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GILBERT KEITH CHESTERTON E SEU LUGAR NA LITERATURA INGLESA

Weslei Gonçalves da silva: 1121294


Universidade de Uberaba: Letras – Português/Inglês

RESUMO

O presente artigo, objetiva-se apresentar a importância de Gilbert Keith Chesterton


no cenário da literatura inglesa. Situando-o no hall dos grandes escritores do século
XX. Conhecido como “o apostolo do senso comum”, este prolífico escritor inglês
dedicou grande parte de sua vida escrevendo sobre os mais variados temas, -
dramaturgia, poesia, teologia, política, textos jornalísticos e contos. Em face da
limitada produção acadêmica no Brasil, no tocante aos trabalhos de Chesterton, o
presente trabalho também possui como objetivo secundário contribuir no processo
de preenchimento desta lacuna.

Palavras-chave: Gilbert Keith Chesterton, Literatura inglesa, apostolo do senso


comum

ABSTRACT

This article aims to present the importance of Gilbert Keith Chesterton in the scenario
of English literature. Placing him in the hall of the great writers of the 20th century.
Known as “the apostle of common sense”, this prolific English writer has dedicated
much of his life to writing on a wide variety of topics - drama, poetry, theology,
politics, journalistic texts and short stories. In view of the limited academic production
in Brazil, regarding the works of Chesterton, the present work also has as a
secondary objective to contribute to the process of filling this gap.

Keywords: Gilbert Keith Chesterton, English Literature, Common Sense Apostle

1
INTRODUÇÃO

A literatura inglesa, desde as suas origens, tem nos brindado com grandes
escritores, exemplo disto é William Shakespeare 1564-1616: considerado o maior
escritor do idioma inglês, influenciando uma geração de literatos a posteriori. Um
destes literatos, influenciados pela genialidade de Shakespeare, foi Gilbert Keith
Chesterton1, ou simplesmente G.K.C.

Ainda que desconhecido no contexto dos estudos literários contemporâneos –


principalmente no Brasil, G.K.C é possuidor de uma volumosa obra. Segundo o
tradutor Mateus Leme, “o autor britânico publicou 80 livros, mais de 4.000 artigos e
uma centenas de contos e poesias.” (PEARCE, 2017, p.7).

O presente artigo tem como objetivo primário situar G.K.C dentro do universo
da literatura inglesa. Reconhecendo-o como uma das figuras mais importantes
dentro do cenário da literatura anglófona do século XX. Em face da limitada
produção acadêmica a respeito de G.K.C, principalmente no Brasil, o presente
trabalho possui como objetivo secundário contribuir no processo de preenchimento
desta lacuna nos estudos literários de língua inglesa.

A presente pesquisa é de cunho referencial bibliográfico e está esquematizada


da seguinte forma: O autor começa sua narrativa introduzindo o conceito de
literatura inglesa desde as suas origens no “Old English” (Antigo Inglês); a partir
deste contexto vai apresentando a figura de G.K.C e analisando sua vida, suas
principais obras, seu grau de importância nos estudos literários anglófonos e sua
influência entre grandes literatos.

1. A LITERATURA INGLESA: UMA BREVE INTRODUÇÃO A PARTIR DO


“OLD ENGLISH” (ANTIGO INGLÊS).

1
No decorrer deste trabalho farei referência ao autor por meio das inicias G.K.C.
2
Entre 410 d.c a 1066 d.c a região conhecida como Inglaterra passou por
diversas transformações históricas, sociopolíticas, econômicas e linguísticas.
(ARRIGONE, 2020, p.8 – e-Book) 2. A partir da saída das legiões romanas da
Inglaterra em 410 d.c, o rei céltico Vortigern, temendo uma eminente invasão
inimiga, conclamou a ajuda de tribos germânicas do norte da Europa (Anglos,
Saxões e Jutos). Após combaterem com êxito os sanguinários inimigos provenientes
do norte da Inglaterra (Scots e Picts), estas tribos decidiram permanecer em
território inglês: dando início ao período Anglo-Saxão. (ARRIGONE, 2020, p.10 – e-
Book).

Com a chegada do período Anglo-Saxão, e uma confluência dialetal nórdica


trazida por estes povos que o integrava, surge o “Old English” (Antigo Inglês):

Uma vez que as populações Anglo-Saxões se estabelecem na


Inglaterra nasce o Old English. A linguagem original é afetada pelas
várias influências linguísticas como, por exemplo, o latim dos monges
que convertem ao cristianismo as populações da Inglaterra, os
idiomas escandinavos dos guerreiros Vikings que atacam
continuamente a Inglaterra e também dos velhos celtas que ainda
moram no país. Todas estas influências, junto com a separação das
nações originais, dão origem ao Old English como língua
independente e como base sobre a qual foi construída a evolução do
Inglês. O Old English, que será usado por aproximadamente 700
anos (450-1150 d.C.), é uma língua fortemente flexionada e que
depende de inflexões (ou finais) de palavras para indicar suas
funções na frase (isto é, as palavras mudam de terminação para
indicar as alterações na função, como pessoa, número, tempo, caso,
modo, e assim por diante em maneira bem parecida como o latim).
(ARRIGONE, 2020, p.10 – e-Book).

Esta nova língua, carregava consigo elementos muito comuns à outras línguas
de origem nórdica: possuía o alfabeto rúnico (Futhork) como paradigma e
assemelhava-se ao sueco/alemão. (ARRIGONE, 2020)

A partir do advento do “Old English” (Antigo Inglês), a literatura inglesa


começou a florescer, mister destacar que neste período encontramos três gêneros

2
Utilizar-me-ei, quando necessário, de algumas obras em formato e-Book (Kindle) no decorrer deste
trabalho: o número da paginação pode sofrer variação de acordo com o tamanho da página/fonte.
3
textuais com maior predominância: textos poéticos, textos religiosos e crônicas. No
gênero poético, destaque para duas importantes obras:

 The Dream Of The Rood: poema preservado em um livro chamado “Vercelli


book” e que também pode ser encontrado preservado em grafia rúnica numa cruz
provavelmente construída no século VII. (ARRIGONE, 2020) Neste poema, a cruz
de Cristo (Rood), conta a sua história quando ainda era uma arvore até ser cortada e
transformada em um instrumento de crucifixão utilizado pelos romanos.
(ARRIGONE, 2020).

 Beowulf: poema épico contendo 3000 linhas e de autoria desconhecida; este


poema possui como característica o uso de “keenings” (paráfrases) e não de rimas.
(ARRIGONE, 2020) Beowulf é provavelmente uma coletânea de contos e histórias
transmitidas através da oralidade que retrata a vida cotidiana das populações do
norte da Europa. (ARRIGONE, 2020)

No gênero religioso, destaque para as obras de Ælfric Of Eynsham (955-1020).


Este culto escritor, reconhecido como um dos maiores escritores de prosa em “Old
English” (Antigo Inglês), era monge em Winchester, tornando-se Abade de Eynsham
em 1005: em vida, escreveu muitos sermões e obras relacionadas à vida de santos.
(ARRIGONE, 2020)

No gênero crônicas, destaque para a obra Anglo Saxon Chronicle: esta obra é
constituída de uma coletânea de crônicas de diferentes origens em “Old English”
(Antigo Inglês). (ARRIGONE, 2020) É importante salientar que a crônica possuía um
lugar de destaque no tocante ao uso do Old English, Arrigone afirma que:

“A crônica tem um caráter especial para o uso do Old English e


também para o vasto período de tempo que abrange, a partir do ano
um (o nascimento de Cristo) até várias datas do século XI ou XII.”
(ARRIGONE, 2020, p.21- e-Book)

A partir desta breve introdução sobre as origens da literatura inglesa é possível


concluir que uma série de eventos históricos, sociopolíticos, econômicos e

4
linguísticos foram fatores preponderantes para o surgimento dos primeiros gêneros
literários em “Old English” (Antigo Inglês): definido o objeto (literatura inglesa), bem
como as suas origens, tornar-se-á condição sine qua non nesta pesquisa inserir a
figura de G.K.C dentro deste rico universo literário anglófono.

2. QUEM FOI G.K.C?

Filho de Edward Chesterton e Marie Louise Keith, G.K.C foi um jornalista 3,


poeta, biografo, crítico literário e escritor inglês nascido em 29 de maio de 1874 na
cidade de Kensington, Londres. A respeito de sua vida, grande parte das
informações que dispomos são extraídas de sua autobiografia, lançada
originalmente em 1936, ano da morte do autor (G.K. Chesterton, 2012). Dotado de
uma inteligência incomum, o pequeno G.K.C foi agraciado com uma infância
saudável: possuindo como grande referência – principalmente no que se refere à
literatura inglesa - a figura de seu pai, homem de grande cultura, todavia um “artista
fracassado.” (PEARCE, 2015)

No tocante à educação formal, iniciada em 1881 na escola Colet Court, G.K.C


foi considerado um péssimo aluno, - mesmo com toda genialidade que possuía, era
tido como preguiçoso e desinteressado, mister destacar que o incompreendido
estudante sofria de miopia e enxergava com dificuldades; segundo Pearce
“Chesterton, ao que parece, era visto como um burro por seus colegas, e como um
asno intelectual por seus professores.” (PEARCE, 2015, p.37)

Em 6 de outubro de 1893, G.K.C iniciou seus estudos na University College,


Londres. Ingressou-se no curso de “Belas Artes”, que incluía inglês, francês e Latim:
não obstante a sina de Chesterton em não se adaptar aos estudos acadêmicos
prevaleceu novamente, o que o levou a abandonar o curso. (PEARCE, 2015)

Se as “belas artes” não foram o caminho adequado para G.K.C encontrar êxito
em sua jornada neste mundo, foi através da “literatura” que a vida deste aspirante à
3
Não irei destacar neste artigo a brilhante carreira jornalística exercida por G.K.C, nos jornais
“speaker”, “Daily News” e “G.K.’s Weekly.” Há farta documentação, o que tornaria o trabalho hercúleo.
Ater-me-ei apenas aos aspectos literários do autor.
5
artista mudaria significativamente. Mestre da língua inglesa, a ponto de ser
reconhecido como “gênio colossal” por George Bernard Shaw (WARD, 1952),
Chesterton escreveu sobre os mais variados temas; “o autor britânico publicou 80
livros, mais de 4.000 artigos e uma centenas de contos e poesias.” (Pearce;
tradução de Mateus Leme, 2017, p.7).

3. PRINCIPAIS OBRAS:

O legado literário de G.K.C é tido como inclassificável: ao longo de seus 62


anos, o “apostolo do senso comum”, como era conhecido por escrever de maneira
clara, ácida e objetiva ao seu público, escreveu de poemas que inspiraram os
soldados nas trincheiras durante a primeira guerra mundial como o famoso “The
Ballad Of White Horse/A Balada Do Cavalo Branco”, a biografias aclamadas como
as de “São Francisco De Assis” e “São Tomás De Aquino.” (KER, 2011, p. 7,8)

Não obstante, são os romances de G.K.C, seus contos policiais e suas obras
apologéticas que o tornaram conhecido não somente na Inglaterra, mas em vários
países: as obras deste preclaro escritor foram traduzidas para diversos idiomas, no
Brasil, as obras de G.K.C tem ganhado espaço de maneira significativa através da
Sociedade Chesterton Brasil e das editoras Mundo Cristão e Ecclesiae. Devido ao
volume de sua obra, tornar-se-ia uma tarefa hercúlea para qualquer crítico literário
escolher qual seria a melhor produção literária de Chesterton: desta forma, neste
artigo, serão destacadas três obras consagradas deste autor britânico.

 O HOMEM QUE FOI QUINTA-FEIRA: Considerado um dos mais famosos e


duradouros romances de G.K.C, “O Homem Que Foi Quinta-Feira” foi publicado pela
primeira vez em 1908. Esta obra, marcada por fortes paralelismos com o
pensamento de Franz Kafka, como bem observou outro gigante da literatura C.S.
Lewis, “Gira ao redor de anarquistas aparentemente dedicados à destruição.”
(PEARCE, 2015, p.160)

 A SAGA DO PADRE BROWN: G.K.C, também foi um dos escritores que


revolucionaram a literatura no tocante ao gênero de contos policiais. “A saga do
6
Padre Brown”, considerada por alguns críticos como o ápice literário de Chesterton,
trouxe consigo uma nova abordagem a respeito deste gênero literário. Personagem
criado em homenagem ao seu grande amigo e confidente Padre Jonh O’Connor
(PEARCE, 2015), o irreverente sacerdote de batina preta, chapéu e um imponente
guarda chuva utilizava-se dos mais diversos métodos para solucionar seus casos:
ao contrário do dedutivo e mecanicista Sherlock Holmes criado por Sir Arthur Conan
Doyle, padre Brown é retratado como uma figura muito mais intuitiva, mesclando
elementos científicos, teológicos e filosóficos. A saga do Padre Brown é constituída
de cinco obras: A Inocência do Padre Brown, A sabedoria do Padre Brown, A
incredulidade do Padre Brown, o segredo do Padre Brown e o escândalo do Padre
Brown; todas estas obras disponíveis em língua portuguesa. O sucesso da saga de
Padre Brown não parou apenas nas páginas de seus livros: em 2013, o canal
britânico BBC one, lançou uma série de TV baseada no clérigo detetive de
Chesterton.

 ORTODOXIA: Obra de cunho apologético, publicada pela primeira vez em


1908, ortodoxia é considerada uma das produções literárias mais lidas e
reconhecidas de G.K.C, Maisie Ward, uma das biografas de Chesterton, dizia que
“Ortodoxia” deveria ser a obra mais comentada de todas as obras já escritas pelo o
autor Britânico (WARD apud PEARCE,2015). Ao escrever “Ortodoxia” G.K.C
procurou fazer uma defesa apaixonante do Cristianismo: uma vez que a religião
cristã estava sob ataque através das mais variadas formas de ideologias
modernistas. Ortodoxia, também é uma obra claramente dotada de elementos
filosóficos, ainda que Chesterton não seja considerado um filósofo de ofício: a este
respeito comenta o professor de filosofia da UNB Scott Randall Paine:

Afirma-se, com frequência, que Orthodoxy, de Chesterton –


certamente é o mais conhecido e popular de seus trabalhos de não
ficção- é um livro sobre apologética cristã. Apesar das primeiras
aparências, isso não é bem verdade. O livro é realmente sobre
filosofia. Não é um livro sobre filosofia sistemática, mas é sobre
filosofia (PAINE, 2008, p.105)

7
4. G.K.C: SEU GRAU DE IMPORTÂNCIA NOS ESTUDOS LITERÁRIOS
ANGLÓFONOS E SUA INFLUÊNCIA ENTRE OS GRANDES LITERATOS.

Ainda que desconhecido, não somente pelo público leigo, como também por
grande parte dos estudiosos da academia, G.K.C foi um dos escritores mais
prolíficos do século XX. (AHLQUIST,2006) Desta forma, é mister fazer um resgate
de seu grau de importância nos estudos literários anglófonos bem como a sua
influência entre os grandes literatos. Realizar tal resgate constitui-se em uma tarefa
“dificultosa”, uma vez que até mesmo entre “os conhecedores do pensamento
Chestertoniano” há alguns erros e desencontros, segundo AHLQUIST:

How did the world forget such an unforgettable character? Most


people know almost nothing about G. K. Chesterton. And most of
what they do know is wrong. Even those of us who have gotten to
know him do not see the complete picture. We see only glimpses. We
know that he was a writer from the early twentieth century who wrote
a hundred books and thousands of essays for the London
newspapers, that he wrote and argued about everything, that he
penned epic poetry but also delighted in detective fiction, that he
made everyone laugh, that everyone who knew him loved him, that
he was happily married but unhappily had no children, that he took on
all the leading thinkers of his time and challenged them not only with
his clear ideas but with the example of his own life, especially with the
astounding decision he made to become a Catholic. (AHLQUIST,
2006, p.7 – e – Book)

Não obstante, se por um lado a tarefa de “ressuscitar o pensamento


Chestertoniano”, torna-se “dificultosa” devido ao seu grande desconhecimento por
parte do público leigo e dos acadêmicos, por outro torna-se um pouco “mais fácil”
devido à grande influencia de G.K.C exerceu sobre grandes nomes da literatura
mundial.

Eis alguns grandes nomes da literatura que foram influenciados por Chesterton
e suas ponderações a respeito do autor britânico. T.S Eliot, crítico literário e poeta:

Se tivesse de afirmar sua qualidade essencial, diria ser a do tipo do


senso comum triunfante -aquele gaudium de veritate sobre qual os

8
filósofos discorrem-, uma aclamação alegre para o esplendor e para
os poderes da alma [...]4 (ELIOT, 1936, p.785)

George Bernard Shaw, dramaturgo, romancista, contista e uma das figuras


mais discordantes do pensamento Chestertoniano: [...] Um gênio colossal [...] 5
(WARD apud SHAW, 1952, p.4). C.S Lewis, romancista, crítico literário, teólogo e
considerado um dos maiores escritores cristãos da modernidade, diz.

Seu humor era do tipo que eu mais gosto – sem “piadas” insertas
numa página como passas num bolo, e menos ainda num tom
comum (o que não suporto) de frivolidade e jocosidade. Era, ao
contrário (como diria Aristóteles), a flor da própria dialética. A espada
brilha não porque o espadachim faz com que brilhe, mas porque ele
está lutando por sua própria vida e movendo-a, portanto,
rapidamente. Em relação aos críticos que veem em Chesterton um
frívolo ou um “paradoxal”, tenho de fazer muito esforço para sentir
ate pena deles, pois compaixão está fora de questão. Principalmente,
e por mais estranho que pareça, eu gostava dele por sua bondade.6
(LEWIS, 1982, p.53)

Hilaire Belloc, escritor e historiador, salienta:

[…] Ele tinha] uma precisão de pensamento e um talento supremo


para a lógica exata [...] A consequência da precisão única e
excepcional do pensamento de Chesterton é a satisfação peculiar
que seus artigos dão aos homens de formação filosófica ou de
instinto filosófico[...]7 (BELLOC, 1936, P.4)

Mister destacar que o legado e a influencia de G.K.C não englobam apenas a


estes escritores citados a priori: figuras inclassificáveis como J.R.R Tolkien, Jorge
Luis Borges, Antonio Gramsci também possuíam admiração pelos escritos do
“Apostolo do senso Comum.” Em terras brasileiras, G.K.C também desempenhou
grande influencia em literatos como Gustavo Corção, Alceu Amoroso Lima e o
grande sociólogo Gilberto Freire.

5. CONCLUSÃO
4
Carta de saudação de Claudel ao cruzado G.K. Chesterton, em holy Cross, Estados Unidos,
11/11/1930, no livreto Mr. Chesterton at Holy Cross, homenageando a visita do autor ao College, Holy
Cross, Massachusetts.
5
Maisie Ward, Return to Chesterton, 1952, p.4.
6
C.S Lewis, Surprised by Joy, 1982, p.53
7
Hilaire Belloc,” Gilbert Keith Chesterton”, Saturday Review of Literature, XIV, P.4
9
O presente artigo objetivou-se inserir a figura de Gilbert Keith Chesterton
(G.K.C) dentro do cenário da literatura anglófona, reconhecendo o seu grau de
importância nos estudos da literatura inglesa bem como a sua influencia entre os
grandes literatos: na primeira parte deste trabalho procurou-se definir o conceito de
literatura inglesa desde os seus primórdios a partir do “Old English” (Antigo Inglês).
No decorrer do trabalho foram destacados alguns aspectos da vida e da obra de
Chesterton8.
Estudar a obra de Chesterton torna-se necessário, uma vez que este preclaro
autor britânico, um dos mais geniais do século XX, é quase um desconhecido entre
o publico comum, como também entre os estudiosos na academia. Desta forma, o
presente trabalho visa contribuir no processo de difusão da obra e do pensamento
deste magistral escritor. Ainda há uma lacuna enorme a ser preenchida no que
tange aos estudos literários de G.K.C, por isto, é condição sine qua non inseri-lo no
seleto grupo dos grandes literatos que contribuíram no maravilhoso processo de
criação do rico e plural universo literário da língua inglesa; pois como bem definiu
Dale Ahlquist, Chesterton foi um pensador completo, diferente dos demais:

[...] O que diferencia Chesterton dos demais, além do fato de ser


tremendamente citável? Por um lado, ele se distingue de algumas
figuras literárias notáveis do último século porque responde a
questões, em vez de colocá-las. [...] (AHLQUIST, 2018, p.17).

REFERÊNCIAS:

AHLQUIST, Dale. O pensador completo: A mente maravilhosa de G.K. Chesterton –


Dale Ahlquist, 1° edição – julho de 2018 – Edições Cristo Rei.

______________. Common sense 101 Lessons from G.K. Chesterton – Dale


Ahlquist: 2006 Ignatius Press, San Francisco All rights reserved.

8
Neste artigo, foram destacados aspectos introdutórios a respeito da vida de G.K.C, uma vez que
analisar todo material disponível a respeito deste autor tornar-se-ia uma tarefa hercúlea.
10
ARRIGONE, Maria Giovanni, Introdução à literatura Inglesa – com elementos de
linguística: Blumenau: Amo Ler Editora, 2019 – e-Book.

BELLOC, Hilaire. “Gilbert Keith Chesterton”, Saturday Review of Literature, XIV,


4/7/1936, [s.n]

CHESTERTON, G.K., 1874-1936. Autobiografia/ Gilbert K. Chesterton; Tradução de


Ronald Robson – Campinas, SP: Ecclesiae, 2012.

______________. Contos de fadas e outros ensaios literários/ G.K. Chesterton;


seleção, tradução e notas Ronald Robson; prefácio Sebastião Maria Duarte;
apêndice Julius West. –São Luís, MA: resistência cultural, 2013.

______________. O essencial de Chesterton/Gilbert Keith Chesterton; traduzido por


Raul Martins Lima – Rio de Janeiro: Sociedade Chesterton Brasil; Porto Alegre:
Edições Hugo de São Vitor, 2018.

_______________. Ortodoxia/ G.K. Chesterton; Tradução de Murilo Resende


Ferreira – Campinas, SP: Ecclesiae, 2018.

KER, Ian. G.K. Chesterton, A Biography/ Ian Ker: published in United States by
Oxford University Press Inc., New York, 2011.

LEWIS, C.S. Surprised by Joy, 1982, [s.n]

PAINE, Scott Randall. Chesterton e o universo/ Scott Randall Paine; tradução de


Lenise Garcia Corrêa Barbosa. – Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008

PEARCE, Joseph, Sabedoria e inocência: vida de G.K Chesterton/ Joseph Pearce;


tradução de Mateus Leme – Campinas, SP: Ecclesiae, 2017.

WARD, Maisie, return to Chesterton, 1952, [s.n]

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