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TEXTOS

FUNDAMENTAIS DE
POESIA EM LÍNGUA
INGLESA

Liana Paraguassu
UNIDADE 3
Geoffrey Chaucer: The
Canterbury Tales e
Troilus and Criseyde
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Traçar um panorama da vida e da obra de Geoffrey Chaucer.


 Identificar a importância da obra de Geoffrey Chaucer para a literatura
britânica.
 Discutir as obras The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde.

Introdução
Neste capítulo, você estudará o panorama histórico da Inglaterra em que
viveu Geoffrey Chaucer, bem como sua vida, obra e importância para a
literatura medieval britânica e a transformação da língua inglesa. Você
também conhecerá o contexto histórico em que as obras de Chaucer
foram escritas e as principais delas: The Canterbury Tales, descobrindo como
ele criou os contos, a trama e os personagens contadores de histórias;
e Troilus and Criseyde, uma poesia já conhecida na Itália e na França, que
ganha uma nova versão, a qual, mais tarde, serviria de base para a obra
de Shakespeare, Troilus and Cressida.

Vida e obra de Chaucer


Dois grandes movimentos marcaram a Inglaterra do século XIV, o primeiro
era político e culminou com o reinado de Eduardo III. Nesse período, o espírito
nacionalista inglês cresceu com as sucessivas vitórias nos campos de batalha
2 Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde

em solo francês durante a Guerra dos Cem Anos, e o país separou seus laços
políticos da França e, em menor grau, de Roma, unindo-se momentaneamente
sob um patriotismo entusiasmado, em que a rivalidade e a desconfiança entre
nobreza e povo deu uma trégua. Como a língua francesa não possuía mais
tanto prestígio, o inglês passou a ser falado não apenas entre pessoas comuns,
mas também nas cortes e no parlamento.
Já o segundo movimento era social, desenrolou-se durante o reinado de
Ricardo II, sucessor de Eduardo III, e marcou o descontentamento devido
ao contraste entre o luxo da nobreza ociosa e a miséria do povo trabalhador
sobretaxado. Por muito tempo, ele foi forte, mas silencioso, até que tomou
contornos violentos com a rebelião de Wat Tyler.
Além desses dois movimentos, o período foi marcado por uma agitação
pouco vista e por progresso. O comércio e a busca por novos negócios estavam
em grande ascensão e, da mesma forma que os vikings haviam buscado as
glórias das conquistas, transformaram os ingleses em um povo conquistador
e colonizador, como os anglo-saxões. Acima de tudo, a aurora da Renascença
nasce na Inglaterra, da mesma forma que na Espanha e na Itália, pelo surgi-
mento de uma literatura nacional.

Principais autores do período


Em meio a ebulição de movimentos, surgem cinco autores de grande relevância
para o período. A William Langland (1332–1386), é atribuída a possível au-
toria de Piers Plowman, uma alegoria com uma complexa variedade de temas
religiosos, que traduzia a linguagem e os conceitos do claustro em símbolos e
imagens, os quais poderiam ser compreendidos por um leigo. Langland ainda
dava voz ao descontentamento social, defendendo a igualdade entre seres
humanos e a dignificação do trabalho.
John Wycliffe (1320–1384) foi professor de filosofia da Universidade de
Oxford, teólogo, tradutor da Bíblia, padre e reformista inglês. Além de ter sido
um influente dissidente da Igreja católica durante o século XIV, considerado
um importante precursor do protestantismo e um dos principais reformistas
religiosos ingleses, levando a palavra de Deus ao povo em sua própria lín-
gua. Já John Gower (1330–1408) foi um poeta inglês conterrâneo de William
Langland e amigo de Geoffrey Chaucer, lembrado, principalmente, por três
obras: Mirour de l’Omme, Vox Clamantis e Confessio Amantis — três longos
poemas escritos em francês, latim e inglês, respectivamente, unidos pela moral
comum e pelos assuntos políticos.
Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde 3

Atribui-se a Sir John Mandeville a obra The Travels of Sir John Mandeville,
um memoir de suas viagens publicado em 1357. A primeira versão do texto
foi escrita em francês, mas, posteriormente, traduzida para diversas outras
línguas, o que o ajudou a se tornar muito popular. Apesar de as histórias de
viagem serem, muitas vezes, de natureza fantástica e pouco confiáveis, sua
obra foi adotada por Cristóvão Colombo como referência. Conterrâneo e amigo
de alguns desses autores, Geoffrey Chaucer (1343–1400) desponta como o
principal escritor de sua época.
Na Figura 1, você pode visualizar uma linha do tempo que mostra a história
da língua inglesa no decorrer dos séculos.

Figura 1. História da língua no decorrer dos séculos.


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Vida de Geoffrey Chaucer


Chaucer nasceu em Londres, provavelmente no ano de 1343, e é conhecido
como pai da literatura britânica, considerado o maior poeta inglês da Idade
Média e o primeiro a ser enterrado no Poets’ Corner da Abadia de Westminster,
em 25 de outubro de 1400. Ele não era somente escritor, mas também filósofo
e astrônomo, e ainda fez carreira servindo à coroa como burocrata, cortesão
e diplomata.
Ele passou a infância em Londres, mas não se sabe quase nada sobre sua
educação, apenas que era um leitor ávido. Seu pai era um mercador de vinho
que abastecia as mesas da realeza e, muito provavelmente, devido à proximidade
com a nobreza, quando tinha dezessete anos, se tornou pajem da princesa
Elizabeth. Esse foi o início de sua relação com a corte inglesa, que perduraria
por mais de quarenta anos e sobreviveria a três reis. Aos dezenove anos, ele
parte com o rei Eduardo III para uma das muitas expedições da Guerra dos
Cem Anos, na qual testemunhou os cavaleiros em ação, bem como a pompa,
o esplendor e os horrores das guerras medievais.
Chaucer entrou definitivamente para a nobreza ao se casar com uma dama
de companhia da rainha. Já no ano de 1370, ele vai ao exterior, em uma visita
oficial à Itália, para assinar um tratado comercial, em sua primeira ação
diplomática, função que tomaria boa parte dos próximos quinze anos de sua
vida. Em 1386, o escritor é eleito membro do parlamento britânico.
Enquanto mantinha uma vida ativa no cenário político e social inglês do
século XIV, Chaucer escrevia. Suas obras são consideradas um marco da
literatura britânica, uma vez que o acadêmico, viajante, político, homem de
negócios e cortesão foi capaz de retratar a Inglaterra de sua época com uma
riqueza que, somente mais tarde, Shakespeare seria capaz de fazer.

Conjunto da obra
Segundo William J. Long (2013), as obras de Chaucer podem ser divididas
basicamente em três períodos, correspondentes aos três momentos de sua vida:
o primeiro, quando ainda era bastante influenciado pelas obras francesas; no
segundo momento ele passa a trabalhar como diplomata e viaja com frequên-
Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde 5

cia à Itália, sendo motivado pelos textos de Dante e Boccaccio; e o terceiro,


quando assume com plenitude a sua nacionalidade britânica e a língua inglesa
para compor suas obras e retratar com maestria e sagacidade sua sociedade.
Contudo, é impossível definir datas exatas para elas, por exemplo, os contos
de The Canterbury Tales foram escritos anteriormente à terceira fase (período
inglês) e compilados apenas no final de sua vida.
A primeira fase é marcada pela influência francesa remanescente em
sua obra, sendo Romaunt of the Rose o poema mais conhecido, uma tradução
do poema francês mais popular da Idade Média, Roman de la Rose. Chaucer
traduziu esse clássico acrescentando toques autorais em inglês, mas do Romaunt
atual, acredita-se que somente as primeiras 1.700 linhas são do seu trabalho.
Talvez o melhor poema desse período seja Dethe of Blanche the Duchesse, ou
Boke of the Duchese, o qual tem uma considerável carga dramática, além de
potência emocional, e foi escrito após a morte de Blanche, esposa do patrono
de Chaucer, John de Gaunt.
A segunda fase é conhecida como a fase italiana, quando ele sofreu grande
influência de autores devido às suas viagens à Itália como diplomata, sendo
Troilus and Criseyde a obra de maior destaque, um poema de 8.000 linhas, cuja
história original foi a favorita de muitos autores da Idade Média, e Shakespeare
se baseou nela para escrever Troilus and Cressida. A fonte imediata desse
poema foi Il Filostrato, de Boccaccio, mas ele criou livremente para refletir
os ideais de sua época e sociedade, com força dramática e beleza inéditas.
Outras grandes obras dessa fase são Hous of Fame (inacabado) e Legende of
Goode Wimmen.
A terceira fase, ou a fase inglesa, conta com sua obra-prima, The Can-
terbury Tales, uma das mais famosas da literatura de todos os tempos, cujo
plano é magnífico: representar a diversidade da Inglaterra do período por
meio de uma coleção heterogênea de representantes das classes sociais, com
personagens que contam suas próprias histórias. Embora ela nunca tenha sido
acabada, Chaucer foi tão bem-sucedido em seu intuito, que os contos de The
Canterbury Tales são uma representação da vida da Inglaterra do século XIV
perfeita e inédita para a época, com seus trabalhos e divertimentos, façanhas
e sonhos, virtudes e pecados.
Veja na Figura 2 os principais acontecimentos do século XIV.
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Figura 2. Principais acontecimentos do Período Medieval.

Forma da poesia de Geoffrey Chaucer


A poesia de Chaucer apresenta três métricas principais, em The Canterbury Tales, por
exemplo, ele utiliza linhas de dez sílabas com cinco sílabas tônicas cada e duas linhas
sucessivas, como você pode ver a seguir:

His eyen twinkled in his heed aright


As doon the sterres in the frosty night.
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A mesma medida musical, arranjada em estrofes de sete linhas, mas com uma rima
diferente, chamada de rima real, é encontrada em sua forma mais perfeita em Troilus
and Criseyde.

O blisful, of whiche the bemes clere


Adorneth al the thridde hevene faire!
O sonnes leef, O Joves doughter dere,
Plesaunce of love, O goodly debonaire,
In gentil hertes ay redy to repaire!
O verray cause of hele and of gladnesse,
Y-heried be thy might and thy goodnesse!

Contribuição de Chaucer para


a literatura britânica
Geoffrey Chaucer é frequentemente descrito como fundador ou pai da li-
teratura britânica, porque sua obra marca uma transição radical na história
literária da Inglaterra e foi crucial para legitimar o uso do vernáculo inglês
da Idade Média em um momento em que as línguas literárias dominantes
eram o francês e o latim.
Antes de Chaucer, existiam basicamente dois tipos de literatura em inglês:
obras que tratavam de religião e heróis, e obras menores escritas em inglês
arcaico, em geral usando aliteração. Entre a classe dominante, a nobreza e a
igreja, a língua falada era, primordialmente, o latim, e muitos autores ingleses
escreviam em latim. Após a conquista normanda, enquanto a nova tradição
latina continuou intacta, o vernáculo inglês mudou rapidamente devido à
influência francesa, marcando a transição do inglês antigo para o da Idade
Média (precursor do inglês moderno).
Nesse contexto, Chaucer é um dos primeiros e, considerado por muitos, o
mais importante poeta a criar uma literatura escrita no novo inglês da Idade
Média. Sua obra, em vez de empregar a métrica acentual ou quantitativa do verso
clássico, adapta a métrica acentual silábica ao vernáculo inglês. Ele fez, ainda,
várias inovações métricas na maneira como a poesia e os versos eram escritos
em inglês, bem como foi um dos primeiros poetas a quebrar consistentemente a
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tradição do uso de aliterações e escrever em métrica silábica tônica: as linhas são


escritas considerando-se tanto o número de sílabas como as suas sílabas tônicas.
Chaucer é conhecido também por ter utilizado muitas palavras novas, que
desde então se tornaram parte do vocabulário inglês, o que não significa que ele
tenha, de fato, as inventado, mas a primeira vez que se teve notícia e registro de
que foram empregadas foi na sua obra. Assim, ele expandiu consideravelmente
o repertório de palavras da língua inglesa, sendo um dos primeiros poetas a
escrever em inglês e utilizar sua imensa variedade e riqueza, além de fazer
uso de termos de outras línguas faladas durante a Idade Média, como grego,
latim, árabe, alemão e francês.
Ao ser um dos primeiros a usar a linha com cinco sílabas tônicas, Chaucer abre
caminho para o que seria, posteriormente, chamado de pentâmetro iâmbico, utili-
zado também por Shakespeare e Marlowe. O poema The Legend of Good Women
é um dos primeiros a fazer isso em estrofes rimadas de duas linhas sucessivas, o
que, mais tarde, se tornaria a norma da poesia britânica. Porém, ele não inovou
apenas na métrica e no uso do vernáculo inglês em seus textos, porque sua obra
traz também uma inovação de gênero, quando ele adapta o épico para descrever
a vida de pessoas comuns, como faz nos contos de The Canterbury Tales.

Pentâmetro iâmbico é um tipo de métrica utilizada em poesia e drama, o qual


descreve o ritmo que as palavras estabelecem em cada verso. Mede-se esse ritmo em
pequenos grupos de sílabas, chamados de pé. A palavra “iâmbico” mostra o tipo de
pé utilizado, já a palavra pentâmetro indica que um verso tem cinco pés.

Contexto da obra de Chaucer


A época de Geoffrey Chaucer foi um período de muitas mudanças na Europa,
no qual a convulsão na igreja e o surgimento da classe média desafiavam a
antiga estrutura social, cujas tensões foram, primorosamente, retratadas em
The Canterbury Tales.

Igreja
Na época do autor, a Igreja Católica Romana, liderada pelo papa, era a única
autoridade cristã da Europa. Sua corrupção era crescente, desde a alta cúpula
Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde 9

representada por bispos até os padres que eram pagos para perdoar pecados (os
vendedores de indulgências), e entre outros excessos, surgiram novos líderes reli-
giosos e acadêmicos, como John Wycliffe (c. 1330–1384), para liderar e conduzir
a Reforma. Wycliffe traduziu a Bíblia do latim para o inglês e promoveu a ideia
de que os cristãos deveriam comungar diretamente com Deus, sem padres ou
intermediários. Ele também defendia que a salvação somente poderia ser obtida
pela piedade, e não ser comprada de um vendedor de indulgências. Essas ideias
enfureceram a Igreja Católica, e os seus líderes queimaram na fogueira muitos
seguidores de Wycliffe, que eram chamados de Lollards.
A Igreja não estava em conflito somente com as pessoas comuns, mas tam-
bém com a nobreza. Muitos dos melhores postos do governo eram destinados
aos clérigos, refletindo o seu poder em assuntos de estado, mas a nobreza se
ressentia dessa influência e, a partir disso, surgiram duas facções políticas:
pró-clero e anticlero. Chaucer, que devia seus cargos às suas conexões na
nobreza, pode ter tido uma predisposição às posições anticlero.
Apesar dos sentimentos anticlero, seus conterrâneos eram bastante de-
votos e faziam peregrinações ou viagens aos locais sagrados para expressar
sua devoção. Um dos destinos mais populares era a Catedral de Canterbury,
onde Thomas Becket (c. 1118–1170), o arcebispo santificado de Canterbury,
foi assassinado. Os peregrinos costumavam visita-la em busca de seus restos
mortais, pois acreditava-se, na época, que eles tinham propriedades milagrosas.

Mudanças na estrutura social


As três classes sociais tradicionais, chamadas de estados, ainda eram uma
parte importante da estrutura do final da Idade Média. O primeiro incluía as
pessoas que trabalhavam para a Igreja, o segundo era formado pela nobreza
e o terceiro, pelos camponeses.
Contudo, nesse período, começa a emergir a classe média, que era formada
por comerciantes, mercadores, proprietários de estabelecimentos, profissionais
do setor financeiro etc. Ela não se enquadrava facilmente na estrutura de três
estados e, com isso, ganha força a ideia de que, ao conquistar riqueza e educar-se,
seria possível subir na vida ou ter status social. Essa nova ordem era ameaçadora
para o antigo status quo, mas oferecia oportunidades para homens e mulheres
ambiciosos. As mudanças nessa estrutura se intensificaram com a peste negra
(1348–1349), a qual reduziu a população da Europa em dois terços e a oferta de
mão de obra, o que resultou em salários maiores para os trabalhadores hábeis.
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Público de Chaucer
Alguns autores consideram que é quase um milagre The Canterbury Tales
existir, uma vez que, na época, não haveria um público substancial para uma
obra como essa, em que o inglês ainda não era completamente aceito como
língua escrita, devido à dominação do latim e do francês entre a nobreza. O
texto impresso foi inventado somente algumas décadas depois da morte de
Chaucer, por isso, o único público dos manuscritos eram os grupos de amigos
que se reuniam para leituras de poesia. No caso de Chaucer, ele provavelmente
compartilhou alguns de seus contos oralmente com colegas servidores públicos
e acadêmicos.
Apesar disso, contra todas as probabilidades de que sua obra se perpetu-
asse, Chaucer começou a escrever The Canterbury Tales em um momento de
profundas mudanças e pode ter previsto as chances desses textos terem um
público maior no futuro. Uma dessas mudanças foi o uso do inglês medieval
como língua escrita, que é muito diferente do moderno, mas era o falado no
dia a dia pelas pessoas comuns da época e aquele que serviria de base para o
inglês atual. Antes do ano de 1380, o latim, a língua anglo-normanda (mistura
de dialetos anglo-saxões com francês normando) e o francês eram utilizados
na escrita, mas, a partir dessa data, as pessoas começaram a escrever na
língua em que falavam, e uma das consequências positivas foi o crescimento
das taxas de alfabetismo.
Ao escrever The Canterbury Tales em inglês da Idade Média, Chaucer
teve papel ativo nas mudanças da época e muitos estudiosos consideram-no
o pai da literatura britânica.

Seleção de leituras
O Prólogo, o Conto do Cavaleiro, o Conto do Padre da Freira, o Conto da Prioresa e o
Conto do Erudito são encontrados praticamente completos nos clássicos traduzidos
para o inglês moderno: é interessante comparar as versões originais dos manuscritos
com as novas mais atuais. Em português, pode-se encontrar uma versão não integral
dos contos, sob o título de Os Contos da Cantuária.
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The Canterbury Tales: perspectiva e narrador


The Canterbury Tales,escrito entre 1387 e 1400, começa sendo narrado em
primeira pessoa, uma vez que Chaucer, um dos peregrinos, às vezes conside-
rado um personagem distinto na história, e não o autor, relata a formação da
companhia de peregrinos, os quais, mais tarde, contarão suas histórias. Essa
perspectiva reaparece algumas vezes durante a estrutura narrativa do texto
que, além disso se configura como uma sátira.

Plano de The Canterbury Tales


Na Londres antiga, ao sul da London Bridge, existiu o albergue Tabard Inn
de Southwark, o qual se tornou famoso não apenas por meio dos contos de
Chaucer, mas também pelas peças de Shakespeare. Tratava-se do ponto de
partida de todas as viagens para o sul da Inglaterra, principalmente dos pere-
grinos medievais que desejavam visitar os restos mortais de Thomas Becket
em Canterbury.

Resumo da obra

Em uma noite de primavera, Chaucer dirige-se ao Tabard Inn, onde se encontra


com peregrinos e decide juntar-se a eles em uma jornada até a Catedral de
Canterbury — assim, começa a história que se desdobraria em diversos contos
contados pelos personagens da trama. A companhia de peregrinos representa
as classes da sociedade britânica da época, desde um acadêmico de Oxford
até um moleiro bêbado.
Durante o jantar, o jovial proprietário do albergue, Harry Bailey (Sir To-
pázio) sugere que, para fazer a viagem passar mais rápido, cada um dos pere-
grinos deve contar duas histórias na ida e duas na volta sobre qualquer tema.
O albergueiro viajará com o grupo e será o juiz do concurso de melhor
história, sendo que quem vencer ganhará um jantar especial na volta da em-
preitada, e os peregrinos concordam alegremente. Eles decidem sortear quem
deve começar a contação de histórias, e Knight (cavaleiro) é escolhido na sorte,
narrando uma história sobre os cavaleiros Palamon e Arcite. Os peregrinos
se revezam contando suas histórias, cada uma com um prólogo e um epílogo,
como ela surgiu e seu efeito no grupo. Há várias interrupções, e a narrativa é
muito rica, cheia de vida e movimento.
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Considerando que a companhia de peregrinos tinha 32 pessoas ao todo,


segundo William J. Long (2013), fica evidente que Chaucer pretendia criar 128
contos (quatro para cada) que retratassem a vida na Inglaterra da época, porém,
foram escritos apenas 24, com alguns incompletos e outros tirados de textos
anteriores do autor para preencher o plano geral de The Canterbury Tales. Mesmo
incompletos, eles compreendem uma grande variedade de temas, desde histórias
de amor e coragem dos cavaleiros até santos, lendas, viagens, fábulas de animais,
alegorias, sátiras e humor rude das pessoas comuns. Embora todos os contos, à
exceção de dois, sejam escritos em verso e com toques poéticos magistrais, eles
são tanto histórias como poemas, e Chaucer deve ser considerado o primeiro
contador de histórias curtas, bem como o primeiro poeta moderno da Inglaterra.
A obra termina com uma despedida cordial do poeta para seu leitor: “here taketh
the makere of this book his leve” — here the maker of this book takes his leave.

Prólogo
No famoso prólogo, o poeta familiariza seu leitor com os vários personagens
da trama. Até a sua época, a literatura popular se preocupava apenas com
deuses e heróis, sendo essencialmente romântica, portanto, nunca antes um
autor procurou retratar homens e mulheres reais, com virtudes e defeitos,
ou descrevê-los de modo que o leitor fosse capaz de reconhecê-los em seus
próprios vizinhos, amigos ou familiares, e não como heróis idealizados.
Chaucer não apenas se aventurou nessa nova tarefa realista, mas também
cumpriu tão bem o seu objetivo que esses personagens eram instantaneamente
reconhecidos como verdadeiros representantes da sociedade da época.

Quadro 1. Personagens

Personagem Descrição

Chaucer Chaucer é um peregrino na companhia e o narrador.

Harry Bailey Sir Topázio, também chamado de albergueiro,


é o dono do albergue Tabard Inn.

Knight O cavaleiro é um nobre peregrino que


retornara recentemente das Cruzadas.

Miller O moleiro é um sujeito rude que conta uma


história injuriosa sobre um carpinteiro.

(Continua)
Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde 13

(Continuação)

Quadro 1. Personagens

Personagem Descrição

Reeve O feitor mostra seu temperamento


quando se sente insultado.

The Wife A mulher de Bath é uma costureira da cidade de


of Bath Bath, que tem fortes opiniões sobre o casamento.

Pardoner O vendedor de indulgências vende indulgências


para a Igreja, mas tira um bom lucro para si.

Cook O cozinheiro viaja com vários membros da companhia,


incluindo um carpinteiro e um tecelão.

Man of Law O magistrado (sargento) é um advogado discreto


que parece mais ocupado do que realmente é.

Shipman O navegador é um homem alto que prefere


um conto empolgante a um sermão.

Prioress Madame Eglantyne, a prioresa, cuja elegância parece um


pouco falsa, é, no entanto, uma companhia divertida.

Monk O monge, um exímio caçador, prefere os


métodos modernos aos tradicionais.

Nun’s Priest Sir John, um padre encantador viajando com


uma freira, que conta uma fábula alegre.

Physician O médico ganha um bom dinheiro e segue uma


dieta rigorosa, mas negligencia a Bíblia.

Friar O frade, que tem muitos amigos e presta atenção sobretudo


às moças, não está acima de aceitar um suborno ou dois.

Summoner Um homem que traz pecadores diante da


igreja para julgamento, o beleguim usa sua
posição para extorquir os pobres.

Clerk O erudito é um estudante universitário que


prefere os livros às roupas finas e à comida.

Merchant O mercador se tornou rico e gosta de exibir suas


roupas finas e falar sobre seu dinheiro.

Squire O escudeiro é o filho do cavaleiro, um


nobre jovem e talentoso.

(Continua)
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(Continuação)

Quadro 1. Personagens

Personagem Descrição

Franklin O fazendeiro, um proprietário de terras, mas


não um membro da nobreza, vive por prazer,
principalmente os prazeres da comida e bebida.

Second Nun A outra freira, uma mulher piedosa e devota de Maria,


considera a ociosidade uma força destrutiva.

Canon O cônego, que se junta à companhia brevemente antes


de partir e deixar seu criado, é um alquimista inepto.

Yeoman da O criado do cônego se junta à companhia


Canon depois que seu empregador, um alquimista, o
abandona por revelar segredos profissionais.

Manciple O provedor, que é encarregado de comprar comida para


uma instituição, ganhou mais dinheiro do que homens
mais inteligentes por meio de investimentos astutos.

Parson O pároco, o membro mais devoto do grupo,


sempre coloca os outros em primeiro lugar e dá
de maneira altruísta aos pobres e sofredores.

Troilus and Criseyde: a versão


de Geoffrey Chaucer
Troilus and Criseyde é considerada uma das obras de maior influência, junta-
mente a The Canterbury Tales. Chaucer escreveu esse poema em rima real, que
consiste em estrofes de sete linhas em parâmetro iâmbico e foi empregada, mais
tarde, por poetas como William Shakespeare e William Wordsworth. Serviu
também de base para a estrofe spenseriana, introduzida por Edmund Spenser.
Chaucer escreveu Troilus and Criseyde em inglês da Idade Média por volta
de 1380. Suas obras tinham a capacidade de agradar tanto ao povo como à
nobreza, por isso, poemas como esse ganharam popularidade entre as diferentes
classes sociais da época. Embora a história tenha sido contada anteriormente
na França e na Itália, essa versão é um pouco menos cínica e misógina. Nos
séculos seguintes, muitos escritores se basearam nela, até mesmo Shakespeare,
que a adaptou para Troilus and Cressida.
Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde 15

A narrativa acontece durante o cerco à Troia, em que um adivinho troiano,


chamado Calchus, prevê sua queda, foge da cidade com medo e passa para
o lado dos gregos, abandonando a filha, Criseyde. Os troianos não aceitam
a traição e tratam Criseyde com o desprezo que sentem por seu pai e suas
ações. Ela, por sua vez, conhece Troilus, um guerreiro troiano que despreza o
deus Cupido (também conhecido como Eros), desdenhando o amor. Por isso,
o cupido decide punir Troilus, fazendo-o se apaixonar por Criseyde.
A época em que ele escreveu o poema, por volta de 1380, foi um período
de inquietação política, no qual tanto a Guerra dos Cem Anos como a Revolta
dos Camponeses estremeceram as estruturas do governo. Por isso, a decisão
de Chaucer de escrever sobre um amor cortês em um pano de fundo de uma
guerra infame não surpreende. Contudo, como muitos escritores britânicos
da Idade Média, ele achou melhor equilibrar a presença do paganismo, do
monoteísmo e de ideias modernas e antigas para a época.
Talvez seja por isso que Chaucer decidiu dedicar sua versão do Troilus
and Criseyde a um filósofo cuja moral ele prezava. De qualquer forma, uma
análise mais aprofundada desse poema possibilita ao leitor ter uma ideia dos
conceitos morais existentes no final do século XIV na Inglaterra.

Apesar de ser impossível compreender o conteúdo, você poderá ter uma noção
de como era o inglês medieval da época de Chaucer acessando o link a seguir, que
apresenta o texto original de Troilus and Criseyde.

https://goo.gl/WNsKMU

1. A vida e a obra de Chaucer pode ser sendo sua principal obra a


dividida em três fases. Quais são elas? tradução de Troilus and Criseyde.
a) A primeira fase é conhecida A segunda fase, conhecida
como fase italiana por seus como fase francesa, tem como
textos ainda sofrerem grande principal obra Romaunt of the
influência da literatura italiana, Rose, e Chaucer foi influenciado
16 Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde

pela literatura francesa devido Plowman, uma das mais famosas


às suas frequentes viagens da literatura de todos os tempos,
diplomáticas ao país. Já a e fecha, com chave de ouro, a
terceira fase conta com sua fase inglesa de seu trabalho.
obra-prima, The Canterbury d) A primeira fase é conhecida
Tales, uma das mais famosas da como fase francesa por seus
literatura de todos os tempos, textos ainda sofrerem grande
e fecha, com chave de ouro, a influência da literatura francesa,
fase inglesa de seu trabalho. sendo sua principal obra a
b) A primeira fase é conhecida tradução de Romaunt of the
como fase francesa por Rose. A segunda fase, conhecida
seus textos ainda sofrerem como fase germânica, tem
grande influência da literatura como principal obra The Ring,
francesa, sendo sua principal e Chaucer foi influenciado
obra a tradução de Romaunt pela literatura germânica
of the Rose. A segunda devido às suas frequentes
fase, conhecida como fase viagens diplomáticas ao país.
italiana, tem como principal Já a terceira fase conta com
obra Troilus and Criseyde, e sua obra-prima, The Canterbury
Chaucer foi influenciado Tales, uma das mais famosas da
pela literatura italiana devido literatura de todos os tempos,
às suas frequentes viagens e fecha, com chave de ouro, a
diplomáticas ao país. Já a fase inglesa de seu trabalho.
terceira fase conta com sua e) A primeira fase é conhecida
obra-prima, The Canterbury como fase latina por seus
Tales, uma das mais famosas da textos ainda sofrerem grande
literatura de todos os tempos, influência da literatura religiosa
e fecha, com chave de ouro, a escrita em latim, sendo sua
fase inglesa de seu trabalho. principal obra a tradução de
c) A primeira fase é conhecida Eternal Wisdom. A segunda
como fase francesa por fase, conhecida como fase
seus textos ainda sofrerem italiana, tem como principal
grande influência da literatura obra Troilus and Criseyde, e
francesa, sendo sua principal Chaucer foi influenciado
obra a tradução de Romaunt pela literatura italiana devido
of the Rose. A segunda fase, às suas frequentes viagens
conhecida como fase italiana, diplomáticas ao país. Já a
tem como principal obra Troilus terceira fase conta com sua
and Criseyde, e Chaucer foi obra-prima, The Canterbury
influenciado pela literatura Tales, uma das mais famosas da
italiana devido às suas literatura de todos os tempos,
frequentes viagens diplomáticas e fecha, com chave de ouro, a
ao país. Já a terceira fase conta fase inglesa de seu trabalho.
com sua obra-prima, Piers
Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde 17

2. Quem eram os escritores Travels of Sir John Mandeville,


conterrâneos de Chaucer e um memoir de suas viagens.
quais suas principais obras? e) William Langland com a possível
a) William Langland com a possível autoria de Piers Plowman;
autoria de Piers Plowman; John John Gower é lembrado,
Wycliffe foi responsável pela principalmente, por três
primeira tradução completa da obras: Mirour de l’Omme, Vox
Bíblia para o inglês; John Gower Clamantis e Confessio Amantis;
é lembrado, principalmente, por e Sir John Mandeville com The
três obras: Mirour de l’Omme, Travels of Sir John Mandeville,
Vox Clamantis e Confessio um memoir de suas viagens.
Amantis; e Shakespeare 3. Sobre Troilus and Criseyde,
com inúmeras obras, como diga se as afirmações a seguir
Otelo e Romeu e Julieta. são falsas ou verdadeiras.
b) William Langland com a possível I. O poema Troilus and Criseyde
autoria de Piers Plowman; John de Chaucer é uma adaptação
Wycliffe foi responsável pela de um clássico já existente.
primeira tradução completa da II. O poema Troilus and Criseyde trata
Bíblia para o inglês; Robert de de um amor possível entre nobres
Gretham escreveu seu conselho durante a Guerra dos Cem Anos.
sobre conduta moral, Mirur; e III. O poema Troilus and Criseyde
Sir John Mandeville com The descreve as pessoas comuns e
Travels of Sir John Mandeville, faz uma sátira social da época.
um memoir de suas viagens. IV. A versão do poema Troilus and
c) Sir Philip Sidney com The Criseyde de Chaucer é utilizada,
Defence of Poesie; John Wycliffe anos mais tarde, por Shakespeare.
foi responsável pela primeira V. A época em que Chaucer
tradução completa da Bíblia escreveu o poema era de calmaria
para o inglês; John Gower é política, religiosa e social.
lembrado, principalmente, por a) V, F, V, V, F.
três obras: Mirour de l’Omme, Vox b) F, F, F, V, V.
Clamantis e Confessio Amantis; c) V, F, F, V, F.
e Sir John Mandeville com The d) V, F, F, F, F.
Travels of Sir John Mandeville, e) V, F, F, V, V.
um memoir de suas viagens. 4. Qual a contribuição de Chaucer para
d) William Langland com a possível a literatura britânica medieval?
autoria de Piers Plowman; John a) Chaucer contribui para a
Wycliffe foi responsável pela expansão do vocabulário da
primeira tradução completa da língua inglesa medieval ao
Bíblia para o inglês; John Gower escrever em inglês, a língua
é lembrado, principalmente, por falada pelo povo, e inova no
três obras: Mirour de l’Omme, Vox gênero, quando adapta o épico
Clamantis e Confessio Amantis; para falar de pessoas comuns, e
e Sir John Mandeville com The não somente da igreja e nobreza.
18 Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde

O poeta ainda inova na métrica, igreja e nobreza. O poeta ainda


em que o verso clássico dá inova na métrica, em que a
lugar a uma nova forma, com aliteração é muito utilizada, o
linhas de cinco sílabas tônicas que, mais tarde, influenciaria a
que, mais tarde, influenciariam obra de William Shakespeare.
a obra de William Shakespeare. e) Chaucer contribui para a
b) Chaucer contribui para a expansão do vocabulário da
preservação do vocabulário língua inglesa medieval ao
francês (normando) ao escrever escrever em inglês, a língua
somente em francês, a língua falada pelo povo, e inova no
falada pelo povo, e inova no gênero, quando adapta o
gênero, quando adapta o épico épico para falar de pessoas
para falar de pessoas comuns, e comuns, e não somente da
não somente da igreja e nobreza. igreja e nobreza. O poeta
O poeta ainda inova na métrica, preserva a métrica e o verso
em que o verso clássico dá clássicos, seguindo a tradição
lugar a uma nova forma, com dos romances métricos.
linhas de cinco sílabas tônicas 5. Chaucer, em The Canterbury Tales,
que, mais tarde, influenciariam representa uma classe social
a obra de William Shakespeare. emergente, que não faz parte dos
c) Chaucer contribui para a três estados conhecidos da época:
expansão do vocabulário da igreja, nobreza e camponeses.
língua inglesa medieval ao Qual classe é essa e quais
escrever em inglês, a língua personagens a representam?
falada pelo povo, e inova no a) Em The Canterbury Tales,
gênero, quando adapta o épico Chaucer descreve uma classe
para falar de heróis e de religião, média emergente, formada por
exaltando a nobreza. O poeta nobres e pelo clero, patrões dos
ainda inova na métrica, em camponeses. O progresso da
que o verso clássico dá lugar época faz surgir muitas profissões
a uma nova forma, com linhas novas e, nos contos, alguns dos
de cinco sílabas tônicas que, personagens que representam
mais tarde, influenciariam a a classe média são o fazendeiro,
obra de William Shakespeare. o médico, o mercador, o
d) Chaucer contribui para a magistrado e o navegador.
expansão do vocabulário da b) Em The Canterbury Tales,
língua inglesa medieval ao Chaucer descreve uma classe
escrever em inglês, a língua média emergente, formada por
falada pelo povo, e inova no trabalhadores que não faziam
gênero, quando adapta o parte nem da nobreza, nem
épico para falar de pessoas do clero, mas tampouco eram
comuns, e não somente da camponeses. O progresso da
Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde 19

época resgata antigas profissões faziam parte nem da nobreza,


e, nos contos, alguns dos nem do clero, mas tampouco
personagens que representam eram camponeses. O progresso
a classe média são o fazendeiro, da época faz surgir muitas
o médico, o mercador, o profissões novas e, nos contos,
magistrado e o navegador. alguns dos personagens
c) Em The Canterbury Tales, que representam a classe
Chaucer descreve uma média são o cavaleiro e o
classe média emergente, vendedor de indulgências.
formada por trabalhadores e) Em The Canterbury Tales,
que não faziam parte nem da Chaucer descreve uma classe
nobreza, nem do clero, mas média emergente, formada
tampouco eram camponeses. por trabalhadores que não
O progresso da época resgata faziam parte nem da nobreza,
muitas profissões antigas nem do clero, mas tampouco
e, nos contos, alguns dos eram camponeses. O progresso
personagens que representam da época faz surgir muitas
a classe média são o fazendeiro, profissões novas e, nos contos,
o médico, o mercador, o alguns dos personagens
magistrado e o navegador. que representam a classe
d) Em The Canterbury Tales, média são o fazendeiro,
Chaucer descreve uma classe o médico, o mercador, o
média emergente, formada magistrado e o navegador.
por trabalhadores que não

LICHTIG, T. The Poet’s Tale: Chaucer and the Year that Made The Canterbury Tales by
Paul Strohm, review: ‘exacting but rewarding’. 14 jan. 2015. Disponível em: <https://
www.telegraph.co.uk/culture/books/bookreviews/11337463/The-Poets-Tale-Chaucer-
-and-the-Year-that-Made-The-Canterbury-Tales-by-Paul-Strohm.html>. Acesso em:
13 jun. 2018.
LONG, W. J. English Literature: its history and its significance for the life of the english-
-speaking world. London: Full Moon, 2013.
MYTH, C. Troilus and Criseyde. 2017. Disponível em: <https://chaucerianmyth.bandcamp.
com/album/troilus-and-criseyde>. Acesso em: 13 jun. 2018.
20 Geoffrey Chaucer: The Canterbury Tales e Troilus and Criseyde

Leituras recomendadas
CHAUCER, G. Contos da Cantuária. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
COOK, V. Web sites on spelling vocabulary […]. 2018. Disponível em: <www.viviancook.
uk/>. Acesso em: 13 jun. 2018.
COURSE HERO. The Canterbury Tales: Plot Summary. 2018. Disponível em: <https://www.
coursehero.com/lit/The-Canterbury-Tales/plot-summary/>. Acesso em: 13 jun. 2018.
PENTÂMETRO IÂMBICO. Wikipédia, 2014. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/
wiki/Pentâmetro_iâmbico>. Acesso em: 13 jun. 2018.
SPARKNOTES. Troilus and Cressida: William Shakespeare. 2018. Disponível em: <http://
www.sparknotes.com/shakespeare/troilus/summary/>. Acesso em: 13 jun. 2018
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da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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