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AUTORIA:
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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
A PRESENTAÇÃO
Este Módulo versa sobre a História da Psicopedagogia, bem como apresenta os conceitos,
os campos de atuação e as áreas de estudo que referendam a prática Psicopedagógica.
Ao longo das unidades, além de refletir sobre as origens teóricas da Psicopedagogia, será
possível compreender a complexidade do processo de aprendizagem e as suas vinculações
com as influências: emocionais, sociais, pedagógicas e orgânicas.
Leia os textos com atenção. Procure o significado das palavras desconhecidas. Faça as
tarefas sugeridas, pois, estas lhe darão mais informações para o entendimento do conteúdo
das unidades.
Sucesso!.
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O BJETIVO
E MENTA
S OBRE O AUTOR
Especialização em:
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S UMÁRIO
UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 8
Psicopedagogia: história e conceituação. .............................................................................8
UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 12
Psicopedagogia: campos de atuação e áreas de estudo .................................................... 12
UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 18
O que é aprendizagem ........................................................................................................18
UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 21
Definições de aprendizagem ............................................................................................... 21
UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 28
O processo de aprendizagem pós-piagetiano .....................................................................28
UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 31
As três concepções sobre o processo de aprendizagem .................................................... 31
UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 34
Dificuldades de aprendizagem I .......................................................................................... 34
UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 38
Dificuldades de aprendizagem II ......................................................................................... 38
UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 41
Diagnóstico: o que é?..........................................................................................................41
UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 46
Revisão das unidades anteriores ........................................................................................ 46
UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 48
Diagnóstico ......................................................................................................................... 48
UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 52
Diagnóstico ......................................................................................................................... 52
UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 56
Diagnóstico diferencial ........................................................................................................56
UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 60
Diagnóstico e avaliação: alguns instrumentos ....................................................................60
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UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 63
Metodologia e instrumentos ................................................................................................ 63
UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 66
Testes projetivos ................................................................................................................. 66
UNIDADE 17 .......................................................................................................................... 69
Testes projetivos na Psicopedagogia .................................................................................. 69
UNIDADE 18 .......................................................................................................................... 74
Provas .................................................................................................................................74
UNIDADE 19 .......................................................................................................................... 76
Testes de Critérios (T.C.) ....................................................................................................76
UNIDADE 20 .......................................................................................................................... 78
Testes de critério – Planejamento de ensino ......................................................................78
UNIDADE 21 .......................................................................................................................... 82
Testes de Critério – objetivos de ensino .............................................................................82
UNIDADE 22 .......................................................................................................................... 85
Testes de Critério - revisão .................................................................................................85
UNIDADE 23 .......................................................................................................................... 88
Portfólio ............................................................................................................................... 88
UNIDADE 24 .......................................................................................................................... 91
Relato de experiência ou prática ......................................................................................... 91
UNIDADE 25 .......................................................................................................................... 95
Relato de experiência ou prática ......................................................................................... 95
UNIDADE 26 .......................................................................................................................... 98
Relato da prática ou experiência ......................................................................................... 98
UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 102
Modelos de relato de experiência...................................................................................... 102
UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 107
Inteligências múltiplas ....................................................................................................... 107
UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 110
Educação para a paz ........................................................................................................ 110
UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 117
Avaliação do Módulo ......................................................................................................... 117
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GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 120
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U NIDADE 1
Objetivo: informar como surgiu e o que é Psicopedagogia.
Esta unidade trabalhará com fragmentos da Dissertação de Mestrado “Construindo um
espaço: ambiente computacional para aplicação no processo de avaliação psicopedagógica”.
Sueli de Abreu, UFRJ/NCE, 2004.
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não foi regulamentada, a exemplo de outros países, em especial da França e de Portugal.
Em 2005, o primeiro curso de graduação em Psicopedagogia, nível graduação, foi oferecido
pela PUC/RS. Nesta época, existiam outros cursos em andamento: no Centro Universitário
La Salle,(Canos, RS) e no Centro Universitário FIEO (Osasco, São Paulo). O primeiro
mestrado acadêmico, com área de concentração em Psicopedagogia, foi recomendado, em
2006, pela CAPES A regulamentação brasileira tem avançado a partir do Projeto de Lei nº
128/2000 e da Lei nº 10.891. Entretanto, a regulamentação de qualquer nova profissão, a
exemplo da Psicanálise, tem encontrado uma forte barreira constitucional, pois o Art. 5º da
Constituição Brasileira prevê o "livre exercício profissional", então, entende-se que é
desnecessário e oneroso para o Estado a regulamentação de profissões, exceto quando há
risco eminente para a sociedade.
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Psicologia. No entanto, o campo dessa mediação recebe, também, influências da Linguística,
da Semiótica, da Sociologia, da Neuropsicologia, da Psicofisiologia, da Filosofia e da
Medicina.
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Para entender melhor o conceito de Interdisciplinaridade acesse o site
http://ensino.univates.br/~4iberoamericano/trabalhos/trabalho052.pdf e leia as definições
e as reflexões acerca do tema
2) Várias opções de material teórico você poderá encontrar como sugestão de leitura e de
estudo na Bibliografia.
3) Na prova presencial sempre cairá perguntas similares ao que foi trabalhado nos exercícios
on-line e atividades reflexivas existentes nos textos. Por isto, se você realizar todos os
exercícios e as propostas para os estudos levantados o sucesso estará garantido.
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U NIDADE 2
Objetivo: tratar sobre os campos de atuação e as áreas de estudo da Psicopedagogia.
Seja curioso, pesquise. Esclareça suas dúvidas. Faça as tarefas sugeridas, pois as mesmas
facilitarão o entendimento do conteúdo da unidade.
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as condições evolutivas da aprendizagem apontando caminhos para um aprender mais
eficiente.
O trabalho clínico dá-se na relação entre um sujeito com sua história pessoal e sua
modalidade de aprendizagem, buscando compreender a mensagem de outro sujeito,
implícita no não aprender. Nesse processo, onde investigador e objeto-sujeito de estudo
interagem constantemente, a própria alteração torna-se alvo de estudo da
Psicopedagogia. Isto significa que, nesta modalidade de trabalho, deve o profissional
compreender o que o sujeito aprende - como o sujeito aprende e porque o sujeito
aprende, além de perceber a dimensão da relação entre psicopedagogo e o sujeito, de
forma, a favorecer a aprendizagem.
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e todas as suas inter-relações com outros fatores que podem influenciá-lo, das influências
emocionais, sociais, pedagógicas e orgânicas. Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia
implica refletir sobre suas origens teóricas, compreendendo o movimento interdisciplinar. E,
sobretudo, perceber e garantir a aplicação dos conhecimentos disciplinares num novo quadro
teórico próprio, nascido de sementes em comum.
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Acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego, entre na Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO), e busque “Psicopedagogo”, abrirá um link com o código 2394.25.
Clique, do lado esquerdo, em Tabela de Atividades, para descobrir quantas são as
atribuições desse profissional.
http://www.mtecbo.gov.br/busca/dacum.asp?codigo=2394
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A dimensão cognitiva está relacionada ao desenvolvimento das estruturas cognoscitivas do
sujeito aplicadas em diferentes situações. No domínio desta dimensão, deve-se incluir: a
memória, a atenção, a percepção e outros fatores que usualmente são classificados como
fatores intelectuais. A Epistemologia e a Psicologia Genética são as áreas de pano de fundo
para este aspecto; encarregam-se de analisar e descrever o processo construtivo do
conhecimento pelo sujeito em interação com os outros objetos.
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Reflexão sobre as áreas de estudo que perpassam o conhecimento psicopedagógico.
Faça uma lista com as áreas de estudo e a sua correspondência nas diversas
dimensões. Exemplo: Dimensão emocional: Psicanálise. Dimensão social; Dimensão
orgânica, etc. Isto vai ajudá-lo a fixar o conhecimento, bem como a refletir sobre a
complexidade interdisciplinar desses saberes.
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U NIDADE 3
Objetivo: estudar a evolução do entendimento humano sobre aprendizagem, desde a
antiguidade até a década de trinta.
Leia o texto com atenção e tranquilidade. Lembre-se, você tem autonomia e independência
para organizar o seu tempo e a sua aprendizagem. Seja responsável. Textos extraídos da
wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem#Hist.C3.B3rico.
O que é aprendizagem
Conhecendo a história:
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trabalhava os indivíduos numa linha onde o sistema de ensino era representativo da
realidade social e a ênfase era para a aprendizagem universal.
Entre o século XVII até o início do século XX, a teoria central sobre a aprendizagem,
procurava demonstrar, cientificamente, que determinados processos universais regiam os
princípios da aprendizagem. À época a concepção científica era mecanicista, ou seja,
Descartes viu o mundo como uma máquina, comparando a Natureza a um relógio de cordas.
O método proposto por ele era: pegar um relógio, desmontá-lo e reduzi-lo a um punhado de
peças para entender o todo.
Muitos acreditavam que a aprendizagem era uma questão ligada ao condicionamento. Nesta
época a teoria behavorista teve grande ascensão. Uma experiência sobre o condicionamento
foi realizada pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem ao som
de campainhas.
Nos anos 30, os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman pesquisaram
sobre as leis que regem a aprendizagem.
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Hull afirmava que a força do hábito, além dos estímulos originados pelas recompensas,
constituía um dos principais aspectos da aprendizagem, a qual se dava num processo
gradual.
Tolman ensinava que o principal objetivo, visado pelo sujeito, era a base comportamental
para a aprendizagem. Percebia o ser humano no contexto social, e, por essa razão, afirmava
ser necessária uma maior observação de seu estado emocional.
Pare por aqui - a próxima unidade abordará, em sequência, a evolução histórica do conceito
de aprendizagem, estudando algumas definições, a partir da década da trinta, sob a ótica de
autores contemporâneos.
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U NIDADE 4
Objetivo: dar sequência ao estudo da evolução histórica sobre aprendizagem, apresentando
algumas definições, sob a abordagem de autores contemporâneos.
Definições de aprendizagem
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podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que
ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a
aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta
muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.
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aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto. Vygotsky diz ainda
que o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por desejos e
necessidades, interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência
afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é
possível quando se entende sua base afetivo-volutiva (Vygotsky, 1991 p. 101).
Desta forma não seria válido estudar as dificuldades de aprendizagem sem considerar os
aspectos afetivos. Avaliar o estágio de desenvolvimento, ou realizar testes psicométricos não
supre de respostas às questões levantadas. É necessário fazer uma análise do contexto
emocional, das relações afetivas, do modo como a criança está situada historicamente no
mundo. Na abordagem de Vygotsky, a linguagem tem um papel de construtor e de propulsor
do pensamento, afirma que aprendizado não é desenvolvimento, o aprendizado
adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários
processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer
(Vygotsky, 1991 p. 101).
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Assista ao vídeo LEV VYGOTSKY. Série Grandes Educadores. Apresentação: Marta
Kohl de Oliveira. São Paulo: ATTA Mídia e Educação, 2001. (41 min)
O papel da equilibração
Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de
equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo
autorregulador, necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o
meio-ambiente.
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Piaget postula que todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar
elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. E, postula também, que
todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que assimila, isto é,
a se modificar em função de suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua
continuidade (portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem
seus poderes anteriores de assimilação. (Piaget,1975, p.14)
Em outras palavras, Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica em afirmar a
presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais
estruturas em caso de acomodações bem-sucedidas.
Essa noção de equilibração foi a base para o conceito, desenvolvido por Sara Paín, sobre as
modalidades de aprendizagem, que se servem dos conceitos de assimilação e acomodação,
na descrição de sua estrutura processual. Observe a teoria de Paín na próxima unidade.
Se a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta, então, fazer uma acomodação,
modificando um esquema ou criando um esquema novo. Quando isso é feito, ocorre à
assimilação do estímulo, e, nesse momento, o equilíbrio é alcançado. Segundo a teoria da
equilibração, a integração pode ser vista como uma tarefa de assimilação, enquanto que a
diferenciação seria uma tarefa de acomodação, contudo, há conservação mútua do todo e
das partes.
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Assista ao vídeo:
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atos da inteligência sensório-motora e à sua busca de êxito ou satisfação" (Piaget, 1975
p.115).
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro : Zahar, 1975.
PIAGET, Jean e INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo : Difel, 1982.
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U NIDADE 5
Objetivo: entender o processo de aprendizagem pós-piagetiano.
Mergulhe no texto com atenção e prazer. Como anda a concentração? Você tem conseguido
disciplinar seus estudos? Esta unidade trabalhará fragmentos de textos extraídos da
wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem#
O_processo_de_aprendizagem_p.C3.B3s-piagetiano
Sara Paín (1989) descreve as modalidades de aprendizagem sintomática, tomando por base
o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e a acomodação, atuam no modo
como o sujeito aprende, e, como isso, pode ser sintomatizado, tendo assim características de
um excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado final.
Hiperassimilação
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Hipoacomodação
Hiperacomodação
Hipoassimilação
Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta em pobreza no contato
com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo. A
aprendizagem normal pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão
em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é predomínio de um
movimento sobre o outro.
Quando a acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos,
antes, resigna-se sem criticidade. O sistema educativo pode produzir sujeitos muito
acomodativos se a reprodução dos padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da
autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma sintomatização na modalidade
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hiperacomodativa/hipoassimilativa pode não ser visto como tendo “problemas de
aprendizagem”, pois, consegue reproduzir os modelos com precisão.
Estudo dirigido
Assimilação:
Acomodação:
Hiperassimilação:
Hipoacomodação:
Hiperacomodação:
Hipoassimilação:
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U NIDADE 6
Objetivo: sintetizar as três concepções mais utilizadas sobre o processo de aprendizagem.
Nas unidades anteriores foi feita uma abordagem mostrando as diferentes concepções da
aprendizagem nos diversos períodos da história humana; um roteiro sobre o que é
aprendizagem e algumas de suas definições. Agora, verifique a existência de três
concepções distintas sobre o processo de aprendizagem, cada uma delas cunhada sob
distintas teorias. Observe:
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Concepção Racionalista
Concepção Construtivista
A Psicopedagogia defende que “para que haja aprendizagem, intervêm o nível cognitivo e o
desejante, além do organismo e do corpo” (Fernández, 1991, p.74), por isso aproxima-se dos
referenciais teóricos do construtivismo, pois foca a subjetivação, enfatizando o
interacionismo; acredita no ato de aprender como uma interação, crença esta fundamentada
nas ideias de Pichon Rivière e de Vygotsky; defende a importância da simbolização no
processo de aprendizagem baseada nos estudos psicanalíticos, além da contribuição de
Jung.
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visão simplista dos problemas de aprendizagem, procurando compreender mais
profundamente como ocorre este processo de aprender, numa abordagem integrada na qual
não se toma apenas um aspecto da pessoa, mas sua integralidade.
Assim, cabe ao psicopedagogo voltar seu olhar para esses sujeitos, o educador e o
educando, como para os vínculos e a circulação do saber entre eles. Como afirma Paín, uma
tarefa primordial no diagnóstico é resgatar o amor. Em geral, os terapeutas tendem a
carregar nas tintas sobre o desamor, sobre o que falta, e poucas vezes se evidencia o que se
tem e onde o amor é resgatável. Sem dúvida, isto é o que nos importa no caminho da cura
(Paín, 1989, p.35).
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U NIDADE 7
Objetivo: compreender em que consistem as dificuldades de aprendizagem e,
especificamente, entender o que é dislexia.
Dificuldades de aprendizagem I
Dislexia
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dificuldades não são esperadas com relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas
cognitivas; não são resultados de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. “A
dislexia se manifesta por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem,
frequentemente, incluindo, além das dificuldades com leitura, uma dificuldade de escrita e
soletração.”
Dentro do quadro de Dislexia deve-se estar atentos ao histórico familiar para parentes
próximos que apresentem a mesma deficiência de linguagem. Também a aspectos pré, peri
e pós-natal, se o parto foi difícil, se pode ter ocorrido algum problema de anoxia (asfixia
relativa), prematuridade do feto (peso abaixo do normal), ou hipermaturidade (nascimento
passou da data prevista para o parto). Se a criança adquiriu alguma doença infecto-
contagiosa, que tenha produzido convulsões ou perda de consciência; se ocorreu algum
atraso na aquisição da linguagem ou perturbações na articulação da mesma, se houve um
atraso para andar, e algum problema de dominância lateral (uso retardado da mão esquerda
ou direita), entre outros.
Dentro da etiologia da Dislexia sempre deverão ser considerados dois aspectos, que podem
estar isolados ou relacionados, como também serem complementares: causas genéticas e
causas adquiridas. A etiologia pode ser dividida em: genética, adquirida e multifatorial ou
mista.
Tipos de Dislexia
Alguns autores classificam a dislexia tendo como base testes diagnósticos, fonoaudiológicos,
pedagógicos e psicológicos.
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sons, grafemas – diferentes, dificuldades no reconhecimento e na leitura de palavras que
não têm significado, alterações na ordem das letras e sílabas, omissões e acréscimos, maior
dificuldade na escrita do que na leitura, substituições de palavras por sinônimos);
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frequência, pois ficam escravos da rota fonológica, que é morosa em seu funcionamento.
Diante disso, os erros habituais são silabações, repetições e retificações, e , quando
pressionados a ler rapidamente, cometem substituições e lexicalizações; às vezes, situam
incorretamente o acento prosódico das palavras.
3. Dislexia Mista: nesse caso, os disléxicos apresentam problemas para operar tanto com a
rota fonológica quanto com a lexical. São assim situações mais graves e exigem um esforço
ainda maior para atenuar o comprometimento das vias de acesso ao léxico.
Curiosidade
Alguns disléxicos famosos: Agatha Christie (escritora); Charles Darwin (cientista); Cher
(cantora); Leonardo Da Vinci (artista e inventor); Napoleão Bonaparte (imperador da França);
Pablo Picasso (artista plástico); Robin Williams (ator); Thomas A. Edison (inventor da
lâmpada); Tom Cruise (ator); Vincent van Gogh (pintor); Winston Churchill (primeiro-ministro
britânico); Walt Disney (fundador dos estúdios Disney); Whoopi Goldberg (atriz).
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U NIDADE 8
Objetivo: compreender a Disgrafia e a Discalculia, dificuldades comuns de aprendizagem.
Leia com atenção e curiosidade. Desejo-lhe um bom estudo. A origem das informações é a
wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Discalculia
Dificuldades de aprendizagem II
Disgrafia e a Discalculia
Escrita desorganizada que se pode referir não só a irregularidades e falta de ritmo dos
signos gráficos, mas também a globalidade do conjunto escrito;
Discalculia é definida como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de
uma pessoa para compreender e manipular números. A Discalculia pode ser causada por um
déficit de percepção visual.
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O termo Discalculia é usado frequentemente para caracterizar, especificamente, a inabilidade
de executar operações matemáticas ou aritméticas. Mas é definido por alguns profissionais
educacionais, como uma inabilidade fundamental, para entender o número como um
conceito abstrato de quantidades comparativas.
A palavra discalculia vem de grego (dis, mal) e do Latin (calculare, contar) formando:
contando mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de cálculo, que significa o seixo ou
um dos contadores em um ábaco.
A Discalculia pode ser detectada em uma idade nova e medidas podem ser tomadas para
facilitar o enfrentamento dos problemas dos estudantes mais novos. O problema principal
está compreendido na maneira em que a Matemática é ensinada às crianças. A Discalculia é
o menos conhecido destes tipos de desordem de aprendizagem e assim não é reconhecido
frequentemente.
Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste) e, pode também, indicar
dificuldade com um compasso;
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A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior;
Melhor nos assuntos tais como a ciência e a geometria, que requerem a lógica mais
que as fórmulas, até que chegue a um nível mais elevado que cálculos sejam necessários;
Dificuldade com tarefas diárias como verificar a mudança e ler relógios analógicos;
O essencial para o profissional, não é rotular a criança, o jovem ou o adulto, mas, sim,
diagnosticar suas dificuldades para posteriormente, planejar uma intervenção adequada para
cada caso.
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U NIDADE 9
Objetivo: tratar sobre o que é diagnóstico.
O texto utilizado foi extraído de trechos do artigo intitulado DISLEXIA de Dany Kappes,
Gelson Franzen, Glades Teixeira e Vanessa Guimarães. Disponível em
http://www.Psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=888
Diagnóstico: o que é?
Alerta:
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Diagnóstico provém do (<grego original διαγηοστικόη, pelo latim diagnosticu =[dia="através
de, durante, por meio de"]+ [gnosticu="alusivo ao conhecimento de"]).
“Se nos atemos à origem etimológica e não ao uso comum (que pode significar rotular,
definir, etiquetar), podemos falar de diagnóstico como “um olhar - conhecer através de”,
relacionado com um processo, com um transcorrer, com um ir olhando através de alguém
envolvido mesmo como observador, através da técnica utilizada e, nesta circunstância,
através da família.” (FERNANDEZ, 1991).
Segundo orientação da ABD, o diagnóstico só pode ser feito após a alfabetização, entre a
primeira e a segunda série. Pois a escola alfabetiza precocemente, e a criança não
acompanha porque não tem maturidade neurológica suficiente.
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imediata e de longo prazo, organização de figuras e praxias orofaciais), teste de leitura
(segmentação de palavras – sons unitários e em sílabas, grupos consonantais, dígrafos,
vocabulário adquirido, leitura oral e silenciosa, com compreensão e habilidade para a
aquisição fonológica) e testes de linguagem escrita (ditado, cópia, escrita espontânea e
material escolar). Também, são solicitados parecer neurológico e testes oftalmológicos e
audiométrico.
Se o disléxico não for submetido a uma instrução especializada, pode permanecer analfabeto
ou semi-alfabetizado. Geralmente os disléxicos ficam excluídos das profissões e vocações
que exigem uma preparação acadêmica.
A criança com dislexia precisa de acompanhamento para estudar. Condemarin (1986), diz
que o objetivo principal do tratamento re-educativo é solucionar as dificuldades localizadas
no diagnóstico, que impedem ou dificultam o desenvolvimento normal do processo da leitura.
O tratamento inclui dinâmicas com exercícios auditivos, visuais e de memória. Há programas
de computador desenvolvidos para isso.
“Os pais conhecem seus filhos melhor do que ninguém, por este motivo, devem ser atentos
as frustrações, tensões, ansiedades, baixo desempenho e desenvolvimento. É deles a
responsabilidade de ajudar a criança a ter resultados melhores, e deve partir deles, a procura
por profissionais para realizar um diagnóstico multidisciplinar acerca das dificuldades da
criança, porque quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e intervenção melhor, maiores
são as oportunidades de sucesso.
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O encorajamento, a ajuda, a compreensão e a paciência (pois o
disléxico leva mais tempo para realizar algumas tarefas, e poderá ter
de repeti-las várias vezes para retê-las), fazem parte do papel dos
pais, assim como, ir em busca de uma instituição educacional que
atenda da melhor maneira às necessidades da criança (por exemplo,
estudar o currículo da escola e seu método de ensino). E, ter uma
relação de troca, fazendo um intercâmbio entre os acontecimentos em casa, na escola e com
os profissionais envolvidos. .
Portanto, é importante que os pais focalizem sempre o que ele faz melhor, encorajando-o a
fazê-lo. Faça elogios, por ele tentar fazer algo que considera difícil e não o deixando desistir.
Ressalte sempre as respostas corretas e não as erradas, valorizando seus acertos.
Tranquilize a criança, pois apesar das dificuldades de aprendizagem, ela é inteligente e
esperta. E não deixe a criança sentir que o seu valor está relacionado ao seu desempenho
escolar.
É importante, a criança notar que as pessoas a sua volta estão auxiliando-a, isso a deixará
mais segura. O acompanhamento e/ou programas especializados na alfabetização também
auxiliam. Os pais precisam mostrar que estão interessados em sanar a sua dificuldade, pois
quanto mais ajuda, zelo, carinho, afeto e compreensão mais ela se sentirá capaz para
evoluir.
Os pais podem auxiliar seu filho disléxico, programando o seu dia, através do horário do
sono, incentivando a comunicação (falar e escutar são importantes), conversando bastante
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com a criança, expressando sentimentos, demonstrando interesse, tendo vocabulário e fala
fluente e estimulando suas habilidades.
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U NIDADE 10
Objetivo: exercitar os conteúdos das unidades anteriores.
Responda as questões com afinco, pois, estas lhe darão entendimento quanto ao conteúdo
estudado. E, também, serão importantes para o seu desempenho nas avaliações.
É hora de verificar o entendimento dos conteúdos das nove unidades anteriores. Fazer
exercícios. Responder questões pertinentes a cada unidade estudada. Bom estudo!
Estudo dirigido
Qual era a teoria geral da aprendizagem entre os séculos XVII e início do século XX?
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De acordo com o material estudado na Unidade 04, comente a afirmação: O ser
humano nasce potencialmente inclinado a aprender.
O que é diagnóstico?
Agora, acesse sua sala de aula, no site da ESAB, e faça a Atividade 1, no link
“Atividades”.
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U NIDADE 11
Objetivo: As unidades 11, 12 e 13 terão por finalidade aprofundar questões relativas ao tema
diagnóstico.
Diagnóstico
Para tanto, será trabalhado o artigo intitulado Uma caracterização sobre distúrbios de
aprendizagem de Lourdes P.de Souza Manhani, Regina Célia T.Craveiro, Rita Cássia
A.Rodrigues, Rose Inês Marchiori. Disponível em http://www.abpp.com.br/artigos/58.htm.
No Brasil, foi Lefèvre (1975) que introduziu o termo distúrbio de aprendizagem como sendo:
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Após esta data, muito se tem discutido e abordado sobre o assunto, visto a importância no
contexto da aprendizagem, surgindo diversos trabalhos e outras definições sobre o assunto.
Para melhor distinção entre os distúrbios de aprendizagem, é evidente que se tome como
base as manifestações mais evidentes que produzem impacto no desempenho da criança.
Há pelo menos dois grupos que se distinguem pelo quadro que apresentam. Enquanto num
podem ser encontradas crianças com um quadro de deficiência mental, sensorial (visual,
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auditiva) ou motora, resultem de retardo mental, afecções neurológicas ou sensoriais, de
outro lado, outro grupo de crianças que apresentam como manifestação os problemas
escolares decorrentes de alterações de linguagem cuja inteligência, audição, visão e
capacidade motora estão adequadas, sendo, então, o quadro de distúrbio de aprendizagem
decorrente de disfunções neuropsicológicas que acometem o processamento da informação,
resultando em problemas de percepção, processamento, organização e execução da
linguagem oral e escrita.
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Qual é o conceito de distúrbio de aprendizagem introduzido por Lefèvre?
FÓRUM I
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U NIDADE 12
Objetivo: aprofundar questões relativas ao tema diagnóstico.
Diagnóstico
Considera-se que uma criança tenha distúrbio de aprendizagem quando: a) Não apresenta
um desempenho compatível com sua idade quando lhe são fornecidas experiências de
aprendizagem apropriadas; b) Apresenta discrepância entre seu desempenho e sua
habilidade intelectual em uma ou mais das seguintes áreas; expressão oral e escrita,
compreensão de ordens orais, habilidades de leitura e compreensão e cálculo e raciocínio
matemático.
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Além disso, costuma-se considerar quatro critérios adicionais no diagnóstico de distúrbios de
aprendizagem. Para que a criança possa ser incluída neste grupo, ela deverá: a) Apresentar
problemas de aprendizagem em uma ou mais áreas; b) Apresentar uma discrepância
significativa entre seu potencial e seu desempenho real; c) Apresentar um desempenho
irregular, isto é, a criança tem desempenho satisfatório e insatisfatório alternadamente, no
mesmo tipo de tarefa; d) O problema de aprendizagem não é devido a deficiências visuais,
auditivas, nem a carências ambientais ou culturais, nem problemas emocionais.
O processo de diagnosticar é como levantar hipóteses. Uma boa hipótese ou teoria explica
uma grande quantidade de dados observáveis que são originados de diferentes níveis de
análise.
O diagnosticador apresenta vantagens importantes que compensam. Uma delas é que ele
possui muito mais dados sobre um sujeito do que geralmente um pesquisador tem sobre
todo o grupo de sujeitos.
Sintomas apresentados;
Histórico escolar;
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Embora um bom clínico deva estar consciente e fazer uso dos atributos únicos de um
paciente, o processo científico na compreensão e no tratamento dos distúrbios mentais
dependem de como eles apresentam variação “moderada”, diferenciando características de
grupos dentro da espécie. Se não for assim, o trabalho com saúde mental se reduz apenas a
tratar os problemas que cada um enfrenta na vida ou a recriar o campo para cada indivíduo
único.
Outra crítica pressupõe um único modelo de causalidade física para todos os distúrbios
comportamentais. A maioria dos diagnósticos não fornece uma explicação para todos os
aspectos do paciente. Eles permitem tratamento e identificação eficiente, e a pesquisa sobre
um dado diagnóstico pode levar a identificação precoce ou a prevenção. Podem contribuir
para pesquisa básica em desenvolvimento humano.
Distúrbio de aprendizagem:
Dificuldade de aprendizagem:
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FÓRUM II
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U NIDADE 13
Objetivo: aprofundar questões relativas ao tema diagnóstico.
Diagnóstico diferencial
Aspectos psicopedagógicos
1- Escola
Além da instituição escola, estão incluídos neste item os fatores intraescolares como
inadequação de currículos, de programas, de sistemas de avaliação, de métodos de ensino,
e relacionamento professor - aluno. Vale salientar a necessidade de diferenciar com uma
especial atenção, as crianças com dificuldades de aprendizagem das crianças com
dificuldades escolares. Para elas, essas últimas revelam a incompetência da instituição
educacional no desempenho de seu papel social e não podem ser consideradas como
problemas dos alunos.
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2- Fatores intelectuais ou cognitivos;
4- Desenvolvimento da linguagem;
5- Fatores afetivo-emocionais;
8- Dislexia;
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Considere que o papel da escola deveria ser o de desenvolver o potencial de cada um,
respeitando as características individuais do aluno e sempre procurando reforçar os pontos
fracos e auxiliando na superação dos pontos fracos, evitando dessa forma que as
dificuldades que as crianças possuem sejam motivos para serem excluídas no
processo de aprendizagem e muito menos possam ser rotuladas ou discriminadas.
Outro fator que muito colabora no papel da escola, é a família, pois permite a troca de
experiência entre pais e professores. É muito importante que haja uma integração entre os
ambientes (escola e família) para se compor o quadro de uma forma real e objetiva.
Tanto os pais quanto os professores precisam entender que as dificuldades que a criança
porventura possui não é culpa de ninguém, e que se tiver um trabalho em conjunto todos
serão beneficiados, principalmente a criança.
Tem que se ter em mente que não há criança que não aprenda, o que ocorre é que algumas
aprendem de modo mais rápido, outras não, mas sem sombras de dúvidas, chega-se a
conclusão que independentemente da via neurológica utilizada, o sucesso escolar de
crianças com distúrbios de aprendizagem possa ser uma associação de fatores que
envolvam ambiente adequado + estímulo + motivação + organismo, possibilitando que o
professor na sua árdua tarefa de lidar com as mais diferentes adversidades saiba que antes
de tudo, ser necessário saber avaliar, distinguir e principalmente querer mudar, respeitando
cada criança em seu estado de desenvolvimento.”
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U NIDADE 14
Objetivo: As próximas dez unidades terão por finalidade apresentar alguns instrumentos
próprios do diagnóstico e da avaliação
Desejo-lhe bom estudo. E, lembre-se de organizar o seu tempo para ler e desenvolver as
atividades do módulo. Estou ao seu dispor para esclarecer eventuais dúvidas.
“Uma avaliação para com o ser nas clínicas, nas instituições do psicólogo e nas práticas
educativas dos pedagogos, deve cristalizar sempre um estar-sendo. No dizer de Hoffmann
(2000), a “reflexão transformada em ação”. O que faz a “avaliação” ser significativamente
vivenciada é no seu “âmago” conter algo: não definitivo; não sentencioso; não ser
classificatório; não estática; não determinista, etc.
Ginzburg (1989) fala do “método indiciário”, utilizando-se para isso da crítica de arte de
Norelli (criticar uma obra é “ver através dela”; ir aos detalhes imperceptíveis ao desatento; ir
atrás das minúcias e descrever, descrever... e ainda iluminar o escuto, aquilo que, para o
investigador, não resiste ao seu olhar de significado-sentido), da Psicanálise de Freud
(inventor ou descobridor do “inconsciente” que é “alicerce” para o “eu” ou “ego”: “o eu não é
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senhor, nem mesmo de sua própria casa”. O “inconsciente”, alicerce da “casa egóica” está
“em outra cena”(fora do controle!) e de um personagem de romances policiais (Sherlock
Homes, um detetive perspicaz e sua “lupa”, sempre em busca de pistas: somente acha quem
procura ou só se procura aquilo que acha? O criador desse popular detetive inglês é Conan
Doyle).
Assim, o processo diagnóstico, no cotidiano de ser, no ofício do ser, nos ofícios psicólogos e
pedagogo/educador/professor, ganha mais “sentidos-sentidos” (Pinel, 2000). Subverter é
necessário nessa área que já colaborou tanto para construção de rótulos.
“... envolver-me existencialmente com ‘aquilo-ali-mesmo’, sentir, captar, interpenetrar, ser ‘si-
no-outro-de-si’, deixar-se derivar [...] e dialética e constantemente, distanciar-se ‘daquilo-ali-
mesmo’, respirar fundo, aprender o sentido-sentido, significado-sentido, descrever tudo [...].
No início, como um ‘reomito’ as palavras saem tortas, e desse torto que a forma ‘entortada’,
do ‘ser-aí’ ganha tortuosos contornos. É ‘isso-aí’: nossa finitude, não nos pode facilitar nossa
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onipotência, onisciência e arrogância do outro-saber; saber-do-outro [...]. Este é um saber
que se supõe saber: um saber asséptico. Quando saio do mergulho, meu corpo já sai
marcado, mapeado: objeto-sujeito imbricados”.
É dentro deste contexto, que este autor apresentará alguns instrumentos facilita(dor)es para
o processo indissociável, pelo menos do modo como se está compreendendo,
diagnóstico/avaliação e intervenção/cuidado: quando faço diagnóstico/avaliação estou
intervindo, cuidando; quando faço intervenção/cuidando, eu continuo
avaliando/diagnosticando. Quanto mais me embrenho “olhando”; “sentindo”; “cheirando”; etc.,
mais revelo o que recusa mostrar-se a quem não o vê, não o sente, não o cheira, etc.”
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U NIDADE 15
Objetivo: apresentar alguns instrumentos utilizados no processo diagnóstico e de avaliação
psicopedagógica.
Metodologia e instrumentos
Metodologia
Tendo esta lista de instrumentos utilizados por ambos trabalhadores, parti para descrevê-los,
mas para melhor defini-los, recorri à clássica e importante bibliografia didática (Abramowicz e
Wayskop, 1995; Teixeira, 2000; Araújo, Mineiro e Kozely, 1986).
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Os instrumentos
Não pretendo, é óbvio, esgotar toda plêiade de instrumentos que usei e uso nos meus ofícios
de ser psicólogo e ser pedagogo. Meu objetivo foi o de enunciar, os mais simples, aqueles
que, às vezes, é “esquecido” de se utilizar, pois do alto da arrogância ainda acredita-se
existir uma máquina que revelará toda a psiqué humana.
b) cuidar de si para cuidar do ofício, dos objetos, e então cuidar dos “modos de cuidar” do
“outro”;
Testes Projetivos
Provas
Testes de Critério
Portfólio
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Mais importante que as técnicas é o modo como o psicólogo e o pedagogo as manejam,
as “olha”, as “observa”.
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U NIDADE 16
Objetivo: apresentar os Testes Projetivos, um dos instrumentos utilizados no processo
diagnóstico e de avaliação psicopedagógica.
Testes projetivos
Hermann Rorschach(1884-1992), é famoso por ter elaborado o teste projetivo mais popular e
utilizado, no mundo. O teste consiste em dar possíveis interpretações a dez pranchas com
manchas de tinta simétricas.
Antes, em 1857, borrões de tinta já foram usados para analisar pessoas. Seu primeiro
utilizador foi Justino Kerner, médico alemão, sem sucesso. Outros tentaram o mesmo, sem
muitos resultados. Hermann Rorschach, por sua vez, se mostrou eficaz em seus estudos. Ele
utilizou centenas de figuras simétricas (resultantes de borrões de tinta) para aplicar nos
pacientes do hospital psiquiátrico em que trabalhava, além dos próprios funcionários e
colegas. O resultado do diferencial de respostas entre os sãos e os doentes mentais, depois
de inúmeras aplicações e estudos feitos em cima disso, apareceu consistentemente em 15
pranchas, dez das quais são usadas hoje como técnica de Rorschach padronizada.
Em 1918, o autor apresentou sua tese à Sociedade de Psicanálise da Suíça, uma teoria de
teste da personalidade, chamada "Psicodiagnóstico" . Com o passar do tempo, o teste
Rorschach se tornou cada vez mais conhecido e respeitado. A técnica consiste em mostrar,
uma de cada vez, uma figura a se perguntar: “o que você vê aqui?”. Depois das dez figuras
respondidas, faz-se um inquérito, perguntando ao cliente o porquê dele ter visto tal “coisa” na
mancha. Daí nasce a técnica de interpretação da personalidade de quem se submete ao
Rorschach. Objeto de estudo e de seleção, o Rorschach vem servindo eficazmente para a
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devida avaliação das pessoas que se submetem a ele, seja nas empresas, seja
individualmente.
A análise clínica de uma pessoa, ou seja, aquela que o profissional faz com sua própria
percepção visual, auditiva e pessoal, é o diagnóstico soberano. O Rorschach e quaisquer
outras técnicas e testes são apenas complementares. Eles precisam ser encaixados na
análise clínica, e não o contrário. Eles ajudam a interpretar certos conteúdos da análise
clínica, mas é essa última que norteia os limites e o significado de tais interpretações. A
conclusão da análise clínica se baseia também, e necessariamente, na história de vida da
pessoa. Logo, o resultado do Rorschach deverá ser encaixado também na história de vida.
Informações disponíveis em http://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_Rorschach
“O psicólogo, pois, os “testes projetivos” são privativos, no Brasil, desta categoria, mostra ao
cliente a primeira “lâmina do Rorschach, ou a primeira mancha e pergunta-lhe o que está
vendo. O cliente pode falar o que quiser diante daquela mancha, etc.)".
Na projeção, o sujeito projeta num outro sujeito ou num objeto de desejos (teste projetivo
cujos conteúdos não são claros, nem inequívocos e muito menos explicitados) que provêm
dele, mas cuja origem ele desconhece, atribuindo-os a uma alteridade (outro; outridade) que
lhe é externa.
Além dos testes projetivos, os psicólogos têm à sua disposição vasta publicação de outros
testes padronizados de aptidão, interesse, vocação, personalidade (questionários,
inventários, etc.) psicomotores, etc.”
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No site do Conselho Federal de Psicologia existe um serviço denominado Sistema de
Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI). É muito interessante, pois, você tem
acesso a um conjunto de documentos sobre a avaliação dos testes psicológicos
realizada pelo CFP, tais como resoluções, editais, grupo de pareceristas, comissão
consultiva em avaliação psicológica, novidades e respostas para as mais frequentes
perguntas dirigidas ao CFP sobre o tema. Siga para
http://www.pol.org.br/servicos/serv_satepsi.cfm.
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U NIDADE 17
Objetivo: apresentar os Testes Projetivos.
“Indistintamente, qualquer teste projetivo poderá ser utilizado na Psicopedagogia, seja como
parte integrante de uma bateria de teste no processo diagnóstico, seja com outra finalidade
de cuidado.
1
Passaram de “aplicadores de testes” a pesquisadores em ação, observadores participantes. Passaram a
privilegiar grupos, como “las locas de la praza de mayo”, mães de desaparecidos pelo despotismo militar.
Prezado leitor, psicólogo, pedagogo, investiga(dor) da Psicopedagogia ou não, nesse sentido, assista a película
argentina, ganha(dor)a do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “História Oficial”. Diagnóstico psicológico, sem
contextualização micro e macro-sistêmica, revela um profissional tecnicista. Porque não associar a técnica com
uma “outra” filosofia sociahistorizada?
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de testes” e colaboradores dos médicos. Nesse intuito de compreensão, vale a pena
ressaltar esses “humanos em tempos sombrios” (parafraseando Hanna Arendt, autora judia
do clássico “Homens em tempos sóbrios”), a resistência, o enfrentamento desses psicólogos,
como 'O campo', que "passaram a produzir a melhor literatura de Testes Psicológicos no
mundo, aperfeiçoando e criando mais testes.
As técnicas projetivas são, entre outras, recursos que permitem investigar esta dimensión,
bem como o vínculo ou os vínculos que um cliente estabelece com a aprendizagem “em si”,
assim também com as circunstâncias, dentro das quais, se opera a “dita” construção da
aprendizagem.
Quantas vezes alguém que deseja transmitir, por exemplo, a planta da sua casa ou do seu
departamento, quando começa então a desenhá-lo, e de repente, as proporções e as
disposições dos espaços não condizem com a realidade (da casa ou do seu departamento,
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onde trabalha), acaba por tomar consciência de que lhe falta “conhecimento” de certas
partes.
Por outro lado, cabe perguntar que se pode acoplar de diferentes provas
projetivas psicopedagógicas a exemplo das utilizadas pelo psicólogo. Sua justificação pode
deter-se a uma fórmula de Kupt Lewin, que é possível resumir dizendo: a conduta é função
da personalidade e a situação na qual ela se produz; e neste caso as situações estão
exclusivamente relacionadas à aprendizagem.
Sem dar margem a dúvidas, a primeira ideia, que ocorre, quando se escuta as palavras
aprendizagem (o “ser consciente” é o objeto da Psicopedagogia; da Psicologia o objeto é o
“ser afetivo-cogniscente”; o objeto da Pedagogia são as “práticas educativas”, etc.) ou a
palavra Psicopedagogia está vinculada à aprendizagem escolar (este tende a ser, o objeto
de Psicopedagogia dos psicólogos brasileiros? Ou da Psicopedagogia dos psicopedagogos
brasileiros?); não obstante, aqui, “neste livro” (Jorge Visca refere-se ao seu livro, que a
Introdução está sendo agora livremente traduzindo), o significado de “aprendizagem” é mais
amplo.
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“...a aprendizagem consiste na produção e estabilização de condutas. Então (Jorge Visca afirma!),
para nós, psicopedagogos argentinos, tanto são aprendizagens o que se produzem no contexto
escolar, com os que se elaboram em meio familiar e comunitário, sem que necessariamente esteja
implicada a escola.
De acordo com este sentido mais amplo de aprendizagem, não só interessa saber,
qual é o vínculo que um sujeito estabelece com o docente, com a aula, com os
companheiros e a escola, mas também importa a relação com os adultos
significativos que lhe oferecem modelos de aprendizagem e os diversos ambientes e
contextos onde este ocorre; com os colegas do meio escolar e consigo mesmo; ou
como “aprendiz” em distintos momentos de sua vida cotidiana.”
Estes diferentes vínculos constituem, por um lado, uma rede de relacionamentos universais
na medida em que todo sujeito está imerso nela, e por outro, cada sujeito estrutura , cada
vínculo e cada trama de modo totalmente singular.
Visca (1995), apresenta dez testes projetivos, que objetivam facilitar ao psicólogo, analisar
as relações vinculares. O conjunto de teste está catalogado em três categorias:
Categorias Testes
Parelha Escolar
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3. Vínculos consigo/comigo mesmo 3.2 O dia de meu aniversário
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U NIDADE 18
Objetivo: apresentar o instrumento Provas/Avaliação.
Provas
O erro aponta o que o aluno ainda não sabe, mas que é capaz de saber. A questão é como o
aplicador poderá compreender e entender o processo de construção do aluno pelas
respostas dadas e definir as intervenções/cuidados individuais e coletivos que darão
continuidade ao processo de conhecimento desse aluno.
A prova pode ser: oral; escrita (dissertativa; objetiva: informal ou construída pelo próprio
professor, psicólogo, etc. e “teste padronizado” pelo professor, ali mesmo na sala de aula, ou
pelo psicólogo, com grandes populações).
Lembre-se:
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U NIDADE 19
Objetivo: apresentar o instrumento “Testes de Critério”.
Para elaborar um T.C. o psicólogo deve adotar os “objetivos de ensino” que vão facilitar o
processo de instrumentação/instrução (objetivo instrucional). Assim, a avaliação torna-se
parte integrante do processo de intervenção psicopedagógico (ênfase no ensino), que se
relaciona mais às teorias psicológicas comportamentais cognitivas.
Assim, para ocorrer uma correta e inequívoca avaliação, está deverá estar diretamente
ligada aos objetivos estabelecidos. Na maioria das vezes, inicia o próprio processo de
aprendizagem, uma vez que se procura, através de uma pré-testagem, conhecer os
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comportamentos prévios ou pré-requisitos, a partir dos mesmos serão planejadas e
executadas as etapas seguintes de intervenção.
Este tipo de avaliação é elemento constituinte da própria aprendizagem, uma vez que
fornece dados para o arranjo de contingências de reforços ou recompensas para os próximos
comportamentos a serem modelados. Neste caso, a avaliação surge como parte integrante
das próprias condições para a ocorrência da aprendizagem, pois os comportamentos dos
alunos são modelados à medida que estes têm conhecimento dos resultados de seu
comportamento.
Neste caso tanto o aluno/cliente como o plano individual proposto pelo psicólogo devem
ser passíveis de avaliação A avaliação não deve ser entendida como um fim, mas como
meio eficiente de assegurar o alcance dos objetivos propostos.
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U NIDADE 20
Objetivo: o debate sobre planejamento do ensino, a intervenção e o treinamento
psicopedagógico individualizado.
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Fase de Preparação
Descrição do Ensino
Sequência Preliminar
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Desenvolvimento ou
implementação do ensino/curso
Quando se utiliza os Testes de Critério, o objetivo primordial deverá ser a obtenção de dados
educacionais relevantes e significativos. Os propósitos educacionais são muito mais bem
servidos quando o aluno/cliente é testado para determinar quais são os seus pontos “fortes”
e “fracos”, de acordo com suas próprias potencialidades.
Uma vez obtidas essas informações, o psicólogo será capaz de elaborar um programa de
cuidados por meio do ensino. Assim, uma boa avaliação deve conter: os T.C.; a observação
direta dos comportamentos observáveis e entrevistas objetivas com os pais/professores, etc.
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1) o psicólogo faz o diagnóstico/avaliação (pré-teste);
1) detectar dificuldades;
2) o que se deseja saber é o que o cliente “pode” e que “não pode” fazer;
3) os itens ou quesitos dos testes estão ligados diretamente aos objetivos instrucionais já
estabelecidos “naquelas atividades que o aluno/cliente realiza cotidianamente”;
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U NIDADE 21
Objetivo: apresentar os Testes de Critério.
“1) O psicólogo e/ou pedagogo (ou educador especial e inclusivo) deve ter a
responsabilidade de decidir o que ensinar;
2º) as condições que o professor/plano propiciará/criará para que o aluno consiga revelar seu
desempenho (Condição: Cção);
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Exemplo:
Na avaliação pelo critério, por meio dos instrumentos denominados T. C., cada objetivo deve
ser julgado separadamente, já que se presume que o aluno deve dominar todos objetivos.
Os Testes de Critério não pretendem encontrar diferenças dos alunos entre si, mas comparar
o desempenho de cada aluno/cliente com o critério estabelecido, avaliando esse
desempenho em relação ao critério.
2º - Confirmar suposições relativas àquilo que o cliente/aluno sabe ou como ele opera (faz
para saber).
Os quesitos ou itens de um T.C. podem ser extraídos de uma lista de objetivos instrucionais
de um curso, que o cliente está ou deveria estar cursando, mas não o faz por apresentar
déficits naquele curso.
A validade do T.C. é assegurada, porque seus itens são derivados diretamente de cada um
dos objetivos de ensino/instrucionais do curso, pois supomos que todos os objetivos são
importantes.
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Trata-se da “validade curricular ou validade de conteúdo", pois se refere os T.C ao grau de
concordância entre o instrumento de medida e os objetivos e conteúdos do plano de ensino.
Presume-se que o psicólogo ou pedagogo clínico tenha seguido um plano baseado em
objetivos específicos durante seu ensino (no consultório, na sala de recursos, etc.) e que o
T.C. esteja em consonância com este plano.
A confiabilidade do T.C. pode ser conseguida na medida em que o teste seja estável, isto é,
as avaliações repetidas de um sujeito ou as provenientes do teste/reteste devem ser
realmente equivalentes, calculadas em termos de percentagem de acertos, por exemplo.”
1º) _____________________________________________________;
2º) _____________________________________________________;
3º) _____________________________________________________.
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U NIDADE 22
Objetivo: apresentar a revisão enquanto instrumento do diagnóstico e da avaliação.
“No plano de ensino, o psicólogo deve, em primeiro lugar, analisar (descrever o sistema de
ensino/conteúdos onde o cliente/aluno está inserido; redigir objetivos de ensino a serem
aplicadas no consultório, salas de recursos, gabinete de Orientação Educacional, etc.;
descrever tarefas). Em segundo lugar, planejar (analisar tarefas e objetivos, e paralelamente,
desenvolver um plano de avaliação, e um plano de ensino/intervenção/instrução/tratamento);
e, em terceiro lugar, avaliar (conduzir a avaliação; de acordo com os resultados, tornar
ensinar, se o aluno foi não OK, ou implementar nova instrução, se o aluno foi OK; deve
revisar e reciclar os planos de ensino).
Um bom objetivo tem três características, devendo, pois responder a três perguntas do
pedagogo clínico ou psicólogo:
Deve referir-se ao
comportamento final
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Exemplos de verbos inequívocos se sem dúbia interpretação:
Aplicar; Apontar; Classificar; Enumerar; Escrever; Listar; Exemplificar; Contar em voz alta;
Exemplificar; Distinguir; Marcar; Identificar; Dizer; Mostrar; Apontar, etc.
2º - Sob que condições deseja-se que o aluno/cliente seja capaz de atingir algo?
Exemplos:
Dado, aula expositiva; mapa do Brasil; barrinha de coursinaire; blocos lógicos, etc.
3º - O quão bem queremos que o aluno/cliente atinja esse algo, esse objetivo?
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Descrição e análise de tarefas
1ª) Quais são os modos mais eficientes e efetivos com que os bons alunos/clientes
desempenham o comportamento que o nosso aluno/cliente, em déficit, deve aprender?
Uma A. T. responde a seguinte questão: Que tipos de aprendizagem estão envolvidos numa
tarefa ou num conjunto de objetivos, isto é, que conceitos, princípios e/ou habilidades
percepto-motoras?
1) ______________________________________________________________
2) ______________________________________________________________
3)_______________________________________________________________
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U NIDADE 23
Objetivo: introduzir outro instrumento da avaliação: o Portifólio.
Portfólio
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Shors & Grace (2001) no Manual de Portfólio: um guia passo a passo para o professor
(Artmed, Porto Alegre) descreve o processo de recontagem, em dez passos de um portfólio:
9º) Conduza reuniões de análise do portfólio junto aos professores, ao aluno, família, etc.;
Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua sala
de aula, no site da ESAB, e faça a Atividade 2, no link “Atividades”.
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FÓRUM III
O que é Portfólio?
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U NIDADE 24
Objetivo: apresenta as etapas metodológicas do relato de experiência.
“Paulo Freire (1980; p. 41) inicia assim o relato de sua experiência com alfabetização de
adultos. Descreve a introdução do processo metodológico.
Eu considero essa introdução extremamente bem feita, e relatada com muito afeto por um
educador que propõe alfabetização direta, democrática, socializadora da cultura, a favor das
necessidades e realidades dos alunos, contra as cartilhas oficiais e sua ideologia.
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Relatar uma experiência é efetuar uma pesquisa, geralmente bem peculiar, ou de
características inicialmente metodológica, onde através de um projeto propõe soluções, e
então, uma pesquisa de intervenção, que é a colocação na prática do projeto.
Há instituições de saúde e educação realizando trabalhos sérios, alternativos aos que estão
‘por ai’, inovadores, cuidadosamente planejados, executados e avaliados, e até estratégicos.
Essas práticas são apresentadas em Congressos e/ou publicadas, utilizando-se de dados
quantitativos e qualitativos. Outros profissionais e o próprio autor-relator da experiência
colocam-se frente a frente discutindo, opondo, etc. Esses comportamentos científicos de
questionamentos fazem o crescimento da ciência e técnica, evitando erros futuros e dão
subsídios a outros interessados. E, quem sai beneficiado desse processo salutar são os
usuários das agências de saúde e educação.
Objetivo do estudo
Esse texto tem como objetivo central apresentar as etapas necessárias e mínimas para um
profissional de saúde e de educação relatar dentro, de determinados padrões, uma
experiência ou prática profissional de sua área
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Metodologia
Criar uma memória técnico-científica de práticas e experiências da/na instituição, que são
registradas na Biblioteca ou Arquivo da agência, seja de saúde ou educação; facilitar o
intercâmbio de relatos de experiências nas áreas de saúde e educação, desenvolvidas ou
em desenvolvimento nas instituições; divulgar experiências ou práticas bem-sucedidas
realizadas por técnicos de saúde e educação; registrar uma experiência, arquivando-a e no
mínimo encaminhando seu resumo para outras agências de saúde, educação, ensino e
pesquisa, além de bibliotecas universitárias, possibilitando, caso haja interesse, a reprodução
de todo material.
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sexo; saúde física e mental, etc.) 6) autor(es); 7)executor(es) 8) avaliador(es); 9) pessoal de
apoio (colaboradores)”.
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U NIDADE 25
Objetivo: apresentar as etapas metodológicas do relato de prática.
Continue nessa unidade com o texto de apoio é do professor Hiran Pinel: Relato de
experiência ou prática: planejamento para profissionais de saúde e educação,
publicado em 2002, pela Escola Superior Aberta do Brasil – Esab.
“Trabalho realizado com êxito na área de saúde ou educação, tanto em nível assistencial,
sociocultural e político e/ou administrativa, na busca de original, criativa e/ou alternativa de
solução para um ou mais problemas existentes; trabalho realizado com êxito e com
resultados favoráveis, decorrentes de um projeto inovador na área de saúde e educação.
Trabalho realizado em decorrência de pesquisa em saúde e educação e que introduz ou
pode introduzir inovações nos sistemas formais, não formais e informais de saúde e
educação; a experiência é muitas vezes uma ação particular, específica, historicamente
contextualizada, realizada por um profissional, nem sempre, mas às vezes interessado em
ensino e pesquisa. Primeiramente, esse profissional efetue um projeto, buscando
originalidade, mas sempre que necessário, (e isto é recomendável), pesquisando textos que
direta ou indireta tratam do assunto. É possível, mas raro, uma prática tão original que não
exista alguma bibliografia.
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O texto do relato
A introdução
Deve iniciar por um parágrafo de abertura. É fundamental, é preciso ser claro e chamar a
atenção para dois itens básicos do relato: os objetivos e o plano desenvolvimento.
Você pode iniciar fazendo uma pergunta, após, fazendo afirmativas sobre o tema do seu
relato (prática ou experiência), fala da importância pessoal social, política, comunitária,
econômica, institucional, para o cliente/aluno/usuário/paciente, psicológica
(afetivo/cognitivo/psicomotor), em nível de saúde, em termos de racionalidade e
administração e gerenciamento humanista, participativo e estratégico, etc. Ou seja: quem se
beneficiará com sua prática? Após reconheça que sua prática tem limites e os enuncie.
Então, especifique claramente qual o seu objetivo(s) daquela prática ou experiência.
Finalmente, defina os termos que usará no decorrer do relato. Termos mais usados e vitais
para a compreensão do trabalho. Na sua prática certos termos têm um significado muito
especial.
A revisão de literatura
Alguns preferem colocar a literatura que trata de conteúdo da sua prática dentro da
introdução, justamente quando inicia afirmando ou dando exemplo de práticas ou
experiências semelhantes. Isso é adequado quando a bibliografia é pequena. Quando há
muitas práticas semelhantes, é adequado dedicar um espaço específico para ela.
Seja simples e sintético. Saiba ler e estudar todo o texto, resumi-lo e após sintetizá-lo com
outras palavras, sem retirar-lhe o conteúdo. É tecnicamente recomendável indicar o
sobrenome do autor pesquisado e o ano da edição do livro. Exemplo: “Freire (1980) relata
sua experiência como alfabetizador de adultos, onde o povo é valorizado, com o universo
vocabular partindo daí”.
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Outra forma utilizada é transcrever um texto de mais de quatro
linhas. Isso se deve principalmente quando a ideia é muito
original, de difícil resumo sintético por algum motivo, como a
sensibilidade nele contido, e por acreditar que isso poderá
motivar ao leitor. A transcrição ocorre colocando o texto em destaque, mais para o meio da
folha papel ofício A-4 sem pauta. Deve ser datilografado em espaço 1, e não em espaço 2
como vinha sendo feito em todo o relato de experiência. No final da transcrição colocar
sobrenome do autor, ano; e página (p.). Eis um exemplo:
“Eu não sabia como ajudá-lo a sair do seu mundo. Eu o chamava, mas era como ele não me
ouvisse, não conseguia se comunicar, nem sequer se dirigia para o meu lado ou dava um
sorriso. Ele parecia não se interessar por nada.
Geralmente as crianças vibram por uma festa de aniversário. O Alexandre não. Mas quando
estava para completar quatro anos me deu um pouco de esperança. Havia mais quietude
nos seus gestos. Já não apresentava reações tão nervosas. (...)” Szabo, 1991; p. 12/3
Trecho deste texto está transcrito porque o relator está interessado pela prática de leigos,
como uma mãe, com seu filho autista. O relator está experimentando uma nova abordagem
com mães de crianças autistas, fechadas em seu próprio mundo. Ele pretende verificar se
mães treinadas no seu modelo ou de outro autor são capazes de serem ajudadoras de seu
próprio filho. Qual o impacto de uma mãe treinada no Modelo de Relacionamento de Ajuda
de Carkhuff no desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor do seu filho autista?”
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U NIDADE 26
Objetivo: apresentar as etapas do relato de prática.
Continue nesta unidade com o texto de apoio é do professor Hiran Pinel: Relato de
experiência ou prática: planejamento para profissionais de saúde e educação,
publicado em 2002, pela Escola Superior Aberta do Brasil – Esab.
Histórico da experiência
“Por que começou? Há demanda significativa? Como surgiu a ideia? A prática proposta
contrapõe ao que? É um “caso” especial, com um diagnóstico e o prognóstico difícil e você
quer enfrentar com uma prática alternativa?
Metodologia utilizada
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Levantou uma bateria de testes formais;
Orienta a mãe para descrever o que de fato o filho irá fazer na Clínica Psicológica do
Hospital;
Desenvolvimento da prática
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Resultados obtidos
A bibliografia
Os anexos
Os anexos são documentos, textos, testes, questionários, gráficos, tabelas, etc. que você
não acha necessário colocar no corpo do trabalho, pois não se refere diretamente com o
objetivo da sua prática. É apenas uma complementação. Cuidado para não colocar em
anexo aspectos vitais e que justificam a própria prática e seus resultados, e que deveriam,
pois vir no corpo do trabalho.
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A conclusão
A conclusão geralmente deve ser um parágrafo. Deve conter de forma sintética os objetivos
propostos, acrescido de uma síntese dos resultados obtidos. Pode ser usado um “novo”
visual como gráficos diferenciados dos usados no desenvolvimento e resultados obtidos.
Compare os resultados com os obtidos segundo sua revisão de literatura. Pode inferir
supondo porque obteve tais e tais resultados. O que ocorreu, que variáveis foram
intervenientes? Não vá além disso: conclusão é a síntese reflexiva dos resultados.
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U NIDADE 27
Objetivo: apresentar alguns modelos de relato de prática.
Continue nessa unidade com o texto de apoio é do professor Hiran Pinel: Relato de
experiência ou prática: planejamento para profissionais de saúde e educação,
publicado em 2002, pela Escola Superior Aberta do Brasil – Esab.
Anexos
CAPA: em cima nomes completos e em maiúsculos dos autores no meio da folha sem pauta
A4: Título do relato de prática ou experiência. Em maiúscula.
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Na parte de baixo da folha: colocar o nome da instituição, setor onde se realizou a
experiência, cidade e data.
Cidade, data
Na terceira folha pode ser que você queira colocar uma epígrafe. Geralmente é uma frase
significativa, sensível e que pelo seu pequeno tamanho define a sua prática. A frase literária
ou não tem que ter relação com o corpo do relato.
Na sexta folha pode colocar a Lista de tabelas, quadros, figuras, retratos, gráficos, etc.
Enumere-os por conteúdo e coloque o título de cada uma. Exemplo: Quadro III –
Autopercepções de adolescentes alcoólicos antes de serem submetidos à Psicanálise
associada ao treinamento de habilidades ajudadoras.
Na sétima folha você coloca o RESUMO em português. Um bom resumo deve ser pequeno
(não mais de 200 ou 300 palavras). Deve conter objetivo, metodologia e síntese dos
resultados. Exemplo:
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Na oitava folha o mesmo Resumo em inglês: ABSTRACT, ou outro idioma. Isto é importante
pois muitos estrangeiros lendo o resumo e interessados, escreverão para o autor ou
instituição pedindo cópia do todo.
A partir daqui as páginas serão enumeradas em cima no canto direito, começando pelo
número 1
Modelo A
Instituição; localidade; município; setor onde se realizou a prática; período de tempo; duração
(dias, meses, anos, horas...); Introdução; Histórico da experiência ou prática; Objetivo da
experiência ou prática; Clientela envolvida ou atingida; Métodos utilizados: (natureza da
prática, materiais e instrumentos, análise dos dados, técnicas utilizadas, procedimentos);
Desenvolvimento da prática: (resultados obtidos e discussão dos resultados); Bibliografia;
Anexos.
Modelo B
Modelo C
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referido estágio...; Revisão de Literatura – O tema do estágio deve ser motivo de pesquisa
bibliográfica. Exemplo: relato de prática de estágio em alfabetização de adolescentes cegos.
Pode haver por exemplo 3 conteúdos a serem discutidos, citando os autores:
O Relatório
Citar área por área, e abaixo de cada uma descreva as tarefas desempenhadas, em ordem
cronológica, temporal. Exemplo:
Faz chamada dos alunos; Estabelece “rapport”; Diz que hoje vamos brincar de sentir pelos
dedos; Conversa com o grupo sobre o que são sentimentos; Conversa com o grupo sobre os
dedos e suas funções; Pede para cada aluno passar um dedo numa lixa lisa; Diz quando o
aluno passa o dedo: – Esta lixa é lisa, etc.
Diante de cada tarefa enunciada, analise-a. Detecte o que se exige do adolescente para que
ele acerte. São os pré-requisitos. Por exemplo, na tarefa 1, supõe-se que os alunos saibam
seu nome, escutam e aprenderam alguma forma grupal de mostrar-se presente. Na tarefa 2
devem saber os conceitos de brincar, sentir os dedos, etc. Há tarefas que exigem habilidade
fina ou ampla, inteligência, memória visual, auditiva, de números, de figuras, de nomes;
raciocínio e habilidade numérica; raciocínio abstrato; atenção concentrada; saber ler e
escrever; Ter hábitos de higiene, etc.
Autoavaliação. Como você se avalia quanto ao rendimento no estágio? Faça uma avaliação
qualitativa e quantitativa.
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Entraves observados. Faça sugestões para superá-los. Aprecie o estágio, a instituição, o
orientador.
Todo instrumento ou material que você utilizar, pouco conhecido colocar em Anexo ou, se
couber, no corpo do relato.
Conclusão
Sugestões e recomendações
Bibliografia
Anexos
Existem inúmeros modelos de relatos de experiência ou prática, porém, nosso objetivo foi
introduzir o tema com a apresentação de alguns poucos modelos. Se o seu interesse foi
despertado, encontrará literatura especializada para aprofundar suas pesquisas.
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U NIDADE 28
Objetivo: apresentar a teoria das inteligências múltiplas.
Inteligências múltiplas
Howard Gardner trouxe uma nova perspectiva de entendimento sobre o que é inteligência.
Segundo a teoria cunhada por Gardner: as inteligências são potenciais, que poderão ser ou
não ativados, dependendo dos valores culturais, das oportunidades disponíveis e das
decisões pessoais tomadas pelos indivíduos, suas famílias, seus professores, etc.
A teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida, a partir da década de 1990, por uma
equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard liderada pelo psicólogo Howard
Gardner. Ela identificou e descreveu originalmente sete tipos de inteligência nos seres
humanos e obteve grande impacto na educação, no início da década de 1990. Mais
recentemente, acrecentou-se à lista um oitavo tipo, a inteligência naturalista.
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As inteligências
Linguística - caracteriza-se pela maior sensibilidade para a língua falada e escrita. Também
medida por testes de QI, é predominante em oradores, escritor e poetas.
Musical - expressa-se através da habilidade para tocar, compor e apreciar padrões musicais,
sendo mais forte em músicos, compositores e dançarinos.
Trajetória da teoria
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Em seu processo de revisão de sua teoria Gardner acrescentou a "Inteligência Natural" à
lista das inteligências originais, que refere-se à habilidade de reconhecer e classificar
plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna e flora
e devido às suas contribuições para uma maior compreensão do meio ambiente e de seus
componentes.
Gardner explica que as inteligências não são objetos que podem ser contados, e sim,
potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura
específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas
por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.
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U NIDADE 29
Objetivo: apresentar uma reflexão sobre a Educação para a paz.
Portanto, lançar o tema Cultura da Paz no curso de Psicopedagogia significa lançar uma
semente para estimular a pesquisa e a mudança de perspectiva, primeiramente pessoal.
Desejo-lhes bom estudo. Reflitam sobre o tema com afinco e profundidade.
A violência impera no mundo, seja nos países ricos ou pobres. As causas aventadas, em
geral, são o narcotráfico, a pobreza gerando a fome e o fanatismo, sob todas as suas formas
ideológica, política, religiosa, racial, etc. O aumento de excluídos sem nenhum compromisso
cultural é também um fator relevante.
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No ano passado, em reunião promovida pela UNESCO, no Bureau Internacional da
Educação, os Ministros da Educação de todo o mundo votaram, em unanimidade, uma
recomendação para que seja introduzida a Educação para a paz em todos os
estabelecimentos de ensino. Já quando de sua criação, a UNESCO, em seu preâmbulo,
declarava: "As guerras nascem no espírito dos homens; logo, é no seu espírito que precisam
ser erguidos os baluartes da paz".
Uma profecia bíblica diz que haverá um dia em que as espadas se transformarão em arados.
Isto pode ser interpretado como sendo uma transformação, no nosso espírito, da agressão e
violência simbolizados pela espada, em amor e tolerância simbolizados pelo arado. Se
deixarmos de fazer isto, pode-se desarmar o mundo inteiro, tirando todas as "espadas", que
os homens irão à violência e atacarão com arados ou pontapés.
O ensino atinge o conhecimento, modificando as opiniões. Mas sabemos hoje que podemos
ter opiniões bem pacíficas na mente e perdemos a paciência e agredimos na primeira
pequena frustração. Por isto, a questão só pode ser resolvida por uma educação integral
para a paz e não violência.
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Agora, retome estes tópicos para um maior aprofundamento.
A educação para uma arte de viver em Paz, começa pela harmonia, o equilíbrio interior entre
o corpo, as emoções e a mente, entre a vida física, emocional e intelectual.
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2º A paz com os outros (Ecologia e consciência social)
São também os valores enfatizados na revolução francesa, também indissociáveis, tais como
a liberdade, a igualdade e a fraternidade. O fracasso dos regimes políticos e econômicos
atuais, provém do fato de que a liberdade tem sido enfatizada pelo capitalismo que sacrificou
a igualdade; a igualdade foi o que o comunismo quis estabelecer, mas sacrificou-se nisto a
liberdade; e a fraternidade tem sido relegada à espiritualidade, ignorada ou mesmo reprimida
pelos dois sistemas políticos e econômicos de cunho materialista.
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No plano social e político, substituir uma sociedade fundamentada na competição pela
cooperação e pela sinergia, isto é, pela capacidade e ação de juntar os esforços de todos em
benefício da harmonia e do bem de todos. Consiste em colocar entre partidos políticos e
entre as religiões um entendimento inspirado por estes valores superiores a que nos
referimos acima. É preciso desenvolver o transpartidarismo político e a inter-religiosidade.
União, respeitadas as diferenças, unidade diferenciada.
Algumas ideias e ações estão despontando neste sentido. Nos países ricos e regiões ou
camadas abastadas dos países pobres, surge um movimento de "simplicidade voluntária",
visando reduzir o excesso de consumo, o que se inscreve dentro das recomendações das
Nações Unidas de um "desenvolvimento sustentável", ou melhor, "viável".
Uma nova economia deverá ser obrigatoriamente o que Cristóvam Buarque recomenda
como sendo uma "econologia".
Nos países pobres em que impera a miséria e a fome, um novo conceito será indispensável:
o "conforto essencial".
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Como mostramos, a economia terá de levar em consideração as limitações de exploração do
planeta Terra.
Desde a Eco 92, no Rio de Janeiro, as mídias têm realizado um trabalho notável no sentido
de divulgar os perigos de destruição de um lado, e os meios para remediar e evitar esta
violência para com a natureza.
Ela começa por uma harmonia com a matéria. Saber lidar com a terra sem poluí-la, com a
água viva e saudável, com o fogo, sem ele nos destruir, com o ar indispensável a vida.
Se trata também de educar para o respeito à vida em todas as suas formas, inclusive a vida
humana...
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Como você conceitua as três ecologias?
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U NIDADE 30
Avaliação do Módulo
Envie para a tutora a sua avaliação acerca do módulo com sua nota e sugestões
Especificar críticas
Gerar sugestões
Especificar críticas
Gerar sugestões
Especificar críticas
Gerar sugestões
Especificar críticas
Gerar sugestões
Sobre os vídeos
Especificar críticas
Gerar sugestões
Para finalizar seus estudos é fundamental que você acesse sua sala de aula, no site da
ESAB, e faça a Atividade 3, no link “Atividades”.
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Atividades dissertativas
Acesse sua sala de aula, no link “Atividade Dissertativa” e faça o exercício proposto.
Bons Estudos!
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G LOSSÁRIO
ABERTURA (PIAGET)
ACOMODAÇÃO (PIAGET)
Processo proposto por Piaget, segundo o qual a pessoa modifica a estrutura existente:
ações, ideias ou estratégias, para adequar-se a novas experiências. Reestruturação dos
esquemas de assimilação. O novo conhecimento representa a acomodação.
ADAPTAÇÃO (PIAGET)
ADOLESCÊNCIA
AFETIVIDADE
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AFETO
Termo que a Psicanálise foi buscar na terminologia psicológica alemã e que exprime
qualquer estado afetivo, penoso ou desagradável, vago ou qualificado, quer se apresente
sob a forma de uma descarga maciça, quer como tonalidade geral. Segundo Freud, toda
pulsão se exprime nos dois registros, do afeto e da representação. O afeto é a expressão
qualitativa da quantidade de energia pulsional e das suas variações.
ALEXIA
AMBIVALÊNCIA
AMNÉSIA INFANTIL
Amnésia que geralmente cobre os fatos dos primeiros anos da vida. Freud vê nela algo
diferente do efeito de uma incapacidade funcional que a criança teria de registrar as suas
impressões; ela resulta do recalque que incide na sexualidade infantil e se estende à quase
totalidade dos acontecimentos da infância. O campo abrangido pela amnésia infantil
encontraria o seu limite temporal no declínio do complexo de Édipo e entrada no período da
latência.
ANARTRIA
ANIMA (JUNG)
ANIMUS (JUNG)
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Instância inconsciente do psiquismo humano e núcleo arquetípico da imagem inconsciente
masculina.
ANOMIA
APRAXIA
APRENDENTE
APRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM (PIAGET)
ARQUÉTIPO (JUNG)
ASSIMILAÇÃO (PIAGET)
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de ação do indivíduo ou o processo em que o indivíduo transforma o meio para satisfação de
suas necessidades. O conhecido (conhecimento anterior) representa a assimilação. Só há
aprendizagem quando os esquemas de assimilação sofrem acomodação. Assimilação e
acomodação são processos indissociáveis e complementares.
ATO FALHO
Ato em que o resultado explicitamente visado não é atingido, mas se vê substituído por outro.
Fala-se de atos falhos não para designar o conjunto das falhas da palavra, da memória e da
ação, mas para as ações que habitualmente o sujeito consegue realizar bem, e cujo fracasso
ele tende atribuir apenas à sua distração ou ao acaso. Porém, Freud demonstrou que os atos
falhos estão relacionados à intenção consciente do sujeito e a emoção recalcada.
AUTOESTIMA
AUTOREGULAÇÃO (PIAGET)
BEHAVIOURISMO
CARACTERES CONGÊNITOS
CAUSALIDADE (PIAGET)
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Interação entre objetos. Como vínculo causal - é afirmar a relação entre antecedente e
consequente como necessária (dado A. B é inevitável, não pode deixar de ser). Como uma
espécie particular de síntese, constituindo no fato de que a alguma coisa A, outra coisa
completamente diferente, B, liga-se seguindo uma regra (no sentido lógico-matemático).
CIBERNÉTICA (PIAGET)
CIÊNCIA
COGNIÇÃO
COMPLEXO
COMPLEXO DE CASTRAÇÃO
Complexo centrado na fantasia de castração, que proporciona uma resposta ao enigma que
a diferença anatômica dos sexos (presença ou ausência de pênis) coloca para a criança.
Essa diferença é atribuída à amputação do pênis na menina. A estrutura e os efeitos do
complexo de castração são diferentes no menino e na menina. O menino teme a castração
como realização de uma ameaça paterna em resposta às suas atividades sexuais, surgindo
daí uma intensa angústia de castração. Na menina, a ausência do pênis é sentida como um
dano sofrido que ela procura negar, compensar ou reparar. O complexo de castração está
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em estreita relação com o complexo de Édipo e, mais especificamente, com a função
interditória e normativa.
COMPLEXO DE ÉDIPO
Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente com relação aos
pais. Sob a sua forma dita positiva, o complexo apresenta-se como na história de Édipo-Rei:
desejo da morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela
personagem do sexo oposto. Sob a sua forma negativa, apresenta-se de modo inverso: amor
pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento ao progenitor do sexo oposto. Na realidade,
essas duas formas encontram-se em graus diversos na chamada forma completa do
complexo de Édipo. Segundo Freud, o apogeu do complexo de Édipo é vivido entre os três e
cinco anos, durante a fase fálica; o seu declínio marca a entrada no período de latência. É
revivido na puberdade e é superado com maior ou menor êxito num tipo especial de escolha
de objeto. O complexo de Édipo desempenha papel fundamental na estruturação da
personalidade e na orientação do desejo humano. Para os psicanalistas, ele é o principal
eixo de referência da psicopatologia; para cada tipo patológico eles procuram determinar as
formas particulares da sua posição e da sua solução. A antropologia psicanalítica procura
encontrar a estrutura triangular do complexo de Édipo, afirmando a sua universalidade nas
culturas mais diversas, e não apenas naquelas em que predomina a família conjugal.
COMPLEXO DE ELECTRA
Expressão utilizada por Jung como sinônimo do complexo de Édipo feminino, para marcar a
existência nos dois sexos, de uma simetria da atitude para com os pais.
COMPLEXO DE INFERIORIDADE
Expressão que tem a sua origem na psicologia adleriana; designa, de um modo muito geral,
o conjunto das atitudes, das representações e dos comportamentos que são expressões
mais ou menos disfarçadas de um sentimento de inferioridade ou das reações deste.
COMPULSÃO / COMPULSIVO
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Clinicamente falando, é o tipo de conduta que o sujeito é levado a realizar por uma imposição
interna. Um pensamento (obsessão), uma ação, uma operação defensiva, mesmo uma
sequência complexa de comportamentos, são qualificados de compulsivos quando a sua não
realização é sentida como tendo de acarretar um aumento de angústia.
CONFLITO PSÍQUICO
CULTURA DE PAZ
É a Paz em ação. É o respeito aos direitos humanos no dia a dia; é um poder gerado por um
triângulo interativo de paz, desenvolvimento e democracia. Enquanto cultura de vida trata-se
de tornar diferentes indivíduos capazes de viverem juntos, de criarem um novo sentido de
compartilhar, ouvir e zelar uns pelos outros, e de assumir responsabilidade por sua
participação numa sociedade democrática que luta contra a pobreza e a exclusão; ao mesmo
tempo em que garante igualdade política, equidade social e diversidade cultural.
DESEJO
DESENVOLVIMENTO (PIAGET)
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Processo que busca atingir formas de equilíbrio cada vez melhores ou, em outras palavras, é
um processo de equilibração sucessiva que tende a uma forma final, ou seja, a aquisição do
pensamento operatório formal. Pode-se dizer ainda que é a construção de estruturas ou
estratégias de comportamento. Gira em torno da atividade do organismo que pode ser
motora, verbal e mental. É a evolução do indivíduo.
DEVOLUTIVA
Entrevista realizada entre o especialista e o cliente, para que este seja informado do
diagnóstico ou prescrição terapêutica realizada pelo especialista, em qualquer especialidade
clínica.
ECOLOGIA AMBIENTAL
ECOLOGIA INTEGRAL
Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser
humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge
como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 100 bilhões de outros de nossa
galáxia, que, por sua vez, é uma entre 100 bilhões de outras do universo, universo que,
possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo
caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Os cosmólogos,
vindos das ciências da Terra, nos advertem que o inteiro universo se encontra em
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cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um
sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém
está pronto. Por isso, tem que se ter paciência com o processo global, uns com os outros e
também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de
antropogênese, de constituição e de nascimento.
ECOLOGIA MENTAL
Chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se
encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos. Mas, também, no tipo de
mentalidade que vigora cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna,
incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e
arquetípica.
ECOLOGIA SOCIAL
Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o
embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas.
Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A
injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é
o ser humano, homem e mulher.
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considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e
de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.
EGO OU EU
EPISTEMOLOGIA
EQUILIBRAÇÃO (PIAGET)
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Concepção global do processo de desenvolvimento e de seus resultados estruturais
sucessivos. O processo de equilibração define as regras de transição que dirigem o
movimento de um estágio a outro dentro do desenvolvimento. Ou refere-se ao processo
regulador interno de diferenciação e coordenação que tende sempre para uma melhor
adaptação.
Termo usado por Piaget para o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo, dos 2 aos 6
anos, durante a qual a criança desenvolve habilidades lógicas e a classificação básica.
ESTÁGIOS (PIAGET)
ESTUDO DE CASO
ESTUDO TRANSVERSAL
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Pesquisa em que se compara o desenvolvimento de inúmeras pessoas em diferentes
categorias cognitivas e afetivas, por pouco tempo, num mesmo movimento. Vygotsky fez
este tipo de estudo.
ESTUDO LONGITUDINAL
ENSINO
É o processo que visa a modificar o comportamento, atitudes, etc. da pessoa por intermédio
da aprendizagem com o propósito de efetivar as intenções do conceito de Educação, bem
como de facilitar ao outro/educando/aprendente a orientar a sua própria aprendizagem, de
modo criativo e autônomo reconhecendo que sua singularidade (“eu”) se constrói na
pluralidade de ser do ser (coletividade; participação socio-comunitária).
EDUCAÇÃO
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EDUCAÇÃO
Especificações pelo campo - aqui, a Educação pode ser escolar, familiar, especial, etc.
EDUCAÇÃO
Especificações pelo objeto - aqui, a Educação pode ser sexual, da vontade, dos
esfíncteres, etc.
EDUCAÇÃO
Especificações pelas idades da vida – a Educação pode ser primeira educação, dos
infantes, dos adolescentes, dos adultos, etc.
EDUCAÇÃO
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ENSINO-DIDÁTICA
ENSINO-APRENDIZAGEM
ESCOLA
FRUSTRAÇÃO
IDEALIZAÇÃO
Processo psíquico pelo qual as qualidades e o valor do objeto são levados à perfeição. A
identificação com o objeto idealizado contribui para a formação e para o enriquecimento das
chamadas instâncias ideais da pessoa (ego ideal, ideal do ego).
INTELIGÊNCIA (PIAGET)
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Capacidade de adaptação do organismo a uma situação nova. Ou, 'a inteligência é uma
adaptação' (Piaget, 1982). Ou, 'dizer que a inteligência é um caso particular da adaptação
biológica é, pois, supor que ela é essencialmente uma organização e que sua função é a de
estruturar o universo como o organismo estrutura o meio imediato' (Piaget, 1982).
As inteligências são potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores
culturais, das oportunidades disponíveis e das decisões pessoais tomadas pelos indivíduos,
suas famílias, seus professores, etc.
INTERDISCIPLINARIDADE
Diz respeito à transferência de métodos de uma disciplina à outra. Podemos distinguir três
graus de interdisciplinaridade: a) um grau de aplicação, b) um grau epistemológico, c) um
grau de geração de novas disciplinas. Assim como a pluridisciplinaridade, a
interdisciplinaridade ultrapassa as disciplinas, mas seu objetivo permanece dentro do mesmo
quadro de referência da pesquisa disciplinar.
INTUIÇÃO (JUNG)
Uma das quatro funções da consciência, cujo papel é perceber o significado implícito de
cada objeto de atenção que entre no campo da consciência, visando apreender sua
tendência geral de desenvolvimento.
INTUIÇÃO (PIAGET)
É uma representação construída por meio de percepções interiorizadas e fixas e não chega
ainda ao nível da operação. Ou, é um pensamento imaginado... Incide sobre as
configurações de conjunto e não mais sobre simples coleções sincréticas simbolizados por
exemplares tipos.
LIBERDADE (PIAGET)
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LIDERANÇA (PIAGET)
Permissão dada pelo grupo para que cada um de seus componentes utilize suas aptidões
para comandar este grupo, quando a situação exigir, e ele seja o mais indicado para tal
situação.
MECANISMOS DE DEFESA
MOTIVAÇÃO (PIAGET)
MULTIDISCIPLINAR
NARCISISMO
PATOLOGIA
Parte da Medicina que estuda as doenças, seus sintomas e natureza das modificações que
elas provocam no organismo.
PENSAMENTO (JUNG)
Uma das quatro funções da consciência, cujo papel é aplicar raciocínios sobre cada objeto
de atenção que entre no campo da consciência, visando identificar o que é.
PLURIDISCIPLINARIDADE
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Diz respeito ao estudo de um tópico de pesquisa não apenas em uma disciplina, mas em
várias ao mesmo tempo.
PSICANÁLISE
Escola de Psicologia que segue as linhas teóricas e de prática psicoterapêutica criadas por
Sigmund Freud e alguns de seus principais discípulos ou seguidores, como Melanie Klein e
Jacques Lacan.
PSICOLOGIA
Ciência que estuda a alma humana, bem como comportamento humano e animal.
Subjetividade — é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um.
É o que constitui o osso modo de ser.
Internalização — termo criado pro Vygotsky e que se refere às atividades externas que se
modificam em atividades internas, através da manipulação de instrumentos e o uso da
linguagem (um dos mais vitais signos), passando do meio interpessoal para o
intrapsicológico.
PSICOLOGIA ANALÍTICA
Escola de Psicologia que segue as linhas teóricas e de prática psicoterapêutica criadas por
Carl Gustav Jung e alguns de seus principais discípulos ou seguidores, como Marie-Louise
Von Franz e James Hillman.
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Ramo da psicologia que estuda as mudanças de comportamento que ocorrem com a idade.
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PSICOSSOCIAL
Compreendendo o sentido etimológico do termo, siquê = mente + social, torna- se mais fácil
abarcar a compreensão psicológica do mesmo. Uma teoria psicossocial apresenta aspectos
psicológicos relacionados com a sociedade e com a conduta social do ser humano.
REGRESSÃO
RESISTÊNCIA
Chama-se resistência a tudo o que nos atos e palavras do analisando, durante o tratamento
psicanalítico, se opõe ao acesso deste ao seu inconsciente. Por extensão, Freud falou de
resistência à Psicanálise para designar uma atitude de oposição às suas descobertas na
medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligiam ao homem um vexame
psicológico.
SADISMO
SELF (JUNG)
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Arquétipo central e organizador de toda a psique.
SENSAÇÃO (JUNG)
Uma das quatro funções da consciência, cujo papel é permitir a percepção consciente,
através das sensações corporais, de como é cada objeto de atenção que entre no campo da
consciência.
SENTIMENTO (JUNG)
Uma das quatro funções da consciência, cujo papel é valorar afetivamente cada objeto de
atenção que entre no campo da consciência, visando estabelecer sua importância afetiva.
SEXUALIDADE
SEXUALIDADE
Em uma definição apenas fisiológica, sexualidade é o instinto que tem por objeto um parceiro
do sexo oposto e por alvo a união dos órgãos sexuais, visando a reprodução da espécie; em
uma visão psicológica, porém, sexualidade é todo um conjunto de atividades que, além disto,
visam obter prazer com a descarga de libido através da satisfação da pulsão sexual.
SIMBÓLICO
Termo introduzido (na sua forma de substantivo masculino) por J. Lacan, que distingue no
campo da Psicanálise três registros essenciais: o simbólico, o imaginário e o real. O
simbólico designa a ordem de fenômenos de que trata a Psicanálise, na medida em que são
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estruturados como uma linguagem. Este termo refere-se também à ideia de que a eficácia do
tratamento tem o seu elemento propulsor real no caráter fundador da palavra.
SIMBOLISMO
SOCIALIZAÇÃO (PIAGET)
SOMBRA (JUNG)
SUBCONSCIENTE, /SUBCONSCIÊNCIA
Termo utilizado em psicologia para designar tanto o que é fracamente consciente como o
que está abaixo do limiar da consciência atual ou mesmo inacessível a ela; usado por Freud
nos seus primeiros escritos como sinônimo de inconsciente, o termo foi logo rejeitado em
virtude dos equívocos que favorece.
SUBLIMAÇÃO
Processo postulado por Freud para explicar atividades humanas sem qualquer relação
aparente com a sexualidade, mas que encontrariam o seu elemento propulsor na força da
pulsão sexual. Freud descreveu como atividades de sublimação principalmente a atividade
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artística e a investigação intelectual. Diz-se que a pulsão é sublimada na medida em que é
derivada para um novo objetivo não sexual e em que visa objetos socialmente valorizados.
SUPEREGO
Uma das instâncias da personalidade tal como Freud a descreveu no quadro da sua segunda
teoria do aparelho psíquico: o seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor
relativamente ao ego. Freud vê na consciência moral, na auto-observação, na formação de
ideais, funções do superego. Classicamente, o superego é definido como o herdeiro do
complexo de Édipo; constituí-se por interiorização das exigências e das interdições parentais.
Certos psicanalistas recuam para mais cedo a formação do superego, vendo esta instância
em ação desde as fases pré-edipianas (Melanie Klein) ou pelo menos procurando
comportamentos e mecanismos psicológicos muito precoces que seriam precursores do
superego.
SUPEREGO (JUNG)
TRANSFERÊNCIA
TRANSFORMAÇÃO (PIAGET)
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Processo em que as estruturas se constroem a partir dos elementos que as constituem.
TRAUMA
Acontecimento da vida do sujeito que se define pela sua intensidade, pela incapacidade em
que se encontra o sujeito de reagir a ele de forma adequada, pelo transtorno e pelos efeitos
patogênicos duradouros que provoca na organização psíquica. Em termos econômicos, o
traumatismo caracteriza-se por um afluxo de excitações que é excessivo em relação à
tolerância do sujeito e à sua capacidade de dominar e de elaborar psiquicamente estas
excitações.
ZONA ERÓGENA
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B ibliografia
ELLIS, Andrew W. Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Porto Alegre:
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IANHEZ, Maria Eugênia e NICO, Maria Ângela. Nem sempre é o que parece: como
enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. São Paulo: Elsevier, 2002
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Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 1989.
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SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e comportamento humano. 4 ed. São Paulo: Martins
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WEIL, Pierre. A mudança de sentido e o sentido da mudança. Rio de Janeiro: Rosa dos
Tempos, 2000.
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