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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP

FRANCIELLE AP. FLAUZINO FERREIRA

A Contemporaneidade da poesia na Literatura Inglesa

SÃO PAULO - SP

2018
FRANCIELLE AP. FLAUZINO FERREIRA

A Contemporaneidade da poesia na Literatura Inglesa

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Letras
da Universidade Paulista -UNIP,
como requisito para a aprovação
na matéria Culturas de Língua
Inglesa.

SÃO PAULO - SP

2018
Sumá rio
INTRODUÇÃO....................................................................................................3
1 DESENVOLVIMENTO..................................................................................4
CONCLUSÃO..................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................9
3

INTRODUÇÃO

No presente trabalho abordaremos um pouco da caminhada da poesia


inglesa contemporânea através dos séculos e de seus escritores
representantes que foram responsáveis pelo crescimento desse tipo de escrita
e pela influência que nos deixou até nos dias atuais. Passaremos pelos autores
e sua atuação no século V. Após esse período surge o Renascimento entre os
anos 1500 a 1600 d. C. que se inicia pela Itália e se espalha na Europa. Surge
após várias indas e vindas da poesia, a era Vitoriana que dura conforme o
reinado da rainha Vitória de 1837 a 1901, período em que surgiram as novelas.
Em seguida inicia-se o período do século XX em que os autores passam a
criticar seriamente os valores ocidentais, inclusive os horrores das grandes
guerras mundiais. Apresentamos alguns poemas e a conclusão, cujo teor será
entender como a poesia inglesa influenciou a literatura mundial.
4

1 DESENVOLVIMENTO

Nesse capítulo desenvolveremos o tema como a literatura inglesa


entrou para o cenário mundial e sua contribuição para o crescimento e
divulgação dessa língua no mundo a partir do século V através de um breve
histórico. Sem pretensão de aprofundar no assunto, pois não é uma pesquisa
empírica e sim, trazer à baila, alguns dos principais autores nos diversos
períodos históricos.

Todos os escritos produzidos na Inglaterra são considerados Literatura


Inglesa desde o século V, após os anglo-saxões introduzirem o antigo inglês
até hoje. Quando a Inglaterra foi invadida pelas tribos germânicas, nessa
época, trouxeram o inglês antigo, no qual se tornou a base do inglês moderno.
A poesia do inglês antigo era feita para ser cantada pelos trovadores, com suas
harpas. Um exemplo desse modelo de conto são os Salmos bíblicos. Eles eram
criados para serem cantados. Podemos inferir que, esse tipo de poesia inglesa,
tenha se espelhado nos salmos.

A prosa passa a ser representada por muitas obras religiosas em que


se destacam as traduções. Esse período é caracterizado por grandes
influências das literatura francesas tanto nas formas quanto nos temas.

1) RENASCIMENTO

A partir de 1500 – 1600 d.C., surge o período chamado de


Renascimento, o qual começa na Itália e vai se espalhando pela Europa, até
bater nas portas da Inglaterra na era Tudor1. Entre os principais autores dessa
época está Thomas More com algumas obras como: “A utopia, A agonia de
Cristo, Réplica” entre outros e, não menos importante, John Milton cuja
principal e mais famosa obra é “O paraíso perdido” que narra a decadência de

1
Os Tudor assumiram a coroa inglesa em 1485. Reinaram por 118 anos. Quem deu origem a isso foi
Henrique VII que teve como sucessores Henrique VIII, Eduardo VI, Mary I e Elizabeth I.
5

Lúcifer. O renascimento chega ao seu auge com as obras de William


Shakespeare, juntamente com Thomas Kyd e Christopher Marlowe.

Em 1911, a prosa chega com força na grande tradução da Bíblia,


chamada Bíblia do Rei Jaime, publicada em 1611. Essa foi considerada, em
dois séculos, como a melhor tradução desse livro.

2) ERA VITORIANA

Terminado esse tempo, segue-se a era da rainha Vitória, chamada Era


Vitoriana na literatura. O reinado dela durou de 1837 a 1901. Foi um período
marcado por transformações na sociedade, tema que aparece nas obras dos
principais poetas da época como Alfred Tennyson, Robert Browning, Matthew
Arnold, Algernon Charles Swinburne, Dante Gabriel Rosetti entre outros.

Nesse período surgem as novelas. Os autores queriam mais satisfazer


os gostos da classe média do que da aristocracias. Surge então o Realismo e
nele o autor muito conhecido, até hoje, Charles Dickens. Seguido por George
Elliot e as irmãs Brontë. Na segunda geração de romancistas destaca-se
George Bernard Shaw. Com suas famosas críticas sociais. Podemos ver sua
irreverência na seguinte frase “A life spent making mistakes is not only more
honorable, but more useful than a life spent doing nothing. (Shaw)” 2. Esse
autores citados se envolviam com política e estavam sempre prontos a criticar
a sociedade.

3) A POESIA NO SÉCULO XX

No século XX surge a literatura que passa a criticar, seriamente, os


valores da civilização ocidental. São representações dessa época escritores
jovens como Aldous Huxley, James Joyce e Virginia Woolf. Uma de suas obras
mais famosas foi o romance “The Voyage Out”, escrito entre 1906 e 1915, no
2
A vida passada cometendo erros não é apenas mais honrosa, mas mais útil do que uma vida
sem fazer nada.
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qual a autora satiriza a vida do Rei Eduardo. A obra tem personagens


inspirados em seus familiares e amigos, que conta a história de uma moça que
sai de uma vida de clausura no subúrbio e vai para a liberdade desafiando os
valores intelectuais da época.

Na literatura moderna encontramos como representante bastante


conhecida a autora Agatha Christie. Ela é considerada a maior escritora de sua
época. A vida de Agatha Christie foi marcada por superação, ela tinha todo um
diferencial para encarar os desafios, ela era ousada quando o assunto era
novas experiências, tornando-a maior do que sua obra. Ela era tão tímida, que
não sabia lidar com suas emoções, foi sempre uma mulher além do seu tempo,
pioneira, corajosa e ousada.

Podemos mencionar como exemplo, ela ter tido a coragem de praticar


o surf em pé na prancha aprendido no Havaí. Um escândalo para a época. Por
suas obras de mistérios, ela é conhecida como a “rainha do crime”.
Considerada pela crítica uma autora completa e de maior sucesso de teatro e
cinema.

Na literatura moderna e pós moderna destacam-se os escritores: John Fowles


(1926-2005). Fowles escreveu um romance intitulado “A mulher do tenente
francês” cujo teor presta uma homenagem à literatura do século XIX, essa
época marca a queda da modernidade nos dois grandes conflitos que
acarretaram o mundo fazendo um mal estar em toda a sociedade. O escritor
teve o interesse na forma e nos costumes dos ingleses nas chamadas
revoluções burguesas. O romancista deu maior atenção a burguesia. Seu livro
se envolve nos conflitos dessa classe.

Observem um trecho do romance The French Lieutenant’s Woman


(1982), Em seu capítulo XIII, a opinião pessoal do autor, subjetivamente.

I do not know. This story I am telling is all imagination. These


characters I created never existed outside my own mind. If I have
pretended until now to know my characters' minds and inner most
thoughts it is because I am writing in (just as I have assumed some of
the vocabulary and "voice" of) a convention universally accepted at
the time of my story: that the novelist stands next to God. He may not
know all, yet he tries to pretend that he does. But I live in the age of
7

Alain Robbe-Grillet and Roland Barthes: if this is a novel, it cannot be


in the modern sense of the word. (FLW, XIII, p.97)3

Também como representante, não menos importante, da literatura


inglesa na contemporaneidade, encontra-se T. S. Elliot (1888-1965). Nasceu
nos Estados Unidos, mas fixou-se na Inglaterra logo após o início da Primeira
Guerra Mundial, em 1914. Quando estava na faculdade, lanço um volume, não
muito grande, de versos. Algumas composições eram velhas sátiras. Após a
guerra, suas criações deram início ao Imaginismo4, precursor do modernismo
inglês na poesia. Apresentaremos um dos poemas famosos de Elliot, com
alusão ao frio, à melancolia do inverno, ao sofrimento das domésticas, quando
diz: “suas almas úmidas” se referindo ao seu estado interior.

MORNING AT THE WINDOW

They are ratting breakfast plates in basement kitchens


And along the trampled edges of the street
I am aware of the damp souls of housemaids
Sprouting despondently at the area gates
The brown waves of fog toss up to me
Twisted faces form the bottom of the street
And tear from a passer by with muddy skirts
Na aimless, smile that hovers in the air
And vanishes along the level of the roofs.5
CONCLUSÃO

3
Eu não sei. Esta história que estou contando é só imaginação. Essas personagens que criei
nunca existiram fora da minha mente. Se tenho fingido até agora conhecer as minhas
personagens e seus mais íntimos pensamentos é porque estou escrevendo segundo uma
convenção universalmente aceita no tempo da minha estória: a de que o novelista assemelha-
se a Deus. Ele pode não saber tudo, contudo finge que sabe. Mas eu vivo na época de Alain
Robbe-Grillet e Roland Barthes. Se isto é um romance, não o é no sentido moderno da palavra.
4
Corrente poética, surgida no início do século XX que trazia maior simplicidade expressiva por
meio de imagens concisas. Período de transição para o modernismo na literatura inglesa.
5
Manhã à Janela
Há um tinir de louças de café
Nas cozinhas que os porões abrigam,
E ao longo das bordas pisoteadas da rua
Penso nas almas úmida das domésticas
Brotando melancólicas nos portões das áreas de serviço.
As ondas castanhas da neblina me arremessam
Retorcidas faces do fundo da rua,
E arrancam de uma passante com saias enlameadas
Um sorriso sem destino que no ar vacila
E se dissipa rente ao nível dos telhados.
(Tradução: Ivan Junqueira)
8

A formação do romance e sua ascensão na Inglaterra no século XVIII


fez com que se criasse uma nova concepção de leitura de romances. A ideia
principal dessa época foi retratar a vida como ela realmente é, com seus
conflitos, dificuldades e contradições. Esse gênero se consolidou com o
fundamento principal a vida doméstica e privada de um homem comum. A
literatura inglesa se manifestou com mais força a partir do século XX, em que
iniciou uma nova fase, retratando as grandes guerras e como as pessoas
passaram a se portar após esses lastimáveis episódios.
Esse trabalho proporcionou aprendermos como a literatura inglesa teve
fortes influências socioculturais nos ambientes humanos. A realização nos
levou, de forma compromissada e objetiva, compreender as várias vertentes
que têm as literaturas, pois estão sempre ligadas à linguagem e comunicação
humanas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9

<https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/.../os-tudors-um-seculo-de-
poder.phtml.> Acesso em 05/05/2018

<http://odivadevirginia.blogspot.com.br/2012/03/george-bernard-shaw.html>
Acesso em 05/05/2018

<http://recantopoeticolettig3.blogspot.com.br/2012/04/literatura-inglesa.html>
Acesso em 06/05/2018

<https://www.revistabula.com/2229-virginia-woolf-tentou-curar-sua-loucura-pelo
suicídio> Acesso em 06/06/2018

<https://www.researchgate.net/publication/
280238848_O_seculo_XVIII_revisitado_Fowles_e_Saramago_entre_a_historia
_e_a_ficcao> Acesso em 06/05/2018

<http://tiooda.com.br/index.php/escritores/escritores-americanos/3613-t-s-eliot-
norte-americano-o-maior-poeta-contemporaneo-da-lingua-inglesa
http://notaterapia.com.br/2017/09/25/os-10-melhores-poemas-de-t-s-eliot/>
Acesso em 06/05/2018

<http://poemaseningles.blogspot.com.br/2005/12/ts-eliot-morning-at-
window.html> Acesso em 06/05/2018

<https://www.webartigos.com/artigos/ensino-de-literaturas-de-lingua-inglesa-
no-ensino-medio-por-que-nao/54663#ixzz5EjWY5gOZ> Acesso em 03/05/2018

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