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A
ESTRELA
FLAMEJANTE

07/2022
UNIÃO CATARINENSE
LEONARDO SCHMALZ TATIM

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A ESTRELA FLAMEJANTE

Visando elaborar um estudo mais completo foram feitas pesquisas diretas


em sites que abordam questões maçônicas, os quais ao final estão, devidamente,
relacionados e dos textos, do que se entendeu fora feita a tradução nas palavras deste.

São diversas as estrelas que adornam os mais variados Templos


Maçônicos, dentre elas com cinco, seis e sete pontas.

Uma das discussões é quanto a seu nome, Estrela Flamejante (devido aos
seus raios serem ondulantes) ou Flamígera, pesquisando no dicionário Dicionário
Priberam da Língua Portuguesa extraímos os seguintes significados:

 Flamejante (flamejar + ante) adjectivo de dois géneros 1. Que flameja 2. (Figurado)


ostentoso, vistoso, flamante.

 Flamígera (latim flamminger, -gera, –gerum) adjectivo (Linguagem poética) Que origina ou
traz consigo chamas.

Se trata do terceiro elemento em loja e, assim como seu nome, sua


disposição no Templo também é cercada por algumas discordâncias, todavia, em nossa
loja é disposta ao centro da Abóboda Celeste, simbolizando a Divindade. Todavia
podemos vê-la disposta sobre o dossel do Venerável, a porta de entrada ou sobre o altar
do Segundo Vigilante.

Enfim, outra contradição existente é quanto a sua disposição, como citado,


alguns a colocam no oriente a frente do trono, outros a configuram no interior do D.·.,
outros, acreditando ser ela de brilho intermediário (de luminosidade simbolicamente
situada entre a luz do sol e a luz próxima ou reflexa da lua) entendem que deva ser situada
no meio do teto do Templo, dependurada, ou pelo menos no meio-dia, onde à maneira
inglesa está o 2º Vigilante (norte); Outros no Ocidente ao lado do 2° Vigilante como as
Lojas do Rito Moderno. Todavia se entende que a melhor forma é dispor a Estrela
Homonial no meio do teto do Templo de maneira que o Iniciado possa contemplar o
Símbolo quando é chamado a fazê-lo.
Normalmente é feita de cristal, em alguns Templos ela é feita de ouro com
pontas alongadas e retorcidas representando raios flamígeros, em seu interior é iluminada
por uma luz artificial; Em seu centro é colocada a letra “G” que significa o Grande
Geômetra, Geração, Gênio, Geometria, Gravitação, Glória a Deus, Grandeza para o
Venerável ou à Loja, enfim, são diversas as teorias que tem sido registradas em muitos
Rituais Maçônicos na tentativa de se encontrar ligação entre estes hipotéticos significados
da letra “G”; em alguns casos podemos encontrar ao invés da letra “G” uma cobra que
morde a própria cauda simbolizando a inteligência suprema e eterna.

Pode, ainda, representar o próprio Sol ou o Fogo Sagrado, como reflexo


da Luz de Deus. Também chamada a Estrela de Davi, o que representa que até os mais
respeitáveis escritores maçons deixaram com que suas formações cristãs influenciassem
sobre este tema. Segundo estudo publicado no site “O ESQUADRO” este sita que “Nas
instruções originais de Thomas Webb, amplamente divulgadas nas Grandes Lojas
Americanas, a Estrela Flamígera é símbolo da estrela que guiou os sábios até o local de
nascimento de Jesus. Interpretação retirada quando da revisão das instruções, em 1843,
na Convenção de Baltimore. Albert Pike, não satisfeito, praticamente copiou essa
interpretação de Webb em seu famoso livro “Moral & Dogma”, em 1871. Importante
ressaltar que são afirmações sem qualquer embasamento histórico.”.

E continua o site: “Alguns autores brasileiros conseguiram ir mais além no


mundo da imaginação. Na teoria desses, multiplicada por trabalhos apresentados nas
Lojas, a Estrela Flamígera foi inventada por Pitágoras e nomeada por Agrippa, sendo
usada pela primeira vez em um ritual de 1737 na França. Essa teoria seria ótima, se não
houvesse vários pentagramas de origem mesopotâmica, babilônica, egípcia, registrados
em pedra e datados de, pelo menos, 3.000 a.C, ou seja, mais de dois milênios antes de
Pitágoras nascer. Outro fato que pesa contra essa teoria é o fato de Albert Mackey ter
registrado em uma de suas principais obras possuir um monitor de trabalhos maçônicos
datado de 1735 que consta a Estrela Flamígera como ornamento da Loja, o que contradiz
o pioneirismo francês.”

Os povos antigos acreditavam que os deuses habitavam as estrelas. Crença


esta presente no judaísmo, como se extrai do livro “Amós” (5:26), citando a crença ao
deus Moloch, que possuía uma estrela como símbolo. Os judeus adotaram tal crença por
influência dos egípcios, que adoravam Sírius que o tinham como um de seus mais
importantes deuses. Sírius também conhecida como “estrela cão” por ser a mais
importante da constelação “Cão Maior” é a estrela mais brilhante do céu e a ela os
egípcios construíram vários templos, tendo, inclusive, sido utilizada como base para o
calendário egípcio, influência esta, clara no livro “Atos” (7:43), que cita o tabernáculo de
Moloch e “a estrela do vosso deus Renfan (um dos nomes pelos quais os egípcios
chamavam Sirius).

Nos livros de “Reis I” e “Reis II”, consta que o Rei Salomão edificou um
altar em homenagem a Moloch. Citam vários estudos que Salomão teria agido por uma
influência feminina e ante sua idade avançada encontrava-se dividido entre sua sabedoria
e a beleza de suas mulheres e concubinas. Enfim, Salomão misturou assuntos da matéria
com assuntos do espírito, dualidade esta, entre matéria e espírito, que está diretamente
ligada à maçonaria simbólica, em que o material prevalece no grau de Aprendiz, mede
forças com o espiritual no Grau de Companheiro, e então o espiritual prevalece no grau
de Mestre.

Foi Cornélio Agrippa de Nettesheim (1486-1533) quem, a princípio, teria


criado seu sentido mágico alquímico e cabalístico e o seu aspecto flamejante. Dizia que
a magia permite a comunicação com o superior para dominar o plano inferior e para
conquistá-la se fazia necessário morrer para o mundo (iniciação).

A Estrela de Cinco Pontas ou Homonial, é também denominada com


impropriedade etimológica, Penta Grama (cinco letras ou sinais gráficos, cinco
princípios), Pentáculo (cinco cavidades) ou Pentalfa. Para os pitagóricos representava a
sabedoria (sophia) e o conhecimento (gnose) e assim, dispunham em seu interior a letra
gama, de gnosis.

Homonial, uma vez que designa o homem espiritual, o ser dotado de alma,
ou de fator de movimento e trabalho. Aquele como espírito ou fagulha interna que lhe
concedeu o G.·.A.·.D.·.U.·. . Sua ponta superior representa a cabeça (a mente que deve
acolher a sabedoria) e as demais pontas são os braços e as pernas. Ideia que entre os
maçons serve para lembrar que ele deve criar e trabalhar, isto é, inventar, planejar,
executar e realizar, com sabedoria e conhecimento. A falha é um dos fatores humanos
uma vez que o homem não é perfeito, mas o maçom busca chegar o mais próximo dela,
logo, seu dever é imitar, dentro de seus ínfimos poderes o G.·. A.·. D.·. U.·., o ser dos
seres. Aí está O principal segredo do Grau de C… .

Em numerologia, o número cinco do companheiro Maçom é composto


pela “soma” dos:

 Número Dois = representando dualidade, contraste e conflito, confrontando os dois


extremos de cada valor: bem / mal, certo / errado, céu / inferno, espiritualidade /
materialidade, sabedoria / ignorância, homem / mulher (o casal em sí) e etc.;
 Número Três= representa também “equilíbrio e estabilidade”
Nesta simbologia, o integrante conhece os seus principais símbolos, e destaca-se como
dos mais importantes a Estrela Flamejante.

Suas pontas ainda refletem os cinco sentidos que estabelecem a


comunicação ser espiritual com o mundo material, sendo eles a audição, o tato, a visão, o
olfato e o paladar, dos quais para os Maçons três servem a comunicação fraternal, uma
vez que é pelo tato que se reconhecem os toques, pela audição se percebem as palavras,
as senhas, os códigos ditos e pela visão se notam os sinais e os códigos escritos. Mas é
pelo paladar, que se reconhecem as bebidas amargas e doces, bem como o sal, o pão e o
vinho e, por fim, o olfato pelo qual se percebem as fragrâncias das flores e os aromas do
altar de perfumes.

Da mesma forma, suas cinco pontas representam o segundo Grau, e o


Espírito Animador do Universo, princípio de toda a sabedoria e poder gerador da
Natureza, bem como os Cinco Pontos da Perfeição, sendo eles a força, a beleza, a
sabedoria, a virtude e a caridade.

Na Maçonaria, seu surgimento, aparentemente a partir do ano de 1737,


data muito questionável (uma vez que segundo o autor Theobaldo Varolli Fº afirma que
a Estrela Flamejante, como símbolo maçónico, é de origem Pitagórica, e os seus sentidos
mágico, alquímico e cabalístico, além da denominação de Estrela Flamejante e de cinco
pontas, foi copiada por Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein, nascido em Colónia em
1486, e falecido em 1533 (ou seja, muito antes de 1737), um jurista, médico, teólogo e
professor, e estudioso, praticante e também dedicado a magia, alquimia e filosofia da
Cabala), não encontrou guarida em todos os Ritos, uma vez que os construtores medievais
conheciam a figura estelar apenas como desenho geométrico e não como símbolo de
interpretações ocultas introduzido na Maçonaria especulativa.

No Grau de Aprendiz, a estrela flamejante fica com sua luz apagada ante
o parco grau evolutivo e poder de luz deste, pois é o primeiro estágio do Maçom, sendo
ela exposta como um símbolo sendo iluminada apenas no Grau de Companheiro, quando
o integrante participa de um novo estágio evolutivo, denotando que o Maçom passa a
possuir Luz própria, e que também no momento passa a ser possuidor da capacidade de
irradiação.

No Segundo Grau o Maçom não trabalhará mais de forma insegura e


vacilante, uma vez que trilhou um bom período de intercorrência da aprendizagem.
Agora, fará uso da Filosofia e da Ciência das Coisas Materiais, traçando passos mais
firmes e seguros, baseados nos marcantes ensinamentos da Moral das virtudes adquiridas
no Grau anterior.

O Aprendiz dedicado aos estudos e trabalho, sempre guiado pelos seus


Mestres, a se Elevar na Escada de Jacob (símbolo da Evolução e Progresso na hierarquia
do simbolismo maçónico) atinge o Segundo Degrau, do Grau de Companheiro Maçom,
quando, novamente são utilizados os símbolos então conhecidos quando aprendiz, sendo
a esses conhecimentos acrescida nova simbologia, no intuito do crescimento constante e
para que possa o Companheiro caminhar com mais precisão do Ocidente ao Oriente na
direção da Luz.

https://www.maconaria.net/a-estrela-de-cinco-pontas/

https://www.freemason.pt/a-estrela-flamejante/

https://www.noesquadro.com.br/simbologia/estrela-flamigera/

https://madras.com.br/blog/wagner/caderno-de-estudos-gob-borda-festonada-estrela-
flamejante-corda-de-81-nos-e-as-colunas/

https://www.monografias.com/pt/docs/A-estrela-flam%C3%ADgera-FKTRUBTXH5

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