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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DA AMAZÔNIA – FAM.


LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA.

ALLEANNY GABRIELLY SANTOS BASTOS


BRUNA STEFANE DIAS CARVALHO

OS JOGOS COMO FACILITADOR NA ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO SURDO


NOS ANOS INICIAIS: A PERSPECTIVA DE EDUCADORES DO MUNICÍPIO DE
ABAETETUBA/PA.

ABAETETUBA/PA
JUNHO-2022
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ALLEANNY GABRIELLY SANTOS BASTOS


BRUNA STEFANE DIAS CARVALHO

OS JOGOS COMO FACILITADOR NA ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO SURDO


NOS ANOS INICIAIS: A PERSPECTIVA DE EDUCADORES DO MUNICÍPIO DE
ABAETETUBA/PA.

Trabalho apresentado como requisito


avaliativo para a obtenção de título de
graduado em Licenciatura Plena em
Pedagogia da Faculdade de Educação e
Tecnologia da Amazônia-FAM. Orientador:
Prof. Esp. Rafael Barreto Lima.

ABAETETUBA/PA
JUNHO-2022
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ALLEANNY GABRIELLY SANTOS BASTOS


BRUNA STEFANE DIAS CARVALHO

OS JOGOS COMO FACILITADOR NA ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO SURDO


NOS ANOS INICIAIS: A PERSPECTIVA DE EDUCADORES DO MUNICÍPIO DE
ABAETETUBA/PA.

Trabalho apresentado como requisito


avaliativo para a obtenção de título de
graduado em Licenciatura Plena em
Pedagogia da Faculdade de Educação e
Tecnologia da Amazônia-FAM. Orientador:
Prof. Esp. Rafael Barreto Lima.

Apresentado em: 08/06/2022

Nota: __________

FOLHA DE APROVAÇÃO

Orientador (a): _____________________________________________


Prof. Esp. Rafael Barreto Lima
Faculdade FAM.

Avaliador (a) 1: ______________________________________________


Prof. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Faculdade FAM.

Avaliador(a) 2: ____________________________________________
Prof. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Faculdade FAM.

ABAETETUBA/PA
JUNHO-2022
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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho as pessoas mais importantes da minha vida


como meus pais, meu filho, meu irmão, minhas tias, tios e
principalmente a minha avó (em memória). A minha família
sempre me apoiava e incentivava a continuar nessa caminhada
difícil, pois queriam me ver formada. Dedico também as pessoas
que contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me guiar e me protege sempre e que fez


esse sonho se torna realidade me proporcionando forças, me auxiliando e me
mostrando o caminho certo durante toda essa caminhada, me permanecendo de
cabeça erguida sem me abalar até a conclusão deste trabalho.
A minha mãe Rosiana do Socorro Pantoja Santos e ao meu pai Hilton Carlos
Afonso Bastos pelo amor, carinho, educação e por estarem sempre ao meu lado me
apoiando e me incentivando em tudo.
Ao meu irmão Alisson Santos Bastos, que sempre me ajudava e ficava com o
meu filho para eu poder estudar.
Ao orientador, Rafael Barreto Lima pelo carinho, orientação para seguir o
caminho certo e a paciência que teve de me escutar e me aturar durante esse período.
Obrigada pelas correções, análises e retornos, pois dessa maneira que me
proporcionou a chegar nessa reta final.
A minha parceira e amiga Bruna Stefane Dias Carvalho que conheci na
faculdade e fez toda a diferença em minha vida como amiga, ou seja, irmã. Agradeço
pelo seu carinho, dedicação paciência e principalmente pela parceria nos trabalhos
durante esses 4 (quatro) anos e de realizar a elaboração desse artigo.
A todos que me apoiaram, ajudaram e incentivaram. Muito obrigada!

Alleanny Gabrielly Santos Bastos.


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DEDICATÓRIA

Decido este artigo primeiramente a Deus o todo poderoso que


sempre esteve ao meu lado, as pessoas mais importantes na
minha vida meus familiares, mãe, pai, irmã, esposo e a todos
aqueles que contribuíram para a realização desse sonho.
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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus, que fez esse sonho se tornar realidade, que me
concedeu a força necessária para ultrapassar os obstáculos encontrados ao longo
dessa grande jornada e por colocar pessoas maravilhosas ao meu lado, que me
ajudaram e incentivaram a permanecer firme e não desistir.
A minha mãe, Rosângela do Socorro Dias Dias e minha irmã Maria Stefane
Dias Dias que acreditaram em meu potencial desde o início, sempre estiveram ao meu
lado me dando tudo de mais valioso, o amor e todos os melhores sentimentos e
lembranças, eu só tenho a agradecer por tudo que essas mulheres maravilhosas
fazem por mim.
Agradeço imensamente ao meu esposo Pedro Alax dos Santos Carvalho que,
sem dúvida, foi uma das pessoas mais importantes nesse processo, que me acalmou
nos momentos mais desesperadores, sempre me incentivou a prosseguir e nunca me
deixou desanimar, foi quem deixou de realizar suas atividades diárias para me levar e
buscar na faculdade para que eu não faltasse as aulas, que me sustentou física e
emocionalmente, gratidão.
A minha amiga e parceira de todos os momentos Alleanny Gabrielly Santos
Bastos, que desde o início da graduação esteve ao meu lado e com quem tenho uma
grande conexão, minha dupla de todos os trabalhos, seminários e da vida. Só gratidão
a minha companheira de T.C.C que caminhou junto comigo na direção do mesmo
objetivo, que me auxiliou e esteve presente sempre que precisei.
Ao meu orientador, Rafael Barreto que sempre esteve presente durante essa
etapa de conclusão nos auxiliando e contribuindo significativamente para a realização
desse sonho.
A minha prima Wilmara do Socorro Dias Bitencourt que sempre me ajudou na
construção dos meus trabalhos me auxiliando e ensinando com todo amor do mundo.
Por fim, quero agradecer a todos os docentes, colegas de turma e amigos que
torceram e acreditaram em mim, que me passaram energias positivas, gratidão.

Bruna Stefane Dias Carvalho


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RESUMO

Este trabalho teve como objetivo relatar a perspectivas de educadores sobre o uso de
jogos como ferramenta facilitadora no processo de ensino aprendizagem de alunos
surdos. A análise se deu através do contato direto com os educadores do município
de Abaetetuba- PA, onde foi realizada uma entrevista como instrumento de pesquisa
um questionário semiestruturado. Procurou-se conhecer a história, leis e as principais
conquistas das pessoas surdas na educação. No decorrer da pesquisa buscou-se
identificar de que maneira os professores trabalham com os jogos para facilitar o
processo de alfabetização do aluno surdo, visando uma educação de qualidade para
todos, nesse sentido é de estrema importância que os profissionais da educação
possuam formação continuada em libras (língua brasileira de sinais) para que o
docente possa se comunicar com todos os alunos. Pois é importante ressaltar que os
jogos são ferramentas fundamentais para facilitar a aprendizagem e para se trabalhar
a inclusão das crianças surdas no meio educacional.
Palavra-chave: alfabetização, aprendizagem, professores, jogos, surdos.
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ABSTRACT

This study aimed to report the perspectives of educators on the use of games as a
facilitating tool in the teaching process of learning deaf students. The analysis was
performed through direct contact with educators in the municipality of Abaetetuba- PA,
where an interview was conducted as a research instrument a semi-structured
questionnaire. We sought to know the history, laws and the main achievements of deaf
people in education. In the course of the research, it was sought to identify how
teachers work with the games to facilitate the literacy process of deaf students, aiming
at a quality education for all, in this sense it is extremely important that education
professionals have continuous training in pounds (Brazilian sign language) so that the
teacher can communicate with all students. It is important to emphasize that games
are fundamental tools to facilitate learning and to work on the inclusion of deaf children
in the educational environment.
Keyword: literacy, learning, teachers, games, deaf.
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INTRODUÇÃO

A educação possui grande importância na vida do homem estando amparado,


ainda, assim, várias pessoas não possuem as mesmas oportunidades ditas por lei.
“No Brasil há uma grande parte da população que não possui acesso a uma educação
de qualidade, principalmente as pessoas com deficiência” (DUARTE; COHEN, 2006).
A inclusão social, contribui significativamente na construção de uma nova
sociedade por meio de pequenas e grandes transformações, ou seja, fazendo com
que as pessoas com deficiência sejam incluídas em ambientes físicos e nas
mentalidades de todas as pessoas (SASSAKI, 1998, p. 42). Dessa maneira “a
educação inclusiva é incluir todos os deficientes dentro das práticas de ensino,
independentemente de sua deficiência, cultural, religiosa, profissional e de origem”
(KARAGIANIS; STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 21).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/1996), mostra
que o atendimento educacional passa pelo processo de garantir inovações, a ponto
de objetivar e assegurar diversas possibilidades de incluir o deficiente na sociedade
(BRASIL, 1996). Nesse sentido, o aluno surdo além da necessidade de um
acompanhamento especializado no desenvolvimento do processo educacional,
requer o aprendizado constituído por elementos lúdicos, como jogos e brincadeiras
caracterizados do modo que sejam elementos inovadores e inclusivos.
Com isso, o jogo e o próprio brincar estimulam a necessidade do visual, do
gesto, do contato direto com o objeto GIOCA (2001), segundo VYGOTSKY (1998), o
brincar tem papel muito acentuado na construção do pensamento da criança e sendo
assim, contribuir de maneira significativa para sua formação cognitiva. Pois os jogos
favorecem o domínio das habilidades de comunicação, nas suas várias formas,
facilitando a auto expressão (GIOCA, 2001).
O lúdico é a maneira que os jogos são utilizados como ferramenta de
aprendizagem para o desenvolvimento das crianças e dos jovens. Os jogos não
servem apenas como fonte de diversão, eles contribuem na educação e podem ser
utilizados de diversas maneiras, assim possibilita com que os jovens e as crianças
possam obter prazer ao realizar as atividades (DOHME 2003, p. 79). Para os
professores que utilizam os jogos no processo educacional, sabe que os jogos servem
como ferramenta capaz de levar à criança uma mensagem educacional, por tanto o
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educador através de sua vasta gama de conhecimento deve escolher adequadamente


o jogo que mais se adequa ao processo de ensino aprendizagem (DOHME, 2003).
Os jogos como atividade escolar auxilia na comunicação das crianças,
facilitando a socialização de maneira dinâmica, pois a mesma conseguirá se
desenvolver e se comunicar com o próximo de forma mais tranquila. Portanto, a
alfabetização de um aluno surdo através dos jogos proporcionará habilidades que
contribuirá no seu processo de aprendizagem. A criança precisa de condições
favoráveis para se educar e assim consiga se desenvolver. Logo, caminhos
alternativos e recursos especiais não são peças conceituais secundárias na
compreensão desse desenvolvimento (GÓES 2002, p.95).
É de grande importância um ambiente educacional ser preparado para receber
esses alunos de forma inclusiva, pois sabemos que o principal desafio para os surdos
é a comunicação, onde não tem comunicação não tem conversa, ou seja, ela acaba
gerando os problemas. Por isso a importância do intérprete, ele é uma ferramenta
poderosa na inclusão das pessoas surdas.
Os jogos e as brincadeiras estão diretamente ligados a vida das crianças,
devido sua grande importância no processo de ensino/aprendizagem dos alunos,
auxiliando no desenvolvimento afetivo, cognitivo, cultural e social.
Partindo-se desse pressuposto desenvolveu-se a pesquisa intitulada “Os jogos
como facilitador na alfabetização do aluno surdo nos anos iniciais: a perspectiva de
um educador no município de Abaetetuba/PA”, decorrente de uma pesquisa de campo
de caráter descritivo, com uma abordagem qualitativa, cujo objetivo central é relatar
como o professor desenvolve o processo de aprendizagem do aluno surdo através
dos jogos, delimitando-se como objetivos específicos a realização de levantamento
das atividades através dos jogos utilizados pelo professor (a); analise do relato do
docente em suas atividades, incluindo os jogos como forma de alfabetização do aluno
surdo, especificando a importância do jogo no ensino/aprendizagem destacando a
relação professor-aluno. Além de entender como os jogos podem contribuir nesse
processo.

rever os objetivos
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2. A HISTÓRIA DOS SURDOS NO BRASIL: LEIS E CONQUISTAS.


2.1. A HISTÓRIA.

Com base nas pesquisas realizadas sobre a educação dos surdos no Brasil
foram descobertas algumas fases que configuram a história das pessoas surdas.
Segundo Berthier (1984):

“Inicia a história na antiguidade, relatando as conhecidas atrocidades


realizadas contra os surdos pelos espartanos, que condenavam a criança a
sofrer a mesma morte reservada ao retardado ou ao deformado: "A
infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada
ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição
poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar" (BERTHIER,
1984, p.165).

O campo de investigação dos estudos surdos foi sendo ampliado e passou a


incluir diferentes correntes teóricas (QUADROS e STUMPF, 2008), havendo assim a
necessidade de uma pesquisa mais acentuada que pudesse comprovar os fatos
históricos dos surdos (STROBEL, 2009).
O povo surdo já existia, voltando muito mais no tempo, centenas de gerações
antes desenvolveram conhecimentos e realizaram transformações que produziram a
comunidade surda. No entanto, tem muito mais que ainda precisa ser aprimorado e
criado, e para essa tarefa é de importância fundamental o conhecimento do passado
e o saber histórico (STROBEL, 2009).
Na idade média, apesar de terem direito à vida, os surdos não eram
considerados seres humanos, e o Argumento principal era a falta de comunicação
como as demais pessoas. Por isso, não tinha valor perante o mundo. Os surdos,
então, eram colocados fora do meio social. Segundo MORAES (2010), “Até a Igreja
Católica Romana defendia uma teoria de que os surdos não tinham alma” (apud MAIA,
2017, p. 102).
Strobel (2009) afirma que:

A história da educação de surdos não é uma história difícil de ser analisada


e compreendida, ela evolui continuamente apesar de vários impactos
marcantes, no entanto, vivemos momentos históricos caracterizados por
mudanças, turbulências e crises, mas também de surgimento de
oportunidades (STOBEL,2009, p.03).

De acordo com diversos relatos os primeiros surdos que conseguiram ter acesso
à educação eram os filhos de nobres (MAIA, 2017).
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Em Paris de 1760, foi criada a primeira escola pública para surdos (QUADROS
2006), com uma metodologia de ensino voltada para esse público especificamente.
Assim a educação de surdos foi se desenvolvendo com o passar dos anos e chegou
a outros lugares. Segundo Mazzotta (2005), é recente em nossa sociedade a defesa
ao direito à educação de pessoas com deficiências.

O atendimento educacional aos excepcionais foi explicitamente assumido, a


nível nacional pelo governo federal, com a criação de campanhas
especificamente voltadas para os excepcionais. A primeira delas foi a
Campanha Para a Educação de Surdos Brasileiros – C.E.S.B. – pelo Decreto
Federal no 42.728 de três de dezembro de 1957. As instituições para sua
organização e execução foram objeto da Portaria Ministerial no114, de 21 de
março de 1958, publicada no Diário Oficial da União de 23 de março de 1958
(MAZZOTTA, 2003, p.49).

No Brasil surgiu a primeira escola para surdos no período do império, através da


atuação de Ernest Huet, que era um professor surdo vindo da França.

A história da fundação do Imperial Instituto dos Surdos Mudos do Rio de


Janeiro começou na Europa, mais precisamente no Instituto Nacional de
Paris, pois de lá veio seu fundador. O professor surdo Ernest Huet lecionava
neste Instituto e já havia dirigido o Instituto de Surdos‐Mudos de Bourges,
quando intencionou estabelecer no Brasil uma escola voltada para o ensino
de surdos. O início dos contatos para a criação desta escola ocorreu através
de uma carta de apresentação do Ministro da Instrução Pública da França
entregue junto ao Governo do Brasil, ao Ministro da França, Saint Georg
(PINTO, 2007, p. 01 apud MAIA, 2017, p. 104).

Cabe ressaltar que, a escola é um ambiente social onde o desenvolvimento do


indivíduo e o acesso ao conhecimento devem acontecer. Pois a Constituição Federal
é bem clara em relação ao direito à educação.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).

Atualmente testemunhamos a rápida criação de escolas para surdos, de um


modo geral dirigidos por professores surdos, em todo o mundo civilizado, a saída dos
surdos da negligência e da obscuridade, sua emancipação e cidadania, a rápida
conquista de posições de eminência e responsabilidades como escritores,
engenheiros, filósofos, intelectuais todos surdos. Isso tudo antes era inconcebível e
hoje tornaram-se subitamente possível (SACKS, 1989). A partir dessa descoberta, o
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mundo dos surdos ganha um novo alento para prosseguir, na busca de melhores
caminhos para a educação inclusiva.

2.2. AS PRINCIPAIS LEIS E CONQUISTAS DOS SURDOS.

Com o regime autoritário em declínio e a ampliação do movimento político-


social pela redemocratização republicana, uma luta pelo direito à cidadania emerge
no final da década de 1970, com sua ascensão se manifestando com vigor na década
de 1980. O processo de abertura política, que se baseia na busca da igualdade social,
transformou – se. Grupos minoritários estão assumindo a liderança na luta pelos
direitos sociais (BRITO, 2016). Na toada de busca pela plena exercitação dos direitos
dos cidadãos e se unindo aos movimentos sociais, pessoas com deficiência,
começaram a participar da política direta, organizando manifestações e reivindicações
(BRITO, 2016).
A discussão sobre o uso e o ensino da língua de sinais no Brasil se deu nos
anos de 1990, porém a lei que defende o direito de educação dos surdos é muito
recente (SILVA, SANDES, OLIVEIRA E VILELA, 2018). Pois os registros históricos
que narram as lutas das pessoas surdas em busca do conhecimento dos seus direitos
são evidentes.
No ano de 1880, acontece um marco na educação de surdos, o Congresso
Internacional de Educadores de Surdos em Milão, na Itália (STROBEL, 2009), evento
que propôs a proibição da Língua de Sinais (LS). Onde a maioria dos congressistas e
votantes eram pessoas que ouviam e tomaram decisões pelos surdos, atualmente,
ainda se percebe esse tipo de resolução, quando a maioria acredita que o melhor para
o “diferente” é ser tratado como “normal”, pois isso é uma visão dos ouvintes sobre os
surdos (KRAUSE, KLEIN, 2018). E em 1913, surdos e educadores ouvintes organizam
a fundação da primeira Associação Brasileira de Surdos-Mudos com objetivo de
fortalecer novamente a língua de sinais e o movimento social surdo (MONTEIRO,
2006).
No Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 é reconhecida como meio
legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros
recursos de expressão a ela associados. No art. I°, regulamenta a Lei nº 10.436, de
24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art.
18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. As pessoas surdas já podem
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proclamar uma grande vitória, entretanto continuam preocupados com o processo dos
movimentos sociais e políticos dos surdos, já que a lei, não há nenhum item que
estabeleça normas e regras de funcionamento que regularizem e valorizem as
associações de surdos (MONTEIRO, 2006).

Nas representações diferenciadas acerca de surdos que se destacaram e


tiveram influências ao longo da história, cada sujeito surdo torna-se
participante obrigatório em uma competição que vai determinar se vai ser
estereotipado ou não, porque se não “falar” ou “ouvir” como o esperado pela
sociedade, poderá ser definido como possuidor de uma incapacidade ou de
incompetência. (STROBEL, 2007, p. 20 apud KRAUSE, KLEIN, 2018, p. 04).

Ver o surdo como sujeito de uma cultura e de uma língua visual, requer que a
sociedade os veja com outros olhos, pois a sociedade é influenciada pela história, ou
seja, por uma história de negação. A lei das libras ajudou as pessoas surdas
brasileiras e impulsionou um desenvolvimento rápido, principalmente relacionado a
educação para surdos, pois agora se tratava de uma língua reconhecida. Dessa
forma, houve um crescimento de matriculas de surdos em todos os níveis da
educação, e para que haja a acessibilidade, a lei do Decreto 5626/05, especifica a
obrigatoriedade da presença do intérprete de Libras na sala de aula (educação básica
e superior) (KRAUSE, KLEIN, 2018).
No plano internacional, a Convenção Internacional Sobre os Direitos da Pessoa
Com Deficiência, incorporada ao ordenamento jurídico nacional através do decreto nº
6.949, tem grande importância no avanço dos direitos da pessoa surda e deficientes
auditivos, além dos demais indivíduos com deficiência. O propósito da Convenção é
garantir tratamento equitativo às pessoas com deficiência, nesse caso pontuamos
principalmente o que diz respeito às atividades laborais e a inclusão ao mercado de
trabalho, sendo inclusive dever do Estado “Promover o reconhecimento das
habilidades, dos méritos e das capacidades das pessoas com deficiência e de sua
contribuição ao local de trabalho e ao mercado laboral”, conforme determina o inciso
III, alínea “a”, item 2 do artigo 8 do decreto 6.949 de 2009.
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3. OS JOGOS COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM PARA ALUNOS


SURDOS.

Segundo Pereira (2014), vive-se um momento em que o mundo gera uma


preocupação ética em várias dimensões, talvez nunca registrada, visto que cresce um
lado do narcisismo individualista e hedonista em prejuízo da solidariedade. Nesse
contexto, o professor é a peça chave para ressignificar esse processo e, portanto,
deve ser encarado como elemento essencial e fundamental de mudança, pois educar
não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho compatível com
seus valores pessoais.
Dessa maneira, o cenário em sala de aula torna-se mais intenso, dinâmico,
motivador, criativo e imaginativo, no momento em que o educador passa a ser um
agente de transformação na aplicação de brincadeira e jogos educacionais alinhados
com determinado conteúdo, facilitando assim o aprendizado dos alunos.
O uso do jogo educativo com fins pedagógicos remeti-nos para a relevância
desse instrumento para situações de ensino - aprendizagem e de desenvolvimento
infantil. (KISHIMOTO, 2005). O jogo ganha espaço, como a ferramenta ideal da
aprendizagem, na medida em que propõe estimulo ao interesse do aluno, desenvolve
níveis diferentes de sua experiência pessoal e social, ajuda-o a construir suas novas
descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade (SANTOS, 2008). Vygotsky
(1984) considera que o aprendizado das crianças começa na sua vida cotidiana, muito
antes delas frequentarem a escola.

Durante muito tempo confundiu-se "ensinar" como "transmitir". Nesse


contexto o aluno era um agente passivo da aprendizagem e o professor um
transmissor, nem sempre intelectualmente presente nas necessidades do
aluno. Acreditava-se que toda aprendizagem ocorria pela repetição e que os
alunos que não aprendiam eram responsáveis por essa deficiência e,
portanto, merecedores do castigo da reprovação. (SANTOS,2008, p.37).

Os jogos favorecem na construção do desenvolvimento cognitivo, afetivo,


físico, motor, social e moral, não apenas para o desgaste de energia através do
divertimento e da brincadeira causado pelos jogos. Para Piaget (1967, p. 95), o jogo
é a construção do conhecimento, principalmente, nos períodos sensório-motor e pré-
operatório.
A palavra jogo não é fácil de ser definida, pois cada pessoa pode defini-la de
maneira diferente. Para Fromberg (1987):
17

O jogo inclui características: simbolismo: representa a realidade e atitudes;


significação: permite relacionar ou expressar experiências; atividade: a
criança faz coisas; voluntario ou intrinsicamente motivado: incorporar motivos
e interesses; regrado: sujeito e regras implícitas, e episódicas: metas
desenvolvidas espontaneamente. (FROMBERG,1987 apud KISHIMOTO
2005, p. 27).

Segundo Vygotsky (1988) apud Neta e Córdula (2017, p. 04) se haver a perda
de um dos sentidos, os outros sentidos devem ser estimulados para que a
aprendizagem continue no sujeito, o desenvolvimento psicocognitivo continue a se
processar. O jogo, pode permitir aos alunos surdos uma facilidade no processo de
ensino aprendizagem de diversos conteúdo. Os jogos oferecem um mundo lúdico, que
torna a aprendizagem mais envolvente e colorida, podendo estimular o aprendizado
de maneira mais divertida (SILVA, 2011, p. 32 apud OLIVEIRA, 2017, p. 02). Os jogos
em sala de aula são importantes para o desenvolvimento e a socialização dos alunos,
mesmo através de dificuldades é de suma importância que a escola seja inclusiva e
que possibilite uma educação igual para todos. (OLIVEIRA, 2017).
Os jogos ao serem utilizados em sala de aula ou em qualquer outro ambiente
escolar, colabora na aprendizagem dos educandos, pois torna-se uma atividade
prazerosa (PIMENTEL, 2014, p. 05, apud OLIVEIRA, 2017, p. 03). Assim, percebe-se
que a aquisição de diferentes estratégias de ensino é relevante para a alfabetização
do sujeito surdo. O jogo é um exemplo muito significativo para a aprendizagem da
língua de sinais, garantindo a interação social (ANUNCIAÇÃO, NASCIMENTO,
SOUSA, 2015).
Os jogos são validos se usados na hora certa, dessa maneira a hora é
determinada pelo professor através do caráter desafiador e interesse do educando.
(SANTOS, 2008). Destaca-se que os jogos não devem servir como um meio de
entretenimento, e sim uma ferramenta que auxilia na aprendizagem dos educandos,
tornando as atividades indispensáveis para as práticas educativas (OLIVEIRA, 2017,
p.03).
18

4. METODOLOGIA
A presente pesquisa teve o objetivo de abordar a perspectiva de 03 (três)
professoras do município de Abaetetuba- PA, referente a utilização dos jogos como
instrumento facilitador na aprendizagem do aluno surdo. Para a elaboração desse
documento foi utilizado questionários como coletas de dados. As educadoras se
mostraram receptivas e atenciosas ao dividir um pouco de suas práticas de ensino
utilizadas para facilitar o processo de aprendizagem de seus alunos.
A pesquisa foi desenvolvida por meio de analise bibliográfica e de campo, para
isso foi utilizado como instrumento de coleta de dados questionários a partir de
entrevista não estruturada, tendo como procedimentos metodológicos a leitura de
materiais acerca da temática.
A pesquisa bibliográfica, segundo Amaral (2007).
é uma etapa fundamental em todo trabalho cientifico que influenciará todas
as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico
em que se baseará o trabalho. Consistem no levantamento, seleção,
fichamento e armazenamento de informações relacionadas à pesquisa
(AMARAL, 2007, p.01).

Para obter as informações utilizou-se um questionário com 12 (doze) perguntas,


apresentadas a seguir: 1) Para você o que é inclusão? E inclusão de surdos? 2) Você
acredit
tem conhecimento em libras? 3) Como é ter um aluno surdo na turma? 4) Como é sua o que
poderi
comunicação com o aluno surdo? 5) Quais os meios, recursos e materiais a ficar
como
disponibilizados pela instituição para apoiar a inclusão da criança surda? 6) Acredita apêndi
ce ou
que a utilização dos jogos colabora na inclusão do aluno surdo? Justifique: 7) De que ao
forma os jogos estão inseridos em seu planejamento? 8) Quais as dificuldades em se longo
A Análise
da
não pode
ser trabalhar os jogos com o aluno surdo? 9) Ao seu ver, qual o papel dos jogos no aprese
ntação
denominada processo de alfabetização do aluno surdo? 10) Você utiliza os jogos como forma de do
qualitativa, o
trabalh
tipo da avaliação da aprendizagem do aluno surdo? 11) Na sua opinião, quais os jogos mais o na
pesquisa
eficientes nesse processo? 12) Como se dá a relação professor-interprete? aprese
sim, a
ntação
análise de
A análise dos resultados foi realizada de forma qualitativa, pois busca descrever dos
resultados
resulta
dentro desse impressões e opiniões que não podem ser mensuradas: Quanto à importância da dos.
tipo de
pesquisa é pesquisa qualitativa, Triviños (1987) destaca:
feita como
análise do
discurso ou 1°) A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta dos dados
das e o pesquisador como instrumento-chave; 2°) A pesquisa qualitativa é
narrativas descritiva; 3°) Os pesquisadores qualitativos estão preocupados com o
apresentadas processo e não simplesmente com os resultados e o produto; 4°) Os
ao longo do pesquisadores qualitativos tendem a analisar seus dados indutivamente; 5°)
processo.
19

O significado é a preocupação essencial na abordagem qualitativa[...]. (apud


LARA e MOLINA, 2015, p.05).

Parágrafo Para Mantoan (2002), Inclusão é, “é a capacidade que temos de entender e


deslocado,
ou reconhecer o outro e, tendo o privilegio e a oportunidade de compartilhar momentos
melhor, com pessoas diferentes” (apud DOMINGOS, 2014, p.11).
desnecess
ário Através do compromisso de manter em sigilo a identificação das professoras
entrevistadas, usamos o código “P1, P2, P3...”, quando nos referimos as falas das
educadoras. Devido a pesquisa ter como foco a perspectiva das professoras, não será
citado os nomes das instituições de ensino onde as mesmas exercem suas funções.
20

5. RESULTADOS E DISCURSÕES

A pesquisa baseou-se na perspectiva de 03 (três) professoras do município de


Abaetetuba/PA, referente a utilização dos jogos como ferramenta de aprendizagem.
As docentes entrevistadas possuem graduações em áreas diferentes a (P1) é formada
em letras libras língua portuguesa com especialização em tradução e interpretação
em libras e língua portuguesa, onde tem 10 (dez) anos de experiência na área; a (P2)
é graduada em Pedagogia e Biologia com 03 (três) especializações as quais são:
gestão escolar, educação especial e inclusiva e Biodiversidade e genética com 16
anos de experiência; (P3) tem curso de formação em pedagogia e geografia com
especialização em psicopedagogia tendo 04 (quatro) anos de experiência.
Através do questionário aplicado analisou-se que 66,7% das professoras
entrevistadas realizam a utilização dos jogos dentro de seu planejamento
metodológico como estratégia de ensino. E apenas 33,3% não utiliza os jogos como
método para facilitar o processo de aprendizagem do aluno surdo. Porém utiliza
materiais impressos dentro de sua metodologia de ensino.
Quando questionadas sobre o que é inclusão, respondem unanimemente que a
inclusão é poder participar ativamente de todos os processos existentes na sociedade.
De acordo com as docentes os jogos colaboram na inclusão do aluno surdo, pois a
(P3) ressalta ainda “que o jogo é uma maneira lúdica de se comunicar e durante a
qual
pergunta ´´e interação com os jogos facilita o processo de ensino aprendizagem”.
essa?
Além disso as mesmas relataram de que forma os jogos estão inseridos em seus
planejamentos, (P1) afirma que “os jogos, são incluídos de forma frequente em meu
planejamento, pois esse elemento didático permite que o aluno surdo consiga
compreender conteúdos mais complexos, pois os jogos produzidos levam em
consideração que o aluno e visioespacial (o aluno usa a visão para compreender o
espaço) e com isso alcançamos nossos objetivos com mais precisão”, (P2) ressalta “
gosto de inseri-los como atividades complementares visto que, eles motivam ainda
mais o aprendizado, por serem lúdicos e prazerosos para os alunos”, porém a (P3)
enfatiza que “na prática, ainda não está acontecendo devido tudo ser novo neste
retorno presencial (devido a pandemia)”.
As professoras entrevistadas estiveram abertas a falar sobre o tema e relatar as
suas experiências ao inserir os jogos como ferramenta de aprendizagem. Para
PEREIRA e SOUSA (2015):
21

[...] a dimensão educativa surge quando o professor utiliza as atividades


lúdicas de forma intencional, com objetivos estabelecidos, tendo em vista,
desenvolver aprendizagens nos alunos. Nesse sentido, os jogos podem ser
utilizados como um dos instrumentos pedagógicos para ensinar conteúdos na
educação, mas para que isso aconteça é necessária uma intencionalidade
educativa, o qual implica do professor um planejamento, visando alcançar
objetivos. Quando jogamos estamos praticando, direta e profundamente, um
exercício de coexistência e de reconexão com a essência da vida. (PEREIRA
e SOUSA, 2015, p. 6)

O professor tem no seu campo de autonomia e autoridade dentro da sala de aula


a possibilidade de viabilizar atividades lúdicas e utilizar das suas características para
estimular o desenvolvimento das crianças (PEREIRA; SOUSA, 2015), ou seja, a
promoção de atividades lúdicas deve ser usada como ferramentas na construção do
material pedagógico dos educadores, assim buscando dá melhor suporte os alunos
no seu processo de alfabetização.
Ao perguntarmos para a (P2) sobre quais as dificuldades em se trabalhar os
jogos com o aluno surdo em sala de aula? Responde de forma bem clara “acredito
que se houver comunicação não haverá dificuldade, pois, a maioria dos alunos surdos
são muito inteligentes, as dificuldades enfrentadas por eles é serem entendidos e se
fazer entender”. Dessa maneira para (P1) “não ah dificuldades em trabalhar com os
jogos, pois esse elemento didático envolve toda a turma incluindo alunos surdos e
ouvintes e com isso nos permite a participação e inclusão”, ou seja, para se trabalhar
com um aluno surdo e para que seja satisfatório é de suma importância que se inclua
os jogos como recursos didáticos no planejamento metodológico do regente.

Imagem 01 – Jogo do alfabeto móvel em libras.

FONTE: P2. (2022)

Segundo Kishimoto (2011) o uso de jogos educativos com fins pedagógicos, nos
leva para situações de ensino-aprendizagem visto que a criança aprende de forma
22

prazerosa e participativa. A partir disso indagamos se a referida da pesquisa (P1) quis


os jogos mais eficientes nesse processo? E para ela “todos os jogos são eficientes,
porém destaco 02 (dois), o jogo da memória e domino, esses 02 (dois) jogos podem
envolver qualquer conteúdo”.
Imagem 02 – Dominó em Libras.

FONTE: P1. (2022).

Imagem 03 – Jogo da memória em libras.

FONTE: P1. (2022).

Segundo Brasil, 1994 […] todas as diferenças humanas são normais e de que a
aprendizagem deve, portanto, se ajustar às necessidades de cada criança, em vez de
cada criança se adaptar aos supostos princípios quanto ao ritmo e a natureza do
processo. A esse respeito, a P3 ao ser questionada sobre como é ter um aluno surdo
na turma? Ela respondeu que “é um grande desafio por não ter um conhecimento
recíproco”. Dessa maneira ainda destaca que a sua relação com a aluna surda em
sua turma é bem complicada, pois não há comunicação por uma não entender a outra.
23
quem percebeu?

A mesma tenta se comunicar gestualizando, porém percebi que a aluna acaba não
compreendendo o que ela quer dizer.
Frente aos relatos feitos pelas entrevistadas P1, P2, P3 no que se refere aos
jogos como ferramenta facilitadora no processo de ensino aprendizagem do aluno
surdo, percebe-se que apesar das instituições de ensino não fornecerem materiais
adequados para a inserção e construção de jogos para serem utilizados em sala de
aula para contribuir na inclusão do aluno surdo no âmbito educacional. 66,7% das
entrevistadas criam e utilizam os jogos como método de ensino em seu planejamento
e apenas 33,3% não sabe usar os jogos como ferramenta de ensino, o que ocasiona
a não aplicação desse método no ensino do aluno surdo.
No que se refere a inclusão educacional do aluno surdo referente aos jogos como
meio didático, percebe-se a grande necessidade da inserção da formação continuada
para todos os professores de rede pública e privada para capacita-los e prepara-los
para a chegada de alunos com deficiência sendo surdo ou não, assim garantindo uma
educação de qualidade para todos, além de fazer a libras (língua brasileiras de sinais)
uma disciplina obrigatória na grade curricular do ensino regular.
Frente a esta percepção, se faz necessário a implementação de recursos para
que as escolas possam fornecer materiais didáticos adaptados voltados para auxiliar
os professores nesse processo.
24

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As professoras entrevistadas possuem a perspectiva de compreensão sobre a


importância de usar os jogos como metodologia de ensino, porém estas possuem
inúmeras dificuldades em se aplicar essa metodologia em sala de aula, devido à falta
de recursos disponibilizados pelas instituições de ensino. A partir disso, para que os
educadores possam trabalhar com os jogos em sala de aula eles acabam tirando
recursos do seu próprio bolso.
Ainda na percepção da falta de recursos e de uma formação continuada alguns
professores não se sentem preparados para trabalhar com os alunos surdos, por falta
de conhecimento e experiência na área, porém, mesmo diante de inúmeras
dificuldades em que os educadores vivenciam diariamente a maioria busca
desenvolver ferramentas para facilitar na aprendizagem e alfabetização dos alunos
surdos, o que é de suma importância para contribuir na formação dos alunos, assim
buscando uma educação igualitária de qualidade para todos. Compreendemos que
através dessa pesquisa conseguimos mostrar os jogos como instrumento de
aprendizagem eficaz no processo de alfabetização do aluno surdo.
Por tanto, sugere-se que as instituições de ensino pública e privada realizem
uma formação continuada em libras (Língua brasileiras de sinais) para auxiliar e
facilitar a comunicação entre professor e aluno, além de fornecer materiais didáticos
para ajudar os educadores na elaboração e aplicação dos jogos em seu planejamento
diário.

Acredito que existe necessidade de enfatiza mais especificamente o que de fato essa pesquisa tem como
problema norteador.
Recomendo melhorias no texto: correção do tempo verbal nos objetivos,
Melhor definição da metodologia;
Melhorias no resumo;
Apresentação do Questionário como apêndice;
25

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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