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ESTRELA FLAMEJANTE

Ir.’. Valter David Gonçalves - C.'.M.'.

Em Maçonaria, o adjetivo flamejante é aplicado a um instrumento e a um or-


namento, ou seja, respectivamente, à ESPADA FLAMEJANTE e à ESTRELA FLAME-
JANTE.

Muitos Rituais e instruções ritualisticas consignam a palavra flamígera, ao in-


vés de flamejante. Ocorre que essas palavras não são sinônimas, pois flamígero (do latim,
flammigerus) é a mesma coisa que flamígero, ou seja, é aquilo que trás ou provoca chama,
enquanto que flamejante, ou flamante (do latim, flammans, tis) é aquilo que flameja, que é
flamejante que expele chamas, que é ardente vistoso, brilhante, resplandecente.

No caso da Estrela, o correto é FLAMEJANTE (ou, como é chamada em al-


guns Ritos, RADIANTE = que emite raios de luz), como sinônimo de resplandecente, vistosa,
brilhante.

A Estrela Flamejante é no Rito de York, a de seis pontas, enquanto que, em ou-


tros Ritos, é a de cinco pontas (ou Pentagrama, ou Pentalfa, ou Pentáculo), quem deu o nome
de Estrela Flamejante ao pentagrama foi o teólogo, médico, alquimista e cabalista enrique
Cornélio Agrippa de Neteshein, no século XVI: mas quem introduziu a Estrela Flamejante
nos trabalhos maçônicos foi o barão de Tschoudy, nos meados do século XVIII, na França.

Na maçonaria ela é a Estrela Hominal dos pitagóricos (com uma ponta única
voltada para cima), pois nela se inscreve a figura de um homem, em sua alta espiritualidade.

No centro do pentagrama existe, normalmente a letra hebraica IÔD, símbolo da


divindade (é a primeira letra do nome hebraico de Deus) ou a Letra "G", de Geometria. Ela
deve ser colocada no Templo, entre o Sol (no Oriente) e a Lua (no Ocidente), como astro in-
termediário.

Encontramos nas reuniões de Grau 2 - Companheiro, uma estrela acesa sobre a


porta de entrada, situada entre as duas Colunas. Como a maior parte do que está dentro de
uma Loja, este é também um símbolo, com um destaque: é um dos mais destacados Símbolos,
pois aparece não apenas neste Grau, porém em vários outros também se faz presente.
Na obra DICCIONÁRIO ENCICLOPEDICO DE LA MASONERIA, encon-
tramos o seguinte sobre esta estrela:
- Emblema de divindade, Símbolo misterioso que se revela ao receber o
Grau de Companheiro. Brilhante estrela de 5 pontas da qual se irradiam
e se desprendem inúmeros raios flamejantes, e no centro da qual encon-
tra-se a letra "G".

Centro maravilhoso de força propulsora, atrativa e reguladora da rotação e do


movimento universal dos astros.

Aparece no Grau de Companheiro e representa o espírito que anima o Univer-


so, o princípio de toda a sabedoria e o poder gerador da natureza. A letra "G", significa Geo-
metria, Geração, Deus, porque com efeito, tudo, na terra e no espaço, obedece as regras da
primeira ciência, que é Deus, gerador de tudo o que foi criado.

O movimento dos astros está sujeito à Geometria; esta ciência marca e define
as dimensões dos corpos e, pôr ultimo, a forma de todos os seres. A palavra Deus, ou Gera-
ção, tem por inicial a letra "G" em todos os idiomas do hemisfério Norte, onde o Simbolismo
moderno teve origem.

Por isto brilha no centro da estrela de cinco pontas que forma a Penthalfa de
Pitágoras, e que entre os Maçons constitui os cinco pontos da perfeição, a saber: Força, Bele-
za, Sabedoria, Virtude e Caridade.

Esta Estrela misteriosa, para a Maçonaria emblema do gênio que eleva o ho-
mem e o impulsiona a grandes feitos, símbolo desse fogo sagrado, é um dos Símbolos mais
interessantes da franco-maçonaria, e entra na composição de muitos Graus, especialmente no
Segundo Grau, no qual serve de distintivo característico, em cujos Templos é colocado sob o
Dossel em substituição ao Delta Sagrado que aparece no primeiro Grau, de onde, qual a lâm-
pada que entre os hebreus queimava noite e dia diante do santo dos Santos, ou qual o fogo
sagrado do altar de Vesta, desprende seus vivos resplendores anunciando que os Maçons co-
locam seus trabalhos sob a influência de uma luz superior.
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Bibliografia:
O Companheiro Maçom - O Vigilante e seu Pupilo - Heitor Botelho.
Dicionário de Termos Maçônicos - José Castellani.
Instruções para Loja de Companheiro -Hercule Spoladore/Fernando Paschoal/Assis Carvalho.
O Grau de companheiro pôr um Companheiro - Frederico Guilherme Costa.
Cadernos de Estudos Maçônicos - Companheiro Maçom - Assis Carvalho.
Ritual do Simbolismo - Companheiro Maçom – GLESP

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