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CURSO DE PEDAGOGIA/PARFOR
BELÉM
2017
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BELÉM
2017
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1.____________________________________________
Orientador: Roberto de Mendonça França Junior
Universidade Federal Rural da Amazônia - PARFOR
2.____________________________________________
Membro:
Universidade Federal Rural da Amazônia - PARFOR
3.___________________________________________
Membro:
Universidade Federal Rural da Amazônia - PARFOR
Dedico este projeto primeiramente a Deus por ter me dado força e sabedoria
para superar todas as dificuldades, a minha família pelo amor incondicional,
pelos meus amigos que sempre me incentivaram, e também aos meus alunos
que me fizeram buscar essa formação para transmitir a eles os conhecimentos
adquiridos, contribuindo de forma satisfatória para sua formação social e
individual.
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, marido, filho, irmã e irmão pelo apoio, amor, compreensão,
incentivo que a mim nunca foi dispensando.
A esta Universidade, seu corpo docente, direção e administração que nos deu
a oportunidade de hoje está alcançando uma perspectiva superior, em especial
ao Coordenador do Parfor, Pólo Belém Fabrício Rebello, que sempre esteve à
frente para nos ajudar e nos apoiar de forma significativa sempre com muito
respeito e paciência para com todos.
Ao Orientador Roberto França, pelo suporte dado, mesmo no pouco tempo que
lhe coube, mas que com sabedoria, paciência e compreensão conseguiu
transmitir segurança para que eu executasse meu trabalho de forma tranqüila e
certa de que conseguiria chegar ao meu objetivo. Muito obrigado!
“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos
sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar,
com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”
(Carlos Drummond de Andrade).
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RESUMO
Nos dias atuais, percebemos com mais frequência que os alunos não
apresentam resultados relevantes na sua aprendizagem, por não ter tido base
para o desenvolvimento dessa aprendizagem de forma significativa,
especialmente em dominar os conteúdos e os conceitos trabalhados em sala
de aula. A presente pesquisa é importante pela diversidade de dificuldades
apresentadas pelos professores na prática dos jogos e brincadeiras no Ensino
Fundamental. Diante do exposto, questionamos: Como trabalhar os jogos e
brincadeiras e ter resultados significativos para o desenvolvimento da
aprendizagem das crianças dos anos iniciais? Para responder estas
indagações, esta pesquisa é de suma importância principalmente porque o
processo de aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental precisa ser
compreendido com mais seriedade, pois nesse processo alguns problemas
começam a surgir tanto pelo aluno quanto pelo professor. Nossa intenção
concerne em demonstrar como os jogos e brincadeiras podem levar a
resultados significativos para o desenvolvimento da aprendizagem para isso,
procurou-se seguir as seguintes etapas: Primeiramente a escolha do tema:
considerando os fatores internos e externos, onde a escolha deveria nos trazer
conhecimentos e experiências, e que nos proporcionasse motivação para
outros estudos na área; teria que possuir importância teórica e prática, levando
à prática de ações mais eficientes; deveria ser adequado à realidade cultural da
instituição escolar. Considerou-se que a utilização dos jogos e das brincadeiras
no âmbito da educação se faz indispensável, pois, motivam, fazendo com que
a criança se interesse pelas atividades á ela proposta, oportunizando ao
professor aprimoramento e reconstrução junto com a criança do seu
conhecimento, contribuindo para um ensino e aprendizagem de conteúdos e
conceitos. A criança necessita das brincadeiras, dos jogos e da diversão, pois é
por meio destas atividades que ela desenvolve a leitura de mundo.
ABSTRACT
Nowadays, we have noticed that students do not present relevant results in their learning
because they do not have the basis for the development of this learning in a significant way,
especially in mastering the contents and concepts worked in the classroom. The present
research is important for the diversity of difficulties presented by the teachers in the practice of
games and games in Elementary School. In view of the above, we asked: How to work games
and games and have significant results for the development of learning of children in the early
years? To answer these questions, this research mainly because the learning process in the
initial grades of elementary education needs to be understood more seriously, by this process
some problems begin to arise both by the student and by the teacher. Our intention is to
demonstrate how games and games can lead to significant results for the development of
learning for this, we sought to follow as follows: Knowledge and experience, and that would
provide us with motivation for other studies in the area; They possess theory and practice,
leading to the practice of more efficient actions; It should be appropriate to the cultural reality of
the school institution. Considerations about the subject and the jokes in the field of education
becomes indispensable, therefore, to motivate, to make the child to be interested in its activities,
to improve and to improve its knowledge, Contributing to a teaching and learning of contents
and concepts. The child needs the games, the games and the fun, it is through activities that
develop a world reading.
SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................ 10
2. Práticas Lúdicas........................................................................................ 14
4. Fundamentação Teórica....................................................................... 26
5. Resultado e discussão.......................................................................... 29
5. Considerações finais.............................................................................. 36
Referencias.............................................................................................. 38
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1. INTRODUÇÃO
2. Práticas Lúdicas
2.1 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PRÁTICAS LÚDICAS.
[...] O jogo é fato mais antigo que a cultura, pois está, mesmo em
suas definições menos rigorosas, pressupõe a sociedade humana;
mas, os animais não esperam que os homens os iniciassem nas vida
lúdica. É nos possível afirmar com segurança que a civilização
humana não acrescentou característica essencial alguma a idéia
geral de jogo. Os animais brincam tal como oshomens (HUIZINGA,
2005, p. 03).
prepará-la para seu retorno à vida social e, por tanto, racional, que esse meio
lhe oferecia. A criança, a partir de então, tem que conviver exclusivamente com
a família e com a escola em um regime, chamado por Ariès (1981), de
quarentena que era o período de preparação da criança para que pudesse
voltar para o convívio com os adultos.
Nesse regime o mais importante não era o espontâneo da criança, sua
natureza divertida e alegre, mas a obediência, transformar a criança em um ser
disciplinado, pronto para seguir as regras determinadas pelos adultos.
De acordo com Oliveira (2006 a), a escola tinha, agora, a missão de livrar
a criança de seu estado infantil substituindo-o pela razão. Esta razão seria a
solução para os problemas de condutas apresentadas por muitas crianças no
decorrer de suas vidas.
Para Bacha (2002), as pequenas escolas cristãs da época viam as
crianças como um ser possuído pelo mal e que precisavam ser libertadas para,
então, serem dotadas de razão. Segundo ele, as escolas modernas viam a
razão como a única forma pela qual a infância, que, de acordo com elas, era
vista como diabólica, poderia ser extraída dessa fase da vida deixando-o livre
de toda a maldade.
Ainda Segundo Bacha (2002, p.107), a escola estava deixando de
aproveitar uma inocência pouca explorada para isolá-la do mundo. Esse
isolamento era a forma encontrada pela escola de evitar que a criança tivesse
contato com os males do mundo adulto podendo, com isso, observá-las e
perder sua inocência tornando-se má.
Surge agora um novo modelo de escola, preocupada não somente com a
preparação da criança para assumir o convívio com os adultos, obediente e
disciplinado, mas também voltada para a formação de crianças investigadoras,
com a formação da cognição, do conhecimento formal, ou seja, de tudo aquilo
que a sociedade espera de um indivíduo.
A partir de então, a escola começa a oferecer um ensino diferenciado
levando-se em consideração as etapas, as fases do ser em formação com
métodos específicos para cada uma delas – infância e juventude.
Oliveira (2006) destaca que a partir do século XV a educação passa a
atender os alunos de acordo com sua faixa-etária a partir de suas habilidades
cognitivas.
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realização e, por tanto, seja na escola ou em qualquer outro lugar onde estes
sejam livres ou de cunho pedagógico, essa diferenciação não é importante.
Antes, porém, devemos ressaltar que Kishimoto, em seu livro “Jogo,
brinquedo, brincadeira e Educação” (Editora Saraiva, 2001/2010), deixa claro
que esses conceitos variam de cultura para cultura. Como cita a casa da
boneca que, em algumas culturas, como de certos povos indígenas, são
usadas como objeto de adoração representando um de seus deuses, e, que
em outras culturas, nas mãos de uma criança pode se tornar um brinquedo,
como por exemplo, ser sua filinha.
ferramenta a mais para se saber um pouco mais sobre cada uma delas (MEC,
2006b, pp.11-12).
Para Kishimoto ao brincar a criança revela suas tendências como pessoa,
como ser social, expõe o que há em seu interior, o que ela tem e o que pode se
tornar:
[...] É pelo jogo que a criança se revela. As suas inclinações boas ou
más. A sua vocação, suas habilidades, o seu caráter, tudo que ela
traz latente no seu eu em formação torna-se visível pelo jogo e pelos
brinquedos, que ela executa. (KISHIMOTO, 1993, P. 106).
gerados a partir disso e como resolvê-las, quais regras atendem aos interesses
de todos e quais atendem aos seus através da comparação e da
experimentação de forma prática sem, com tudo, gerar grandes prejuízos. Por
tanto a escola deve e precisa se tornar um espaço onde o brincar esteja
presente em seu currículo como mais uma ferramenta tanto para se conhecer
um pouco mais a respeito das crianças que ali estão quanto para se possibilitar
que ela vivencie experiências construtivas de sua vida social e individual de
forma prática.
Um brincar menos pedagógico, ou seja, menos controlado e mais livre,
mesmo que ainda com objetivo voltado ao aprendizado, pode contribuir para
um desenvolvimento mais amplo e mais rápido por permitir, a criança que
brinca manipular o jogo de acordo com suas necessidades a partir de situações
espontâneas que apareçam durante o brincar, próprios do jogo e de seus
jogadores. Porém, apesar de o jogo ser livre, pode e deve-se ter a participação
do professor. Sua presença deixa o jogo ainda mais solto e divertido, faz com
que a criança tenha uma segurança e liberte-se, perdendo, assim, o medo de
brincar, como afirma Fortuna (2011), em um artigo publicado na Revista Pátio.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
brincadeira nada mais é que o ato de brincar com o jogo. O jogo pode
existir por meio do brinquedo, se os brincantes lhe impuserem regras.
Percebe-se, pois, que o jogo, brinquedo e brincadeira têm conceitos
distintos, todavia estão imbricados; e o lúdico abarca todos eles.
(MIRANDA, 2001 p. 12)
como são além de mostrar os benefícios que elas nos trazem com a sua
prática. Nas escolas atuais ganham um sentido todo especial, por serem vistos
como atividades que podem e devem ser utilizados como ferramenta de apoio
ao professor para o desenvolvimento sócio cultural e individual da criança, que
devem ser vistas como mais do que uma mera diversão ou distração, ou ainda,
puro passa tempo. Os jogos e as brincadeiras vêm auxiliando vários
profissionais no direcionamento da construção do ser individual e social da
criança e muitos são os pesquisadores que ao longo do tempo vem se
empenhando em demonstrar isso, além do quanto essa ferramenta pode ajudar
na construção de um indivíduo mais feliz, bem sucedido e realizado. Porém, a
visão que muitos tinham da criança atrasou essa visão e retardou sua
utilização em sala de aula.
Mas de que forma os jogos e brincadeiras podem contribuir para o
desenvolvimento da criança, como eles podem ser utilizados para se garantir
isso e qual o papel do professor e da escola nesse processo? Tentaremos,
com esse trabalho, responder a essas perguntas e contribuir com os que
buscam respostas nesse sentido, para que percebam no jogo e na brincadeira
um grande aliado nesse processo.
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5. RESULTADO E DISCUSSÃO
Teles (1999) ainda acrescenta que criança que não brinca e que
desenvolve muito cedo a noção do “peso” da vida, não tem condições de se
desenvolver da maneira sadia e que de alguma forma, este vazio irá
manifestar-se em sua personalidade adulta. Se não se tornar completamente
neurótica, percebe-se, em seu comportamento, traços neuróticos e até
psicóticos e, muitas vezes, esta pessoa carregará sempre a vida como se esta
fosse uma provocação, um sacrifício, um dever a ser cumprido. Dificilmente
conseguirá soltar-se, ser feliz com as pequenas coisas e sentir um prazer
genuíno.
De acordo com Teles (1999) a brincadeira, o jogo e o humor colocam o
indivíduo em estado criativo. Entretanto a brincadeira que estimula a
criatividade só pode florescer num ambiente de liberdade e flexibilidade
psicológicas, de busca de prazer, de auto-realização, deve-se concluir que o
desenvolvimento daquela encontra-se profundamente vinculado aos objetivos
educacionais e o professor precisa proporcionar ajustes na sala para atender a
essa exigência. Para Rego e Teles:
O brinquedo não só possibilita o desenvolvimento de processos
psíquicos, por parte da criança, como também serve como
instrumento para conhecer o mundo físico (e seus usos sociais) e,
finalmente, entender os diferentes modos de comportamento humano
(os papéis que se desempenham, como se relacionam e os hábitos
culturais...). Para que as brincadeiras infantis tenham lugar garantido
no cotidiano das instituições educativas é fundamental a atuação do
educador. È importante que as crianças tenham espaço para brincar,
assim como opções de mexer no mobiliário; que possam, por
exemplo, montar casinhas, cabanas, tendas de circo, etc. O tempo
que as crianças têm à disposição para brincar também deve ser
considerado: é importante dar tempo suficiente para que as
brincadeiras surjam se desenvolvam e se encerrem. (REGO citado
por TELES, 1999, p.16)
A relação dos jogos e das brincadeiras com a educação faz com que se
tenham várias investigações sobre seu propósito. Por exemplo, se o jogo pode
ou não ser considerado um material pedagógico. A interpretação que se tem
em relação ao jogo e a brincadeira são de que eles podem ser somente o ato
de brincar ou jogar espontaneamente sem objetivo nenhum, ou com o
propósito de alcançar objetivos e ajudar na formação do indivíduo, pois:
planejar cada etapa sem com tudo, interferir no jogo de forma que isso
comprometa o brincar espontâneo, o que implicaria em um brincar mecânico
sem qualquer satisfação e resultados relevantes. É necessário planejar as
etapas de maneira que se possam antecipar algumas situações comuns a cada
uma das brincadeiras, intervindo de maneira que ela siga naturalmente. A
flexibilidade do planejamento deve estar ligada a dinâmica que o brincar
oferece como verificaremos a seguir. A esse respeito Esteban afirma que:
O cotidiano da sala de aula é tempo/espaço de imprevisibilidade.
O professor frequentemente se encontra diante de situações comuns
que alteram a dinâmica da sala de aula, interferindo no processo
ensino/aprendizagem. O planejado vai sendo atravessado pelos fatos
que se impõe ao previsto, criando novas demandas, novas
possibilidades, novos obstáculos, fazendo com que o preestabelecido
precise ser constantemente revisto e reorganizado (ESTEBAN, 2001,
p. 172)
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS
EINSTEIN, Albert. Como vejo o mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1993.
MACEDO, Lino de. Para uma visão construtivista do erro no contexto escolar. In:
Coletânea de textos de Psicologia HEM/CEFAM, Vol. 1 Psicologia da Educação. São
Paulo: Secretaria de Estado da Educação – Coordenadoria de Estudos e Normas
Pedagógicas, 1992.
SANTOS, Santa Marli P. dos (org.). Brinquedo e Infância: um guia para pais e
educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.