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O Analista suficientemente bom

“... só recentemente me tonei capaz de esperar; 1


e esperar, ainda, pela evolução natural da
transferência que surge da confiança crescente
do paciente na técnica e no cenário
psicanalítico, e evitar romper esse processo
natural, pela produção de interpretações”.

Winnicott

Hoje vamos usar um dos conceitos mais importantes da teoria winnicottiana, o “uso do
objeto”, para falar sobre aspectos fundamentais em nossa prática clínica. A importância do
conceito do uso do objeto está especialmente ligada ao manejo do tempo e da destrutividade
nas relações com nossos pacientes com falhas de constituição mais graves ou extremamente
regredidos.

O uso do objeto ainda está intimamente ligado a outros conceitos da teoria de


Winnicott como a ilusão de onipotência, a desilusão, a mãe suficientemente boa, a mãe não
suficientemente boa, a destrutividade primitiva, o falso self e à construção de um Eu, da
própria subjetividade e da realidade externa. Vou tentar abordar um pouco de cada uma dessas
ligações.
Para facilitar a compreensão da articulação entre a relação de objeto e o uso do objeto é
importante já antecipar que o conceito de relação de objeto não tem o mesmo sentido que
estamos acostumados a pensar em outras teorias psicanalíticas. Para Freud e Klein a relação
de objeto envolve indivíduos separados, mesmo que o ego utilize projeções.
Para Winnicott não é assim.

Já vimos em outra aula que o bebê quando nasce é uma coleção de partes. E suas
primeiras tarefas serão no sentido de buscar uma unidade. Neste estágio do primitivo do
desenvolvimento não há relação de objeto, nem estrutura psíquica, como ego, id e superego. O
que existe são núcleos de ego. Porém, para que o potencial hereditário possa atualizar-se,
possa manifestar-se no indivíduo, não basta apenas a mera passagem do tempo, porque trata-se

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de uma tendência e não de uma determinação. Para que a tendência venha a realizar-se o bebê
depende, fundamentalmente, da presença de um ambiente facilitador, na figura da mãe
suficientemente boa que, com sua preocupação materna primária, lhe forneça os cuidados que
ele necessita para se tornar si mesmo. 2
Também convém perguntar: qual é a unidade que se estuda em Psicanálise? É a criança
(então seria o paciente), ou a dupla mãe-bebê (portanto, no caso a dupla paciente-analista).
Não resta dúvida sobre a posição de Winnicott. Em uma reunião da Sociedade Britânica de
Psicanálise, em 1940, ele afirmou que “o bebê é algo que não existe” e completou: “quando
me mostram um bebê, mostram também alguém que se ocupa da maternagem”.

No início, mãe e bebê estão fusionados numa unidade. São dois em um. Não existe
diferenciação e, portanto, não podemos falar em relações de objeto no sentido das teorias de
Freud e Klein. Para Winnicott a relação que o bebê estabelece com a mãe nesse período da
vida é de pura subjetividade. A relação que o bebê tem é com um objeto criado por ele,
projetado, um objeto subjetivo. O bebê se encontra em estado de isolamento, visto que a
relação com os objetos não ocorre numa realidade compartilhada. Surge, então, a necessidade
de transformar o envolvimento para com este objeto, provocando uma mudança de relação de
objeto para uso do objeto.

Usar um objeto é uma conquista do amadurecimento que dá continuidade à


transicionalidade, momento em que a criança está começando a viver relações com os objetos
externos, e estes podem começar a ser percebidos e usados como externos.

Atravessando a transicionalidade, o bebê cria condições para chegar até a realidade


objetivamente percebida e compartilhada, para o enriquecimento das relações humanas.
Porém, a passagem da transicionalidade para a realidade externa não ocorre automaticamente.
Muita coisa deverá ocorrer para que haja a constituição da externalidade. Há muitas tarefas a
serem realizadas pelo bebê, em cujo mundo interno estão ocorrendo transformações
complexas. O bebê se relaciona com os objetos de seu mundo interno e estes objetos se tornam
cada vez mais significativos para ele.

No primeiro momento as relações têm um caráter completamente subjetivo. A


realidade para o bebê é aquilo que ele cria conforme as suas necessidades, e não conforme o
seu desejo, porque no início da vida psíquica não existe ainda desejo. Existe uma
indiferenciação entre o “Eu” e o “Não Eu” e o bebê se relaciona com seus objetos subjetivos,

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aqueles que ele cria em função das suas próprias necessidades O objeto subjetivo é exatamente
aquilo que o bebê precisa. Podemos dizer que os objetos subjetivos são o próprio sujeito nessa
fase do desenvolvimento.

Mas o bebê não pode continuar a viver num mundo que é feito apenas de suas 3
projeções e a comunicação com objetos subjetivos, que foi extremamente necessária mas se
torna um "beco sem saída". Desse modo, há um momento do amadurecimento normal em que
o bebê precisa destruir o objeto subjetivo, não para livrar-se de algo mau que está dentro dele
(ainda não há dentro e a questão não é bom ou mau) mas para, expulsando-o para fora do seu
controle onipotente e experienciando a sobrevivência do objeto, poder reconhecê-lo como uma
coisa em si, externa, real e separada do seu eu, como algo que vive por sua própria conta.

E de que maneira o analista/ambiente colabora com o bebê/paciente para que seja


possível a passagem da relação de objeto subjetivo com o analista para o seu verdadeiro uso
pelo paciente? Eu diria que o mandamento básico para o analista suficientemente bom é este:

 Respeite incondicionalmente o tempo, o ritmo e sobreviva à destrutividade do seu


paciente.

No livro Natureza Humana, capitulo I, logo na primeira frase, Winnicott afirma que o
ser humano é um exemplar do tempo na natureza. Ele considera que o ser humano não é só
inserido no tempo, o tempo faz parte da sua constituição. O ser humano não só acontece no
tempo, não só está diante do tempo, mas é tempo.

E também no início do artigo “O Uso do objeto”, em seu livro “O brincar e a


realidade”, Winnicott começa falando de sua experiência clínica para nos alertar de que, por
diversos motivos pessoais conscientes e/ou inconscientes, vividos na transferência, o analista
pode se ver tomado de ansiedade para interpretar a comunicação oferecida pelo paciente, se
antecipando a ele, não podendo sustentar a situação, não levando em conta o ritmo, não
podendo esperar o gesto do paciente, no tempo do paciente. O analista que se coloca dessa
maneira não está dando tempo para que o paciente possa elaborar e criar a interpretação, que
possa encontrá-la. Esta é uma grande falha do analista, porque por conta de sua ansiedade em
interpretar, de sua antecipação ao gesto do paciente, ele impede seu paciente da possibilidade
de ter a sua própria experiência, que é o elemento mais fundamental da situação analítica. Se o
analista se antecipa, priva o paciente de ter suas próprias respostas para os seus próprios
conflitos, já que Winnicott parte do princípio que apenas o paciente essas respostas

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Para exemplificar Winnicott na conta sobre sua própria experiência escrevendo: “só
recentemente me tonei capaz de esperar; e esperar, ainda, pela evolução natural da
transferência que surge da confiança crescente do paciente na técnica e no cenário
psicanalítico, e evitar romper esse processo natural, pela produção de interpretações”. 4
Esta é a primeira ideia que Winnicott fala no artigo “O uso do objeto”. Assim como o
tempo é fator fundamental no processo de amadurecimento do ser humano, também é
fundamental o respeito ao tempo do paciente na situação analítica. Esta contribuição está
diretamente ligada a um modo pelo qual Winnicott compreende o sofrimento humano, as
questões psicopatológicas e também sua contribuição para teoria da técnica.

Winnicott diz que, assim como uma mãe suficientemente boa, nos primeiros tempos de
vida do bebê a mãe está até meio adoecida de tanta dedicação, quase que totalmente adaptada
ao seu bebê, adivinhando as suas necessidades, se adaptando ao tempo, ao ritmo dele, assim
também o analista precisa agir assim com esse tipo de paciente, precisa se adaptar a ele até que
perceba que pode ir se desadaptando. E, se tudo der certo, o paciente pode ir aos poucos
encontrando o analista como uma pessoa separada, real, inteira e que tem uma vida pessoal. A
partir desse momento o paciente poderá então usar o analista. Concomitantemente o paciente
se sente uma pessoa real. Winnicott acredita que este processo pode durar muitos anos.

À medida que o sujeito vai adquirindo a capacidade de distinguir o que é objeto real,
externo ao si mesmo, e o que é criação sua, fruto de sua projeção, ao mesmo tempo,
concomitantemente ele vai se constituindo como si mesmo, vai construindo as suas fronteiras.
Vai aos poucos descobrindo quem é, o que precisa, o que é bom ou que é ruim, o que sente.
Ou seja, vai se constituindo como um ser que tem vida separada, e passa a perceber o outro
como outro, separado, diferente, com vida própria e que não é controlável pela sua
onipotência. Claro que este é um longo processo na constituição do si mesmo.

Já vimos que, do ponto de vista das etapas do desenvolvimento, tem-se primeiro a


relação e depois o uso do objeto. Entre o relacionamento e o uso existe a "colocação, pelo
sujeito, do objeto subjetivo fora da área de seu controle onipotente, isto é, a percepção que o
sujeito tem do objeto como fenômeno externo, não como entidade projetiva". Quando
Winnicott fala de uso de um objeto, ele pressupõe como dada a relação de objeto, mas
acrescenta novas características relacionadas à natureza e ao comportamento do objeto. Isso
porque, o objeto para ser usado, deve ser necessariamente real, no sentido de fazer parte da
realidade compartilhada, e não ser um feixe de projeções.

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Na situação de análise, a sequência do processo desenvolvimento seria a seguinte com
aqueles pacientes com falhas muito básicas de constituição e/ou que regrediram, num certo
estágio do processo terapêutico ao estágio da dependência absoluta:

1- O paciente relaciona-se com o analisa como objeto subjetivo. 5


2- O analista se acha em processo de ser encontrado, ao invés de colocado pelo
paciente no mundo.
3- O paciente destrói o analista enquanto objeto subjetivo;
4- O analista sobrevive à destruição;
5- O paciente pode agora usar o analista.

Mas a experiência de destruição depende de o objeto sobreviver à destruição, o que


significa, neste contexto, não retaliar, não mudar de atitude, não sucumbir. A palavra
"destruição" é necessária não em função do impulso do bebê a destruir, "mas devido à
suscetibilidade do objeto a não sobreviver, o que também significa mudança de qualidade, de
atitude” Se o objeto sobrevive à destruição, o padrão de desenvolvimento da agressividade
pessoal da criança prossegue e, um pouco mais tarde, servirá de pano de fundo para uma
contínua fantasia (inconsciente) de destruição ou provocação. O objeto pode então ser usado.

Então, para que o sujeito possa alcançar a capacidade de ser si mesmo, alcançar uma
identidade separada, para que possa ir se aproximando da experiência de ser uma pessoa total,
é preciso destruir os objetos subjetivos.

E quando a pessoa está em análise, é o analista que o paciente precisa destruir como
objeto subjetivo, para que possa ter a possibilidade de se relacionar com uma pessoa total,
independente, com uma vida separada e autônoma e assim poder encontrar o objeto externo,
do lado de fora de sua realidade subjetiva. O analista precisa ser destruído para poder ser
encontrado na realidade de fora, na realidade compartilhada. E assim seja possível para o
paciente usar o analista como pessoa, à parte das suas projeções.

A mudança da relação de objeto para o uso do analista está relacionada à destruição do


analista pelo paciente. Contudo, o paciente só pode destruir o analista na medida em que não
há risco deste sucumbir. Se o paciente sente que precisa proteger o analista devido à sua
fragilidade, ele não o destruirá e não chegará a relacionar-se com o analista real, usando-o,
amando-o ou odiando-o.

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A destruição, em Winnicott, desempenha um papel importante na criação da realidade.
Para que o bebê perceba o mundo objetivamente, ele deve experienciar o objeto que sobrevive
à sua destrutividade. A sobrevivência do objeto conduz ao uso do objeto. E o uso do objeto
conduz à separação de dois fenômenos distintos: a fantasia e a localização real do objeto fora 6
da área de projeção. Assim, os objetos são destruídos por serem reais e são reais por terem
sido destruídos.

No setting analítico o analista deve funcionar como "mãe suficientemente boa",


podendo sustentar ser alvo da agressividade do paciente e, especialmente, sobrevivendo a ela.
Isso se expressa principalmente na manutenção do setting analítico O analista, ao não retaliar
o ataque, permite que o paciente o coloque fora de sua área de onipotência, o que propicia a
instauração da realidade externa e da fantasia.

Sobreviver significa preservar a qualidade da relação e do ambiente no setting


analítico, sem retaliação. É manter o cuidado com o paciente, a despeito de seus próprios
estados de ânimo, orientado pelas necessidades dele. Enfim, é manter-se vivo e permanecer
sustentando a situação durante o tempo necessário para o processo de desenvolvimento
paciente.

Um dos maiores desafios para a capacidade de sobreviver do analista seja a situação do


paciente que precisa regredir à dependência. Nesse momento, a sobrevivência do analista é
fundamental e não se pode esquecer o quanto é arriscado para o paciente expor-se à
dependência e a um novo início de esperança.

Segundo Winnicott, muitos casos considerados inadequados para a análise "são


realmente inadequados, se não soubermos lidar com as dificuldades surgidas na transferência
em razão da falta essencial de uma verdadeira relação com a realidade externa". E ainda que
"na prática psicanalítica, as mudanças positivas que ocorrem nessa área podem ser profundas.
Elas não dependem do trabalho interpretativo, mas sim da sobrevivência do analista aos
ataques, que envolve e inclui a ideia da ausência de uma mudança de qualidade para a
retaliação".

A sobrevivência do analista é um elemento fundamental na clínica psicanalítica


winnicottiana. Contudo, nos casos de pacientes em sofrimento psíquico grave, ela se faz
absolutamente imprescindível na transferência com o analista.

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Essa experiência de destruir demonstra a aplicação das ideias de Winnicott a respeito
da importância da destruição e da sobrevivência do analista como elemento constitutivo que
possibilita a colocação do analista fora da experiência de onipotência do paciente. A
destruição, nesse caso, não está na dimensão da pulsão de morte e, sim, na dimensão 7
constitutiva do sujeito. Uma dimensão que tem importância não apenas no processo de
constituição do indivíduo, como também no processo analítico.

Muitos pacientes chegam a análise já tendo constituído esta capacidade. Porém, muitos
outros, como os pacientes psicóticos, os borderlines, que não chegaram a se constituir como
um “eu sou”, precisam que este processo de separação eu-não eu seja constituído na análise.
Me arrisco até a dizer que não são apenas os psicóticos e os borders não. Vejo cada dia mais
no consultório pacientes que parecem ser “neuróticos normais” mas que, no decorrer do
processo, vão revelando falhas graves em sua constituição e demandam o mesmo tipo de
cuidado.

Se o paciente ainda está vivendo no mundo subjetivo vai viver o analista como objeto
subjetivo e a experiência de ilusão de que o analista é criação dele. O analista é o que ele
necessita. Estamos num tipo de funcionamento onde não se pode falar verdadeiramente em
uma discriminação entre consciente e o inconsciente. Este é o ponto. Estamos nos primórdios
da constituição do self. Não se pode falar de dentro ou fora, de eu ou outro. É o que Margareth
Little denominou de transferência ilusória. O gesto do analista, as falas do analista são vividas
não como algo do analista, mas como algo que surgiu do paciente. Há uma indiscriminação
entre paciente e analista.
Winnicott na alerta para que fiquemos atentos para diferenciar que tipo de relação o
paciente estabelece conosco. Precisamos estar atentos para que o processo analítico não seja
uma farsa.

A ideia de se adaptar ao paciente geralmente se aplica para o início de tratamento e de


acordo com a compreensão pelo analista da patologia do seu paciente e dos sofrimentos
apresentados por aquela determinada pessoa. A partir de um certo ponto em que a análise
tenha avançado o suficiente aparece a possibilidade do paciente usar mais o analista.

Isso pode acontecer quando, por exemplo, o paciente já tem confiança e já adquiriu a
capacidade de destruir o analista sem o temor da retaliação. É só pela destruição e pela
liberdade em destruir o outro é que a intimidade é estabelecida. Alguns pacientes chegam
mesmo a dizer: depois daquele dia que nos estranhamos que me sinto à vontade com você. A
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relação sustenta a situação de confronto. Neste ponto o paciente alcançou a possibilidade de
usar o setting e o analista para alcançar as experiências que necessita. Nesse ponto a análise se
coloca sob o domínio do seu gesto. O analista está lá e sustenta a sessão. É a alteridade
alcançada. 8
É a permanência do analista na sua objetividade que vai fazer com que o paciente
possa destruir o objeto subjetivo e permanecer destruindo na fantasia. Todas aquelas vivências
da ilusão de onipotência, continuam, até porque o primitivo de nós jamais nos abandona,
porém agora podem continuar dentro de nós, internamente, na fantasia inconsciente. O objeto
permanece e sobrevive. Tem vida própria e é diferente de mim, e o sujeito reconhece a
alteridade. Uma parte da pessoa se integrou. Esse não é o objetivo da análise? Ajudar o
paciente a integrar seus aspectos não integrados, ou dissociados?

No artigo de Martin Weich, “O Analista Suficientemente Bom”, ele escreve: (é uma


citação longa, mas vale a pena finalizar essa aula com ela)

“O analista suficientemente bom deve proporcionar ao paciente um meio ambiente facilitador


que promova o crescimento e desenvolvimento maturacionais. Isto é feito compreendendo-se e
avaliando-se os pontos fortes e as fraquezas do ego do paciente e fazer avançar o processo
analítico. Às vezes, o trabalho do analista consiste em uma substituição metafórica do
cuidado materno, por aceitar quer a dependência do paciente, quer sua necessidade de fusão
dentro da interação simbólica. O analista deve era capaz de permitir-se ser “usado” pelo
paciente, exemplificando, ser capaz de tolerar e aceitar a destrutividade periódica deste
(juntamente com o ódio resultante no próprio analista na contratransferência). A
intepretação, nesta ocasião, pode ser mantida em relativa inatividade, cedendo lugar à
criação de uma atmosfera que capacite o paciente a brincar, fantasiar e viver experiências
criativas sobre uma nova categoria de objetos”.

“Uma reação demasiadamente grande (ou demasiada pequena), por parte do analista, às
necessidades do paciente pode causar danos ao processo de separaçã0-individuação e
promover uma fusão regressiva, antes que a independência. Neste domínio “suficientemente
bom” é o melhor. Qualquer coisa que seja melhor ainda é boa demais e pode vir a incidir tão
aquém do ótimo quanto o faz a negligência ou a rejeição simples”.

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Bibliografia
Weich, Martin,J. M.D. O Analista Suficientemente bom. In: Técnicas e Táticas Psicanalíticas.
Peter L. Giovacchini ( Org).Porto Alegre, Artes Médicas,1995.
9
Winnicott, D.W. O Uso de um Objeto e Relacionamento Através de Identificações. Rio de
Janeiro, Imago, 1975.

JANUARIO, Lívia Milhomem e TAFURI, Maria Izabel.Da relação ao uso do analista: a


transferência marcada pela destruição e pela sobrevivência da analista em um ambiente
holding.

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