O MAÇO E O CINZEL – A associação do Maço e do Cinzel, nos indica que a vontade e a


Inteligência, a Força e o Talento, a Ciência e a Arte, a Força Física e a Força Intelectual,
quando aplicados em doses certas permitem que a Pedra Bruta se transforme em Pedra
Polida.

A RÉGUA DE 24 POLEGADAS E A ALAVANCA – Régua representa a Retidão do Caráter e a


Exatidão da Conduta, e nos lembra que não devemos perder tempo na ociosidade, planejando
para as 24 horas do dia, representa a divisão do dia entre o trabalho, oração, repouso e estudo;
A Alavanca símbolo da Força, Firmesa da Alma, da Coragem Inquebrantável do Homem
independente do poder invencível que desenvolve o amor pela liberdade e do poder do
trabalho, serve para vencer a resistência da inércia e possibilita o desempenho de grandes
tarefas, sob o ponto de vista intelectual, exprime a segurança da lógica e a força de vontade
que se tornam irresistíveis quando emanam da inteligência isenta da justiça. É também a
imagem da filosofia cujos princípios invariáveis não permitem fantasias e nem superstições.
A PEDRA BRUTA – É o símbolo da alma Jovem, onde o Aprendiz se esforça para vencer as
dificuldades do mundo material, desbastando a PEDRA BRUTA, polindo-a, educando a si
próprio, para ocupar o seu lugar na Construção Social, a que o Maçom se propõe, representa
os Aprendizes.

A PEDRA POLIDA – É o símbolo do Grau de Companheiro, trabalhando no polimento da


pedra, com a ajuda do Esquadro, do Nível, e do Prumo (Retidão, Moralidade, Igualdade,
Equilíbrio, e Prudência), de Bruta a Polida, ate que se transforme em Cúbica, na forma
hexaédrica perfeita, símbolo da perfeição, ideal de todo o Maçom.

A PRANCHETA – Representa os Mestres.

O ESQUADRO E O COMPASSO – A posição do Esquadro e do Compasso sobre o Livro da


Lei, no Altar dos Juramentos, determina o Grau em que a Loja esta trabalhando. No Grau de
Companheiro, o esquadro e o compasso se apresentam entrelaçados com o esquadro na
posição do Gr.`. ponta do compasso sobre e Esquadro. Simbolizando que o Companheiro já
atingiu um estagio evolutivo de equilíbrio entre a Materialidade e Espiritualidade. A Haste livre
do Compasso pretende demonstrar que a mente turvada por preconceitos e convenções que
impediam o Aprendiz de livremente pesquisar e procurar a verdade, começa a se abrir e o
Companheiro, com certa liberdade de raciocínio, encontra-se no caminho de se tornar um Livre
Pensador, que lhe possibilitara encontrar a verdade.

O NIVEL – Simboliza a Igualdade.

O PRUMO – Simboliza o Equilíbrio, a Prudência e a Retidão.

A ESPADA – Simboliza a Igualdade e também o Poder e a Autoridade, Simboliza ainda a


Coragem, a Lealdade e a Honra.

A TROLHA – Simboliza a Virtude da Tolerância e Também serve para Glorificar o Trabalho


Perfeito do Maçom.

O SOL E A LUA – Simboliza o Antagonismo da Natureza que gera o equilíbrio, para conciliação
dos contrários.

AS ESTRELAS – Quando em números de Sete, representam o numero mínimo de Irmãos, que


deverão estar presente para se abrir uma Loja e ainda as Sete Artes e Ciências Liberais.
Quando em numero Indeterminado representa a Universalidade da Maçonaria.

A ESTRELA FLAMÍGERA OU FLAMEJANTE– Esta representada com Cinco Pontas, derivam


respectivamente, do Latim Flammantis, que significa ¨que expele chamas¨ é o Símbolo
Distintivo do Companheiro, que conhece a formula ¨E∴V∴A∴E∴F∴, o iniciado que já atingiu um
certo estado de Espiritualidade e de Iluminação que permite que sua mente esteja aberta a
todas as compreensões em nosso ritual consta: Contemplai esta Estrela Misteriosa, e nunca
afastai do nosso Espírito. Ela é, não só o Emblema do Gênio que leva à prática das grandes
ações, mas também o símbolo do fogo sagrado com que nos dotou o S∴A∴D∴U∴, e sob cujos
raios devemos Discinir, Amar e Praticar a Verdade, a Justiça e a Equidade.

A LETRA G – Esta no centro da Estrela Flamígera ou Flamejante, a letra IOD, que é o mesmo
que a letra G, traduz o nome do Criador Incriando e Auto-Divino, e também representa a
Geometria, que é a Ciência da Construção fundamentada nas aplicações infinitas do Triangulo,
e seguindo nosso Ritual, tem Múltiplos significados: Geometria; porque o Maçom tem que
ocupar um lugar polido no Edifício Social, porque ela faz a Obra da Vida. Gravidade; porque há
uma Força Irresistível que une os Irmãos. GENIO; Porque o Maçom pesquisa a Verdade, e
aspira sempre subir, aprimorando-se. GNOSE; Porque Inquirir as Verdades Eternas.

Os Painéis sintetizam os Mistérios de cada Grau, estudando, analisando cada símbolo,


descobrimos a riqueza histórica e evolução da Maçonaria Universal, adentraremos com maior
facilidade, polindo as imperfeições inerentes a todos seres humanos, do Neófito ao mais alto
Grau Hierárquico, estudo, pratica estudo e pratica engrandece o iniciado na Arte Real.
Bibliografia:

Simbologia Maçônica dos Painéis de Aprendiz, Companheiro. Autor: Almir Sant´ Anna Cruz. 1ª
Edição 1997. Ed. A Trolha.

O COMPANHEIRO
Segundo consta, a palavra companheiro é de origem latina, o seu significado tem provocado
controvérsias quanto à sua etimologia, pois alguns autores sustentam que ela seria derivada da
preposição
cum
= com e do verbo ativo e neutro
pango
= pregar, cravar, plantar, traçar sobre a cera
e ---no sentido figurado --- escrever, compor, celebrar
, cantar, prometer, contratar, confirmar. Neste
caso, especificamente,
pango
teria o sentido de contrato, promessa, confirmação, fazendo com que
a expressão
cum
pango
--- que teria dado origem à palavra Co
mpanheiro --- significa com contrato,
com promessa, envolvendo um solene compromisso, que teria orientado as atividades religiosas e
profissionais da Idade Média e do período renascentista.
A origem mais aceita, todavia, é outra: o termo Companheiro é derivado da expressão
cum
panis
, onde
cum
é a preposição
com
e
panis
é o substantivo masculino
pão
, o que lhe dá o
significado de
participantes
do mesmo pão
. Isso dá a idéia de uma convivência tão íntima e
profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas participarem de mesmo pão, para o seu
nutrimento.
COMPANHEIRO MAÇOM
Doutrinariamente, o grau de companheiro é o mais legítimo grau maçônico, por mostrar o
obreiro já totalmente formado e aperfeiçoado, profissionalmente.
Historicamente, é o grau mais importante da
Franco-Maçonaria, pois sempre representou o
ápice da escalada profissional, nas confrarias de ar
tesãos ligados à arte de construir, as quais
floresceram na Idade Média e viriam a ser conhecidas
, nos tempos mais recentes, sob o rótulo de
“Maçonaria Operativa” , ou “Maçonaria de Ofício” .
Na realidade, antes do século XVIII havia
apenas dois graus re
conhecidos na Franco-
Maçonaria:
Aprendiz e Companheiro
. Na época anterior ao desenvolvimento da Maçonaria dos
Aceitos, ou Especulativa, o Companheiro era um
Aprendiz, que havia servido o tempo necessário
como tal e havia sido reconhecido como um oficial, um trabalhador qualificado, autorizado a praticar
seu ofício. Na Idade Média, quando as construções e pedra eram comissionadas pela igreja, ou
pelos grandes reis, duques ou lords, a Maçonaria operativa era um lucrativo negócio; ser
reconhecido, portanto, como um Companheiro pelos
operários era um passaporte seguro para uma
participação no negócio e para um
a renda praticamente garantida.
Não se deve, todavia, confundir o grau de Companheiro Maçom, ou Companheirismo com as
associações de companheiros , Compagnonnage -- surgida na Idade Média, em função direta das
atividades de Ordem dos Templários, e existente
até hoje, embora sem as mesmas finalidades da
organização original, como ocorre, também, com a Maçonaria. O Compagnonnage foi criado porque
os templários necessitavam, em suas distantes comendadorias do Oriente, de trabalhadores
cristãos; assim organizaram-se de acordo com a s
ua própria doutrina, dando-lhes um regulamento,
chamado Dever. E esses trabalhadores construíam formidáveis cidadelas no Oriente Médio e, lá,
adquiriram os métodos de trabalho herdados da Anti
güidade, os quais lhes permitiram construir, no
Ocidente, as obras de arte, os
edifícios públicos e os templos
góticos, que tanto têm maravilhado,
esteticamente, a Humanidade.
PAINEL DO GRAU DE COMPANHEIRO
Entre todos os graus, o de comp.·. conta com o maior número de Painéis, comparado com os
demais Graus. Apenas a título de exemplo, além do
Painel simbólico do 2° Grau que é objeto do
nosso trabalho , podemos mencionar ainda outros como Painel Alegórico (John Harris), o Painel da
Loja de Comp.·., no qual estão representadas as Sete
Artes, as Ciências Liberais e as Cinco Nobres
Ordens de Arquitetura e o Painel Misto de 1745 que reúne as ferramentas do aprendiz e
companheiro.
PAINEL MISTO
Aproximadamente 264 anos, de acordo com as
fontes históricas confiáveis, pode-se, pela
primeira vez, ver impresso nos livros do Abade Gabriel Luiz Calabre Perau (1700-1767) o mais
antigo Painel Maçônico. Este guardava características peculiares, no entanto reunia símbolos e
ferramentas tanto de Aprendiz, como de Companheiro. Por este motivo, era identificado como Painel
Misto (Aprendiz-Companheiro) ou Conjugado, tal como publicado no Livro de Revelações em 1745.
A Ordem dos Franco Maçons Traída). Este Painel já contava com a presença de: Est.·. Flam.·., Letra
“G”, Trolha, Globo, Luminárias (Sol e Lua) e as Letras J e B.
PAINEL ALEGÓRIC
O – JOHN HARRIS
Os painéis de Irm.: John Harris pintados em 1823 para o rito inglês, são até hoje usados sem
destinção, por quase todos os ritos. Nele obser
va-se A fonte de Água Corrente , a Espiga ,as Duas
Colunas, a escada em caracol e a camara do meio . Esse rito tem características próprias com
lendas e tradições diferentes
e divergentes de outros ritos.
SÍMBOLOS E INSTRUMENTOS DO PA
INEL DO GRAU DE COMPANHEIROS
ESCADA DE SETE DEGRAUS
A escada de Jacob é uma alegoria de origem bíblica, a qual nem sempre está presente no
recinto da Loja, a não ser no desenho do Painel. Todavia, algumas Lojas costumam esculpir a
escada na face frontal do altar , no Oriente. No topo da escada há uma estrela de sete pontas.
Símbolo da via ascendente, em direção ao céu, a Escada de Jacob repousa, no painel, dito
alegórico, sobre o Livro das Sagr
adas Escrituras, tendo três, ou sete degraus, sobre os quais
repousam os símbolos das três virtudes teológicas: a Cruz representando a Fé, a Âncora
representando a Esperança e o Graal representando a Caridade.
AS TRÊS JANELAS
A Loja do parendiz não recebe nenhuma luz do mundo exterior, e lembra, por esse detalhe as
criptas subterrâneas cavadas no flanco das
montanhas, os hipogeus do Egito ou da Índia.
A Loja do Companheiro, em contrapartida, está em comunicação com o mundo exterior
graças às três janelas.
As três janelas representam as 3 luzes de uma
loja e estão representadas no painel do grau
de companheiro: a primeira a Oriente, a Segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente, onde
nenhuma janela se abre para o Norte. O templo fica isolado do mundo profano e o Maçom não deve
sofrer nenhuma tentação para se tornar espectador do mesmo.
A CORDA COM NOVE NÓS
A corda é um emblema utilizado na maçonaria, que tem várias interpretações, conforme os
diversos ritos. No painel do grau de companheiro há a representação de uma corda com nove nós a
qual está diretamente relacionada com a corda de oitenta e um nós, pois, Oitenta e Um (81), é o
quadrado de nove e nove que por sua vez é o quadrado de três. A numerologia tem-se que três é o
numero Perfeito, de elevado valor Místico, simbo
lizando dentre muitas verdade sagradas a União e a
Fraternidade Maçônica no mundo.
A corda de OITENTA E UM NÓS tem correlação direta com a Orla Dentada, com o Pavimento
Mosaicos, com a Cadeia de União e com Romãs. E cada um destes símbolos, vem reforçar o
significado de que os Maçons são unidos
são partes integradas do UNIVERSO.
PAVIMENTO MOSAICO
O pavimento mosaico ,como uma tradição maçônica é representado do Templo de Salomão ,
e formado por lajes quadradas que se alternam nas cores branca e preta , formando um tabuleiro de
xadrez sendo a medida ideal de um paralelogramo cujo comprimento seja o dobro da largura.
Com seus quadrados brancos e pretos simboliza a Harmonia dos contrários nos ensinando
que apesar do contraste e da diversidade de todas as cores da natureza em tudo reside a mais
perfeita Harmonia.
PRANCHA
A Prancha ou prancheta da Loja é um instrumento do M.·.M.·., está localizada no alto e à
direita do Painel do grau do companheiro, sendo o símbolo da memória. A Prancha serve para guiar
os aprendizes no caminho justo , para atingirem o aperfeiçoamento nos trabalhos da Arte Real. Na
Prancha do Painel do Grau de Comp.·., estão
traçadas as paralelas cruzadas, que lembram: o
quadrado, a matéria, o corpo físico, o limitado;
e os ângulos opostos do vért
ice, os quais por sua
vez, lembram a tríade: o espírito, o ilimitado, o infinito.
O SOL E A LUA
Sobre O Sol e a Lua muito poderia se dizer. O Sol está colocado à direita do Painel do Grau
de Comp.·. Com sua majestade, o Sol vem inspirando a humanidade desde seus primórdios. O
poder, a energia, a segurança, o fazer e o realiz
ar que a luz deste astro nos concede generosa e
gratuitamente todos os dias, lembra-nos do verdad
eiro interesse do Maçom, que presta auxílio sem
esperar retorno ou humilhar o beneficiado.
A LUA
A Lua fica à esquerda do Painel e está cor
oada de nuvens. Por um lado a Lua simboliza o
princípio feminino, aquoso, frio e úmido, por outro lado ela simboliza a constância, a regularidade, a
afeição, a obediência, a evolução, a luz mora
l. Logo o Sol e a Lua que são figurados na Loja,
significam que o Maçom jamais está nas trevas e
que seus raios devem refletir sobre aqueles que
ainda se conservam na escravidão.
O COMPASSO E O ESQUADRO
O Compasso e o Esquadro estão colocados no centro do Painel do 2° Grau, sendo que as
hastes que formam o ângulo reto do Esquadro estão voltadas para a parte de cima deste, tendo o
Compasso voltado de forma oposta e com uma de suas hastes sobre o Esquadro e a outra por atrás
deste. Além do simbolismo próprio de cada um
destes instrumentos, o Compasso e o esquadro
Entrelaçados têm um significado muito particular, ou seja, ele é usado como o emblema da Ordem
Maçônica.
O ESQUADRO, O NÍVEL E O PRUMO
O Esquadro, o Nível e o Prumo, tem seus simbolismos próprios, porém juntos no Painel do
Grau de Comp.·., eles também se revestem de um simbolismo particular. O Nível e o Prumo estão
colocados um ao lado do outro no Centro do painel e abaixo do Esquadro. O Nível maçônico é um
Triângulo no vértice do qual se acha um fio a Pr
umo, que divide o Triângulo em dois Esquadros
certos, isto é, formando dois ângulos de 90°. O Nível é o símbolo da igualdade das condições
humanas e do nivelamento das desigualdades arbitr
árias e nos faz lembrar que ninguém entre nós
deve dominar os outros. O Prumo
é um pedaço de chumbo suspenso por um cordel. Serve para
comprovar que um objeto está colocado ou não perpendicularmente ao horizonte, ou seja revela a
desigualdade. O fio a Prumo simboliza a atração e a Retidão que deve resplandecer em todos os
juízos de um bom maçom. de maneira que nenhum afeto, mesmo os mais íntimos, o desvie deste
princípio. A reunião do Esquadro, o Nível e o Prumo
permitem a correta construção das muralhas do
templo simbólico, em que se emprega todo maçom, juntos são considerados o emblema da retidão
de conduta.
O MAÇO O CINZEL
O Maço e o Cinzel estão colocados cruzados em forma de x no lado direito inferior da Coluna
B no Painel do 2° Grau. O Simbolismo destes é muito extenso e além de estarem muito associados.
Enquanto o Maço é o símbolo da força dirigida ou controlada, a fim de resultar um resultado definido,
o Cinzel simboliza as vantagens da educação. Po
r si só o Cinzel não produziria qualquer obra,
porém movido pelo Maço, o Cinzel permite a remoção
das asperezas, isto é, os erros e preconceitos
,transformando a pedra bruta em pedra polida .
A RÉGUA E A ALAVANCA
A Régua e a Alavanca, elas representam
a terceira viagem de companheiro. A régua
maçônica possui 24 polegadas, representando as
24 horas do dia. Seu tamanho já sugere um
instrumento de construção e o maçom deve medi
r e programar sua vida nas 24 horas, do trabalho
ao lazer, de forma que caminhe com retidão e determinação. A Alavanca representa a Força moral,
a firmeza da Alma, a coragem do homem livre pela construção de um mundo melhor.
A ESTRELA FLAMIGERA
A Estrela Flamigera, a Estrela Flamejante
só é conhecida na Maçonaria – pelo menos em
principio – pelo Companheiro e nesse grau, precisamente, as romãs que encimavam habitualmente
as duas Colunas são substituídas por
duas esferas. No
Painel de Companheiro está entre as colunas B e J acima do Templo, com cinco pontas. É o
emblema individual do Companheirismo. “O astro que ilumina a Loja dos Companheiros” onde figura
no Oriente acima do Venerável.Traz em seu centro a letra G. A letra G é Incontestavelmente um
enigma maçônico, e sobre ela paira um mistério que provocou um número infinito de interpretações.
Com base a maçonaria é a construção, e a arquite
tura a ciência aplicada à obra, “G” representa
Geômetra, ou seja, Deus.
AS COLUNAS J E B
As colunas J e B Jackin e Boahaz, simbolos dos limites do mundo , da vida e da morte, do
elemento masculino e feminino, do ativo e do passivo. Segundo a Bíblia, a coluna “B” é chamada
Booz ou Boaz, significa “na força” e na coluna
“J” é chamada Jaquim e significa “estabilidade”. As
Colunas são originadas do Templo de Salomão construídas do lado de fora de Templo, junto à porta
de entrada, representando os solstícios de Verão e de Inverno.
A PEDRA BRUTA
A pedra Bruta: A mistura de conhecimento e s
entimentos profanos, é para o Aprendiz uma
Pedra Bruta a ser lapidada, ao vencer suas paixões, e edificando dentro de si, a rotina do bem,
sempre aprimorando sua personalidade e o conhecimento de seu grau.
A PEDRA POLIDA
A pedra Polida: Com o auxílio do esquadro, o nível e do prumo, já desbastadas as rudes
arestas pelo Aprendiz. Agora é preciso moldá-
las, com o aperfeiçoamento da Personalidade. São
infinitas situações e evoluções
dos sentidos. Juntando as Pedras
já Polidas na edificação de um
Mundo Perfeito representando o homem ajustado e polido para a sociedade .
CONCLUSÃO:
Os Símbolos e instrumentos do painel tem muito á nos transmitir e nos ensinar.
Com relação aos painéis citados nota-se claramente o enriquecimento e a evolução do painel
simbólico do Grau de Companheiro, esta evoluç
ão gerou a desvinculação dos graus onde os
Aprendizes e os Companheiros conquistaram seu próprio painel , logo os respectivos símbolos
tornaram-se mais ricos e detalhados , sem , contudo , perder a essência da tradição simbólica
destes graus .
BIBLIOGRAFIA
1- Rizzardo da Carmino – Simbolis
mo do Segundo Grau Companheiro –
Editora Aurora.
2- Antônio Carlos Gama M.·.M.·. –
Apostila – Companheiro Maçom.
3- Assis Carvalho – Caderno de Estu
dos Maçônicos – Edit
ora Maçônica “A
Trolha” Ltda.
4- Trabalhos Maçônicos – Lo
ja Estrela – Rio Claro.
5- Sites maçônicos – Internet.
Insatisfações
...
"Nada é bastante para quem considera pouco o que é suficiente."
Confúcio (K
ung-Fu-Tse)
10 pares de sapatos e não encontra
um que combine com aquela festa.
20 ternos e todos ultrapassados.
Geladeira cheia e o filho batendo a porta por não encontrar uma coisa gostosa.
Calmante forte, com tarja preta e receita, mas eles não conseguem dormir.
Carro do ano na garagem, mas não sabem para onde ir.
Casa de luxo na praia, mas sem amigos verdadeiros para compartilhar...
Celular , DVD, Karaokê, Notebook, Câmera digital,
Vídeo Game In Box, jogos de última geração, e
muita, muita insatisfação e vazio.
Estamos nos armando de tudo o que é material s
upérfluo para suprir o vazio que nada preenche.
Vamos as compras esperando encontrar felicidade , mas voltamos frustrados, com o carro cheio e a
alma vazia.
Nunca o homem teve tanta informação e nunca ficou tão
distante como agora da
Paz de Espírito, tantos
templos, tantas religiões, tantas de
finições , tantas Instituições e ideologias, mas mesmo assim, o homem
continua valorizando as coisas matérias e ignorando as necessidades da sociedade e das instituições.
Por isso a carência afetiva, as doenças nervosas, a
violência que se espalha, o consumismo que gera as
diferenças sociais tão brutais. O ho
men valoriza picuinhas e se esquece
do alimento da alma que são as
ações do coração ,
nada sacia o homem, quanto mais ele acumula, quanto mais possui, mais vazio vai se tornando.
Aproveite seu dia, busque encontrar a paz pelo seu
caminho, seja sincero com as pessoas , abrace o
próximo com o coração e não com os braços , de um sorriso para o animal abandonado e que você
quase atropela, ouça o filho que se embriaga e você
nem vê, a filha que sofre
a desilusão do primeiro
amor e você não sabe.
Quantos buscam onde está a paz ,o sossego ,o amor ,
Deus ,mas cegos pelo orgulho e pela arrogância ,
não conseguen
ver que nunca se ausentaram e sempre estiveram na su
a vida, no seu dia a dia, na sua família, mas que
você nunca direcionou seus atos
para senti-los . a não ser nos
momentos de dor e dificuldades.
Você agradeceu a Deus ao almoçar hoje?
No dia do seu casamento você mandou o primeiro convite para Ele?
Na sua formatura Ele estava presente?
Hoje ao levantar-se você falou com Ele ou sorriu para sua família e seus filhos?
Você quer saber onde está Deus?
Olhe para a sua vida, como você está tratando o próximo , o que você está valorizando como importante
no dia de hoje olhe para a sua vida, reveja suas atit
udes diárias , os atos falam
mais do que as palavras ,
por isso, antes de fazer sua oração repetida, velha e cansada , coloque seu coração nas orações,convide
Deus para participar de todos os
seus momentos, e assim, você será preenchido, saciado, envolvido pelo
amor que nunca acaba, pela água que sacia a tua sede, e então, mesmo com muito pouco, encontrarás a
paz de espírito , a satisfação da dignid
ade e preencherá o vazio do seu coração.

INTRODUÇÃO

No Painel do Grau de Companheiro, encontrei diversas semelhanças com o Painel do


Aprendiz, e alguma diferença com isso focou meu trabalho nos achados diferentes, não
deixando de dar uma breve descrição dos semelhantes.

DESENVOLVIMENTO

A Orla Denteada – Simboliza a união dos maçons.

O Pavimento Mosaico – Simboliza a harmonia universal dos maçons.

Os cinco degraus – Simbolizam a idade do Companheiro, o tempo necessário


para o aprendizado teórico e prático da construção do edifício social a que se propõem
os Maçons

As Colunas “B” e “J”. A Coluna J representa os Companheiros, cujo nome é


Jaquim, segundo o Ir.’. Albert Mackey, Jaquim ou Jachim se deriva de “Jah”, equivalente
a “Jeovah” e de “achin” que quer dizer “estabelecer”, formando “Deus estabelecerá”, e
significa estabilidade, firmeza, sendo esta a palavra simbólica do Grau 2.

A Coluna B, representa os Aprendizes, recebeu o nome de Booz ou Boaz, se compõe de


“b” que significa”em” e de “oaz” que quer dizer”em fortaleza”, que significa em força,
com força, solidamente. Boaz foi o Bisavô do Rei Davi. Assim, da direita para a
esquerda, como fazem os judeus, Jaquim Booz significa “Deus estabelecerá em
fortaleza”, segundo versão católica, a tradução formam a frase: ”(Deus) dá estabilidade
com força”. E por fim, os Capitéis, que nada mais é que o coroamento de uma Coluna,
adornado por globos, com mapa terrestre no capitel da coluna B, e por mapa celeste no
capitel da coluna J.

O Pórtico – O Pórtico é a entrada da Câmara do Meio, a entrada por onde se tem


acesso ao Santo dos Santos, li relatos sobre inscrições em hebraico, quatro letras que
formam o tetragrama sagrado, mas que visualmente não aparecem no painel, de acordo
com as pesquisas, temos a letra Iod-Hé-Vau-, correspondente ao nosso alfabeto a: Y, J
ou a I-H-W ou V-H. Que significa “ Aquele que é”:Jeová(JeHoWah), ou Javé(JahWeH), ou
Iavé(YaHWeH). Sendo assim, é o umbral da Luz, a porta de entrada para o atingimento da
Perfeição e o conhecimento da verdade.

A Corda com Três Nós - Representam as três fases ou etapas da vida: a Infância, a
Juventude e a Maturidade. As duas borlas pendentes representam a Força e a Beleza e
todos esses atributos ou virtudes que são necessários para se chegar a verdade.

As Três Janelas - Representam as três Luzes da Loja: O Venerável Mestre, o Primeiro


Vigilante e o Segundo Vigilante.

O Maço e o Cinzel - São as ferramentas usadas pelo aprendiz para transformar a


pedra bruta em polida.

A Régua de 24 Polegadas A Régua representa a Retidão do caráter e a Exatidão de


conduta, e nos lembra que não devemos perder tempo na ociosidade, planejando para
as vinte quatro horas do dia,representa a divisão do dia entre trabalho, oração, repouso
e estudo.
A Alavanca - símbolo da força, firmeza da alma, da coragem do homem independente, do
poder que desenvolve o amor pela liberdade e do poder do trabalho, serve para vencer a
resistência da inércia e possibilita o desempenho de grandes tarefas, sob o ponto de
vista intelectual, exprime a segurança da lógica e a força da vontade, que se tornam
irresistíveis quando emanam da inteligência isenta da justiça.

A Pedra Bruta – É o símbolo dos Aprendizes.

A Pedra Polida – É o símbolo do Grau de Companheiro, trabalhando no polimento


da pedra, com a ajuda do Esquadro, do Nível e do Prumo, de bruta a polida, até que se
transforme em cúbica, na forma hexaédrica perfeita, símbolo da perfeição, ideal de todo
Maçom.

A Prancheta – Representa os Mestres

O Esquadro e o Compasso - A posição do Esquadro e do Compasso sobre o Livro


da Lei no Altar dos Juramentos , determina o Grau em que a Loja está trabalhando. No
Grau de Companheiro, o esquadro e o Compasso se apresentam entrelaçados,
simbolizando que, o Companheiro já atingiu um estágio evolutivo de equilíbrio entre
Materialidade e Espiritualidade.

A haste livre do Compasso pretende demonstrar que a mente ainda fechada e com
preconceitos e convenções que impediam o Aprendiz de livremente pesquisar e procurar
a verdade, começa a se abrir e o Companheiro, com certa liberdade de raciocínio,
encontra-se no caminho de se tornar um Livre Pensador, que lhe possibilitará encontrar
a Verdade.

O Nível – Simboliza a Igualdade.

O Prumo – Simboliza o Equilíbrio, a Prudência e a Retidão.

A Espada – Simboliza a Igualdade e também o Poder e a Autoridade. Simboliza


ainda a Coragem, a Lealdade e a Honra.

A Trolha ou Colher de Pedreiro – Simboliza a virtude da Tolerância e, também


serve para glorificar o Trabalho, o Trabalho Perfeito do Maçom.

O Sol, a Lua - Simbolizam o antagonismo da Natureza que gera o equilíbrio, pela


conciliação dos contrários.

As Estrelas – Em número de sete representam o número mínimo de irmãos que


deverão estar presentes para se abrir uma Loja e ainda as sete artes e Ciências Liberais.

A Estrela Flamejante - A Estrela Flamejante que ilumina a Loja representa o Sol


que clareia o mundo físico, a ciência que resplandece sobre o mundo intelectual e a
Filosofia Maçônica que ilumina o mundo moral.

A letra G – Está no centro da Estrela Flamejante, traduz o nome do GADU e


também representa a Geometria,

CONCLUSÃO

O Painel do Companheiro Maçom mostra que os painéis sintetizam o aprendizado que


será desenvolvido em cada Grau da Maçonaria em busca da perfeição.

ARLS Cedros do Líbano N° 1688 – Oriente de Miguel Pereira/RJ


Companheiro: Fernando Britto Barboza
BIBLIOGRAFIA

ADOUM, Jorge – GRAU DO COMPANHEIRO E SEUS MISTÉRIOS –


Esta é a Maçonaria. Ed. PENSAMENTO, 15.ª Edição, São Paulo, 1998.
CAMINO, Rizzardo de – SIMBOLISMO DO SEGUNDO GRAU –Companheiro. Ed. MADRAS
– São Paulo, 1998.
Ritual Segundo Grau - GOB

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