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APRESENTAÇÃO
CURRÍCULO LATTES
Plano de Estudo:
● A língua inglesa;
● William Shakespeare;
● As tragédias;
● As comédias.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a importância da língua inglesa;
• Compreender os tipos de textos trágicos e cômicos.
INTRODUÇÃO
Nesta unidade estaremos juntos para adentrar aos palcos da arte shakespeariana
e só sairemos de lá quando percebermos que alcançamos um pouco do entendimento
que Shakespeare foi para o mundo.
Assim, faz parte do conteúdo desta disciplina, inicialmente, refletir sobre a língua
inglesa e seu surgimento em ambientes pouco favoráveis para seu florescimento.
Buscaremos compreender a influência das invasões para determinar a língua inglesa
como conhecemos hoje.
Em seguida, demonstraremos a importância do autor Shakespeare para as artes
cênicas e a contribuição desse para o cenário mundial. Também é de interesse desta
unidade discutir sobre a contribuição do autor na consolidação da língua inglesa como
conhecemos hoje. A popularização de termos, os neologismos criados pelo poeta inglês
atualmente é considerado um marco para a difusão da língua inglesa inclusive pelo
mundo.
Após as reflexões sobre a linguagem, falaremos sobre as obras clássicas de
William Shakespeare. Inicialmente, conceituaremos os gêneros teatrais trágico e cômico,
enfatizando sua importância para a literatura mundial. Então, passaremos a discorrer
sobre as principais obras trágicas e como Shakespeare tornou-se a principal influência
do teatro inglês. Então, analisaremos as comédias e sua importância para o cenário da
literatura inglês do século XVI.
Esperamos que esta unidade seja de intenso aprendizado e prazerosa ao
momento em que discutimos a genialidade imortal shakespeariana.
Tenha bons estudos.
1 A LÍNGUA INGLESA
O poema escrito em alfabeto rúnico é uma narrativa dos atos heróicos de Beowulf,
um herói que auxilia o rei da Dinamarca, Hrothgar, a combater Grendel, um monstro que
constantemente ataca o reinado. O texto épico narra os grandes feitos do personagem
ao eliminar os perigos e salvar o reino.
Apesar de ser possível estabelecer um momento de início de produção escrita
para o desenvolvimento da Língua Inglesa, uma das grandes dificuldades se dá devido
à escassez de documentos que mostrem como a língua era escrita naquela época. Ainda
assim, com o que temos é possível percebermos a pronúncia, o alfabeto, e as mudanças
do inglês antigo para aquele que é considerado moderno.
Os diversos dialetos existentes na Grã-Bretanha são responsáveis pelas
mudanças graduais, pelas quais o inglês passou, como a mudança das vogais entre
encurtamento, alargamento ou modificação de sua realização, tudo isso dado à maneira
em que foram escritos.
Como os dialetos são tratados em textos escritos, perde-se a precisão exata de
suas mudanças, já que se lida com os aspectos orais da linguagem, porém as suposições
são feitas a partir dos manuscritos já encontrados e as transformações ali percebidas.
Com o passar dos anos, os anglo-saxões começam a abandonar a Grã-Bretanha e os
primeiros documentos escritos começam a surgir em inglês antigo, o que inaugura uma
nova fase de inglês, que é conhecida como Inglês Médio.
Nesse período, diversas transformações ocorreram como de vocabulário,
gramática e pronúncia. Entre os séculos 12 e 15, pode-se destacar diversos fatores que
podem ser considerados importantes para as mudanças que ocorrem na língua. Fatores
socioculturais nesse longo intervalo de tempo são decisivos para estabelecer a transição
entre o inglês antigo e médio.
Em 1066 ocorre a Batalha de Hastings e é esse marco que acaba sendo
considerado um fator histórico importante para determinar essa transição. Já que a partir
dela, há a invasão dos normandos e grandes mudanças sociais, econômicas e políticas
acontecem na Inglaterra e, evidentemente, impactam no idioma, trazendo
principalmente, a presença do francês como uma importante característica. A
incorporação vocabular de palavras francesas, sobretudo as ligadas à aristocracia, como
“baron, duke, viscount, prince” e as pedras preciosas, como “diamond”, “emerald”,
“amethyst”, “ruby”, evidenciam a mudança vocabular ocorrida na época.
De acordo com Medeiros,
Figura 2 - Grafia antiga para “th” Figura 3 - Grafia antiga para “th”
Figura 4 - Hamlet
Figura 5 - Sonho de uma noite de verão
Figura 6 - Romeu e Julieta
Fonte figura 4: https://www.prateleiradecima.com/wp-
content/uploads/2019/10/b164aa10953207.560ef1bcba0e7.jpg
Assim como nas tragédias, William Shakespeare fez história nas comédias
também. Inicialmente, conceituaremos o gênero comédia.
Nascida em contraposição ao drama, a comédia foi responsável pela
consolidação do teatro da Grécia Antiga. Nesse período, as artes cênicas, aliadas à
literatura, floresceram e se tornaram importante expressão artística.
Enquanto o drama, por meio das tragédias, falava sobre o cotidiano e a política
de forma trágica, a comédia versava sobre erros de heróis e deuses gregos, tirando os
leitores e espectadores de suas zonas de conforto ao serem confrontados por situações
inesperadas. As comédias de modo geral eram mais próximas do público, pois permitiam
maior interação com este, que se identificava com as dificuldades e sucessivos erros
apresentados.
William Shakespeare escreveu doze comédias e alguns estudiosos estabelecem
entre elas um certo nível de qualidade, considerando algumas mais geniais que outras.
Ainda assim, a genialidade do autor não é questionada, como explica Cevasco & Siqueira
(1985) a respeito das primeiras comédias do autor:
The Comedy of Errors, The Taming of the Shrew, Love's Labour's Lost, A
Midsummer Night's Dream, The Merchant of Venice, Much Ado About Nothing e
As You Like It são outras comédias dessa primeira fase de Shakespeare. Via de
regra, há nelas uma deliciosa mistura de fantasia e realismo na criação de um
mundo fictício onde o romantismo ocupa um papel preponderante. Retratam elas
a alegria de viver, em histórias que sempre acabam bem. Embora essas
comédias tendam a desvincular-se do real imediato, Shakespeare logra criar,
.com auxílio da magia da linguagem, uma realidade poética que tocava de perto
sua platéia, assim como nos toca até hoje: o poeta fala de emoções que somos
capazes de reconhecer como nossas, embora o faça de uma maneira que as
transcende. (CEVASCO e SIQUEIRA, 1985, p. 24-25).
- Sonho de uma noite de verão: comédia sobre quatro jovens enamorados que se
encontram e desencontram durante uma noite em um bosque. A peça foi escrita
por Shakespeare para um casamento na vida real, e não tem nada de trágica.
Pelo contrário, a escrita do autor é divertida e movimentada por paixões,
casamentos, brigas e reconciliações;
- A megera domada: uma das primeiras comédias de Shakespeare, também se
concentra em temas como casamento, guerra dos sexos e conquistas amorosas.
Diferente de outras comédias do autor, o casamento de Catarina e Petrúquio não
é a ação final, mas o ponto de partida para a história;
- O mercador de Veneza: tragicomédia sobre o mercador Antônio e o agiota judeu
Shylock, o personagem mais lembrado da obra;
- Noite de reis: Dois irmãos gêmeos (Viola e Sebastião) acabam separados por um
naufrágio e imaginam-se mortos, embora ambos tenham sido salvos, sem o saber.
A moça, tendo perdido a oportunidade de entrar para o serviço de uma rica
Condessa, disfarça-se com trajes masculinos e, nessa condição, provoca paixões.
Até que o irmão reapareça e tudo torna-se claro, há outros equívocos de
personalidade. Entram em cena tipos exóticos e equívocos paralelos ao central.
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua do mundo. Em
primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20,
alavancado pela Revolução Industrial, e a consequente expansão do colonialismo
britânico. Esse verdadeiro império de influência política e econômica atingiu seu ápice
na primeira metade do século 20, com uma expansão territorial que alcançava 20% das
terras do planeta. O British Empire chegou a ficar conhecido como "the empire where the
sun never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocando uma igualmente
vasta disseminação da língua inglesa. Em segundo lugar, o poderio político-militar dos
EUA a partir da segunda guerra mundial e a marcante influência econômica e cultural
resultante, acabaram por deslocar o francês como língua predominante nos meios
diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicações internacionais.
Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do transporte aéreo e das
tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de informação superhighway e
global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de
comunicação é imprescindível.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
O que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe
agradar. (William Shakespeare)
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hamlet observa a Horácio que há mais cousas o céu e na terra do que sonha a
nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo,
numa sexta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na
véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.
Curiosamente, o narrador não atribui à personagem Rita o processo mental que leva à
elaboração do paralelo entre a sua fala e a de Hamlet, o que faz supor que a personagem
Rita desconhecesse a obra de Shakespeare. De qualquer forma, o teor filosófico da fala
de Hamlet se faz presente na fala dela e ocorre ao narrador estabelecer a analogia entre
os dramas vividos por essas personagens, tão distanciadas no tempo, mas tão
semelhantemente angustiadas com as suas perturbações mentais. Fica, assim, a fala de
Rita marcada pelo teor filosófico da fala de Hamlet e a do narrador marcada pela
referência a Shakespeare.
Eugênio Gomes, em estudo sobre a presença de Shakespeare na cultura e na literatura
brasileira, chama a atenção para o fato de que essa fala surge na obra de Machado de
Assis com algumas variações, que ocorrem de acordo com as circunstâncias do texto.
Fonte: ARAÚJO, Carla Cristina de. SHAKESPEARE NA CULTURA BRASILEIRA. Em Tese, [S.l.], v. 18,
n. 2, p. 33-43, ago. 2012. ISSN 1982-0739. Disponível em:
http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/emtese/article/view/3806/3752. Acesso em: 01 nov. 2021.
doi:http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.18.2.33-43.
LIVRO
FILME/VÍDEO
• Título: A lenda de Beowulf
• Ano: 2007
• Sinopse: Em uma época de heróis, um cavaleiro chamado Beowulf chega à corte do
Rei Hrothgar e oferece para combater um demônio chamado Grendel. Ele combate a
fera com sucesso, mas terá que enfrentar também a ira da mãe de Grendel, uma criatura
má e vingativa, porém sedutora.
• Link: https://www.youtube.com/watch?v=NzjYyNXgNiE
REFERÊNCIAS
CEVASCO, Maria Elisa: SIQUEIRA, Valter Lellis. Rumos da literatura inglesa. 2 ed.
São Paulo: Àtica, 1985. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3875109/mod_resource/content/1/RUMOS%20
DA%20LITERATURA%20INGLESA.pdf. Acesso em: 25 out. 2021.
Plano de Estudo:
● A Inglaterra na transição do século XVII para o século XVIII;
● A Restauração;
● A ascensão do romance e os pré-românticos.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar os fatores sociais, econômicos e políticos na Inglaterra
durante os séculos XVII e XVIII;
• Compreender os tipos de arte literária produzidos no decorrer do século XVIII;
• Estabelecer a importância da ascensão do romantismo como forma de reação à
Revolução Industrial.
INTRODUÇÃO
[...] ainda na época dos Tudor, o conflito religioso era uma ameaça constante a
paz interna. Sob Jaime I, o Stuart que sucedeu a Elizabeth, a coisa foi se
agravando, para explodir no reinado de Carlos I, a quern os puritanos lograram
depor e executar, dando à Inglaterra a duvidosa honra de ser o primeiro país
europeu a cometer um regicídio, numa época em que ainda florescia na Europa
o absolutismo. Nessa altura, seria conveniente lembrar que o conflito entre
puritanos e anglicanos, além de religioso, era uma oposição entre interesses
econômicos divergentes. Via de regra, os partidários do rei eram senhores de
terras, nobres ciosos de perpetuar seu poder. Já os puritanos, oriundos em sua
maioria da burguesia, pretendiam um "governo de santos", mas santos
mercantilistas, uma vez 30 que na severa teoria calvinista podia não haver lugar
para o prazer, mas o havia sempre para o comércio e o lucro. (CEVASCO;
SIQUEIRA, 1985, p. 29-30)
Donne foi deão da Catedral de São Paulo, porém suas obras religiosas passam a
impressão de que se tratam de discussões com Deus, temperadas com medo e dúvida
do que uma devoção ou simples adoração a Deus. Seguindo a linha de Donne, está
George Herbert (1593 - 1633).
Com a poesia estabelecida em novos rumos, a prosa também toma novo rumo,
pode-se dizer que esta caminhava para se encontrar com o estilo do século seguinte: o
romance. John Milton (1608-1674) foi decisivo na luta entre os puritanos e anglicanos no
século XVII. Nascido de família abastada conseguiu se dedicar aos estudos reunindo,
assim, uma grande formação cultural.
Seu contato com os livros e com a formalidade em geral pode ser o que evidencia
sua pouca simpatia às fragilidades humanas em sua poesia. Milton é extremamente
importante para a literatura inglesa, pois conseguiu acompanhar em vida um processo
histórico importante que foi o fim do puritanismo, a partir da restauração da monarquia.
2 A RESTAURAÇÃO
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SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas
dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem - Alexander
Pope
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alguns historiadores literários falam do período como limitado pelo reinado de Carlos II
(1660-85), enquanto outros preferem incluir em seu escopo os escritos produzidos
durante o reinado de Jaime II (1685-88) e, até mesmo, a literatura da década de 1690,
muitas vezes, é chamado de "Restauração". Naquela época, no entanto, o reinado de
Guilherme III e Maria II (1689-1702) havia começado, e o ethos da moda cortês e urbana
era, como resultado, sóbrio, protestante e até piedoso, em contraste com o espírito
sexualmente e intelectualmente libertino da vida na corte sob Carlos II.
REFERÊNCIAS
DONNE, John. The Flea. The Norton Anthology of Poetry, 1996. Disponível em:
https://www.poetryfoundation.org/poems/46467/the-flea. Acesso em: 04 nov. 2021.
CEVASCO, Maria Elisa: SIQUEIRA, Valter Lellis. Rumos da literatura inglesa. 2 ed.
São Paulo: Àtica, 1985. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3875109/mod_resource/content/1/RUMOS%20
DA%20LITERATURA%20INGLESA.pdf. Acesso em: 25 out. 2021.
UNIDADE III
DO ROMANTISMO À ERA VITORIANA
Professora Mestre Sâmia Cardoso
Professor Especialista Fábio Cardoso
Plano de Estudo:
● O romantismo;
● As fases do romantismo;
● A Era Vitoriana.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar o período romântico;
• Compreender os tipos de literatura produzida em língua inglesa no período dos
séculos XVIII, XIX e XX;
• Estabelecer a importância da Era Vitoriana para as novas produções literárias em
inglês.
INTRODUÇÃO
1 O ROMANTISMO
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2 AS FASES DO ROMANTISMO
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Consolidado os objetivos românticos de negar a racionalidade clássica, faz-se
necessário valorizar os feitos de um artista que prenuncia a vinda do período em solo
inglês. Trata-se de William Blake (1757-1827).
Pré-romantismo
Blake, apesar de ter vivido parte de sua vida no século da razão, foi um defensor
da imaginação como elemento superior, na qual sua realização permite que o homem
atinja a verdade. Em Jerusalém, poema épico escrito por Blake, o autor cria um gigante
- Los - que representa a imaginação estando sempre em disputa contra Urizem,
representante dos poderes racionais e legais.
Independente, Blake não seguia o pensamento comum de outros homens e criou
seu universo particular em obras compostas por anjos, demônios, gigantes que tinham
por intenção indicar os conflitos humanos entre a razão e a imaginação. Por isso, Blake
foi responsável por dar dimensão aos sentimentos humanos que vão se alterando com
o decorrer da vida, sendo a infância um momento de sublimação em detrimento à vida
adulta repleta de repressão.
A obra do autor não foi recebida com louvor pelo público, provavelmente, porque
ainda se via ligada aos costumes anteriores. Dessa forma, o poeta inglês seguia criando
seu universo ao passo que poetas discutiam literatura e passavam a compor o que se
cristaliza depois como movimento romântico inglês nas primeiras décadas de XIX.
Por isso, William Blake é considerado pertencente ao que se chama de Pré-
romantismo, tendo seus principais iniciadores os já citados Wordsworth e Coleridge, que
juntos conceberam Lyrical Ballads. Entretanto, as obras individuais dos autores vêm a
compor o que é conhecido pela primeira fase do romantismo.
Primeira Fase
William Wordsworth descreve em suas obras um intenso amor à natureza, o que
pode se justificar por sua descendência escocesa. O poeta louvava sua gente simples
através do uso de uma linguagem usual e acessível.
Mesmo que simples, sua visão de mundo é sincera e repleta de imagens capazes
de remontar as paisagens inglesas. Suas principais obras foram a ode à infância,
Intimations of Immortality from Early Childhood, Lake District; e também os poemas
autobiográficos como The Excursion e The Prelude.
Samuel Taylor Coleridge traz para o romantismo o sobrenatural e o exótico,
criando versos cheios de elementos mágicos e misteriosos. Sua poética é marcada
também pelas influências de seu envolvimento com a crítica literária e a filosofia. Tendo
poemas como Ancient Mariner, Kubla Khan e Christabel compondo a galeria dos
principais textos românticos.
Segunda Fase
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SAIBA MAIS
Estado de evasão – fuga para universos imaginários, para cenários pitorescos, muitos
deles ambientados na Idade Média.
Fonte: Moreira, S. R. F. Sparano, M. E. Unidade: O romantismo inglês - Poesia. Cruzeiro do Sul - Educação
a Distância. 2011 Disponível em
https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/disc_2011/1sem_2011/litinglesa/unidade3/texto_teo
rico.pdf.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. (Oscar Wilde).
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Perspectivas da Era Vitoriana: sociedade, vestuário, literatura e arte entre os
séculos XIX e XX
Resumo
Fonte: SANTANA, L. W. A., & SENKO, E. C. (2016). Perspectivas da era Vitoriana: sociedade,
vestuário, literatura e arte entre os séculos XIX e XX. Revista Diálogos Mediterrânicos, (10), 189–215.
Disponível em: https://doi.org/10.24858/209. Acesso em: 25 out. 2021.
LIVRO
CEVASCO, Maria Elisa: SIQUEIRA, Valter Lellis. Rumos da literatura inglesa. 2 ed.
São Paulo: Ática, 1985. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3875109/mod_resource/content/1/RUMOS%20
DA%20LITERATURA%20INGLESA.pdf. Acesso em: 25 out. 2021.
Plano de Estudo:
● O século XX;
● A poesia do século XX;
● O romance no modernismo;
● A dramaturgia na segunda metade do século XX.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a sociedade do início do século sobrevivente da guerra;
• Compreender o tipo de poesia composta pelos artistas do século;
• Estabelecer a importância da dramaturgia.
INTRODUÇÃO
1 O SÉCULO XX
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2 A POESIA DO SÉCULO XX
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A poesia do novo século traz uma nova guinada à produção poética, uma vez que
o poema deixa de ser visto através da experiência pessoal do poeta, o que era motivo
principal dos românticos.
Evidentemente, no início do século, ainda o romantismo convencional
caracterizava a produção da poesia. Porém, T. S. Eliot (1888-1965) é o grande
responsável inicial pela nova forma da poética.
A poética de Eliot exige do leitor uma abrangência de conhecimento, uma vez que
seus temas, citações e referências fazem menção a todas as transformações trazidas
pela modernidade do novo século.
Essa constante fragmentação de assuntos aparentemente desconexos é o que
sugere o movimento dos pensamentos do homem do século, repleto de dúvidas,
incertezas e questionamentos sobre si mesmo e os outros. The Waste Land e Prufrock
and Other Observations são livros publicados pelo autor que refletem o caos trazido pelo
mundo moderno.
Além disso, neste momento da história, o homem se distancia da natureza e do
louvor ao bucólico de anos anteriores devido ao avanço das máquinas e da consolidação
das cidades. Ainda, existe a melancolia como referência, como quando Eliot diz que a
primavera é o momento mais cruel porque a vida renasce mesmo em um momento de
morte:
April is the cruellest month, breeding
Lilacs out of the dead land."
Essa ruptura da poesia do século XX com a produzida pelo século XIX também
aparece nos romances escritos por Virginia Woolf, James Joyce e D.H. Lawrance. Os
personagens, que até então eram completamente revelados, tanto psicologicamente
quanto em sua externalidade, agora passam a expressar a complexidade do próprio ser.
A expansão do público com o acesso maior aos textos literários, a exposição dos
autores às teorias da filosofia, da psicanálise e das ciências, deteriora a ideia de um
sentido de mundo único. Portanto, a literatura passa a refletir a ambiguidade do homem,
sua dubiedade e pretende não transmitir uma falsa realidade.
É importante destacar o nome de W. H. Auden (1907-1973) como importante
poeta do início do segundo quarto do século XX. Nos anos 30, o autor lutou contra as
forças fascistas e se preocupou com a influência da realidade na arte.
Auden admirava Eliot e, assim como ele, preferiu a linguagem coloquial na poesia
para se aproximar ainda mais da vida urbana.
3 O ROMANCE NO MODERNISMO
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Osborne fez mais do que qualquer outro para popularizar um novo tipo de herói
e um novo tipo de ator. Na verdade, é muito difícil de avaliar como Albert Finney,
Peter O’toole, Nicol Williamson, Richard Harris, Tom Courtenay e Robert
Stephens poderiam ter alcançado o sucesso que eles obtiveram se Kenneth
Haigh não tivesse aberto o caminho com o primeiro dos jovens heróis ‘revoltados’
(HAYMAN, 1976, p. 3 - tradução de Thiago Romão Alencar)
No entanto, alguns anos depois, Osborne abandona sua ira em outras obras
dramáticas como “Luther” e “A Patriot for Me”, pois volta-se a buscar os conflitos pessoais
do homem, a solidão e a incoerência ideológica que este enfrenta, ou seja, distante do
teatro dos irados.
Osborne continuaria sua carreira produtiva até os anos 1980. Ainda produziria
interessantes peças, como The World of Paul Slickey (1959) e The Hotal in
Amsterdam (1968), onde ataca as tensas relações entre agente de teatro e
atores e dramaturgos; Luther (1961), sobre a vida de Martinho Lutero, para
Osborne um dos grandes revolucionários da história, a partir do qual ele
desenvolveu sua crítica à Igreja Reformada Inglesa e seu desvirtuamento dos
valores protestantes originais; A Patriot For Me (1965), que descreve a história
verídica de Alfred Redl, agente secreto homossexual a serviço de inteligência do
Império Austro-Húngaro em fins do século XIX. (ALENCAR, 2015, p. 121)
SAIBA MAIS
Fonte: Miranda, Rita Alves. O Teatro Experimental de Brecht. PUC-SP. 2013. Disponível em:
https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/11641/1/Rita%20Alves%20Miranda.pdf . Acesso em: 18 jan.
2022.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
O preço barato do papel é a razão por que as mulheres começaram por ter êxito na
literatura, antes de o alcançarem noutras profissões. (Virginia Woolf)
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Contra os Messias
É verdade que o livro tem sido usado para bater na União Soviética desde seu
lançamento. Justo, porque para isso foi concebido por George Orwell.
Orwell considerava o stalinismo quase tão destrutivo quanto o nazismo, e
parentes próximos. Sua crítica à URSS era pela esquerda, não pela direita. “Para reviver
o movimento socialista”, explicou, “eu me convenci de que é essencial a destruição do
mito soviético”.
Uma visita cuidadosa à fazenda defende para sempre o leitor de empulhações
salvacionistas. Venham de onde vierem no espectro ideológico. Foi a primeira vez que
Orwell, em suas palavras, tentou “fundir propósito artístico e propósito político em um
todo.”
É o que tenta fazer Roger Waters. Na minha geração, muitos chegaram a Orwell
pelo Pink Floyd. Animals, o álbum, é inteiramente inspirado pela Revolução dos Bichos.
The Wall, um libelo anti-totalitário, foi o disco que me iniciou nas possibilidades
contestatórias do rock, lá em 1979. Roger, autor das letras de ambos, só ficou mais
explícito com a idade.
[...]
Fonte: Forastieri, André. Da Revolução dos Bichos a 1984: Como resistir. 2018. Disponível em:
https://andreforastieri.com.br/blog/da-revolucao-dos-bichos-a-1984-como-resistir/. Acesso em: 04 nov.
2021.
LIVRO
• Editora: Alameda
Editorial
• Sinopse: No livro
"Um modernismo que
veio depois" se pode
encontrar textos
sobre a arte no Brasil,
publicados
originalmente em
catálogos, revistas e
capítulos de livros.
Produzidos entre
1995 e 2008, os
textos são
organizados segundo
a cronologia “oficial”
da história da arte no
Brasil, partindo de
reflexões sobre o
modernismo da
geração de 1992 até
alcançar as obras de artistas atuantes já na segunda metade do século XX. A proposta
central do livro é justamente colocar em evidência essa sequência cronológica, que para
certa historiografia, coincide com uma trajetória que iria do “figurativo” ao “abstrato”.
Desenvolvida a partir de um artigo de Mário de Andrade sobre Portinari, a idade de que
o modernismo surge “depois” das vanguardas históricas – espécie de eixo condutor do
livro – vai se sedimentando e se desdobrando ao longo dos textos.
Um desses desdobramentos é a observação da capacidade que alguns artistas locais
têm de conciliar em suas obras, posturas estéticas tidas como contrárias ou mesmo
antagônicas. Encarar esse problema consiste, sobretudo, no reconhecimento da
complexidade dos debates estéticos no país, patente nas discussões sobre a questão
do “retorno à ordem" e sobre o conceito de arte “abstratizante”.
FILME/VÍDEO
ALENCAR, Thiago Romão de. “NO GOOD, BRAVE CAUSES LEFT?”: O fim do
Império e o Teatro de John Osborne na Inglaterra dos Anos 1950. Orientadora:
Samantha Viz Quadrat. Niterói: UFF/PPGH, 2015.
CEVASCO, Maria Elisa: SIQUEIRA, Valter Lellis. Rumos da literatura inglesa. 2 ed.
São Paulo: Àtica, 1985. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3875109/mod_resource/content/1/RUMOS%20
DA%20LITERATURA%20INGLESA.pdf. Acesso em: 25 out. 2021.
Prezado(a) aluno(a),