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O Ritual consagrou esses dois versículos das profecias de Amós, tendo, apenas,
em vista o instrumento de construção que é o PRUMO.
Não basta que o Oficiante proceda à leitura do Livro Sagrado, é necessário que
todos os presentes ouçam a sua voz e compreendam o significado da leitura.
Devemos distinguir prumo da trolha; cremos que o uso do vocábulo trolha foi
inadequado; trata-se de uma tradução imperfeita.
A abertura do Livro Sagrado faz surgir a “Egrégora”, esse “ser místico” que tem
vida enquanto dure a sessão da Loja; não há Grau que dispense essa abertura e a sua
leitura.
O Livro de Amós, o menor das Sagradas Escrituras, é formado de, apenas, nove
curtos capítulos e ocupa menos de seis páginas do Livro Sagrado.
LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Companheiro
É um Livro Profético.
Amós era um camponês nascido na cidade de Técua, distante cerca de doze milhas ao sul
de Belém, cidade onde nasceu Jesus Cristo. Foi profeta durante o reinado dos reis Ozias,
de Judá (781 – 740 A. C.), e Jeroboão II, de Israel (783 – 743 A. C). Amós é o mais
antigo profeta de Israel, e sua profecia era inspirada na teodiceia. Um Santo Homem cuja
descrição profética está carregada na tinta poética, com impressionante simplicidade: Ele
usa as imagens do contexto rural para denunciar a crueldade de Jeroboão II, assim como
a destruição e a ruína iminente de Israel.
A mensagem mais incisiva de Amós foi: “Corra o juízo com as águas, e a justiça
como ribeiro perene”.
AS VISÕES DE AMÓS
1ª Visão - A Praga dos Gafanhotos (Am 7, 1 – 3);
2ª Visão – A Devastação pelo Fogo (Am 7, 4 -6);
3ª Visão – O Prumo (Am 7, 7- 9);
4ª Visão – O Cesto de Frutos (Am 8, 1 - 3) e a Destruição de Israel (Am 9, 1 – 4);
5ª Visão – Restauração Espiritual de Israel (Am 9, 11 - 15).
Qual a mensagem velada nesta 1ª visão e qual a ligação com a primeira viagem
do Companheiro que se eleva?
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Companheiro
Os gafanhotos simbolizam:
• EGOÍSMO; AMBIÇÃO; PODER; DINHEIRO; POSIÇÃO SOCIAL.
A buscas dessas conquistas ilusórias podem nos escravizar e nos fazer esquecer das
conquistas espirituais e nos causar grandes decepções. Sabemos da importância do
‘TER’ no mundo capitalista, mas, sem o indispensável auxílio do ‘SER’ as conquistas
são efêmeras.
A 2ª VISÃO E A 2ª VIAGEM
A Segunda Visão trata do julgamento pelo fogo que consumiu o grande abismo,
as fontes de água subterrâneas, alcançando todas as pessoas e devastando também parte
das terras agrícolas ou as pessoas mais pobres de Israel.
Mais uma vez o profeta intercede junto ao Criador solicitando que Jacó (Israel)
fosse preservado e, novamente, Deus cede aos apelos de Amós.
Qual a mensagem velada nesta 2ª visão e qual a ligação com a segunda viagem?
Na segunda viagem o Companheiro porta uma régua, instrumento que nos ajuda
a traçar as linhas retas do caráter e o compasso com o qual delimitamos nossos sonhos.
Qual a leitura que fazemos hoje desta 2ª visão com a devastação pelo fogo?
A 3ª VISÃO E A 3ª VIAGEM
Quando no diálogo de Amós com Deus surge a Expressão. “Eis que eu porei o
prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele”. Ele anuncia que está
prestes a ocorrer um “Julgamento Severo” sobre todo Israel. Nas duas primeira visões o
profeta intercede junto ao Criador solicitando que o julgamento cessasse, nesta terceira
visão o profeta se cala em face da gravidade do julgamento.
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Companheiro
O PRUMO REPRESENTA:
• RETIDÃO DE JULGAMENTO;
• EQUIDADE;
• PESQUISA COM PROFUNDIDADE;
• EQUILÍBRIO.
As artes liberais nos auxiliam a discernir entre o bem e o mal, entre o profano e
o sagrado, entre o físico e o espiritual.
Qual a leitura que fazemos hoje desta 3ª visão com o julgamento pelo prumo?
A 4ª VISÃO E A 4ª VIAGEM
A Quarta Visão indica que o ‘Povo de Israel’ não será destruído, mas sim
igualado com a perda do bem sublime, ou seja, a perda da liberdade.
O profeta tem a antevisão do terremoto que vai arrasar o Reino do Norte e, mais
tarde, a invasão Babilônica e o consequente ingresso das elites no estado de cativeiro na
região da mesopotâmia.
Qual a mensagem velada nesta 4ª visão e qual a ligação com a quarta viagem?
Qual a leitura que fazemos hoje desta 4ª visão com a destruição e a perda da
liberdade?
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Companheiro
A 5ª VISÃO E A 5ª VIAGEM
Na Quinta Viagem o Companheiro nada porta nas mãos, apenas segura a ponta
de uma espada em seu peito sobre o coração, indicando, essa simbologia, um tempo
vindouro de restauração e esperança.
Qual a leitura que fazemos hoje desta 5ª visão com a reconstrução e o fim do
exílio?
RENASCER!
Como o Nostradamus dos séculos passados, a história do povo israelita
alicerçar-se nas curtas profecias de Amós.
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Companheiro
Certamente, Amós não chegara a “ver” a Jeová; apenas o ouvia, mas aquele
Prumo era bem visível.
O Senhor o colocara entre o povo de Israel, mas era, para ele, totalmente
invisível.
Somente Amós teve acesso a esse Prumo, que seria um dos instrumentos mais
preciosos de Deus e da humanidade.
Temos, portanto, sob o ponto de vista esotérico, a absoluta certeza de que, cerca
de oitocentos anos antes do nascimento de Jesus, já o seu espírito fora colocado em
Israel! E o povo não sabia; não acreditava nas palavras proféticas de Amós.
Amós, ao ver o Prumo, viu ao Filho, o Cristo; foi o primeiro dos homens a
contemplá-lo.
Por que o criador do Rito escolheu esse trecho bíblico para a leitura por ocasião
da abertura dos trabalhos?
Amós, nesse trecho faz referência, com essas palavras: “mostrou-me também,
isto, de que havia visto muito mais.
Para que fosse possível “ver” aquele Prumo, Amós necessitou usar de sua
“terceira visão”, os olhos do espírito, de seu mundo interior.
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LOJA DOUS DE DEZEMBRO – A Abertura do Livro da Lei no Grau de Companheiro
Nós podemos contemplar esse Muro, mas se não soubermos usar a “terceira
visão”, não enxergaremos o Prumo.
Somente depois que o Senhor “ouviu” Amós responder é que fez a promessa:
“Sei que eu porei o Prumo...”.
Esse Prumo não existia; foi um acréscimo que Israel recebeu, uma dádiva
preciosa.
A parte final da promessa é polêmica, pois afirma Deus que, posto o Prumo,
jamais passaria por ele.
Isto significa que em seu lugar, colocaria a Jesus o Cristo e a ele “entregaria”
Israel, pois, jamais retornaria àquele lugar para julgar o povo; Jesus veio e o povo o
julgou; Jesus retornará e julgará o povo; são situações distintas.
Filosoficamente, essa tarefa pertence aos companheiros, de modo que isso não
só os valoriza, como os torna “participantes” do grande plano divino.
Existe, contudo, outra interpretação; “jamais passarei por ele”, significa que a
entrega do Prumo seria definitiva e não mais seria retirado; não corresponderia,
necessariamente, à “ausência de Deus”, mas o Prumo seria o símbolo da Justiça.