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Escola Profissional

Curso Técnico de Mecatrónica Automóvel

Camões Lírico

Aluno:
Disciplina: Português
Docente:

2022/2023
Índice
Introdução......................................................................................................................... 3
1. Língua Camoniana.........................................................................................................4
1.1. Contextualização Histórico-literária – séc. XVI..........................................................4
1.1.1. Humanismo............................................................................................................. 4
1.1.2. Classicismo.............................................................................................................. 4
1.1.3. Renascimento..........................................................................................................4
1.2. Luís Vaz de Camões – Biografia..................................................................................5
1.3. Medida velha/tradicional e medida nova/clássica....................................................6
1.4. Petrarquismo em Camões: influência e originalidade...............................................7
Conclusão.......................................................................................................................... 9
Bibliografia...................................................................................................................... 10
Anexos............................................................................................................................. 11

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Introdução
Neste trabalho irei falar sobre o Humanismo, Classicismo e o Renascimento, que têm
ligação com um dos temas principais deste módulo, Luís Vaz de Camões, pois ele foi uma
enorme referência portuguesa nesses três parâmetros.
Depois, irei apresentar Luís da Camões e um poema escrito por ele intitulado como
“Quem ora soubesse”.

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1. Língua Camoniana
1.1. Contextualização Histórico-literária – séc. XVI
Século XVI, iniciou no ano de 1501 e terminou no preciso ano de 1600. Nestes 100 anos
historiadores apontam como o ano em que a civilização ocidental se começou a desenvolver.
Durante este século, Portugal e a sua vizinha Espanha, começaram a dominar os mares
de todo mundo e a traçar rotas marítimas até terras recentemente descobertas que acabaram
se tornando suas colónias, assim expandindo o seu território por todo o globo. Portugal
dedicava-se sobretudo às rotas até à Ásia e áfrica, enquanto Espanha explorava no Oceano
Pacífico, algum tipo de ligação entre a Ásia e a América.
Foi descoberta então a arte do mercantilismo, que acabou gerando confusão por todo o
continente Europeu, principalmente conflitos religiosos, sendo criada a “Reforma Protestante”.

1.1.1. Humanismo
Entre os séculos XIV e XVI (14 e 16) houve um movimento intelectual que se
desenvolveu na Europa ao qual chamaram de Humanismo Renascentista.
Esta ação iniciou-se em Florença e foi se expandido por grande parte da Europa, o
humanismo tem como característica a valorização do ser humano e das suas capacidades. Tudo
foi influenciado por esta ação que durou desde fins do séc. XIV (14) até meados do séc. XVI
(16).

1.1.2. Classicismo
O classicismo é o movimento cultural que aconteceu durante o Renascimento na
Europa, a partir do século XV (15). Na literatura, o nome Classicismo foi dado aos estilos
literários predominantes naquela época, sendo chamada também como Literatura
Renascentista. Entre os séculos V ao XV (5 ao 15), existia o Teocentrismo, onde a Igreja
defendia que se havia de acreditar nos deuses e nunca na ciência, caso a Igreja fosse
contrariada por alguém, teriam penas bastante graves incluindo a pena de morte. Muitos foram
capazes de criar as propostas de outras formas de observar o mundo muito além do divino e de
todos os deuses, criando o antropocentrismo, o homem no centro de tudo.

1.1.3. Renascimento
O Renascimento Português começou em meados do século XV (15) e foi até o final do
século seguinte (XVI, 16).
No Renascimento nasceu em termos artísticos, misturando o gótico com inovações do
século XV. A subida de D.João I ao trono criou ovas expectativas na evolução social, económica,
política e cultural. A comunicação com o resto da Europa teve uma excelente evolução,
principalmente com grandes e fortes pontos, tais como a Itália e a Flandres, que contribuíram
futuramente para a consolidação dos ideais renascentistas portugueses e para o aparecimento

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de inúmeros objetos vindos de África e existirem misturas de culturas devido à junção a outros
povos europeus.

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1.2. Luís Vaz de Camões – Biografia
Luís Vaz de Camões, ou apenas Luís de Camões como era conhecido, nasceu em 1524 e
faleceu a 10 de junho de 1579 ou 1580 em Lisboa (não existe certeza do ano de sua morte) que
hoje celebramos como feriado, sendo então “Dia de Camões, Portugal e das comunidades
portuguesas”.
Luís foi um poeta nacional e uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos
grandes da cultura oriental. Não existe grandes informações da vida dele, mas julga-se que ele
tenha nascido em Lisboa numa família de baixa nobreza. Quando mais novo começara a
aprender a dominar o latim e a conhecer a literatura existente, essencialmente a história antiga
e a moderna, e há a ideia de que ele tenha estudado na Universidade de Coimbra.
Fez parte da corte de D.João III e iniciou a sua carreira como poeta lírico, e como todos
os outros, começou a envolver-se em amores com damas de famílias nobres e do povo, ele
tinha uma vida turbulenta mas sem qualquer tipo de preocupações.
Não existe certezas, mas pensa-se que por causa de um amor que deu errado ele se
autoexilou em África e inscreveu-se como militar, e acabou perdendo o olho em uma batalha.
Voltou a Portugal uns anos depois de ter saído, e acabou sendo preso por ferir um servo
do Paço, acabou sendo perdoado e seguiu para o Oriente, as coisas lá também não lhe
correram muito bem e acabou por ser preso muitas vezes, lutou ao lado das tropas portuguesas
e escreveu a sua obra mais conhecida que abrangeu todo o mundo, a epopeia chamada “Os
Lusíadas”. Quando voltou a Portugal publicou a obra e recebeu uma pensão do rei D.Sebastião
pelos serviços que havia prestado à coroa portuguesa, mas nos seus últimos anos de vida
acabou sofrendo alguns problemas económicos.
Enquanto era vivo Luís de Camões criticava imenso a população por não lhe terem dado
a atenção devida, alegadas injustiças que aconteceram, mas pouco tempo depois de falecer
todos os seus textos e poemas começaram a ganhar o reconhecimento que ele tanto desejara
sendo consideradas valiosas e de alto padrão estético por várias pessoas com um nome forte
na literatura europeia, as suas obras foram sempre alcançando mais público ao longo dos anos,
sendo até inspiração para muitos poetas de vários locais do mundo. Hoje em dia Luís Vaz de
Camões é uma das maiores figuras da língua portuguesa e de Portugal.

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1.3. Medida velha/tradicional e medida nova/clássica

A Medida Velha ou Tradicional já existia no tempo de Camões, eram modelos de poesia


que revelavam mais uma cultura humanística e clássica, usava-se as redondilhas, tanto a maior
como a menor (5 e 7 sílabas métricas).

A Medida Nova ou Clássica foi indiretamente criada por Sá de Miranda que introduziu
isso em Portugal que fala da criação de poemas a que chamamos de Soneto (poemas com duas
quadras e dois tercetos).

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1.4. Petrarquismo em Camões: influência e originalidade

Luís de Camões não é apenas o maior lírico português, como também um dos maiores
de todo o mundo por causa de todos os seus feitos na escrita. Na sua líria existe a tradição
poética nacional e o novo estilo renascentista.
O Petrarquismo está presente em Luís de Camões, pois ele retratava as mulheres tal
como Petrarca, com longos cabelos “de ouro”, pele branca, olhos claros e uma atitude bastante
serena.
No amor também havia concordância entre os dois caracterizando-o sendo como
prazer, desespero, amor e esperança.
Luís de Camões acabou sendo um “embaixador” por usar um vocabulário Petrarca e os
seus recursos estilísticos.

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2. Análise do poema “Quem ora soubesse”

Neste poema o autor faz uma reflexão de tudo o que viveu, chegando à conclusão que o
amor é sofrimento, pois, tudo lhe conduz à dor.
Ele fala sobre nunca colher aquilo que semeara, pois ele planta o mais belo amor, mas
nunca consegue colher um amor recíproco e duradouro. Fazendo-o assim achar que está
apenas a perder tempo a esperar por um sentimento mútuo que nunca existirá, acabando
sempre por sofrer e demonstrando isso nos seus poemas.

Divisão do poema
Primeira estrofe (terceto)
Na primeira estrofe, o sujeito poético pede a quem soubesse onde o amor nasce para o
semear, pois assim, existiria amor recíproco.
(a/b/c)

Segunda, terceira e quarta estrofe (septilha)


O sujeito poético fala que o fruto que ele semeara não era o mesmo que ele colhia, pois
tudo o que ele colhia eram dores e desgostos, diz também que em toda a sua vida nunca viu
um amor mútuo.
(d/e/e/d/d/c/c)
(f/g/g/f/f/b/b)
(h/i/i/h/h/c/c)

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3. Resolução do questionário

1.
1.1.
Nomes Verbos

Lavrador Nace
Terra Semeasse
Abrolhos Colhia
Erva Florida
Grão Semeei

1.2.
Ele recorreu ao uso deste campo lexical, para realçar o facto de cuidar para obter
resultados, tal como um agricultor cuida das suas plantações para puder obter alimento, ele
cuidaria da sua dama, para puder ser amado tal como ele a amava, mas ele acaba
demonstrando o contrário, pois, ele cuidava mas nunca conseguia obter o resultado que tanto
esperava.

2.
O sujeito poético retrata o amor como sendo dor, um engano e mais doloroso ainda
dependendo do tempo do relacionamento.
“semeava amor/colhia enganos”
“se semeei grão/grande dor colhi”
“amor nunca vi/ que muito durasse/ que não magoasse”

3.
Este poema é um vilancete, pois a primeira estrofe é um terceto em que todos os versos
são compostos por 5 sílabas métricas, seguido então por três septilhas todas com versos
compostos por maioritariamente 5 sílabas métricas, havendo apenas algumas exceções.

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Conclusão

Gostei muito de realizar este trabalho, sobretudo a parte mais direcionada a Luís de
Camões, acabei também aprendendo coisas novas sobre ele e o quão importante ele é para
todo o povo que gosta de ler.

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Bibliografia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_de_Cam%C3%B5es, visitado em março de


2023

http://cercarte.blogspot.com/2012/02/medida-velha-e-medida-nova.html, visitado em
março de 2023

https://prezi.com/c4bystcyy830/a-mulher-e-o-petrarquismo-em-camoes/ , visitado em
março de 2023

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