Você está na página 1de 8

INSTRUÇÕES GRAU DE APRENDIZ - MÓDULO 13 - PAINEL DO 1 º GRAU - APRENDIZ

MÓDULO 13

PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ

O Painel da Loja: Segundo o Ritual 1º Grau – Aprendiz Maçom R\E\A\A\ – G\O\B\ - 2009

Antigamente qualquer local podia se transformado em Templo Maçônico. Bastava desenhar, no chão, o
“Quadro” simbólico do grau em que a Oficina e ou reunião trabalhava. Terminada, bastava apagar o “Quadro”.
Com o passar dos tempos tivemos as primeiras telas ou panos pintadas, que eram desenroladas no inicio das
reuniões.

No Painel esta sintetizado os mistérios do grau e indica quais os símbolos que o Aprendiz Maçom deve
estudar, porém atualmente nossas Lojas não vem dando o devido valor ao Painel do Grau; consequentemente
a maioria dos mestres não o conhecem.

Podemos dizer que o Painel de Aprendiz é a síntese esotérica, histórica e filosófica do Primeiro Grau.

Representa o caminho que o aprendiz deve trilhar até atingir, pelo trabalho e observação, o domínio de si
mesmo.

O aprendiz deve conseguir o aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das asperezas, pela fé e
esforço, transformando a Pedra Bruta em Pedra Polida, que estará apta à construção do edifício, poderá
descansar o maço e o cinzel, passara a utilizar outros utensílios ao subir a escala da hierarquia maçônica.

No Painel da Loja temos todos os símbolos que o aprendiz deve conhecer e que se bem interpretados,
facilitarão as próximas instruções.

Na foto o esquadro e compasso estão na posição normal, posição essa utilizada pelo Grande Oriente
do Brasil.

Nos Rituais dos Ritos do GOB:

Adonhiramita: SOL e LUA, NÍVEL e PRUMO são em posições invertidas.

Brasileiro: SOL e LUA, PEDRAS BRUTA e POLIDA e MAÇO e CINZEL são em posições invertidas.


York ou Emulação: somente consta o painel alegórico.

RER: possui tapete com poucos símbolos, não possui compasso, esquadro posição invertida.

Moderno: SOL e LUA, NÍVEL e PRUMO, COLUNAS, ESQUADRO e COMPASSO, são em posição invertida.

Schroder: possui um tapete com formato completamente diferente ao REEA.

Já na foto com numeração dos símbolos  possui além das colunas, o Esquadro e o Compasso
invertidos.

Na literatura e internet quase nada existe sobre o assunto, isto é, posição invertida do Esquadro e Compasso
(Esquadro com as pontas para baixo e Compasso com as pontas para cima ou ainda sem se tocarem
conforme podemos observar em figuras de referente ao Painel do Grau de Aprendiz).

Apurado que na maçonaria francesa e alemã, em especial os painéis antigos ocorria essa situação, do
esquadro voltado para baixo e o compasso tendo suas pontas voltadas para cima,  vide fotos:

Foto - internet

NOTA: Ao final da instrução inserido material encontrado sobre o assunto.

ANÁLISE DOS SÍMBOLOS CONSTANTES NO PAINEL DO PRIMEIRO GRAU

Utilizado a foto abaixo, no que pese as colunas da figura estarem invertidas, visto que em alguns Ritos essa é
a posição, mas os elementos estão corretos e devidamente numerados, facilitando a identificação. Esquadro e
Compasso também estão em posição invertida como em muitos rituais antigos e maçonaria francesa e alemã.
Os Três Degraus antes do Pórtico, representam a idade do Aprendiz, correspondente ao tempo
01 Três Degraus: 

que os Maçons Operativos necessitavam para serem elevados ao Grau de Companheiro.

Somente após vencer os Três Degraus, isto é, o tempo de permanência no 1º Grau, é que o Aprendiz atingia o
pórtico e entrava na obra que se estava construindo.

Nos três degraus consubstanciam-se os planos físico ou material, intermédio ou astral psíquico ou mental.
Representam os esforços a fazer para a libertação sucessiva dos diversos planos rumo à espiritualidade.

O PÓRTICO E O DELTA: - Após os Três Degraus, há um Pórtico tendo como verga um frontão
02 Porta do Templo: 

triangular dentro do qual se vê um Delta. 

O Pórtico representa a entrada do templo do rei Salomão, símbolo da obra maçônica.

Tal como o rei Salomão edificou um templo para adorar a Deus, os maçons também se dedicam, como
construtores sociais, na construção de uma sociedade humana ideal, tornada perfeita pelo aperfeiçoamento
moral e intelectual.

O Pórtico é assim o umbral da luz, a porta de entrada para o atingimento da perfeição e o conhecimento da
verdade. Ao adentrar no templo, que representa o universo, o Aprendiz torna-se apto, pelo estudo, pelo
trabalho, pela prática da filantropia, enfim, por uma formação moral e intelectual livre, a tornar-se um
verdadeiro maçom.

O Delta é a quarta letra do alfabeto grego, representado como um triângulo  equilátero, figura  considerada
perfeita por ter seus ângulos e lados iguais.

É um dos símbolos mais importantes e antigos utilizados para representar a trindade divina.
O Delta está sobre o Pórtico como que para lembrar aqueles que o transpõem que suas ações e pensamentos
deverão estar debaixo dos preceitos preconizados pelo Livro da Lei e que a busca da perfeição e da verdade
resultarão em um encontro com a Divindade.

Situada entre as duas colunas, simbolicamente deve representar ser muito mais baixa, para que o profano, ao
ingressar no templo tenha que curvar-se ou abaixar, não em sinal de humildade, mas sim para assimilar a
dificuldade da passagem do mundo profano para o plano iniciatico.

 Símbolo do equilíbrio de forças (ativas e passivas). O Olho é a emanação


03 Delta Radiante com o OLHO SIMBÓLICO no meio:

da vida, o Princípio Criador, o Grande Arquiteto do Universo; o Triângulo é a evocação da Trindade dos
elementos.

Simbolizam os limites do mundo profano, estão diretamente relacionadas a construção do


04 Coluna "B" e Coluna "J": 

templo de Salomão. Tem o significado de Beleza e Força, ficando respectivamente à direita e à esquerda da
entrada do templo, a coluna do Aprendiz a da força.             

Quando os maçons adentram no tempo ao passar pelas Colunas do Pórtico, recebem a “força” e a “beleza”
em seus propósitos, porque dentro do templo onde existe a sacralidade, se faz necessária a “energia”que
provem da “força” e a “candura”, que provem da “beleza”.

As romãs existentes em cima das colunas possuem diversos significados, sendo que
05 Romãs (a multiplicação e a União): 

os grãos reunidos em uma polpa transparente, simboliza os maçons unidos entre si e por um ideal comum, a
família maçônica unida e inspirada na ordem e na fraternidade.

06 Esquadro e Compasso  (Justiça e Retidão):  Esquadro: Simboliza a equidade, a Justiça, a retidão; esotericamente
representa a matéria...

É um instrumento de arquitetura que serve para traçar ângulos retos. Daí que, no plano do simbólico, o
esquadro represente, por excelência, a retidão moral.
Um instrumento fixo é instrumento indispensável para tornar a pedra bruta em pedra cúbica.

Compasso: Simboliza Justiça, o comedimento; esotericamente representa as qualidades espirituais e do


conhecimento humano.

No que diz respeito ao Compasso, uma conotação impõe-se: o sentido dos limites. DANTE celebrava o Deus
Arquiteto "Aquele que com o seu compasso marcou os limites do mundo, e regulou, dentro dele, tudo o que se
vê e tudo o que está oculto".

É um instrumento móvel, a representação do espírito, com os seus dois braços abre em diversos ângulos,
combina o Circulo (infinito) com o Ponto (inicio de toda a manifestação).

Simboliza também a Virtude porque é a verdadeira medida de nossos desejos.

O Prumo ou Perpendicular dos antigos é o emblema do equilíbrio que simboliza, ao mesmo


07 Prumo ou Perpendicular: 

tempo, a escada sobre a qual se encontram repartidos desigualmente os seres da natureza. O Prumo significa
que o Maçom deve possuir tal retidão de julgamento que nenhum afeto, seja de interesse ou de família, deve
desviar.

O prumo ou perpendicular principio ativo, é símbolo da profundidade do conhecimento e da sua retidão - pois
a característica principal do prumo é traçar perpendiculares, balizando operações e impedindo desvios.

O Prumo ou Perpendicular significa que o Maçom deve possuir uma retidão de julgamento, sem parcialidade,
sem ligações, só a busca da verdade.

O nível principio passivo, exprime na sua maior complexidade simbólica que a partir do plano terrestre
08 Nível: 

começa a edificação alicerçada em estratos bem assentes e nivelados.

Representa a igualdade entre os homens. É o nível que nos faz tratarmos de irmãos. É preciso considerar
todas as coisas com igual serenidade.

  Serve para nela trabalharem os Aprendizes, marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada
09 Pedra Bruta:

polida, pelo Mestre da Loja;

A Pedra Bruta simboliza as imperfeições do espírito e do coração que deverão ser corrigidas.

É o símbolo primeiro dos Maçons. Orienta o Ritual que o Maçom deve desbastar a “sua” Pedra Bruta e esse,
junto com a aresta que cai, tomba um vício, um defeito, uma falha; enfim, algo de negativo. 

 É o material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos. Representa o saber do Homem


10 Pedra Cúbica:

no fim da vida, quando a aplicou em atos de piedade e virtude, verificáveis pelo Esquadro da Palavra Divina e
pelo Compasso da própria consciência esclarecida

É a obra prima que o Aprendiz deve realizar com a ajuda do Malhete e do Cinzel.

É a obra que constitui o objetivo de cada Maçom: a sua própria perfeição moral e intelectual, e a sua
contribuição para o aperfeiçoamento moral e intelectual do ser humano.

A Pedra Cúbica embora figure no Painel do Aprendiz, está ligada ao Grau de Companheiro.

 Serve para o Mestre desenhar e traçar. Simbolicamente, exprime que o Mestre guia
11 Prancha de Traçar ou Prancheta:

os Aprendizes no trabalho indicado por ela, traçando o caminho que eles devem seguir para o
aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da Arte Real. (A expressão Arte Real é um termo
que tem diversas definições). Entre elas: “A Maçonaria chama-se Arte Real, porque ensina aos homens a se
governarem a si mesmos”; “a Arte Real é aquela que leva o homem à perfeição humana”.

Embora a Prancha esteja relacionada ao Grau de Mestre, o Aprendiz não pode ignorar seu uso e deve
exercitar-se, mesmo que desastradamente, a esboçar aí suas idéias, motivos pelo qual esse símbolo já figura
no Painel do Aprendiz.

A prancheta constante do painel de aprendiz apresenta dois símbolos que servem como chave para o alfabeto
maçônico, a Cruz Quádrupla (duas paralelas que se cruzam) e a Cruz de Santo Andre (em formato de xis)

 antigamente de madeira em forma de paralelepípedo (hoje de ferro) com um


12 Malhete e Cinzel ou (O Malhete ou malho):

cabo de madeira no meio, atua sobre o Cinzel; simboliza a força de caráter, simboliza o espírito atuando sobre
a matéria.
Simboliza a vontade, a energia e a decisão necessárias para vencer e superar obstáculos. Não é algo bruto,
pois a vontade não deve ser simplesmente, firme e perseverante. Além disso, o Malho age de forma
descontinua, simbolizando que o esforço não pode ser perseguido sem interrupção.

- Cinzel ou Escopo: Instrumento de ferro cortante em uma das extremidades serve para esquartejar a pedra;
simboliza a Razão; esotericamente é o físico ou a matéria;

O Cinzel representa o conhecimento e o discernimento indispensáveis para descobrir as falhas da


personalidade. Juntamente como Malho, é utilizado pelo Aprendiz para desbastar e Pedra Bruta e para isso,
deve ser freqüentemente amolado, ou seja, o Aprendiz deve rever sempre os conhecimentos adquiridos.

13 Sol (ativo):  Elemento ativo colocado no lado Sul representa a luz original. Opõem e completa o elemento Lua.

O Sol é o símbolo da potência de Deus, cumprindo ao Maçom usufruir de sua luz e do seu calor. O Sol está a
advertir que o Maçom jamais está na escuridão e que seus atos devem ser transparentes, pois iluminados,
estão à mostra e desnudos.

14 Lua  (passiva):  Elemento passivo colocado no lado Norte, reflexo da luz original. Opõem e completa o elemento
Sol.
A Lua se apresenta no quarto crescente anunciando a cheia, posição destinada a dar intensa luminosidade a
Terra, à noite. Simboliza a esperança dando confiança ao Maçom e a certeza que os dias se sucedem como
também as noites, sempre iluminados.

 As Três Janelas simbólicas indicam as principais horas do dia: o nascer do Sol que dissipa
15 Janela de Grades fixas:

as Trevas; o meio dia reduz a sombra ao seu mínimo e o pôr do Sol, que tem sido interpretado como a
destruição dos preconceitos.

- Elas estão figuradas no Painel do 1º Grau simbolizando o caminho aparente do Sol. A do


AS TRÊS JANELAS: 

Oriente traz a doçura da aurora, suave e agradável, convidando o obreiro para o trabalho; pela do Sul ou meio
dia, passa um calor mais intenso, que induz à recreação; pela do Ocidente entram os últimos lampejos de luz,
do Sol poente, sempre mais fraca e que incita ao repouso.

Por essa razão, os três principais dirigentes de uma Loja maçônica sentam-se nesses pontos: O Venerável
Mestre no Oriente para abrir a Loja; o 2º Vigilante. No Sul para melhor observar o Sol em seu meridiano e
chamar os obreiros para o trabalho e mandá-los a recreação; o 1º Vigilante no Ocidente, para fechar a Loja,
pagar os obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.

Em torno do desenho está representada uma corda com nós, os Laços de


16 Corda de 7 Nós  (Artes ou Ciências Liberais): 

Amor. É mais um elemento carregado de simbologia.


É a imagem da união fraternal, é a representação permanente da Cadeia de União.

- Uma Corda com 7 nós ou lanços emoldura o Painel do Rito Escocês Antigo e Aceito. Para
A CORDA DE SETE NÓS: 

alguns autores, os 7 nós representam, as 7 pontas da Estrela Flamejante e as 7 Estrelas, as 7 Artes e


Ciências Liberais que o Maçom deve estudar.

As duas Borlas da ponta da corda de 81 nós representam a Justiça e a Prudência, de acordo com
17 Borlas: 

alguns autores, são dispostas na entrada do Templo, simbolizando a visão igualitária e progressista da
Maçonaria, que está sempre em busca de novos Obr∴  com disposição de contribuir para a evolução do
Homem e para o engrandecimento da Humanidade.

Nós que circunda o Painel do Aprendiz simboliza a cadeia de união, a união


18 Orla Denteada  (ou corda de 81 Nós): 

fraternal que liga de modo indissolúvel todos os Maçons do globo, sem distinções, nem condições.
As quatro borlas existentes no painel de aprendiz, dispostas nos extremos representam as quatro
19 As 4 Borlas: 

virtudes cardiais: TEMPERANÇA, JUSTIÇA, CORAGEM e PRUDENCIA, que segundo a tradição maçônica
sempre praticada pelos antigos maçons. Estas quatro borlas podem representar também os quatro elementos:
terra, água, ar e fogo.

As diversas Estrelas distribuídas irregularmente no Painel do 1º Grau do Rito Escocês Antigo e


Estrelas e Nuvens: 

Aceito simboliza a universalidade da Maçonaria e lembra que os Maçons, espalhados por todos os
continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz de seus conhecimentos àqueles que ainda
estão cegos e privados do conhecimento da verdade.

As Nuvens são a manifestação visível do céu, porque elas formam-se no alto, praticamente do nada.

INFORMAÇÕES OBTIDAS NA LITERATURA E OU INTERNET, SOBRE OS PAINÉIS ANTIGOS. 

1-) Vide em:


http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20850:maconaria-tradicao-de-cara-nova&catid=66:templo&Itemid=136)

Destaco parte do trabalho:

“Vamos comentar alguns detalhes:

•  Na maioria dos painéis antigos, as posições do Sol e da Lua estão invertidas.  No Grau de Aprendiz, o Sol está ao Norte e, do de Companheiro, ao Sul.  Aqui bem vale
especular o motivo...

•  Inicialmente, no painel de Companheiro, eu tinha colocado o Esquadro & Compasso, de cabeça para baixo, como em alguns painéis antigos, como nestes mostrados a seguir,
reproduzidos de Les Objects de la Franc-Maçonnerie, de Raphaël Morata (Éditions Ch. Massin, Paris). Se você notar, além de estarem de cabeça para baixo, o Esquadro e o
Compasso mal se tocam.

Será o caso de dizer que o importante é o símbolo estar lá, independente da posição? Lembrando o que dissemos no início, o importante é não deixar que os detalhes da forma
obscureça a essência dos ensinamentos. Detalhes e diferenças devem ser estímulos para a curiosidade, não de dogmatismo engessante.

Realmente, como os IIrm. Antonio Carlos Raphael e Italo Aslan ponderaram, iria causar polêmica sem proveito. Então, foram para o painel na posição habitual.”

2-) No site http://www.slideshare.net/jasbranco/paineis-maconicos-ir-joao-guilherme-c-ribeiro  também temos um excelente trabalho sobre os painéis dos três graus, bem como a
explicação que antigamente o esquadro e compasso, figuravam invertidos, inclusive não se tocando, conforme conta do slide 6 do Módulo 8 Instruções de Aprendiz – Painel do
Grau.

3-) No Ritual 1º Grau Aprendiz Maçom RITO MODERNO – GOB, edição 2009, pag. 39, temos o Painel do Grau semelhante a  figura abaixo porem com as colunas invertidas
isto é "J" e "B":

4-) No site: http://agostinhodesouzalima.comunidades.net/index.php?pagina=1674415788

TRABALHO MACÔNICO II
RUBENS XAVIER DA COSTA JÚNIOR
OS PARAMENTOS DA LOJA
A POSIÇÃO DE AMBOS

É importante frisar que no Rito Escocês Antigo e Aceito, nos três graus, a posição correta é a seguinte: o Compasso com a abertura (ou as pontas ) voltadas para o Ocidente e o
Esquadro com a abertura voltada para o Oriente, sendo variável, apenas a posição do instrumento, em relação ao outro, de acordo com o grau.

O ângulo reto, formado pelo esquadro simboliza a fixidez e a estabilidade da Matéria, do ciclo da continuidade. Também é o símbolo da luta, dos contrates e das oposições que
reinam no mundo sensível, de todas as desarmonias exteriores, que devem ser enfrentadas e resolvidas na Harmonia que provém do reconhecimento da unidade interior.
Ambos, unidos, dominam o mundo objetivo por meio de compreensão de uma lei e de uma realidade superior. Por intermédio de seu ângulo de sessenta graus, no qual está
ordinariamente disposto (ângulo do triângulo equilátero), mostra o ternário superior que deve dominar sobre o quaternário inferior, ou seja, o perfeito domínio do Céu sobre Terra.

No Rito York, a posição é inversa, ou seja, abertura do compasso voltada para o oriente e o esquadro para o ocidente. Neste rito, ao contrário do nosso, o livro das escrituras
sagradas fica em posição de leitura para o Ven.:, que também abre o livro da Lei e coloca os instrumentos sobre ele, função que nosso caso, é do orador.

5-) Única explicação lógica do assunto achei:

No livro “A Simbólica Maçônica”  de Jules Boucher Edição 4 a 10, anos 92 a 97, pag. 150 é apresentado o Quadro de Aprendiz, onde o Esquadro e Compasso não se tocam,
sendo que o Esquadro está com as pontas voltadas para baixo e o Compasso com as pontas voltadas para cima. (diferente do existente no Ritual de Aprendiz REEA - GOB).

Na pag. 197 tem-se:

“ A Porta do Templo é encimada por um Triângulo, o Delta Luminoso de que falamos acima.”

“O Compasso abre-se para o Céu: “Ele implica, diz With, (no Le Livre du Compagnon. 104) num estudo racional, não da terra ou dos fatos objetivamente constatáveis, mas do
céu; implica, portanto, numa investigação rigorosa dos princípios abstratos””.

“De acordo com o mesmo autor, o compasso na posição invertida, isto é, com as pontas para baixo, representa “o brilho que emana da razão para apreciar os fatos, para medir
a relação entre o eu e o não-eu, entre o subjetivo, entre o abstrato e o concreto””.

“Essa inversão do Compasso é característica; ela mostra a ação cósmica e universal do Maçom e seu brilho depois de uma ação suficiente sobre o próprio”.

Você também pode gostar