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José Castellani
A estrela Polar, em torno da qual gira o firmamento, sempre foi considerada como o
primeiro motor, símbolo da proeminência; na China era o pilar solar, o entro do mundo.
Nesses caso, obrigatoriamente, a estrela deve ser composta por todos os metais e,
em sua consagração, deve-se soprar cinco vezes, uma em cada ponta, aspergindo água
lustral outras cinco vezes. Seca-se na fumaça dos cinco perfumes ---incenso, mirra, aloés,
enxofre e flor de cânfora --- soprando mais cinco vezes, pronunciando, a cada vez, um
dos nomes dos cinco gênios : Gabriel, Rafael, Anael, Samael e Orifiel (2). A seguir, a
estrela é colocada no chão, virando-se as pontas, sucessivamente, para o norte, o sul, o
leste e o oeste, pronunciando, ao mesmo tempo, em voz alta, as letras iôd, hé, va e hé ---
do nome hebraico de Deus --- e, em voz baixa, as letras aleph e tav (ou tau), primeira e
última do alfabeto hebraico (similares a alfa e omega). Depois disso, a estrela deve ser
colocada sobre o altar das invocações, sendo rezadas as preces dos silfos, das ondinas,
salamandras e gnomos (3) .
O nome de Estrela Flamejante, foi dado, à Estrela de Cinco Pontas, pelo teólogo,
médico e alquimista alemão, Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein, nascido em Colônia,
no final do século XV e que também se dedicava à magia, à alquimia e à cabala.
No âmbito maçônico ela tem sido mais associada às escolas pitagóricas (4). Mas
convém lembrar que Pitágoras também era dedicado à magia, não sendo estranha,
portanto, a adoção da estrela pentagonal como símbolo distintivo de sua comunidade.
Com a sua ponta única voltada para cima, nela se inscreve a figura de um homem --- daí
ser chamada de estrela hominal --- como símbolo das qualidades espirituais humanas; em
posição invertida, com a ponta isolada voltada para baixo, nela se inscreve a figura de um
homem, com a cabeça para baixo, ou a de uma cabeça de bode, representando, em
ambos os casos, os atributos da materialidade e da animalidade. Encontrada entre o
esquadro, que serve para medir a terra, e o compasso, que serve para medir o céu, a
estrela simboliza o homem regenerado, o Companheiro, em sua integridade.
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3. Silfo, do latim : sylfi, orum, é o ser macho sobrenatural, o qual, segundo crenças celtas e germânicas,
ocupava, no mundo invisível, posto intermediário entre o gnomo e a fada. Gnomo (neologismo criado pelo
alquimista Paracelso) é a designação dada aos seres sobrenaturais, os quais, segundo os cabalistas,
habitavam o interior da terra, guardando os seus tesouros e riquezas naturais. Ondina (do francês : ondine),
na mitologia germânica e nórdica, é o gênio do amor, o qual vive nas águas. Salamandra (do grego:
salamándra, pelo latim: salamandra), símbolo mitológico do fogo, é um animal fantástico, constituído de
energia ígnea, com a aparência aproximada de um lagarto, o qual vive em meio às chamas; na alquimia, é
um signo gráfico, representativo do elemento fogo. Na natureza, salamandra é o nome genérico de anfíbios
urodelos da família dos da família dos Salamandrídeos.
4. Pitágoras (Pythagoras, ou Puthagoras), nasceu em Samos e por volta de 513 a.C. , fixou-se em Crotona,
no sul da Itália, certamente para escapara da tirania de Polícrates, governante de Samos. Em Crotona, ele
fundou uma sociedade religiosa, a qual conseguiu grande influência política ; todavia, uma rebelião ocorrida
na região o forçou a se mudar para Metaponto, onde faleceu.
5. Meio-dia, substantivo masculino, designa a hora, ou o momento em que o Sol está no zênite --- a pino ---
e que divide o dia em duas partes iguais. Designa, também, o Sul, os países meridionais e a região sul de
um país. Assim, tanto é correta a referência, à Coluna, como do Sul quanto a referência como Coluna do
Meio-dia.