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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
BELÉM
2017
1
BELÉM
2017
2
Banca Examinadora:
1. _______________________________________
Prof.Me. Roberto de Mendonça França Junior. (Orientador)
PROF/UFRA
2. _______________________________________
Prof. Me. - Membro
PROF/UFRA
3._______________________________________
Prof. Me. - Membro
PROF/UFRA
JULGADO EM:_____/_____/_____
CONCEITO:__________________
3
Dedico este trabalho ao meu pai e a minha mãe pelo amor transmitido e
incentivo. Aos meus três filhos e a você meu grande amigo.
Amo vocês.
Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus, autor da minha vida e meu tudo. Aos
meus pais pela educação recebida. Aos meus irmãos pelo apoio e incentivo. Ao meu
amado esposo Antônio Galdino pelo carinho, paciência e compreensão. E a todos
que de uma forma direta e indireta contribuíram para a concretização deste trabalho.
4
Aos meus filhos que muitas das vezes deixei de dar um pouco de atenção,
mas, mesmo assim, me entenderam, choramos juntos e suportando a minha
ausência foram capazes de acreditar na minha capacidade como mãe, aluna e
professora. Vocês são a razão do meu viver, meu porto seguro.
Ao meu amigo oculto, que me incentivou e fez com que eu tomasse essa
iniciativa correndo atrás do meu sonho e hoje tenho minha meta e objetivo
alcançado por ele. Te amo amigo, você sempre fará parte da história da minha vida.
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................ p. 09
2. Conceito família....................................................................................... p. 13
3. Fundamentação Teórica......................................................................... p. 22
4. Metodologia.......................................................................................... p. 27
5. Resultados e discussão........................................................................... p. 28
6. Considerações finais............................................................................... p. 35
7. Referencias.............................................................................................. p. 36
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INTRODUÇÃO
Este trabalho de conclusão tem como objetivo principal compreender
a importância da participação dos pais no desenvolvimento escolar da criança,
sendo a família a base da sociedade, a primeira escola da criança, lugar onde são
ensinados os primeiros valores sociais religiosos e culturais. Mas observa-se que
para essa educação ser completa, a família precisa do apoio da escola assim como
a escola necessitada do apoio da família para realizar seu papel no
desenvolvimento do educando, preparando-o para a vida social e profissional, em
que o mesmo possa se tornar cidadão crítico e participativo como agente de
transformação na sociedade, cientes de seus direitos deveres. Porém, para que isso
ocorra, é necessário que haja a junção dessas duas instituições, sendo ambas as
principais responsáveis pela formação sócio/política/cultural de todo indivíduo.
No entanto é possível perceber que a cada dia que passa está havendo
uma grande distância entre as duas. E esse afastamento tem prejudicado bastante o
desenvolvimento dos alunos e levado muitos ao desinteresse pela vida
escolar. Nessa situação a escola culpa a família pela imparcialidade em relação a
aprendizagem dos alunos, e a família responsabiliza a escola pelo fracasso dos
filhos. Nessa situação a mais prejudicada é a criança.
Segundo Chalita (2011, p.30) “ a família é o alicerce da vida de uma pessoa.
É o espaço privilegiado de formação de todo indivíduo, e quando esse alicerce é
bem estruturado, não há risco de cair”. Com isso é possível compreender que a
estrutura familiar é a base de toda a vida do ser humano, que a participação dos
pais nessa construção é de fundamental importância, e mesmo que seja necessário
fazer alguns reparos, não correrá o risco de desabar por estar bem edificada.
A problemática que norteou a pesquisa nasceu a partir das leituras de Tiba
(2007), onde questiona-se: Qual o papel da família na escola? A escola precisa da
parceria da família na educação da criança?
Sabendo a família e a escola de fundamental importância para a formal
formaçãosão as principais instituições para o desenvolvimento do indivíduo. Mas, a
cada dia que passa está havendo um afastamento da família em relação a escola e
a vida escolar de seus filhos.
O autor afirma ainda que muitos pais em decorrência das suas profissões
passam o dia no trabalho, chegam em casa tarde e cansados, sem disposição para
manter um bom contato com seus filhos e justificam com isso a sua ausência nesse
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processo.
Os alunos que não encontram nenhum acompanhamento familiar apresentam
grande desinteresse pelos estudos, comportamento agressivo, não conseguem
obter sucesso na vida escolar e nem se desenvolver socialmente. (GOMIDE, 2011,
p. 56).
Justifica-se esta pesquisa pela necessidade de dar importância na
participação dos pais no desempenho escolar dos filhos atualmente tem se
mostrado de grande relevância, principalmente nas séries iniciais que se mostram
bons resultados na participação efetiva de alguns pais na vida escolar dos filhos ao
contribuir ou até mesmo, tirar um tempo para ouvir as lamentações que trazem da
escola, por alguma razão tirar dúvidas e até mesmo comentários sobre uma história
que ouviu. Observa-se que essas atitudes já fazem grande diferença em seus
desempenhos, aumentando a autoconfiança.
Observa-se que em determinadas comunidades escolares, aparecem
vários tipos de pais. Encontra-se, o pai atento e preocupado, que frequenta sempre
a escola, aceita ir sempre as reuniões de pais e mestres, muitas vezes contribui nas
atividades da escola; oferecendo sugestões e apoio.
Porém, encontram-se àqueles que vão à escola se for convidado ou que
deixa de ir à reunião porque trabalha e não encontram tempo por isso, acabam não
participando de nenhuma atividade, porque pensam que esse momento é uma perda
de tempo.
Percebe-se, que os alunos cujos pais encontram-se presente na vida escolar
dos filhos, são os que conseguem se desenvolver mais na vida; escolar, familiar e
social. Contudo, obtêm-se sucesso nos estudos além de cooperar de forma
satisfatória para a transformação de suas realidades.
Nessa linhagem observam-se, muitos desses indivíduos vão gerar filhos que
também vão ter o privilégio de ter pais presentes, e, com certeza vão ter sucesso,
tanto na vida escolar como profissional. No entanto, alunos cujos pais não
acompanham o processo escolar dos filhos observam-se enumeras dificuldades de
aprendizagem, se interessando cada vez menos pela vida escolar. Não
apresentando interesse algum em prosseguir nos estudos.
Porém, verifica-se que em consequência disto, esses alunos crescem sem
objetivo de vida. Onde se observa que muitos, não conseguem obter sucesso
profissional levando-se por caminhos errados. Esses problemas poderiam ser
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evitados se houvesse uma maior atenção dos pais, se os mesmos fossem mais
presentes no dia-a-dia da vida escolar de seus filhos.
Observa-se também, que essas ausências deixam lacunas profundas, que
acabam comprometendo tanto o presente, como o futuro dessas crianças. São
lacunas que será difícil ser preenchida. Nesse contexto entende-se que só os pais
poderão desempenhar essa função, pois a eles competem essas responsabilidades
de ensinar valores éticos, de conduzir e formar o caráter dos filhos.
A família é o lugar indispensável para a garantia e sobrevivência e da
proteção integral dos filhos e demais membros, independente do arranjo
familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os
aportes afetivos e, sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e
bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na
educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os
valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de
solidariedade. É também em seu interior se constrói as marcas entre as
gerações e são observados valores culturais. (KALOUSTIAN,1988, p.22)
Pode-se dizer que a família não é apenas o berço da cultura e a base para
um futuro melhor, mas compreendendo-se como centro da vida social. Sabendo-se
que a educação bem-sucedida em uma criança num ambiente familiar poderá servir
como apoio ao seu comportamento produtivo quando adulto.
O que não pode ser negado é a família, tanto no nível das relações sociais,
nas quais ela se insere, quanto no nível emocional dos seus membros. É na
família mediadora entre indivíduo e sociedade, que aprendemos a perceber
o mundo e nos situarmos nele. É a formação da primeira identidade social.
Esta é o primeiro “nós” a quem aprendemos a nos referir. (REIS, 1998,
p.99)
2. CONCEITO DE FAMÍLIA
marido sobre a mulher, que parecia um ser criado para cuidar do lar. Porém, com as
mudanças de alguns fatores, observa-se, que essas atitudes foram se modificando com o
passar dos anos, e hoje nota-se que as mulheres aos poucos foram ganhando espaço na
sociedade, e com isso também alguns benefícios protegidos por lei que as ampara
garantindo assim, sua liberdade até mesmo para o seu fortalecimento econômico.
De fato, a família era constituída unicamente pelo casamento, não havia em que se
falar por nenhum outro meio de constituição familiar, como a união estável. Por outro lado,
pouco se falava em divórcio, era inadmissível, uma vez que a felicidade dos membros não
estava em discussão e sim suas obrigações em satisfazer os interesses econômico que
muito influenciavam no casamento.
Por outro lado, tal modelo, a família é vista como uma instituição. Em que a
felicidade e a liberdade de seus membros são um ideal secundário, onde valorizam
o fortalecimento econômico/patrimonial da instituição familiar. Ora, tal manifesto se
dava pela ideia que família era tida como patriarcal atualmente, uma forma arcaica
e, de certo modo repudiada na atualidade. Contudo, os direitos e deveres se deu
pela evolução a que passou a sociedade ao lutar pela igualdade entre os
indivíduos e pela valorização da dignidade da pessoa humana, conquista estas que
se encontra estabelecidas.
Hoje em dia, no nosso mais alto regulamento jurídico que é a Constituição
Federal de 1988. Tem garantido poderio e influência dessas conquistas sociais na
elaboração dos novos conceitos de família, sendo, inclusive, este o motivo de tal
conceito se mutável ao longo do tempo. Tal mudança se faz necessário pelo simples
princípio da dignidade da pessoa humana, uma vez que hoje há um universo onde
as pessoas se reinventam partindo dos direitos comuns, onde hoje ninguém vive
obrigado com ninguém. Sendo cada indivíduo responsável por suas escolhas,
possuindo o livre arbítrio e não há mais que falar em uma família patrimonializada,
uma vez que a via que cria os laços familiares é subjetiva e depende do elemento
volitivo das partes. Portanto, observa-se que o conceito de família vem tomando
espaço consideravelmente, mas ainda é possívelencontrar um conceito antigo de
família na sociedade atual.
Afinal, nota-se que a maioria das famílias são compostas por indivíduos, cada
qual com a sua maneira única de pensar. Porém, em um sentido não generalizado,
percebendo-se que o ideal de família evoluiu juntamente com a sociedade, evolução
esta que para muitos se constitui como transformação, mas para outros, rejeição.
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Uma vez que, como já dito, o conceito e a ideia de família são voláteis e está em
constante evolução.
Décadas atrás, havia uma grande distância entre a família e a escola. Mas
devidos às mudanças que começaram a acontecer na sociedade. Uma passou a
valorizar mais o trabalho da outra e houve uma necessidade de aproximação em
benefício do educando. Mas percebe-se que essa aproximação ainda não é
consistente, pois ainda há em alguns lugares, principalmente em áreas de crase
médica baixa família, uma distância muito grande das famílias em relação a
educação dos filhos.
dos pais no processo ensino e aprendizagem dos seus filhos? Quais os motivos que
levam os pais a se ausentarem da escola de seus filhos? Investigar as técnicas
usadas para aproximar os pais da escola de seus filhos e compreender a
importância da relação entre pais e professores no processo educacional dos
alunos.
Compreende-se que família é a primeira a fazer parte do desenvolvimento
da criança. É nela que são construídos conhecimentos voltados para o convívio em
sociedade, ela é a primeira a serem responsáveis pelos hábitos, costumes e
interação da criança com o meio em que vive. Sabe-se que em todas as classes
sociais e por diversos fatores, as crianças estão indo cada vez mais cedo para a
escola, e com isso a família passa para a escola toda a responsabilidade de
educação tanto formal como informal da criança.
Entende-se que depois da família é na escola que as crianças ficam
diariamente um tempo de suas vidas e as expectativas em relação ao seu
desempenho escolar aumentam, sendo estimuladas para assumir maior importância
nas relações sociais e familiares.
A família tem o mais relevante papel no processo educativo, iniciando no lar.
As primeiras lições de convívio, de higiene, de valores, de palavras e de conceitos
que ganham significado. Os primeiros olhares, as primeiras vozes a acompanhar e
dar sentido ao que os filhos aprendem e apreendem. Os pais são os primeiros
educadores, os tutores por natureza. (CHALITA, 2014, p.10).
Por isso, é de fundamental importância que a escola crie meios de orientar
os pais a respeito das suas responsabilidades em relação à vida educacional da
criança, devido muitos pais ainda não compreender o seu devido papel na vida
escolar dos filhos, cabe à escola e função de orientá-los a respeito disso. Segundo
Tiba (2007, p.185) apesar de não ser de competência da escola essa função de
orientar os pais acerca da educação dos filhos, ela deve ajudar os pais a superar
dificuldades domésticas com os mesmos.
E a escola precisa também ter um olhar mais abrangente em relação as
dificuldades encontradas nos seus educandos e invés de levar o problema para os
pais que na maioria das vezes não sabem o que fazer, chamá-los para que junto
com a escola posam buscar soluções para resolver os problemas com os alunos
envolvidos. Por isso é necessário da interação e participação dos pais em relação à
vida escolar dos filhos, pois com a ajuda da escola conseguirão resolver problemas
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que talvez não seria possível resolver sozinhos. De acordo com os autores (BOOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2001.p 443) os processos que envolvem os valores são
parecidos com os processos educativos da criança, e isto deve ser levado em
consideração.
Portanto, observa-se que a família-escola necessitam de uma parceria
constante e é urgente que desenvolvam juntas esse conjunto de interação em todo
processo educativo, de forma harmoniosa e provedora em todos os aspectos físicos,
moral e afetivo que é a base por onde se inicia o alicerce para a vida futura do
indivíduo. Para isso, faz necessário de imediato uma mudança de atitude na
organização das escolas e das famílias, para que se possam estabelecer meios de
atuação interligada. Sendo a escola e a família as duas instituições indissociáveis
que necessitam propor condições de diálogo e interação entre si.
Segundo Tiba, para que haja uma participação sólida dos pais na vida
escolar dos filhos e seja um fato real do cotidiano e não apenas uma situação que se
dá eventualmente.
O interesse e participação familiar são fundamentais. A escola necessita
saber que é uma instituição que completa a família, e que ambas precisam
ser um lugar agradável e afetivo para os filhos/alunos. Os pais e a escola
devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno. (TIBA,
1996, p.140).
importante na vida de todo ser humano, pois são na infância que serão construídos
valores que as crianças irão levar para o resto da vida.
Mas percebe-se, que a maioria dos pais não está ciente dessa
responsabilidade. Hoje em dia essa distância dos pais em relação à vida dos seus
filhos, tem acarretado grandes consequências, tanto para as famílias como para a
sociedade, resultando em filhos crescendo sem regras e sem limites. Sendo possível
observar que na maioria das famílias em que os pais são presentes e participativos,
há poucos casos de filhos com comportamentos ante sociais. Pelo contrário os filhos
dessas famílias, em que os pais se importam com seu desenvolvimento são os que
mais conseguem se desenvolver socialmente. Como afirma a autora (GOMIDE,
2011, p.58):
Segundo Tiba (2007, p.51): diz que “quanto mais à criança for educada, a
partir de seus primeiros passos, maior será a eficiência da educação”. Atualmente
são vários os problemas encontrados nas escolas em relação ao mau
comportamento dos alunos, o desrespeito em relação às regras estabelecidas na
mesma, e o desinteresse pela vida escolar. Essa falta de valores que é de
competência da família tem gerado muitos prejuízos na vida tanto educacional como
social da criança.
De acordo com a (LDB, 1998, P.13): Art.2º
Para Turner e West (1998) o termo família não se limita mais só aquela que é
formada pelo pai, pela mãe, pelos filhos, devido ao aumento do número de divórcio,
o declínio em relação ao casamento, outros tipos de culturas que estão surgindo e
outras razão, foram os motivos que abriram as portas para que houvessem diversos
tipos de famílias. De acordo com Minuchin (1990) o termo família vem do latim “
famulus” que quer dizer escravos domésticos. Esse termo surgiu em Roma para
nomear um novo grupo de pessoas, que surgiram dentro das tribos latinas. Nesse
período de tempo, as famílias eram comandadas por um único chefe (Idade Média).
Mas com o decorrer dos tempos, as pessoas ligadas a esses grupos
começaram a criar vínculos matrimoniais. Dessa união eram consideradas também
as famílias paternas, maternas e os frutos das futuras gerações dessa união.
(MINUCHIM, 1990).
Trost (1995), afirma que a família começa a partir da união de um casal, ou
até mesmo quando uma criança nasce e é criada por um dos pais. O mesmo ainda
afirma que o conceito de família pode ser definido também por casais que se unem
através de casamentos religiosos, civis, ou mesmo casais que passam a morar
juntos tanto heterossexuais ou homossexuais. Para Petzold (1996) para se formar
uma família, não é necessariamente necessária à participação de filhos, ou seja,
mesmo casais que não tem filhos podem ser considerados uma família. Com isso é
possível compreender que família é um grupo social com diversos tipos de
características, seja cultural, religioso, etc.
Para Goldani (1993, p.78). “ À família é todo o conjunto de no máximo cinco
pessoas, que vivessem em domicílios”. Mas com o passar do tempo, as crianças
começaram a ir mais cedo apara a escola.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
problema que afeta a escola, pois muitas dessas transformações vão se tornando
difíceis de serem aceitas ou compreendidas dentro das mudanças da sociedade.
Ambas tentam encontrar caminhos em meio a esse emaranhado de escolhas que
são os novos contextos sociais, econômicos e culturais que se filtram na sociedade.
Recomendo o que foram iniciados acima, os pais que não tem condições
emocionais de garantir sua parcela de responsabilidade, se culpam pelo mau
rendimento escolar dos filhos, ou algum transtorno de conduta do filho, farão de tudo
para encontrar argumentos e pensar fatos, com o objetivo de responsabilizar os
professores que reprovam os seus filhos, ou toda a escola pelo fracasso dos filhos.
Observa-se que muitos dos conflitos hoje em sala de aula dificilmente serão
superados sem a ajuda dos pais. Para isso ocorrer é indispensável que a família
realmente participe da vida escolar dos seus filhos.
Pais e mães devem comparecer a escola não apenas para a entrega das
avaliações, ou quando a situação já se encontrar fora do controle. A presença e o
envolvimento dos pais no ambiente escolar devem ser permanentes e acima de
tudo, a formação para que a criança e o jovem possam se sentir amparada, acolhida
e amada tanto pela família com o pela escola. E do mesmo modo deve-se lutar para
que os pais e a escola estejam em completa harmonia em suas atividades diárias, já
que seus objetivos são os mesmos de educar e preparar o educando para atuar de
forma positiva na sociedade em que vive. De acordo com a autora:
A significativa participação dos pais na vida escolar de seus filhos tem sido
observada e levada em consideração em pesquisas e estudos como um dos
indicadores mais significativos na determinação da qualidade do ensino,
levando a conclusão que aprendem mais os alunos cujos pais participam
mais da vida da escola. (LUCK, 2010, p. 86).
Por essa linhagem, percebe-se que a escola fica diante de vários problemas
educacionais causados pela quebra das regras estabelecidas revelados com o não
cumprimentos das regras de condutas e a falta de limites nas relações interpessoais
dos alunos sendo isso considerados como a responsabilidade da família, e esta
nutre uma expectativa de que a escola forneça as crianças ensinamentos
considerados muitas vezes equivocados.
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4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percebe-se nas leituras que embasam este trabalho que, no passado essa
estruturada familiar era bem diferente, o pai era o responsável por sustentar a casa,
e a mãe tinha a função de cuidar e educar os filhos. Mas com o passar do tempo
muita coisa mudou. A mãe também começou a trabalhar e a educação e criação dos
filhos passaram a ser de responsabilidade de outras pessoas como: professores,
babás e avós. De acordo com Chalita (p.10, 2014): “a família tem a mais relevante
responsabilidade no desenvolvimento tanto social como educacional da criança”. É
na escola que o aprendizado começa, é lá que serão realizadas as primeiras lições
da boa convivência, é onde serão adquiridos valores, respeito, ética, lições de
higiene e saúde e apreendidas às primeiras palavras. O autor afirma ainda que: “os
pais são os primeiros educadores, os tutores por natureza”. (p, 11)
Como afirma o autor:
O mundo mudou. Existem casais experimentando novos arranjos familiares.
Mas a velha divisão de papéis insiste em se manter: o pai continua mais
trabalhando que educando seus filhos, como já comentamos, e a mãe
começou também a trabalhar, porém continua com a responsabilidade de
educar seus filhos. (TIBA, 2007, P.46).
O grande problema é que essa ausência tem feito muita falta na vida tanto
social como educacional da criança, sendo esse o motivo de muitos adolescentes
entrarem cada vez mais cedo para as drogas e para a vida do crime. Quando os
pais deixam de educar adequadamente seus filhos, a própria sociedade se
encarrega, mas em geral com orientações equivocadas. Sendo esse um dos
maiores problemas gerador da sociedade, muitos jovens estão entrando cada vez
mais cedo no mundo do crime, e muitos desses pais não compreenderem ainda que
a sua função é de grande importância para a sociedade, eles culpam, os
governantes por não criarem projetos para os jovens, culpam a escola quando seus
filhos são reprovados no final do ano, menos a sim mesmo.
E quando abrem os olhos, muitas vezes é tarde demais. Sem falar de certos
tipos de pais que tentam corrigir sua ausência dando aos filhos tudo o que querem,
sem exigir regras, e deixando o filho fazer o que querem sem compreender que essa
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atitude trará sérios problemas para os filhos. Por outro, lado existem também
aqueles pais que já são muito rígidos e distantes dos filhos, exigindo das mesmas
regras difíceis de serem cumpridas, onde nem eles mesmo conseguem obedece-las
cobram dos filhos o que eles não ensinam e nem mesmo fazem.
Um exemplo disso é de pais que chamam palavrões em casa, mas não
querem que os filhos chamem no ambiente escolar, pais que brigam e faltam com
respeito com o cônjuge, mas exigem respeito dos filhos em casa na escola. De
acordo com Chalita (2014, p.12) “ o pais devem ensinar os filhos desce cedo a
serem amáveis e corrigi-los quando faltar gentileza e educação logo nos primeiros
ensaios de convivência como: diga (obrigado, desculpas, por favor, agradeça dívida
com seu irmão, ofereça) ”.
Observa-se que os grandes problemas sociais existentes em relação às
famílias, é que hoje em dia os pais não estão se preparando para essa grande
missão que é de educar, de preparar os filhos para a vida, de ensiná-los a serem
cidadãos de bem, atuante na sociedade. É notável que a felicidade dos filhos
dependa dos pais, sendo eles os primeiros responsáveis pela sua formação, os
mesmos são espelho para eles, maus percebe-se que está havendo uma inversão
de valores em relação a essa educação:
Pode-se dizer que a família não é apenas o berço da cultura e a base para
um futuro melhor, mas compreendendo-se como centro da vida social. Sabendo-se
32
que a educação bem-sucedida em uma criança num ambiente familiar poderá servir
como apoio ao seu comportamento produtivo quando adulto. Entende-se que a
família, sendo a base para uma formação completa do indivíduo, tem seu papel
decisivo na formação de sua identidade. Deve ter participação direta na educação
das crianças. Nota-se, que a maioria dos pais esquece que a educação tanto formal
como não formal, precisará da responsabilidade deles. Faz-se pensar na
importância, da participação dos mesmos, de forma ativa na atividade desenvolvida
dentro da escola.
O que não pode ser negado é a família, tanto no nível das relações sociais,
nas quais ela se insere, quanto no nível emocional dos seus membros. É na
família mediadora entre indivíduo e sociedade, que aprendemos a perceber
o mundo e nos situarmos nele. É a formação da primeira identidade social.
Esta é o primeiro “nós” a quem aprendemos a nos referir. (REIS, 1998,
p.99).
.
Mas de qual família estamos falando? A concepção que temos de família hoje
não é a mesma de tempos atrás. Uma vez que estamos em constante movimento
social e jurídico sobre o tema, onde o conceito do que vem a ser família está sendo
ampliado. Antigamente o modelo familiar predominante era o patriarca, patrimonial e
matrimonial. Tal modelo tinha a figura do “chefe de família”, era o líder, o centro do
grupo familiar e responsável pela tomada das decisões. Esse líder familiar era tido
como o provedor e suas decisões deveriam ser seguidas por todos. Além disto, a
ideia de família patrimonial e imperialista. Isso prova que o fato de que a união entre
pessoas não se dava pela afeição entre as mesmas, mas sim pelas escolhas
realizada pelos patriarcas, com o interesse de aumentar domínio político e o
patrimônio de suas famílias. Em tal modelo, muitas vezes os noivos nem sequer se
conheciam, mas eram obrigados a contrair núpcias para honrar o bom nome da
família e contribuir para seu fortalecimento econômico.
A felicidade e a liberdade de seus membros ficavam em segundo plano,
sendo, no entanto, o primeiro objetivo, o fortalecimento econômico/patrimonial da
instituição familiar. Dessa forma está claro que tal ideia de família hoje não é mais
concebida, mas uma forma, uma forma arcaica e, de certo modo repudiada na
atualidade. As mudanças na concepção de família se deu pelo desenvolvimento em
34
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Maria Bahia, uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo,
Saraiva 2004.
CHALITA Gabriel. Famílias que Educam: uma relação harmoniosa entre pais e
filhos/ Gabriel Chalita-1.ed.-São Paulo: Cortez,2014
PAROLIN, Isabel Cristina Hierro. Pais e Educadores: que tem tempo de educar?
Porto Alegre: Mediação, 2007.
TIBA, Içami. Disciplina: limite na medida certa41ª Ed. São Paulo; Gente, 1996
240p.