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INTRODUÇÃO À UNIDADE NARRATIVA ÉPICA

A EPOPEIA NA ANTIGUIDADE E AS FONTES LITERÁRIAS D’OS LUSÍADAS

COMPREENSÃO / EXPRESSÃO ORAL

● Visionamento de uma cena do filme “Alexandre, o Grande”:


- os mitos da Antiguidade;
- os heróis das epopeias.

LEITURA / EXPRESSÃO ESCRITA

● Leitura comentada do texto “Assim nasceu a epopeia” (págs. 162-163).

● Resolução de um questionário de compreensão do texto (pág. 170).

COMPREENSÃO DO TEXTO

Com base na leitura dos textos Ilíada, Odisseia e Eneida, regista as tuas respostas às questões que te
propomos.

1. Identifica o protagonista de cada uma das epopeias referidas.


Aquiles é o herói da Ilíada, Ulisses o da Odisseia e Eneias o da Eneida.

2. Os heróis que assinalaste pertencem a uma “alta estirpe social” como recomendam
as normas da epopeia? Justifica.
Estes heróis pertencem a uma alta estirpe social pois Aquiles era filho da deusa Tétis, Ulisses era
o Rei de Ítaca e Eneias era filho da deusa Vénus.

3. De uma das três, refere:


- um momento de narração retrospectiva;
- uma profecia.
Há um momento de narração retrospectiva, por exemplo, na Odisseia, quando Ulisses conta ao
Rei dos Feaces, Alcinoo, as aventuras em que se viu envolvido durante cerca de dez anos: desde
a sua partida de Tróia até à chegada à ilha de Calipso.
Na Eneida, há uma profecia feita por Júpiter que anuncia a Vénus que Eneias e os seus
descendentes terão um futuro glorioso. Irão estar na origem de Roma, que um deles irá governar.

4. O episódio do “Cavalo de Tróia” aparece inserido na Eneida, cuja acção fulcral são
as peripécias vividas pelo herói depois da destruição de Tróia. Este episódio (um dos
muitos que a obra contém) quebra a unidade da acção? Justifica a tua resposta.
Não quebra a unidade de acção porque, durante o seu percurso a caminho do local onde se fixará,
o herói pára em Cartago e é aí que, a pedido da Rainha, conta esse episódio já passado.

5. Segundo as regras da epopeia, os deuses da mitologia (grega ou latina) devem


intervir na acção épica.
▪ De cada uma das epopeias já referidas, apresenta um exemplo de intervenção
sobrenatural.
Na Ilíada há, por exemplo, intervenção do deus Apolo que, a pedido do seu sacerdote, Crises,
lança a peste sobre os Gregos.
Na Odisseia os deuses reúnem-se em consílio e decidem obrigar Calipso deixar partir Ulisses,
para que este possa prosseguir a sua viagem de regresso a Ítaca.
Na Eneida, Júpiter ordena a Eneias, através do seu mensageiro, Mercúrio, que parta de Cartago
pois tem uma missão a cumprir.

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● Síntese de conhecimentos sobre as características da epopeia (pág. 169).

LEITURA PARA INFORMAÇÃO E ESTUDO: trabalho de pesquisa – Dicionário Mitológico (pág. 170).

A EPOPEIA NO RENASCIMENTO

LEITURA / EXPRESSÃO ORAL

● Reactivação de conhecimentos sobre o Renascimento.

● Leitura de imagem: porto de Lisboa (acetato).

Esta gravura representa Lisboa no século XVI e, no entanto, da cidade vê-se apenas algum
casario junto a um cais. Com efeito, são as águas e as embarcações que ocupam mais de três
quartos da imagem, reflectindo claramente a importância que Lisboa tinha no comércio marítimo. A
intensa actividade comercial é igualmente ilustrada pela presença de várias figuras humanas
representadas numa atitude dinâmica, e sugerindo grande azáfama, quer em água, quer em terra.

● Leitura orientada dos textos “A epopeia no Renascimento” e “Os Lusíadas – a epopeia desejada”
(págs. 173-174).

● Síntese de conhecimentos sobre o Renascimento em Portugal e seus reflexos nas artes (acetatos).

EXPRESSÃO ESCRITA

Depois de leres atentamente os textos “A Epopeia e o renascimento” e “Os Lusíadas – a


epopeia desejada”, apresenta por escrito um pequeno texto que traduza, com clareza, a relação
dos elementos apresentados no esquema.

O culto pela Antiguidade greco-latina, bem como a crença nas possibilidades do Homem, aspectos
característicos do renascimento, leva a que, no plano literário, a epopeia seja considerada a expressão
mais alta da poesia. O género épico, cultivado na Antiguidade, permite o engrandecimento e a
glorificação do Herói. Ora, as viagens de descobertas marítimas feitas pelos portugueses eram, nessa
perspectiva, um tema épico por excelência. Permitiam mostrar as possibilidades imensas do Homem e
simultaneamente prestavam-se a fazer renascer a epopeia segundo os modelos da Antiguidade,
particularmente de Homero e Virgílio. Tudo isto mostra que o contexto histórico e cultural era favorável
ao aparecimento de uma epopeia que glorificasse os feitos heróicos dos navegadores portugueses.

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CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA

● Renovação do léxico na época dos Descobrimentos:


- introdução de palavras provenientes do Oriente e de África;
- neologismos e estrangeirismos.

(Fichas informativas das págs. 92 e 277 E DIAPOSITIVOS)

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VIDA E OBRA DE LUÍS DE CAMÕES

COMPREENSÃO / EXPRESSÃO ORAL

● Visionamento de um documentário sobre Luís de Camões, apresentado por Hélder de Macedo, e


registo das informações mais relevantes.

● Aferição da compreensão global do documentário.

LEITURA / EXPRESSÃO ESCRITA

● Leitura de uma biografia de Camões (pág. 176) e justificação da atribuição do título “A Biografia
(im)possível”.

Depois de leres a página biográfica de Camões parece-te que “A Biografia (im)possível”


seria um bom título para este texto? Justifica a tua resposta, fundamentando-a devidamente.

Sim, porque esse título mostra que há alguns dados conhecidos da vida de Camões que
permitem elaborar a sua biografia, mas que há também muitos outros sobre os quais não há
certezas, pelo que, uma biografia completa e fundamentada do poeta, é impossível de se fazer
com os dados históricos que existem.
Não se sabe, por exemplo, com exactidão, onde e quando nasceu ou que estudos fez. Sabe-se,
no entanto, que combateu no Norte de África e que esteve quase vinte anos no Oriente.

T.P.C. :

- Leitura comparativa da biografia de Camões e “Camões e as Altas Torres”, de Eugénio de Andrade


(pág. 177)

Compara o texto biográfico de Camões com o texto “Camões e as Altas Torres” da autoria
do poeta contemporâneo Eugénio de Andrade.

▪ Parece-te que os dois textos têm o mesmo objectivo – informar? Justifica a tua resposta
evidenciando a intenção comunicativa de um e outro texto.

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O primeiro texto, a biografia de Camões, tem por objectivo dar as informações possíveis sobre a
vida do poeta. O segundo também apresenta algumas informações como – “De Camões, em pura
verdade, muito pouco sabemos.” Diz-nos também que esteve em Ceuta como soldado, que esteve na
índia, que viveu sempre com muitas dificuldades financeiras. Mas o objectivo essencial do texto
“Camões e as Altas Torres” não é o de informar.
O objectivo é mostrar a “riqueza” que ele deixou à língua e à cultura portuguesa. A forma como o
autor transmite esta ideia é, aliás, bastante expressiva e poética como se pode confirmar por estes
exemplos: “… foi Camões que deu à nossa língua este aprumo de vime branco, este juvenil ressoar de
abelhas, esta graça subtil e felina, esta modulação de vagas sucessivas e altas, este mel corrosivo da
melancolia” ou “…estava destinado a consolidar a Hierarquia com o seu Canto – o supremo ressoar
das águas de todos os nossos mares e de todos os nossos olhos.”

- Preparação de leituras expressivas de poemas de poetas contemporâneos sobre Camões (págs.


177-179).

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