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THE HISTORY OF THE ENGLISH LANGUAGE

Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última


era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado do continente
europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha. Esse recente
fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do continente, ocorrido há
cerca de 7.000 anos, também isolou os povos que lá viviam dos conturbados
movimentos e do obscurantismo que caracterizaram os primórdios da Idade
Média na Europa. Sítios arqueológicos evidenciam que as terras úmidas que os
romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera cultura
há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito.
A língua inglesa tem sua origem ligada aos diferentes povos que
ocuparam a região da Bretanha. O arquipélago que chamamos hoje de Ilhas
britânicas começou a ser ocupado por volta de 700 a.c, pelos celtas.
Posteriormente foi dominado pelos Romanos e na baixa Idade Média pelos
saxões.
No século 11, com a consolidação dos reinos anglo-saxões,
a Inglaterra começou a trilhar um caminho mais constante como unidade
nacional. Após influências escandinavas em razão das invasões Vikings e do
francês, a língua Inglesa foi se consolidando até o renascimento, época em que
as línguas nacionais se tornaram uma faceta importante do fortalecimento dos
Estados Nacionais e do poder político dos reis.
Um momento de grande impulso para o estabelecimento de fato da
língua foi a partir do século 15, quando escritores e documentos oficiais
passaram a ser escritos com mais frequência na língua oficial da Inglaterra.
Vale lembrar que durante boa parte da história da Europa, havia uma
divisão linguística clara. O Latim era considerada a língua culta, usada nas
missas da igreja, em documentos oficiais e na literatura e ciência. Já as línguas
comuns eram usadas pelas populações na sua vida diária, mas eram
consideradas apenas idiomas falados e menos nobres. Esse fato está muito
ligado a influência da Igreja Católica em toda Europa medieval e parte da Idade
Moderna.
O idioma inglês é uma língua germânica. Seu surgimento veio a partir de
vários outros idiomas e influências linguísticas que conviveram nas Ilhas
Britânicas desde a ocupação celta na antiguidade. Os idiomas que deram
origem à língua inglesa foram, principalmente:
 Celta britânico
 Anglo-frísio
 Saxão
 Franco-Normando
 Latim.
O Celta britânico era o dialeto falado pelos Celtas. Esses povos
formaram várias nações na Europa antiga e, embora não tenham estabelecido
uma grande unidade na Inglaterra, ocuparam as Ilhas Britânicas até a
ocupação romana.
O Anglo-frísio e o saxão foram trazidos à Grã-bretanha pelos povos
germânicos da Europa central. A palavra English, inclusive, é derivada de
Anglo, nome usado para denominar a tribo germânica que ocupou a Bretanha
na Baixa Idade Média (os anglos e posteriormente anglo-saxões).
Assim como maioria das línguas, o inglês é a junção de diversos dialetos
que ocupavam a atual Grã-Bretanha. Alguns desses dialetos eram o celta-
britânico, o anglo-frísio, o saxão, o franco-normando e o latim. Em 700 a.C., os
povos celtas começaram a ocupar as Ilhas Britânicas e, a partir desse
momento, a ocupação dos territórios foi passando de povo em povo, até que
finalmente as influências de outras culturas europeias começaram a ter maior
poder na Inglaterra. A língua inglesa passou por 3 grandes fases: Old English,
Middle English e Modern English. Todas elas foram marcadas por momentos
históricos do desenvolvimento do país.
 Old English - Inglês antigo
Os primeiros indícios da formação da língua inglesa aconteceram entre os
séculos 5 e 11. Como já era esperado, a primeira forma do inglês foi a junção
da língua dos povos que habitavam as terras, mas não se engane em pensar
que o Old English era considerado apenas um idioma unificado: eram vários
dialetos. O que predominava era o anglo-saxão.
 Middle English - Inglês médio
Conforme a história acontece, a cultura e as tradições também se alteram. A
maior diferença entre o Middle English e o Old English é gramatical, nos
campos sintático e analítico. O crescimento do inglês baseado nessa fase teve
início no século 11 e perdurou até o 16. Um dos grandes marcos dessa época,
e grande responsável pela consolidação da língua, foi a forte presença do
francês e da influência viking no país, responsáveis pela adequação do idioma.
 Modern English - Inglês moderno
O Modern English, o inglês que começou no século 16 e dura até hoje, se
expandiu graças às colônias inglesas. O grande marco da fase é o idioma
padronizado para todo o país. É desenvolvida a ideia de orgulho de uma única
pátria e de reformulação política e econômica. A criação do sistema postal
nacional e o inglês para documentos oficiais do governo e da nobreza foram
essenciais para a expansão do inglês como conhecemos atualmente. Além
disso, é a fase de maior influência literária inglesa, devido ao aclamado
Shakespeare.
O inglês surge com os idiomas falados pelos povos germanos que a
partir do século V ocupam a atual Inglaterra, com destaque para os Anglos e os
Saxões. O idioma que começou a nascer nas ilhas britânicas a partir de então
recebe o nome de "Old English", "Anglo-Saxão" ou ainda "Englisc" no original,
significando "língua dos anglos".
O vocabulário da língua irá evoluir gradualmente, e com a introdução do
cristianismo ocorre a primeira influência de palavras do latim e do grego. Mais
tarde, invasores escandinavos que falavam o nórdico antigo (old norse, língua
que provavelmente assemelhava-se ao dialeto falado pelos povos anglo-
saxões) também irá influenciar o inglês. O Old English é uma língua preservada
em diferentes fontes, como inscrições rúnicas, traduções bíblicas complexas e
fragmentos diversos.
A maior diferença entre o Old e Middle English está na gramática,
especificamente, no campo sintático e no campo analítico. Acredita-se que o
estágio seguinte da língua, o Middle English inicia-se com a batalha de
Hastings, em 1066, onde o rei William o conquistador derrotou o exército dos
anglo-saxões e impôs suas leis, seu sistema de governo e sua língua, a
francesa. Desse modo, novas palavras são incorporadas à língua falada pelas
pessoas comuns, isto é, por servos e escravos. Mais tarde, muitos dos novos
termos passaram a ser usados na corte e no militarismo adquirindo, portanto,
um elevado status social.
Já o inglês moderno, como conhecido pela obra de William
Shakespeare, em geral é datado a partir de 1550, quando a Grã-Bretanha se
tornou um império colonial, espalhando-se por todos os continentes.
Em geral, a diferença entre o Old e o Modern English está na forma
escrita, na pronúncia, no vocabulário e na gramática. Comparado ao inglês
moderno, o Old English é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia,
quanto no vocabulário e na gramática. Para um falante nativo de inglês
moderno, das 54 palavras do Pai Nosso, menos de 15% são reconhecíveis na
escrita, e provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado. Em outro
exemplo, a palavra "stãn" corresponde a "stone" no inglês atual.
A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de
religião foram os fatores que determinaram a colonização da América do Norte.
A chegada dos primeiros imigrantes ingleses em Plymouth Colony (hoje
Massachusetts), em 1620, marca o início da presença da língua inglesa no
Novo Mundo. À época da independência dos Estados Unidos, em 1776,
quando a população do país chegava perto de 4 milhões, o dialeto norte-
americano já mostrava características distintas em relação aos dialetos das
ilhas britânicas.
O contato com a realidade de um novo ambiente, com as culturas
indígenas nativas, com o espanhol das regiões adjacentes ao sul colonizadas
pela Espanha e os fluxos migratórios do século 20, provocaram um
desenvolvimento de vocabulário diverso do inglês britânico. Hoje, entretanto, as
diferenças entre os dialetos britânicos e norte-americanos estão basicamente
na pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário.
Ao contrário do isolamento entre Brasil e Portugal ao longo dos séculos
19 e 20, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes laços
culturais, comerciais e políticos.
Enquanto o português se desenvolveu em dois dialetos
substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, os dialetos britânico e
norte-americano mantiveram maior proximidade.
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua
do mundo. Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra
nos séculos 18, 19 e 20, alavancado pela Revolução Industrial, e a
consequente expansão do colonialismo britânico. Esse verdadeiro império de
influência política e econômica atingiu seu ápice na primeira metade do século
20, com uma expansão territorial que alcançava 20% das terras do planeta. O
British Empire chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun never
sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocando uma igualmente
vasta disseminação da língua inglesa. Em segundo lugar, o poderio político-
militar do EUA a partir da segunda guerra mundial e a marcante influência
econômica e cultural resultante, acabaram por deslocar o francês como língua
predominante nos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de
padrão das comunicações internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido
desenvolvimento do transporte aéreo e das tecnologias de telecomunicação.
Surgem os conceitos de information superhighway e global village para
caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de comunicação é
imprescindível.
Algumas curiosidades sobre a língua inglesa
- A flor daisy, ou margarida no português, tem esse nome porque deriva
do Old English para day’s eye, ou seja, “olho do dia”.
- Você sabia que algumas palavras do inglês são misturas de outras
duas? São as famosas blended words. Um exemplo é brunch, que
mistura breakfast, que é café da manhã, e lunch, almoço.
- A língua inglesa possui apenas 4 palavras que terminam com
“dous”: tremendous, horrendous, stupendous e hazardous.
-   A letra que mais inicia palavras em inglês é o “s”.
- Não são apenas o sotaque britânico e o americano que existem. Além
deles há também o irlandês, o canadense, o escocês, o australiano, o
neozelandês, o asiático, entre outros.

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