Você está na página 1de 17

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DE SAÚDE CASTELO,LDA

TRABALHO DE SAÚDE DA CRIANÇA

TRANTORNO ESPETRO AUTISTA


(TEA)

Classe:12º
Turma:T-17
Grupo:03
Curso: Enfermagem

O DOCENTE
_____________________

LUANDA,2022
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DE SAÚDE CASTELO,LDA

INTEGRANTE DO TRABALHO
Nº Nome do aluno Classificação
15 Isabel José
16 Joaquim Luwawa
17 João Mupinga
18 João Tomé
19 Joelson Abel
20 Jonilce Miranda
21 Júlia Paulo
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, pois sem ele nada seria possível.
Agradeço aos meus pais que me têm dado força para enfrentar um dia cada vez.
Agradeço ao professora Zelda Macedo e a todos os elementos que contribuíram directa
e indiretamente para a realização deste trabalho.
Muito obrigada.
EPÍGRAFE
Toda a ação humana, quer se torne positiva ou negativa, precisa de um motivação-Dalia
Lama
Lista de abreviaturas
DSM-diagnóstico e estatísticos de transtornos mentais.
CID-classificação Internacional de Doenças.
Índice

Introdução..........................................................................................................................7

Fundamentacão teórica......................................................................................................9

Conceito.............................................................................................................................9

Etiologia............................................................................................................................9

Fiopatologia.....................................................................................................................10

Sinais e sintomas.............................................................................................................11

Factores de risco..............................................................................................................12

Diagnóstico......................................................................................................................12

Tratamento.......................................................................................................................13

Cuidados de enfermagem................................................................................................14

Conclusão........................................................................................................................15

Referência bibliográficas.................................................................................................16

Anexos.............................................................................................................................17
INTRODUÇÃO
História do transtorno do espetro autista

O termo autismo foi criado em 1908 pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler para
descrever a fuga da realidade para um mundo interior observado em pacientes
esquizofrênicos.

O psiquiatra Leo Kanner usou o termo “autismo infantil precoce”, pois os


sintomas já eram evidentes na primeira infância, e observa que essas crianças
apresentavam maneirismos motores e aspectos não usuais na comunicação.

Outro fator importante da história do autismo se deu sob as constatações da


psiquiatra inglesa, Lorna Wing, que já na década de 1970, teria apontado o autismo
como um espectro de condições, que deveria ser analisado sob níveis diferentes, dado
que cada indivíduo apresentaria dificuldades específicas.

O TEA tem causas genéticas ou uma síndrome ocorrida durante o


desenvolvimento do feto, sendo ainda um enigma a ser desvendado, dificultando um
diagnóstico precoce.

Dessa maneira, o DSM-V aponta que o autismo pertence à categoria


denominada transtorno de neurodesenvolvimento, recebendo o nome de Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA). Assim, o transtorno é definido como um distúrbio do
desenvolvimento neurológico estando presente desde a infância do indivíduo,
apresentando déficit em duas áreas: sociocomunicativa e comportamental.

Epimiologia

Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem transtorno do
espectro autista. Estudos atuais demostraram que o autismo ocorre igualmente em
diferentes grupos raciais, étnicos e sociais, mas existem três grupos distintos que
apresentam um risco mais elevado de ocorrência de PEA: o sexo masculino, sendo cerca
de quatro vezes mais afetado que o sexo feminino, os irmãos de crianças com TEA,
sendo que as famílias com uma criança autista apresentam uma taxa recorrência 2 a 8%.

7
Fortes evidências levam a componentes genéticos. Pais de uma criança com
transtornos do espectro autista têm risco 50 a 100 vezes maior de ter outro filho com
transtorno do espectro do autismo.

A taxa de crianças com TEA aumentou de 5 para 72 casos por cada 10 000
crianças em todo o mundo principalmente na Europa. Parte deste aumento da
prevalência resulta de uma melhoria na educação dos sintomas, associada a uma maior
vigilância e a um diagnóstico mais preciso da doença.

8
FUNDAMENTACÃO TEÓRICA

Conceito
Transtorno do Espetro Autista (TEA) ou autimo vulgarmente chamado, é um
transtorno de desenvolvimento caracterizado pela dificuldade de comunicação e
interação social, e por comportamentos repetitivos e/ou restritos.

Os sintomas aparecem logo nos primeiros anos de vida. O TEA não tem cura, no
entanto, a realização de terapias auxilia no desenvolvimento do indivíduo.
As causas desse transtorno não são bem conhecidas, entretanto, acredita-se que estejam
ligadas a fatores genéticos e ambientais.

O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico que se carateriza,


principalmente, pelo comprometimento da habilidade de comunicação e interação
social, assim como por repetitivos.

Não obstante de serem as principais características apresentadas por esses


indivíduos elas são diversas, por isso o nome “espectro” e o símbolo do transtorno ser
um tão difícil de resolver, devido a sua complexidade e diversidade.

O TEA tem uma prevalência em indivíduos do sexo masculino. Os seus


sintomas, que podem variar de leves a severos, surgem desde os primeiros anos de vida.
Os indivíduos no espectro podem ter vida independente, entretanto, em alguns casos,
podem ser dependentes por toda a vida para a realização das atividades do dia a dia

Etiologia
Acredita-se que as principais causas do TEA são fatores genéticos e ambientais.
Sendo que a hereditariedade é a responsável por cerca de 81% dos casos. Dentre os
fatores ambientais, destaca-se que o uso de determinados medicamentos durante
a gestação.
É importante destacar que, durante a gestação, só devem ser utilizados
medicamentos prescritos pelo médico responsável.

9
Fiopatologia
Genética e hereditariedade

O TEA é causado por uma série de fatores genéticos e ambientais. Existem


evidências de que a genética do autista conta com genes herdados, com mutações
comuns e outras raras na população, compreendendo múltiplos modelos de herança.
Além dos fatores genéticos, questões como a idade dos pais no momento da concepção,
cuidados excessivos ou negligentes com a criança, uso de medicamentos durante o
período pré-natal, nascimento prematuro e o baixo peso do recém-nascido também
podem estar envolvidos.

Na maioria destas anomalias cromossómicas acontece de forma espontânea.Isto


significa que a mutação ocorre pela primeira vez na família como resultado de uma
alteração do ADN na célula germinativa ou no óvulo fertilizado.

Há genes envolvidos em vias biológicas fisiopatológicamente relevantes ou em


regiões cromossómicas de suscetibilidade, que estam associadas ao Autismo.

Existem então várias abordagens para identificar loci genéticos suscetíveis e/ou
genes candidatos:

1) Cariótipo e estudos citogenéticos: identificam anomalias cromossómicas


herdadas ou adquiridas de novo relacionadas com o Autismo. As metodologias baseadas
em CGC ou o método FISH permitem identificar alterações estruturais como deleções e
duplicações genéticas do ADN, que podem envolver um ou mais genes

Complicações pré, peri e neonatais foram descritas em crianças autistas,


podendo, juntamente com a predisposição genética, conduzir ao desenvolvimento desta
síndrome.

10
Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas do TEA surgem logo nos primeiros anos de vida e devem ser
relatados ao médico que faz o acompanhamento da criança. É importante destacar que
muitos adultos têm está patologia , mas nunca foram diagnosticados. Há alguns sinais
que podem servir de alerta tais como:

 Não manter contato visual por muito tempo;

 Não atender quando chamado pelo nome;

 Não se interessar por outras pessoas;

 Apresentar pouca ou nenhuma verbalização;

 Repetir frases ou palavras;

 Incômodo incomum com sons altos;

 Interesse restrito;

 Não apontar e não olhar quando apontamos algo;

 Ser muito preso a rotinas;

 Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;

 Alinhar objetos;

 Não brincar com brinquedos de forma convencional;

 Girar objetos sem uma função aparente.

É importante destacar que cerca de um terço das pessoas que apresentam o


transtorno não desenvolverá a fala. Além disso, um terço delas também apresenta algum
nível de deficiência intelectual. É importante destacar ainda que alguns indivíduos
são extremamente inteligentes, sendo insuperáveis em suas áreas de conhecimento.

11
Factores de risco

Os fatores genéticos não atuam sozinhos, uma vez que estes são influenciados por
fatores de risco ambientais, tais como:
-Hereditariedade
-Idade parental avançada no momento da concepção,
-Nascimento prematuro,
-Baixo peso ao nascer,
-Infecção materna na gestação por citomegalovírus e rubéola,
-Inflamação materna e ativação autoimune,
-Exposição na gravidez ao ácido valproico e ao etanol.

Diagnóstico
O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, realizado por meio de
observação direta do comportamento do paciente e de uma entrevista com os pais ou
cuidadores.

Os sintomas característicos dos transtornos do espectro do autismo (TEA) estão


sempre presentes antes dos 3 anos de idade, com um diagnóstico possível por volta dos
18 meses. Normalmente os pais começam a se preocupar entre os 12 e os 18 meses, na
medida em que a linguagem não se desenvolve.

Ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para autismo, mas


alguns exames, como:

 Cariótipo com pesquisa de X frágil


 Eletroencefalograma (EEG)
 Ressonância magnética nuclear (RNM).

Os dois manuais diagnósticos utilizados internacionalmente são o CID e o DSM.


Também existem algumas escalas padronizadas para o diagnóstico e rastreio de
autismo, mas elas somente devem ser utilizadas por profissionais treinados e
capacitados para isso.

12
Tratamento

Embora não exista cura para o autismo, existem tratamentos e medidas educativas
que permitem lidar melhor com esta situação, reduzindo os comportamentos mais
perturbadores e oferecendo maior autonomia..

Não existem medicamentos específicos, mas muitas vezes são usados


medicamentos antidepressivos ou antipsicóticos.

Existem ainda outras terapêuticas não medicamentosas bastante eficazes, como


abordagens comportamentais e educativas, que melhoram a qualidade de vida e o
prognóstico destas crianças.

As estratégias adotadas visam melhorar o condição funcional da criança,


envolvendo-a num programa de intervenção integrado que promova a comunicação, a
socialização e as habilidades comportamentais, adaptativas e académicas e que reduza
os comportamentos indesejados, como são os comportamentos agressivos e
estereotipados.

Assim sendo, as estratégias incluem a educação e suporte parental, sendo


crucial a informação adequada dos pais.. A educação especial nas escolas para as
crianças com mais de 3 anos também deve ser adotada para facilitar a aprendizagem.
Terapias comportamentais psicológicas.

13
Cuidados de enfermagem

Neste contexto o profissional enfermeiro tem papel importante frente a este


cuidado, uma vez que este profissional avalia e traça estratégias que possibilitem
minimizar impactos negativos do autismo a estas famílias.

É consenso na literatura selecionada que a assistência de Enfermagem é


fundamental no acompanhamento do paciente com TEA desde o diagnostico até o
tratamento. A relação entre o enfermeiro e paciente autista é muito importante, uma vez
que na maioria das vezes haverá a dificuldade de expressão oral do paciente, cabendo ao
enfermeiro o olhar cuidadoso, a escuta e prestação de assistência diferenciada.

O profissional de enfermagem no cuidado dos pacientes autistas devem conhecer


com afinco sobre o TEA, para acompanhar e auxiliar as famílias com algum membro
autista, dando assistência, com ênfase no bem-estar do portador, e esclarecendo dúvidas
pertinentes.

14
CONCLUSÃO

O autismo é um distúrbio global do neurodesenvolvimento cuja prevalência tem


vindo a aumentar nas últimas décadas e para o qual ainda não existe uma etiologia
concreta. É definido clinicamente por défices nas habilidades sociais e comunicativas e
por comportamentos restritos e repetidos. Esta sintomatologia desenvolve-se antes dos
3 anos de vida, altura em que são identificadas as primeiras manifestações e em que é
feito o diagnóstico.

O indivíduo TEA é considerado, por lei, como deficiente, assim, tem seus
direitos garantidos. No dia 2 de abril, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização do
Autismo.

15
Referência Bibliográficas

https://www.biologianet.com/doencas/autismo.htm#:~:text=contra%20os%20indiv
%C3%ADduos,dedicou%20%C3%A0%20import%C3%A2ncia

https://www.sanarmed.com/transtorno-do-espectro-autista2#:~:text=Apesar%20de
%20importantes,e%20ao%20etanol.

https://www.sanarmed.com/transtorno-do-espectro-autista-2

https://www.coren-ap.gov.br/o-profissional-de-enfermagem-no-cuidado-dos-pacientes-
autistas_2580.html#:~:text=O%20profissional%20de%20enfermagem%20no
%20cuidado%20dos%20pacientes%

https://www.uninter.com/noticias/o-papel-da-enfermagem-no-cuidado-de-criancas-do-
espectro-autista#:~:text=os%20pais%20e,consultas%20de%20puericultura

https://www.ama.org.br/site/autismo/diagnostico/#:~:text=diagn%C3%B3stico%20do
%20autismo,cari%C3%B3tipo%20com%20

16
Anexos

17

Você também pode gostar