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COMPREENSÃO DO TEXTO
Com base na leitura dos textos Ilíada, Odisseia e Eneida, regista as tuas respostas às questões que te
propomos.
2. Os heróis que assinalaste pertencem a uma “alta estirpe social” como recomendam
as normas da epopeia? Justifica.
Estes heróis pertencem a uma alta estirpe social pois Aquiles era filho da deusa Tétis, Ulisses era
o Rei de Ítaca e Eneias era filho da deusa Vénus.
4. O episódio do “Cavalo de Tróia” aparece inserido na Eneida, cuja acção fulcral são
as peripécias vividas pelo herói depois da destruição de Tróia. Este episódio (um dos
muitos que a obra contém) quebra a unidade da acção? Justifica a tua resposta.
Não quebra a unidade de acção porque, durante o seu percurso a caminho do local onde se fixará,
o herói pára em Cartago e é aí que, a pedido da Rainha, conta esse episódio já passado.
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● Síntese de conhecimentos sobre as características da epopeia (pág. 169).
LEITURA PARA INFORMAÇÃO E ESTUDO: trabalho de pesquisa – Dicionário Mitológico (pág. 170).
A EPOPEIA NO RENASCIMENTO
Esta gravura representa Lisboa no século XVI e, no entanto, da cidade vê-se apenas algum
casario junto a um cais. Com efeito, são as águas e as embarcações que ocupam mais de três
quartos da imagem, reflectindo claramente a importância que Lisboa tinha no comércio marítimo. A
intensa actividade comercial é igualmente ilustrada pela presença de várias figuras humanas
representadas numa atitude dinâmica, e sugerindo grande azáfama, quer em água, quer em terra.
● Leitura orientada dos textos “A epopeia no Renascimento” e “Os Lusíadas – a epopeia desejada”
(págs. 173-174).
● Síntese de conhecimentos sobre o Renascimento em Portugal e seus reflexos nas artes (acetatos).
EXPRESSÃO ESCRITA
O culto pela Antiguidade greco-latina, bem como a crença nas possibilidades do Homem, aspectos
característicos do renascimento, leva a que, no plano literário, a epopeia seja considerada a expressão
mais alta da poesia. O género épico, cultivado na Antiguidade, permite o engrandecimento e a
glorificação do Herói. Ora, as viagens de descobertas marítimas feitas pelos portugueses eram, nessa
perspectiva, um tema épico por excelência. Permitiam mostrar as possibilidades imensas do Homem e
simultaneamente prestavam-se a fazer renascer a epopeia segundo os modelos da Antiguidade,
particularmente de Homero e Virgílio. Tudo isto mostra que o contexto histórico e cultural era favorável
ao aparecimento de uma epopeia que glorificasse os feitos heróicos dos navegadores portugueses.
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CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
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VIDA E OBRA DE LUÍS DE CAMÕES
● Leitura de uma biografia de Camões (pág. 176) e justificação da atribuição do título “A Biografia
(im)possível”.
Sim, porque esse título mostra que há alguns dados conhecidos da vida de Camões que
permitem elaborar a sua biografia, mas que há também muitos outros sobre os quais não há
certezas, pelo que, uma biografia completa e fundamentada do poeta, é impossível de se fazer
com os dados históricos que existem.
Não se sabe, por exemplo, com exactidão, onde e quando nasceu ou que estudos fez. Sabe-se,
no entanto, que combateu no Norte de África e que esteve quase vinte anos no Oriente.
T.P.C. :
Compara o texto biográfico de Camões com o texto “Camões e as Altas Torres” da autoria
do poeta contemporâneo Eugénio de Andrade.
▪ Parece-te que os dois textos têm o mesmo objectivo – informar? Justifica a tua resposta
evidenciando a intenção comunicativa de um e outro texto.
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O primeiro texto, a biografia de Camões, tem por objectivo dar as informações possíveis sobre a
vida do poeta. O segundo também apresenta algumas informações como – “De Camões, em pura
verdade, muito pouco sabemos.” Diz-nos também que esteve em Ceuta como soldado, que esteve na
índia, que viveu sempre com muitas dificuldades financeiras. Mas o objectivo essencial do texto
“Camões e as Altas Torres” não é o de informar.
O objectivo é mostrar a “riqueza” que ele deixou à língua e à cultura portuguesa. A forma como o
autor transmite esta ideia é, aliás, bastante expressiva e poética como se pode confirmar por estes
exemplos: “… foi Camões que deu à nossa língua este aprumo de vime branco, este juvenil ressoar de
abelhas, esta graça subtil e felina, esta modulação de vagas sucessivas e altas, este mel corrosivo da
melancolia” ou “…estava destinado a consolidar a Hierarquia com o seu Canto – o supremo ressoar
das águas de todos os nossos mares e de todos os nossos olhos.”