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Com relação à natureza dos sintomas iniciais descritos pelos pais, o mais
citado é o atraso no desenvolvimento da linguagem e da comunicação. Por outro
lado, estudos mostram que os comprometimentos do desenvolvimento social
são os primeiros sintomas a aparecer, sendo reconhecidos apenas por uma pe-
quena parcela dos pais. No entanto, deve -se notar que os estudos retrospecti-
vos quase nunca especificam quais aspectos das áreas comprometidas pelo
transtorno pais podem reconhecer (ZANON E BOSA, 2014; CHAWARSKA ET
AL., 2007; CHAKRABARTI, 2009).
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de
TEA e o encaminhamento para intervenções comportamentais e suporte educa-
cional o mais cedo possível podem resultar em melhores resultados a longo
prazo. Em qualquer situação em que haja suspeita de TEA ou desenvolvimento
infantil atípico, é importante ressaltar que o tratamento com estimulação precoce
deve ser considerado independentemente do diagnóstico (BRASIL, 2022).
Os direitos das pessoas com autismo são garantidos pelas leis já citadas.
Em termos de educação, é possível perceber por essas leis que estudantes com
TEA conseguem obter auxílio para garantir a frequência escolar, transporte es-
colar, supervisão especializada e material didático especialmente adaptado
Apesar das leis vigentes sobre os direitos das pessoas com deficiência,
principalmente os referentes às crianças com TEA, é importante ressaltar que
elas ainda exigem dedicação para serem efetivadas. A maioria das decisões so-
bre educação no Brasil é tomada pelo MEC (Ministério da Educação), que então
delegou tais decisões aos estados e municípios, solicitando às instituições que
as colocassem em prática (MAIA; BEZERRA; PAIVA, 2015). É crucial que as
escolas façam mudanças estruturais para cumprir a instrução.
No campo da educação, cabe destacar que muitos alunos com TEA são
introduzidos apenas em sala de aula, o que não implica que sejam incluídos. É
óbvio que muitos professores estão se esforçando para ajudar uma criança au-
tista a se envolver socialmente e aprender com eficácia e qualidade. No entanto,
ainda são necessários esforços coletivos no sentido de incluir, de fata, as crian-
ças com TEA, compreendendo que a educação inclusiva se estende para fora
da sala de aula, um lugar de troca de conhecimentos onde os alunos aprendem
desenvolvendo habilidades e superando desafios na rotina escolar.
Referências
APA (American Psychiatric Association). Manual diagnóstico e estatístico de trans-
tornos mentais: DSM-5. Tradução de Maria I.C. Nascimento; Paulo H. Machado; Re-
gina M. Garcez; Régis Pizzato; Sandra M. Mallmann da Costa. Porto Alegre, ArtMed,
2014.