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A DIFICULDADE EM DIFERENCIAR O TEA LEVE DO TDAH


Aliny Moreira da Silva 1
Lucimara Cristina de Castro 2
1

RESUMO:

O devido trabalho tem como tema a dificuldade em diferenciar o TEA leve do TDAH
ressaltando a realidade pedagógica da escola e do ensino. É possível dizer que fica
muito difícil as vezes diferenciá-los e como os professores são importantíssimo
para que seja feita esta diferenciação e assim melhorando a vida dos alunos levando
matérias diferenciados para que os mesmos possam aprender de forma mais
prazerosa, concreta e, consequentemente, mais significativa, culminando em uma
educação de qualidade, como também é feita através de avaliações concreto a
descoberta destes transtornos,características,diagnósticos O autismo e o TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) são distúrbios
neurocomportamentais, geralmente de origem genética. Existem pessoas com
autismo, existem pessoas com TDAH e existem ainda casos dos dois diagnósticos
associados, objetivo é que ao lerem o artigos as pessoas possam melhor
compreender estas diferenças e com isso melhorar a vida das crianças.

Palavras-Chave: autismo leve-TDAH- e suas diferenças.

SUMMARY
Due work has as its theme the difficulty in differentiating mild TEA from ADHD,
highlighting the pedagogical reality of school and teaching. It is possible to say that it
is very difficult sometimes to differentiate them and as teachers are very important for
this differentiation to be made and thus improving the lives of students by taking
differentiated subjects so that they can learn in a more pleasant, concrete and,
consequently, more significant, culminating in quality education, as well as through
the discovery of these disorders, characteristics, diagnoses, autism and ADHD
(Attention Deficit Hyperactivity Disorder) are neurobehavioral disorders, usually of
genetic origin. There are people with autism, there are people with ADHD and there
are still cases of the two associated diagnoses, the goal is that when reading the

1
article people can better understand these differences and thereby improve children's
lives.

Keywords: autismo leve-TDAH- e suas diferenças.

1 .0 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa básica bibliográfica, elaborada


a partir de estudo constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e artigos
publicados, o tema a dificuldade em diferenciar o TEA leve do TDAH é de grande
relevância e de extrema importância, para que se tenha uma diferenciação clara dos
transtornos, a pesquisa tem o intuito de mostrar, como estão sendo feitos os
diagnósticos de TEA leve e de TDAH, pois à uma grande confusão na hora de dar o
diagnóstico desses dois transtornos, o que dificulta assim, o trabalho a ser
desenvolvido em sala de aula, e os encaminhamentos adequados a serem feitos.
Pois quando nos deparamos com um diagnóstico errado, os danos podem ser
críticos, e como os dois transtornos tem características semelhantes, podem sim ser
confundidos, e da mesma forma serem medicados e tratados de uma maneira
inadequada.
O presente trabalho justifica-se, por meio da compreensão e diferenciação, do
diagnóstico de TEA leve e TDAH, que por sua vez, vem confundindo-se os dois
diagnósticos, prejudicando o tratamento individual de cada transtorno. Tendo
observados alguns casos de crianças que foram diagnosticadas com TDAH, sendo
que era TEA leve, surgiu o interesse em pesquisar mais sobre o tema, para poder
entender, qual a maior dificuldade em se dar um diagnóstico preciso. Desta forma
partiremos dos seguintes objetivos: conhecer como se dá o diagnóstico TEA leve;
identificar como o TDAH é diagnosticado; comparar as características do TEA leve e
do TDAH; interpretar porque o TEA leve é confundido com o TDAH, implicando nas
consequências que o diagnóstico errado pode causar.
A metodologia aplicada será por meio de levantamentos bibliográficos de
autores que falam sobre o tema proposto, onde buscou-se adquirir informações e
explicações, para sanas as dúvidas que surgiram diante da escolha do tema, para a
realização da pesquisa, em questão onde foi utilizado como metodologia o enfoque
qualitativo e descritivo, através da pesquisa bibliográfica para a fundamentação
teórica. Para Gil (1991), um bom pesquisador precisa, além do conhecimento do
assunto ter curiosidade, criatividade, integridade intelectual e sensibilidade social.
São igualmente importantes a humildade para ter atitude autocorretiva, a imaginação
disciplinadora, a perseverança, a paciência e a confiança na experiência.

2.0 DESENVOLVIMENTO
2.1 COMO SE DÁ O DIAGNÓSTICO DE TEA LEVE

O transtorno do espectro autista (TEA) é um diagnóstico prevalente no


contexto infanto-juvenil. Ele afeta diversos aspectos da cognição e apresenta
manifestações comportamentais significativas, também se mostra relevante,
entender os critérios diagnósticos e a variabilidade dentro do fenótipo. Os critérios
passaram por mudanças ao longo dos anos. Por algum tempo foram agrupadas
características comuns em subgrupos de diagnósticos. Atualmente, o diagnóstico é
único, com variabilidade no espectro, independente destas mudanças, existem perfis
diferentes incluídos no mesmo diagnóstico, com influências de variáveis como déficit
intelectual (DI) (CONSTANTINO & CHARMAN, 2016).
Todos estes aspectos podem causar conflitos no diagnóstico, primeiramente
assim que os professores percebem que o aluno está com algum tipo de dificuldade,
pois o TEA leve é mais percebido na fase de alfabetização, os professores e equipe
pedagógica deve –se. Colher informações sobre o comportamento social e como se
comunica socialmente a criança, além de verificar se ela apresenta atitudes e
intenções repetitivas e fora do contexto, é essencial! Nessa entrevista, é importante
que quem a conduz conheça os sinais e sintomas de Autismo e seus aspectos
clínicos mais sugestivos. Muitas vezes, os pais não sabem relatar direito ou não se
lembram ou ainda querem verificar mais.
Muitas vezes, na entrevista, as informações são frágeis e pouco definidas.
Neste caso, pode-se investigar observando diretamente a criança por meio de
vídeos e fotos em plena atividade compartilhada com os amiguinhos ou com a
família; ou o profissional pode também visitar a escola para ver a criança
diretamente em ambiente social e lúdico, sempre com autorização dos familiares.
A visão e a análise de profissionais que lidam com crianças podem ser
decisivos para um maior e mais amplo esclarecimento acerca de seu
comportamento. O uso de escalas de avaliações confiáveis e desenvolvidas a partir
de muitas pesquisas e sistematizações são úteis, pois dão maior objetividade à
observação e nos faz lembrar do que deve ser perguntado e observado sem correr
risco de esquecer detalhes ou se perder durante a entrevista. Além disso, ajudam a
demarcar melhor os sintomas mais severos e que precisam de maior intervenção.
Quem avalia ou trabalha com estas crianças, deve conhecer pelo menos as
escalas de triagem, como o ATA (Escala de Traços Autísticos) ou o M-CHAT
(Modified-Checklist Autism in Toddlers), ambas já traduzidas para nossa língua,
verificar se na família existem casos de Autismo ou de outros transtornos de
desenvolvimento ou neuropsiquiátricos, pois está consolidada na literatura científica
a evidência de que existem estreitas associações entre estas condições. As idades
materna e paterna acima de 40 anos também se correlacionam com risco maior de
ter filhos com TEA. Além disto, neste histórico, pode-se também averiguar suas
condições de parto, peso ao nascer e se houveram problemas significativos naquele
momento, como prematuridade e baixo peso. A Avaliação pela M-CHAT é
obrigatória em atendimentos pelo SUS.
A escala classifica as crianças avaliadas em três níveis:

Baixo Risco | Pontuação de 0 a 2


Há pouca chance de desenvolvimento de TEA, e não é necessária nenhuma
outra medida. No caso da criança ter menos de 24 meses, é preciso repetir a
aplicação do teste.

Risco Moderado | Pontuação de 3 a 7


Neste cenário, é importante que os pais participem da Entrevista de
Seguimento (segunda etapa do M-CHAT-R/F), que vai reunir informações adicionais
sobre indícios do distúrbio. Se nesta etapa, o resultado for igual ou maior que 2, é
um caso positivo e a criança deve ser encaminhada para um especialista. Se a
soma das respostas ficar entre 0 e 1, é um resultado negativo para TEA, mas a
criança deve fazer o teste novamente nas próximas consultas de rotina.

Alto Risco | Pontuação de 8 a 20


Com este resultado, não é necessário fazer a Entrevista de Seguimento. Os
pais devem marcar uma consulta com especialistas para a confirmação do
diagnóstico e a avaliação do tratamento personalizado.
Está a avaliação pela M-CHAT é obrigatória para crianças em consultas pediátricas
de acompanhamento realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a lei
13.438/17. Sendo assim devem ser orientados pedir quando necessário.

2.2 COMO O TDAH É DIAGNOSTICADO


Segundo Graeff e Vaz (2008) o TDAH é um transtorno cerebral que faz com
que o sujeito não consiga se controlar, ou se concentrar, fazendo com o mesmo
apresente uma certa inquietação, irritabilidade, e que não consiga realizar suas
atividades com êxito. A principal característica do TDAH é a desatenção,
hiperatividade, e a impulsividade, segundo a patologia, esses são os sinais mais
explícitos desse transtorno. As crianças que são diagnosticadas com esse
transtorno, se mostram desinteressadas, desatentas e preguiçosas na vida escolar,
um tanto quanto bagunceiras, mantê-las concentradas é uma batalha diária,
principalmente para os professores, que necessitam de uma concentração maior,
para que a aprendizagem seja concretizada.
De acordo com Graeff e Vaz (2008) o sujeito com diagnóstico de TDAH, tem
uma dificuldade em organização, em cumprir com uma rotina, se cansa fácil das
atividades que são propostas em sala de aula, na maioria dos casos apresenta
dificuldade em se relacionar com os colegas de sala, isso acontece, devido a sua
inquietação e irritabilidade, os primeiros sinais são notados já na pré-escola, aonde a
criança não se dedica para fazer suas atividades, briga o tempo todo com os
colegas, e cabe ao professor e a equipe pedagógica direcionar a criança, para que
seja feito um diagnóstico preciso por meio do neurologista, único profissional que
pode dizer se é ou não TDAH, e por meio desse, medicar a criança, de acordo com
sua necessidade.
Quando se tem a suspeita desse transtorno deve-se encaminhar diretamente
para uma avaliação minuciosa, para que não corra o risco de se ter um diagnóstico
errado.
Nos dias de hoje, uma grande parte dos profissionais clínicos acredita que o
TDAH está calcado sobre 3 problemas primários: a dificuldade em manter a
atenção, o controle ou inibição de impulsos e a atividade excessiva.
Épossível identificar sintomas adicionais, como dificuldade para seguir
regras e instruções e variabilidade em suas reações frente às mais variadas
situações (Barkley, 2002). A patologia foi caracterizada no DSM-ivTR (2002)
por sintomas agrupados em 3 clusters: Desatenção, Hiperatividade e
impulsividade.(GRAEFF E VAZ 2008, p. 343)

Com o avanço da medicina, pode-se ter um conhecimento mais amplo dos


transtornos de aprendizagem, mas durante muito tempo, tinha-se diagnóstico
errado, não que nos dias atuais ainda não aconteça, porém com menos frequência,
o que ocasionava vários danos as crianças, pois eram tratadas de um modo
inadequado, e o hoje, com essa evolução do conhecimento, todos tem o direito de
uma educação inclusiva.
Graeff e Vaz (2008) fala que o TDAH é diagnósticado por meio de 3
características específicas, que são: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Ele
pode se dar de três formas também, a criança pode ser somente desatenta, sem ter
problemas de comportamento, pode ser somente Hiperativa e impulsiva, porém
consegue realizar as atividades, como também pode ser desatenta, hiperativa e
impulsiva ao mesmo tempo, quando apresenta esses fatores, a maioria dos casos
se controla com uso de metilfenidato, mais conhecido como Ritalina.
Os autores Graeff e Vaz (2008) destacam a importância de cada
característica do TDAH, falam sobre como é cada uma e qual a importância de
identificar e diferencia-las na hora do diagnóstico preciso. A hiperatividade é a
agitação que a criança apresenta, deixando de ser leves espasmos, tornando a
muito agitada e agressiva em alguns caso, como se a mesmas nunca cansasse, e
esgotasse suas energias, fazendo com que ela tenha mais dificuldade em se
concentrar na sala de aula. A impulsividade ela é um fator que além de interferi no
social do sujeito, pode causar riscos físicos, pois a criança não tem noção do perigo
que pode estra correndo, e agir na impulsividade, se jogando na frente de um carro
por exemplo, na maior inocência, pois a impulsividade não deixa a criança pensar no
perigo.
2.3 CARACTERÍSTICAS DO TEA LEVE E DO TDAH.

Constantino & Charman (2016) Assim falando sobre o TEA leve, e as


características dos TDAH iremos mostrar as diferenças que muitas vezes são
confundidas, e assim dificultando os profissionais da saúde, pais, professores, para
findar um diagnóstico exato. O autismo leve (TEA), não é um diagnóstico correto
utilizado na medicina, no entanto, é uma expressão bastante popular, mesmo entre
os profissionais de saúde, para se referir a uma pessoa com alterações do espectro
do autismo, mas que consegue fazer quase todas as atividades diárias como ter
uma conversa normal, ler, escrever e ter outros cuidados básicos de forma
independente, como comer ou se vestir, podendo ser observados pelos familiares,
amigos ou professores.

Os sintomas característicos do autismo leve podem abranger uma destas 3


áreas:

1. Problemas na comunicação
Um dos sinais que pode indicar que a criança tem autismo é ter problemas
em se comunicar com outras pessoas, como não conseguir falar
corretamente, dar uso indevido às palavras ou não saber se expressar
utilizando palavras.

2. Dificuldades na socialização
Outro sinal muito característico do autismo é a existência de dificuldades para
socializar com outras pessoas, como dificuldade para fazer amigos, para
iniciar ou manter uma conversa ou mesmo olhar as outras pessoas nos olhos.
3. Alterações de comportamento
As crianças com autismo têm muitas vezes desvios ao comportamento que
seria esperado de uma criança dita como normal, aquelas que se
desenvolvem de modo esperado, como ter um padrão repetitivo de
movimentos e fixação por objetos.

Em suma, algumas das características do TEA que podem ajudar no seu


diagnóstico são:
Relacionamento interpessoal afetado;

 Riso inapropriado;
 Não olhar nos olhos;
 Frieza emocional;
 Poucas demonstrações de dor;
 Gostar de brincar sempre com o mesmo brinquedo ou objeto;
 Dificuldade em focar-se numa tarefa simples e concretizá-la;
 Preferência por ficar só do que brincar com outras crianças;
 Não ter, aparentemente, medo de situações perigosas;
 Ficar repetindo palavras ou frase em locais inapropriados;
 Não responder quando é chamado pelo nome como se fosse surdo;
 Acessos de raiva;
 Dificuldade em expressar seus sentimentos com fala ou gestos.

Os autistas leves geralmente são muito inteligentes e extremamente sensíveis


a mudanças inesperadas.

Já o TDAH, também é transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que


aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida e
se caracteriza por sintomas de desatenção, inquieto e impulsividade muitas vezes
podendo mascara o autismo leve.

Existem 3 tipos de TDAH, cada um com um padrão persistente de sintomas


de desatenção, hiperatividade e impulsividade ou uma combinação dessas duas
características. Entenda melhor sobre as características e sintomas de cada um dos
tipos:

TDAH tipo desatento

 Têm dificuldade para manter a concentração durante muito tempo em um


assunto específico, serem facilmente distraído por estímulos externos;
 Erram muito por falta de atenção no que estão fazendo;
 Evitam atividades que demandam um grande esforço mental;
 Frequentemente esquecem o que iam falar;
 Têm dificuldade em se organizar com o planejamento de tempo e com objetos
– hábito de perder coisas importantes para o dia a dia;
 Não ouvem quando o chamam, podendo ser considerados desinteressados
ou egoístas.

TDAH tipo hiperativo/impulsivo

 São inquietos, não conseguem ficar parados. Têm mania de mexer mãos e
pés quando estão sentados e não conseguem ficar sentados em um lugar por
muito tempo;
 Têm tendência a vícios: jogos, álcool, drogas e outros;
 Não sabem lidar bem com frustrações;
 Costumam ter um temperamento explosivo;
 Frequentemente, mudam seus planos de uma hora para a outra;
 Fazem mais de uma atividade ao mesmo tempo, não gostam de tédio;
 São, muitas vezes, considerados imaturos;
 Muitas vezes têm dificuldade em se expressar: a fala não acompanha a
velocidade de seus pensamentos.

TDAH tipo combinado

Segundo Constantino & Charman (2016) para identificar um caso de


Transtorno de Déficit de Atenção do tipo combinado, é necessário que a pessoa
apresente uma combinação dos dois tipos acima, com sintomas de desatenção e
hiperatividade. É importante ressaltar que, em todos os casos, é necessário
perceber claramente que esses sintomas estão interferindo o funcionamento social,
acadêmico ou profissional da pessoa, para realizar um diagnóstico correto.

2.4 TEA LEVE CONFUNDIDO COM O TDAH IMPLICANDO NAS


CONSEQUÊNCIAS QUE O DIAGNÓSTICO ERRADO PODE CAUSAR
Segundo Constantino & Charman (2016) estudos o histórico familiar
corresponde por uma boa parcela desses casos, inclusive aqueles que envolvem
gêmeos. No entanto, outras relações entre parentes podem exercer influência. O
estudo mostra que essa ligação entre o TDAH e o TEA compartilha uma mesma
herança ou origem, comprovando a sua morbidade ou coexistência. Também se
mostra relevante, entender os critérios diagnósticos e a variabilidade dentro do
fenótipo. Os critérios passaram por mudanças ao longo dos anos. Por algum tempo
foram agrupadas características comuns em subgrupos de diagnósticos.
Atualmente, o diagnóstico é único, com variabilidade no espectro. Independente
destas mudanças, existem perfis diferentes incluídos no mesmo diagnóstico, com
influências de variáveis como déficit intelectual.

Para Larroca e Martins (2012)Todos estes aspectos podem causar conflitos no


diagnóstico. De acordo com o levantamento, “essas descobertas aumentam a
possibilidade de que algumas crianças com TDAH possam manifestar sintomas de
autismo mesmo na ausência de um transtorno pleno. No autismo, há, normalmente,
uma dificuldade para utilizar a linguagem, enquanto no TDAH não necessariamente
existe problema para se comunicar através da fala.

O autista pode ter um déficit para compreender a comunicação não literal,


como as expressões faciais, gírias e gestos muitas vezes taxados na sala de aula
como o esquisito sofrendo muito com isso. Por outro lado, quem tem TDAH, apesar
de se distrair com facilidade, consegue compreender o que os interlocutores falam
sem grandes obstáculos.

A capacidade interpretativa das pessoas com TDAH, geralmente, é maior do


que o poder de interpretação do autista. Semelhantemente, costumam ser mais
impulsivos e agitados do que quem tem TEA. (CONSTANTINO & CHARMAN, 2016)

4 .0 COSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar o presente artigo, observou-se que existe uma consistência de
teoria da mente na diferenciação entre TEA leve e TDAH, o que pode ser
considerado como um marcador cognitivo. Entretanto, há na literatura dados
relevantes sobre o impacto de funções executivas, que não foi observado de forma
consistente neste estudo. Ressalta-se que todas as tarefas produzidas eram de
origem e método de apresentação visual, que reduz a demanda de memória de
trabalho e controle, uma das importâncias deste artigo é que seja feito o diagnóstico
o mais rápido possível para ajudar no desenvolvimento, pois para que 50% dos
indivíduos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam
sintomas relacionados com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH).
As semelhanças entre os dois transtornos confundem muito a família,
professores e até especialistas, mas, embora realmente existem semelhanças, TEA
e TDAH possuem diferença, e é preciso estar preparado para entende-los.
A importância de saber distingui-los, é que, como são diferentes, a forma de
lidar com cada aluno deve ser distinta e cabe aos professores equipe pedagógica
criar estratégias de ensino para cada um.

REFERÊNCIAS
CONSTANTINO, J.N., & CHARMAN T. Diagnosis of Autism
Spectrum Disorder: reconciling the syndrome, its
diverse origins, and variation-in-expression. The
Lancet Neurology. 2016.

MERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS – Committee on Children with Disabilities


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VAHIA, Vihang V. Diagnostic and statistical manual of & mental disorders. 5th
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GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
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São Paulo. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-
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LARROCA, Lilian Martins; DOMINGOS, Neide Micelli. TDAH – Investigação dos


critérios para diagnóstico do subtipo predominantemente desatento. Revista
Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo,
v. 16, n. 1, p. 113-123, jan./jun. 2012. Divulgado em:
http://www.scielo.br/pdf/pee/v16n1/12.pdf. Acesso em: 07 fev. 2020.

Linck Graeff, Rodrigo; Vaz, Cícero E.


Avaliação e diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) Psicologia USP, vol. 19, núm. 3, julio-septiembre, 2008, pp. 341-361
Instituto de Psicologia
São Paulo, Brasil.

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