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Todavia, Camões vai, mais tarde, voltar atrás e contar como foram as
Despedidas em Belém. Chama-se a esse “recuo” na narrativa Analepse
(anterior). O autor faz estes recuos frequentemente ao longo da obra,
avançando, depois, na acção através de Prolepses (profecia/futuro) (o
sonho profético do rei D. Manuel e a narração feita por Tétis a
Vasco da Gama).
B – Em quantos planos se desenvolve o conteúdo/narração
de Os Lusíadas?
A narração de Os Lusíadas é constituída por 3 planos que se
articulam entre si:
O Plano da Viagem - narração da viagem de Vasco da Gama;
No entanto, e uma vez que esta viagem não representava o único feito
digno de admiração deste povo, Camões dá-nos a conhecer outros
factos verídicos da História de Portugal contados pela boca de Vasco
da Gama ao rei de Melinde e Paulo da Gama ao Catual de Calecut (Ex.:
a Batalha de Aljubarrota, Formosíssima Maria, Inês de Castro, entre
outros).
Como humanista que era, Camões junta à verdadeira História
de Portugal uma História de deuses pagãos (não cristãos),
fazendo com que estes dinamizem a acção durante toda a
viagem de Vasco da Gama e a tornem mais interessante (é o
Maravilhoso Pagão).
S1
S1
S2 S1 S3 S4
Viagem + Adamastor
S = sequência
Curiosidades
A origem da palavra Lusíadas – Reza a lenda que Luso, filho
de Baco, deus do vinho e da folia, fundou, na parte mais ocidental da
Península Ibérica, um reino, ao qual deu um nome derivado do seu:
Lusitânia.
Foi com base nisso que o poeta criou uma palavra nova que iria dar nome à sua
obra épica: Os Lusíadas, ou seja, o Povo de Luso – os Portugueses.
Os Lusíadas têm 55 433 palavras, em 8816 versos,
agrupados em 1102 estrofes, distribuídas por dez cantos.