Você está na página 1de 2

SER LIVRE E DE BONS COSTUMES

Antonio José Rodrigues M.’.M.’. (1995)

Ser Livre não é privilégio algum. É apenas o anseio de buscarmos o início do


caminho, pois, existe vários caminhos.
A dificuldade de encontrarmos esses caminhos reside no fato de se nos apre-
sentar outros caminhos que servem para nos confundir e tumultuar o nosso desejo de cresci-
mento e desenvolvimento. Esses caminhos tem nome. Eles são; o Medo, a Dúvida, a Descren-
ça, a Ocupação, a Incerteza, a Insegurança e a Soberba. Cada um desses caminhos se apresen-
tam de muitas formas.
O Medo, por exemplo, pode se apresentar como o medo de enfrentar a novida-
de; o medo de assumir uma posição, o medo de encontrar o que se teme, o medo de enfrentar
a verdade.
A Dúvida por sua vez, pode acabar pôr nos deixar prudentes em excesso, faz
com que duvidemos sobre uma notícia recebida e, pior, faz com que duvidemos se vale a pena
realizar um ato de humildade, de tolerância, carinho ou de amor ao próximo.
Já a Descrença situa-se num campo minado porque o descrente já perdeu ou es-
tá prestes a perder a fé. A Ocupação aparece como uma grande desculpa. Uma grande parcela
de homens está sempre “ocupado”, não tem tempo para nada e fazem desta situação a sua
fuga. O complexo de superioridade impede que um homem vislumbre o benefício e a vanta-
gem de SER LIVRE.
A Incerteza identifica os fracos, que não sabem como se libertar dos entraves
da vida e vivem se lamentando. A Insegurança cresce cada vez mais no mundo, onde ninguém
está mais seguro de coisa alguma. O homem está sempre de sobreaviso, sempre vigilante e
custa a tomar uma decisão libertária.
A Soberba é outra característica negativa, que faz com que ninguém deseje e
aceite ser humilde. Esse comportamento afugenta a liberdade. Esses exemplos dos caminhos
nos dão uma idéia das dificuldades que o homem enfrenta no seu dia a dia.
Ser Livre não significa romper as cadeias da tradição, do sistema social ou da
conjuntura familiar; Ser Livre significa trilhar um caminho de satisfações puras e sadias que
possa conduzir à meta mais realista que é a FELICIDADE.
Ser Livre, no conceito do pensamento maçônico, é possuir o pensamento lim-
po, pronto a aceitar o que é bom e satisfatório. Ser Livre, portanto, passa a constituir um do
espiritual que pode ser nato ou cultivado. Ser Livre exige ser também de Bons Costumes.
Esses costumes, obviamente, deve Ter como característica principal serem
bons, porque não se aceitaria na MAÇONARIA, algo que não pautasse pôr uma moral aceita,
consagrada e já comprovada de ser adota. “BONS COSTUMES’, portanto, no sentido amplo
é o comportamento moral do indivíduo dentro da SOCIEDADE.
O bom comportamento faz parte da vida. Assim, os excessos num comporta-
mento, representam desvios de conduta. O habito pode ser considerado sinônimo de Costume.
A moral tem sido sempre o motivo da ordem, do prestigio, da credibilidade e, de certa forma,
da estabilidade.
A Moral não é nenhum freio, ou camisa de força, não entravando a liberdade,
porque tudo deve ser considerado como possuindo implicitamente o valor mora. É como a
vida onde tudo tem vida, inclusive a inanimadas.
A Maçonaria pode usar o direito natural do perdão, uma vez que seu membro
tenha comprovado Ter-se regenerado, arrependido e reabilitado. Em nossas LOJAS não
queremos apenas intelectuais, mas sim pessoas de bons hábitos, cuja escolaridade pode estar
no grau mínimo, desde que tenha disposição de somar conhecimentos, para ingressar em uma
filosofia de vida compatível com o ideal maçônico que é “AMAR O PRÓXIMO COMO A
SI MESMO”.
Ser “LIVRE E DE BONS COSTUMES”. Não são duas atitudes separadas
mas sim complementares. Ninguém poderá ser livre e de bons costumes se não tiver bons
costumes e ninguém terá bons costumes se não for Livre.
A MAÇONARIA é inflexível no exigir de seus membros, procedimentos rigo-
rosamente ajustados aos postulados maçônicos. É certo que a Loja Maçônica é uma escola de
aperfeiçoamento moral onde o homem vai aprimorando-se em benefício próprio e dos seme-
lhantes, desenvolvendo qualidade que o possibilitem ser cada vez mais útil a humanidade.
Para ser um bom Maçom, é preciso não confundir liberdade com abuso. É pre-
ciso ser leal, praticar a FRATERNIDADE, não se desviar do caminho da moral, fazer o bem
sem ver a quem, abominar o vício, e ser tolerante.
O bom Maçom, não se abate, jamais esmorece, não se revolta com as derrotas,
é nobre na vitória e é sereno se vencido. É amigo da família, não humilha os fracos, respeita a
opinião alheia, não odeia e não se deixa levar pela vaidade.
Em resumo o bom Maçom deve ser Livre e de Bons Costumes, crê em um ente
supremo, que denominamos “GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO”.
---------------------------------------------------------------------

Você também pode gostar