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Nome

Jogos Matematicos como metodologia de ensino-apreendizagem da adição e


subtração no Ensino Primário – caso de estudo na Escola Primária de Cerâmica.

Beira
2022

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Nome

Jogos Matematicos como metodologia de ensino-apreendizagem da adição e subtração no


Ensino Primário – caso de estudo na Escola Primária de Cerâmica.

Proecto apresentada aoIFP- Inhamizua para a conclusao do


Curso Basico de Formacao de Professor .

Orientador:

Beira
2022
Resumo
Este trabalho tem como objeto, investigar as contribuições dos jogos no processo de ensino e
aprendizagem de matemática, mais especificamente nas operações de adição e subtração nos
anos iniciais. E como pode contribuir para os alunos, por isso se fez necessário a organização e o
planejamento. O respectivo trabalho procedeu por meio de uma pesquisa bibliográfica (através
de livros e artigos científicos), quanto a pesquisa de campo foi por intermédio de um
questionário qualitativo aberto, pautando nos conhecimentos e experiências vivenciadas pelos
professores dos anos iniciais. Portanto, esse trabalho ocorreu com base nas informações dos
professores dos anos iniciais para o ensino e aprendizagem de adição e subtração com materiais
concretos. A pesquisa foi desenvolvida com professores que fazem o uso de jogos matemáticos
em suas aulas. Vários estudiosos da área da Educação Matemática ressaltam a importância da
utilização dos jogos nas aulas das instituições escolares, como foi destacado na fundamentação
teórica. Será observada uma fusão entre as informações obtidas na entrevista e nas
fundamentações teóricas, objetivando identificar o intuito do professor ao aplicar jogos em suas
aulas.

Palavras-chave: Jogos; Aprendizagem, Professores.

3
Declaração
Eu, _________________ , declaro por minha honra que, o presente trabalho constitui o resultado
do meu labor individual, sob orientação do meu Supervisor.

Declaro ainda, que este trabalho nunca foi apresentado em nenhum outro âmbito para obtenção
de qualquer grau académico.

Beira, aos ____ de Outubro de 20__

____________________________
(___________________________)

4
Dedicatória

Dedico este trabalho a minha família que desprendeu a sua energia em prol da minha formação:
esposa - _______________, as minhas filhas: ________________________, e a todos aqueles
que directa ou indirectamente garantiram o sucesso do meu curso.

Deus esteja convosco!

5
Agradecimentos
Gostaria de endereçar o meu profundo agradecimento a todos aqueles que me deram o seu voto
de confiança e que me apoiaram em todo este percurso.

Em primeiro lugar, dirijo o meu profundo reconhecimento ao meu Supervisor ________pelo


rigor e exigência, pela orientação e por me ensinar a caminhar sozinho, pela imensa
disponibilidade

A minha família, pelo encorajamento para que eu assumisse a importância do curso, ao meu

Um obrigado especial a todos os que pertencem à minha pequena família, com particular
referência ao meu pai e à minha mãe, por serem o meu verdadeiro porto!

A todos, pois só o seu conjunto permitiu ultrapassar todos os obstáculos, o meu muito obrigado!

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Indice
Resumo............................................................................................................................................3

Declaração.......................................................................................................................................4

Dedicatória.......................................................................................................................................5

Agradecimentos...............................................................................................................................6

1. Introdução.................................................................................................................................8

1.2. Justificativa...........................................................................................................................9

1.3. Problema de pesquisa...........................................................................................................9

1.4. Objectivo geral....................................................................................................................10

1.4.1. Objectivos Específicos....................................................................................................10

2. Referencial Teorico................................................................................................................12

2.1. Adição.................................................................................................................................12

2.2. Subtração............................................................................................................................13

2.3. Os jogos e sua importância.................................................................................................14

2.4. A Utilização de Jogos no Ensino de Matemática...............................................................16

3. Metodologia empregada.........................................................................................................18

3.1.1. Amostra...........................................................................................................................18

3.2. Instrumentos de coleta de dados.........................................................................................18

3.2.1. Técnica de Entrevista......................................................................................................18

3.3. Técnicas de Análise e discussão dos dados........................................................................19

4. Resultados obtidos..................................................................................................................20

5. Análise e Discussão de resultados..........................................................................................21

6. Conclusão...............................................................................................................................24

7. Referências Bibliográficas.....................................................................................................25

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1. Introdução

Este trabalho mostra que os professores utilizam os jogos matemáticos para aprofundar
conhecimentos e inserir conteúdos matemáticos, com intuito de atrair a atenção dos alunos no
ensino de forma lúdica com melhor compreensão no assunto estudado. Esta é uma pesquisa de
campo, que faz uso da entrevista com os professores nos anos iniciais. O presente trabalho visa,
abordar as contribuições do lúdico como ferramenta pedagógica para auxiliar os professores no
processo de aprendizagem dos alunos, no ensino de adição e subtração. Elaborar as atividades, a
partir do processo histórico da matemática torna-se um elemento orientador, que pode promover
uma aprendizagem significativa a partir de situações concretas.
O trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa de campo realizado com professores de
Matemática do Ensino Primaria da EPC de Cerâmica, com o objeto do uso de jogos para o
processo de ensino aprendizagem de adição e subtração, considerando a perspectiva teórica que
orientam essas práticas. Para os alunos entenderem o conceito de adição e subtração através dos
jogos, se faz necessário inserir a sua realidade os materiais concretos com recursos didáticos, que
contribuem na compreensão dos alunos.
É exposta a motivação e a justificativa de realizar o estudo, além de nítido os objetivos e as
questões de pesquisa. Na fundamentação teórica são apontados o uso e as vantagens deste
recurso metodológico, evidenciando os tipos de jogos e os aspectos que justificam sua utilização
em aulas de matemática. Na sequência, é apresentada a metodologia de estudo, com descrição
dos sujeitos envolvidos e os procedimentos adotados na investigação.

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1.2. Justificativa
Desde muito cedo as crianças possuem contato com as quatro operações matemáticas, nas
situações do cotidiano, apesar de não possuir noções básicas sobre seus conceitos. Mesmo diante
de tal familiaridade elas possuem dificuldades em realizar as operações matematicamente desde
os primeiros anos do ensino fundamental até os anos finais, muitas vezes chegando até ao ensino
médio.
Procurando potencializar o desenvolvimento ao estímulo no aprendizado, o cálculo mental e a
compreensão nas quatro operações matemáticas durante o ensino fundamental, elaboramos um
trabalho baseado na utilização de jogos em sala de aula.
De acordo com Grando (2000, p. 28) quando nos referimos à utilização de jogos nas aulas de
Matemática como um suporte metodológico, consideramos que tenha utilidade em todos os
níveis de ensino. O importante é que os objetivos com o jogo estejam claros, a metodologia a ser
utilizada seja adequada ao nível que se está trabalhando e, principalmente, que represente uma
atividade desafiadora ao aluno para o desencadeamento do processo.
Este trabalho visa incentivar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos através de jogos de
matemática, buscando estimular os conhecimentos adquiridos ao longo das aulas de matemática.
O papel do professor se torna essencial, para que possa desenvolver uma aprendizagem
significativa no aluno.
Os jogos têm grande importância no processo de ensino e aprendizagem na adição e subtração,
pois ajudam o professor a unir teoria e prática. Estimulando a função neurológica e motora, com
isso o processo de assimilação se torna prazerosa. Com base, nas respostas apresentada pelos
professores, na pergunta pode-se destacar que os jogos auxiliam na construção do pensamento
matemático do aluno.

1.3. Problema de pesquisa


São várias as dificuldades encontradas por alunos e professores no processo de ensino
aprendizagem, devido alguns alunos possuir dificuldades em compreender determinados
conteúdos. Mediante a esses fatos surge uma alternativa pra trabalhar a matemática de maneira
diferente e interativa que pode facilitar a compreensão e a aprendizagem dos alunos. O uso de
jogos matemáticos como alternativa metodológica pode auxiliar o aluno no processo de ensino
aprendizagem. Sendo assim, percebe-se que com a utilização dessas ferramentas, os estudantes

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estão aprendendo a pensar, raciocinar e a buscar novas alternativas, com o objetivo de criar
estratégias que lhes proporcionem sucesso no processo educativo (PRENSKY, 2010).
A busca de novas atividades que despertem a curiosidade dos alunos é essencial na superação
das dificuldades presentes no processo de aprendizagem. A Matemática é uma das disciplinas
onde os alunos encontram maiores obstáculos em adquirir o conhecimento matemático, pois
exige bastante de todos os estudantes devido a sua complexidade. Por isso, os jogos possibilitam
aos jovens manifestar sua criatividade e raciocínio para pensar em estratégias, sociais e culturais
explorando os meios físicos mantendo uma relação entre o real e o imaginário (MUNIZ, 2010).
Os jogos se tornam muito importantes no processo de ensino-aprendizagem da Matemática, por
meio de atividades lúdicas, os estudantes encontram motivação para trabalhar com a imaginação
e a criatividade, relacionando o abstrato com o real, tornando assim, mais fácil à aprendizagem.
Segundo Chiarottino (2010) colocava os jogos como elemento rico no processo de
aprendizagem, favorecendo a influência mútua entre o pensamento e a realidade, estimulando a
troca de idéias, a formação de proposição que venha colaborar com o desenvolvimento cognitivo
do aluno.
Desse modo, foi necessário a colaboração das professoras que auxiliam na pesquisa de campo
respondendo às seguintes perguntas: Como os jogos podem auxiliar o professor no processo de
ensino aprendizagem dos alunos no ensino de matemática? Como a manipulação pode contribuir
na formação desse aluno? Como a manipulação de jogos podem contribuir para a aprendizagem
de adição e subtração desses alunos?

1.4. Objectivo geral


Analisar a importância dos jogos para o ensino e aprendizagem da matemática no ensino
Primário.

1.4.1. Objectivos Específicos


 Observar as dificuldades dos alunos em relação a aprendizagem da matemática neste
nível de ensino;
 Buscar compreender as causas das deficuldades dos alunos em Matemática neste nível de
ensino;
 Elaborar uma sequencia de jogos matemáticos que auxiliam os alunos na resolução de
actividades que envolvem adição e subtração.
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2. Referencial Teorico
2.1. Adição
A adição é a operação mais natural na vida de uma criança, porque está presente nas experiências
infantis desde muito cedo. Além disso, envolve situações como a de ―juntar‖ e ―acrescentar‖.
(Toledo e Toledo, 2009)
Esse contato que as crianças possuem com a operação da adição, é um meio facilitador para o
processo de ensino e aprendizagem, que se resume basicamente no planeamento de situações
adequadas ao período de aprendizagem em que elas se encontram.
Para se trabalhar com a adição o ideal é que seja por meio de situações práticas que contribuam
para que o aluno tenha a habilidade de construir os resultados envolvendo todas as combinações
que se pode existir com números naturais. Como um exemplo, podemos citar o Material de
Cursinaire que é um conjunto pedagógico conhecido que foi criado pelo professor belga Georges
Hottelet Cuisenaire. O material cuisenaire compõe-se de barrinhas de madeira, em forma de
prisma, com altura que varia e 1 cm a 10 cm, que é constituído por modelos de prismas
quadrangulares. É um material estruturado, composto de 241 barras coloridas que são prismas
quadrangulares com 1 cm de aresta na base, com 10 cores e 10 comprimentos diferentes e
proporcionais.

Apresentaremos a seguir um exemplo de situação que pode ser trabalhada com o material
Cuisenaire:
Um ―murinho‖ com 7 tijolos como parâmetro, os alunos devem construir outros ―murinhos‖
como esse mesmo tamanho, cada um deles formado por dois novos e diferentes ―murinhos‖, e
depois representar como a escrita o ―murinho‖ que fizeram.

Figura 1. Representação da situação problema – Adição

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Fonte: (Toledo e Toledo, 2009, p. 105)

Toledo e Toledo (2009) sugere que se deve iniciar o trabalho com o algoritmo da adição apenas
quando os alunos tiverem domínio do processo de agrupamento e trocas e também a
representação simbólica dos números. O professor deve observar alguns aspectos como: se o
algoritmo é construído para facilitar os cálculos, por exemplo, 3+4, não tem sentido ―armar
contas‖, pois há contribuição para encontrar o resultado; e ao realizar atividades com o ábaco e
depois representar em seu caderno para que os alunos possam perder um pouco da dificuldade,
como por exemplo, conseguem compreender que ―a unidade deve estar abaixo da unidade, e
dezena abaixo da dezena e assim sucessivamente‖.

2.2. Subtração
É fato que trabalhar com a subtração é um pouco mais complexo do que trabalhar com a adição,
podemos relacionar alguns motivos citados por Toledo e Toledo. Primeiro, porque o raciocínio
das crianças está concentrado em aspectos positivos de ação, percepção e cognição, enquanto
que os aspectos negativos, como inversão e reciprocidade, só serão construídos depois, um
segundo motivo, refere-se ao aspecto afetivo adverso que muitas vezes está relacionado com
situações de perda. E por fim, as ideias envolvidas na subtração são bem diferentes entre si,
como comparar, completar e tirar.
Para ajudar a construção do conceito das ideias de subtração é importante que seja feita a
utilização de material manipulativo como palitos, pedras, grãos, moedas, como mostra o exemplo
na situação a seguir:
No estojo de Luci há 9 lápis. Destes, 6 são pretos e o restante é de outras cores. Quantos lápis
não são pretos?

12
Figura 2. Ilustração dos Lápis.
Fonte: (Toledo e Toledo, 2009, p. 113)

A subtração está ligada a três ideias apresentadas a seguir:


 de tirar, que se trata ―da conta que serve para tirar‖. Exemplo: ―Em um ônibus havia 40
pessoas. No primeiro ponto desceram 19. Quantas permaneceram no ônibus?‖.
 de comparar, onde estão presentes duas quantidades independentes para serem
confrontadas. Exemplo: ―Alice tem uma coleção com 85 figurinhas, e a sua irmã tem
94. Quem tem mais figurinhas? Qual é a diferença?‖.
 de completar, quando se faz necessário descobrir que parte falta para se chegar ao todo.
Exemplo: ―Quero comprar uma bolsa que custa 60 reais, mas só tenho 45 reais. Quanto
falta?‖.

Para se trabalhar o algoritmo da subtração Toledo e Toledo (2009), indicam que só aconteça a
partir dos 8 anos de idade, e recomendam que seja utilizado o ábaco para realização das ações e
construção do algoritmo.
VERGNAUD, G. e DURAND, C., (1976) sugerem que as operações matemáticas de adição e
subtração sejam paralelamente desenvolvidas na mesma proporção, por meio de situações
problemas que:
 Associadas à idéia de combinar estados para obter um outro - ação de juntar.
 Associadas à idéia de transformação, ou seja, alteração de um estado inicial, que pode ser
positiva ou negativa.
 Associadas à idéia de comparação.
 Associadas à composição de transformações (com variações positivas e negativas) e que
levam à necessidade dos números inteiros negativos.
Tais situações acompanhadas as ideias associadas determinam que haja um trabalho organizado
do conteúdo simultaneamente ao trabalho de sistematização da aprendizagem.

2.3. Os jogos e sua importância


A Intervenção Pedagógica visa através do lúdico a aprendizagem de duas operações matemáticas
fundamentais, visto que o lúdico apresenta por excelência grande relevância de cunho

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pedagógico no ensino da Matemática, tendo em vista que estimula o raciocínio lógico, fator
imprescindível para a apropriação dos conteúdos.
Nos jogos, os cálculos são carregados de significado porque se referem a situações concretas
(marcar mais pontos, controlar a pontuação, formar uma quantia que se tem por objetivo etc.).
Além disso, o retorno das hipóteses é imediato, pois, se um cálculo ou uma estratégia não estiver
correta, não se atingem os objetivos propostos ou não se cumprem as regras e isso é apontado
pelos próprios jogadores (STAREPRAVO, 2006, p.16).
O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os
alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse
do aluno envolvido.
Os materiais concretos unem teoria e prática, estimulando o desenvolvimento cognitivo dos
alunos. Esses materiais são utilizados como ferramentas pedagógicas que visa instigar o aluno a
aprender as operações, focando inicialmente na adição e subtração, através da manipulação
desses materiais. A confecção desses materiais pelos professores de anos iniciais torna-se
comum, principalmente no ensino de matemática.

Segundo Mendes (2006, p. 05):


Ultimamente, temos assistido a uma grande valorização das atividades lúdicas no
processo de construção do conhecimento matemático pelo aluno a partir de uma prática
na qual o professor utiliza jogos pedagógicos como elementos facilitadores do ato de
ensinar-aprender. A manipulação dos jogos como elementos facilitadores da
aprendizagem desperta o interesse do aluno para o conhecimento matemático e tem se
mostrado bastante eficaz, quando bem orientada, embora seu uso didático seja limitado a
situações ocasionais. Mesmo assim, há jogos que podem ser classificados como: jogos de
aprendizagem, quando viabilizam a construção e apreensão de conceitos matemáticos; e
jogos de fixação, quando evidenciam o exercício necessário para que ocorra a
sistematização e memorização do conhecimento matemático já aprendido.

Tornando-se essencial a utilização dos materiais concretos como recursos didáticos, para que os
educadores possam associar com os conteúdos administrados dentro e fora de sala. Os jogos
matemáticos têm sido discutidos, de modo que o ensino de matemática possa contribuir no

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processo de ensino e aprendizagem dos anos iniciais. Com isso, pode-se dizer que o jogo de
matemática incentiva o raciocínio lógico.
De acordo com Mendes (2006, p. 05), cabe aos professores utilizar e manipular, adequadamente,
os aspectos lógico-matemáticos presentes nos jogos para que os alunos alcancem a aprendizagem
prevista no planejamento de ensino. Atualmente, o uso de jogos no ensino da Matemática está
mais centrado no Ensino Fundamental, tendo uma efetivação significativa na aprendizagem dos
alunos desse nível de escolaridade.
“A participação em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional,
moral e social para a criança e um estímulo para o desenvolvimento do seu raciocínio lógico. ”
(PCNs, 1997, p.36).

2.4. A Utilização de Jogos no Ensino de Matemática

De acordo com Paiva e Rego (2010) com o fracasso da Matemática Moderna, de acordo com
pesquisas no campo do desenvolvimento cognitivo, foi constatado, com pouco tempo, que para
os alunos conseguirem atingir certo grau de abstração seria necessário começar com atividades
que envolvessem ações com elementos concretos.

Para possuir o conhecimento dos conteúdos formativos e funcionais, exigidos pelas mudanças
ocorridas na sociedade, foi imposto ao sistema escolar à adoção de um novo método de ensino e
aprendizagem diversificado destacando o ―uso de materiais concretos na Matemática, incluindo
jogos, quebra-cabeças e desafios matemáticos, de novas ferramentas metodológicas e da
resolução de problemas, dentre outras.‖ (Paiva e Rego, 2010, p. 154).

Os jogos possuem um papel de fundamental importância para o ensino dos conceitos


matemáticos, pois possibilita a construção de conhecimentos através de desafios, levantando
hipóteses, testando suas habilidades, desenvolvendo autonomia.

A utilização dos jogos como recurso, não precisa estar necessariamente ligada a conteúdos
curriculares matemáticos específicos, mas também em outras áreas, para trazer ganhos
cognitivos ao aluno, melhorando as condições na sua formação, de um modo geral.

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3. Metodologia empregada
Neste trabalho utilizou-se como metodologia, a pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso.
Entende-se por pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso:
[...] uma investigação de fenômenos específicos e bem delimitados, sem a preocupação
de comparar ou generalizar. Algumas peculiaridades são próprias do estudo de caso. Uma
delas é a de que ele visa identificar novos elementos que muitas vezes o pesquisador não
pensa em descobrir (LUDWIG, 2009, p. 58).
Nosso trabalho ocorreu segundo as seguintes etapas:
1) Revisão bibliográfica sobre o tema; visando ampliar nossos conhecimentos sobre os
recursos aos jogos que potencializem e facilitem o ensino das quatro operações
matemáticas;
2) Foi aplicada a observação directa, este método é uma técnica de colecta de dados para
conseguir informações e utilizar na obtenção de determinados aspectos da realidade.

2) Sondagem sobre as atividades dispostas nos livros didáticos para trabalhar as operações
matemáticas;

3) Elaboração de uma sequência didática para trabalhar o conteúdo de adição esubtração.

4) Análise das potencialidades e limitações da sequência didática elaborada.

3.1.1. Amostra
A partir da população, foi extraída uma amostra composta por 8 profissionais, sendo dois
membros da Direcção da Escola (director da escola e a directora adjunta pedagógica) e 6
professores. A amostra foi seleccionada por conveniência que, na visão de Yin (2005), é uma
amostragem não-probabilística que consiste em seleccionar uma parcela da população que seja
mais acessível.
3.2. Instrumentos de coleta de dados

3.2.1. Técnica de Entrevista

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Segundo o entender de MARCONI e LAKATOS (2002:18) “a entrevista é uma conversa feita
cara à cara de uma forma metódica, ela oferece a possibilidade de ter a informação necessária
verbalmente”.

Esta técnica ajudou-me bastante na recolha de dados dos interlocutores seleccionados. Neste
caso, os interlocutores seleccionados foram: Professores que leccionam a disciplina de
Matematica e alunos da escola em estudo para obtenção de informações capazes de responder o
propósito da pesquisa.

3.3. Técnicas de Análise e discussão dos dados


Terminada a fase da recolha de dados, os mesmos foram analisados da seguinte forma: para os
dados obtidos através do questionário, recorreu-se ao uso do programa informático Microsoft
Excel, para a elaboração dos gráficos. Em relação à entrevista, recorreu-se à narração das
opiniões colhidas, na qual os entrevistados foram codificados A e B

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4. Resultados obtidos
Feito o estudo, constantou-se que os alunos apresntam dificuldades na operações maticaticas
concretamente operações de adição e subtração, 57% dos estudantes apresentam dificuldades em
realizar estas operações, 31% consiguiram realizar as operações envolvendo a adição e
subtração, 5% dos alunos somente conseguiram resolver as operações envolvendo a subtracao e
7 % dos alunos consiguiram resolver as questões envolvendo a adição

5. Análise e Discussão de resultados


De acordo com as observacoes feitas no campo de estudo e na base dos resultados da
entrevista feita aos professores da escola constatou-se que há dificuldade que os alunos da
escola primaria completa de cerâmica apresentavam na compreensão dos números inteiros e
na utilização das operações básicas com estes números, logo tentou-se intervir nessa
realidade. Foi assim, que buscou-se, então, encontrar jogos possíveis de serem aplicados com
os alunos da 6ª classe, para auxiliar neste processo de aprendizagem dos números inteiros na
adição e subtaração.
São grandes as dificuldades encontradas por alunos ao se depararem com alguns conteúdos de
Matemática, principalmente na adição e subtração que constituiu a base do nosso estudo.
Mediante a esse fato, constatado - se que, 57% dos estudantes apresentam dificuldades em
realizar estas operações, 31% consiguiram realizar as operações envolvendo a adição e
subtração, 5% dos alunos somente conseguiram resolver as operações envolvendo a subtracao e
7 % dos alunos consiguiram resolver as questões envolvendo a adição. Como ilustra o gafico
asseguir:

18
5%
7%

Dificuldades de Adicao e
Subtracao
Resolveram operacoes
envolvendo adicao e sub-
tracao
Resolveram operacoes
31% 57% envolvendo adicao
Resolveram operacoes
envolvendo subtracao

Grafico 1: Dificuldades em Matemática

Por meio do questionário aplicado com os estudantes da da 6ª classe, ficou claro que, os estudantes
tem problemas em desenvolver cálculos usando a adição e subtração . Segundo Brito (2005) ele
procura apresentar aos estudantes novas formas na qual levem eles a pensar e raciocinar de forma
que possam aperfeiçoar o conhecimento por meio de recursos diferentes que sejam mais eficazes.
Corroborando com os resultados apresentado no trabalho Gurgel (2009) discute que os estudantes
ficam em duvida com qual operação devo iniciar primeiro para resolver o problema matemático,
sem compreender de forma holística o conteúdo.
Foi proposta uma atividade com as seguintes questões: Q1 = (23+12 – 50)= Q2=(6-2) + (10-4)=
Após a resolução das questões propostas observou-se que os alunos obtiveram em torno de 24% de
acertos nas questões realizadas no pré-teste, sendo que foi um baixo índice de aproveitamento.

24%

Alunos que acertaram


alunos nao acertarm

76%

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Figura 2: Realização do Pré - Teste

Após a aplicação do questionário pós-teste constatou que o jogo contribuiu significativamente no


rendimento dos estudantes tendo em média, 92% de acertos das questões, mostrando que se
trabalharmos com outros recursos melhora o aprendizado e quebra a monotonia das aulas
trazendo os estudantes a participarem das atividades e conseqüentemente estimula a
aprendizagem
Os estudantes após essa experiência com os jogos apresentaram um rendimento muito acima da
atividade anterior deixando evidente que uma atividade voltada para desenvolver seu raciocínio e
suas percepções se torna importante para seu desenvolvimento. Para Starepravo (2009) diz que
os jogos são uma boa alternativa na construção do conhecimento, por se
Constituírem em desafios aos alunos. Colocar os estudantes constantemente diante de situações-
problema, os jogos favorecem as (re) elaborações pessoais a partir de seus conhecimentos
prévios. Na solução dos problemas apresentados pelos jogos, os alunos levantam hipóteses,
testam sua validade, modificam seus esquemas de conhecimento e avançam cognitivamente
(STAREPRAVO, 2009, p.19).
Os jogos aplicados para adição e subtração foi feita a utilização de material manipulativo como
palitos.

O objetivo da pesquisa realizada foi verificar com qualitativo os professores utilizam em suas
aulas os jogos matemáticos no ensino de adição e subtração: a). Se é com o intuito de
ensinar/construir, ou b) consolidar/aprofundar conceitos matemáticos, e c) de que forma o
professor encaminha as atividades para o uso de jogos.
Questionou-se: Como os jogos podem auxiliar o professor no processo de ensino e aprendizagem
dos alunos no ensino de matemática?
Os jogos são recursos indispensáveis para o ensino de matemática principalmente na
educação infantil quando a criança tem dificuldade de fazer abstração necessitado do
concreto. Fora que eles tornam o ensino da matemática mais fácil e dinâmica.
(PROFESSORA B, 2018).
Perguntou-se: Como a manipulação de jogos pode contribuir na formação desse aluno?

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Quando a criança manipula, ela tem a oportunidade de construir cognitivamente seu
conhecimento, vivenciado, e com isso internalizado o que está apresentado. O aluno dessa
forma, consegue significar e ressignificar a aprendizagem. Isso contribui na formação do aluno.
(PROFESSORA A, 2018)
Como a manipulação de jogos podem contribuir para a aprendizagem de adição e subtração
desses alunos?
Os alunos irão aprender na prática sobre o conteúdo estudado, tendo a oportunidade de
manipular os jogos e entender a partir do concreto, não apenas do teórico. Pode-se citar
como um desses jogos o dominó, para trabalhar adição e subtração. (PROFESSORA C,
2018)

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6. Conclusão

As dificuldades no ensino da Matemática foram identificadas por estudantes principalmente na


adição e subtração, seja por falta de atenção, ou pouco interesse ou pela complexidade em
entender os conceitos matemáticos. No entanto, essas habilidades são importantes para o
prosseguimento dos estudantes para as séries seguintes. Os estudantes apresentaram um baixo
rendimento em resolverem problemas que necessitam o uso das habilidades da multiplicação,
divisão, adição e subtração um problema trazido desde o Ensino Fundamental.
Após a constatação dos problemas apresentados pelos estudantes no questionário pré-teste,
busco-se trabalhar com atividades que minimizam o déficit de aprendizagem. Isso ficou evidente
no baixo desempenho no pré-teste. Após o uso do jogo identificou uma melhora no desempenho
dos alunos, pois é uma ferramenta importante para sanar algumas dificuldades nas quais eles
apresentavam principalmente com relação à divisão onde eles entenderam que é o inverso da
multiplicação. No questionário pós-teste ficou claro que o jogo contribuiu de maneira
significativa no processo de aprendizagem com cerca de, 92% de aproveitamento e, pode ser um
auxilio ao professor nas aulas de Matemática desde que seja feito um planejamento de quais
habilidades e competências serão desenvolvidas para que essa atividade tenha um propósito para
o ensino dos estudantes. Esse estudo deixa evidente a relevância dos jogos dentro do ambiente
escolar principalmente para os conteúdos de Matemática proporcionando aos estudantes novas
formas de se trabalhar os conteúdos tornando mais interessante e divertido o ensino.

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7. Referências Bibliográficas

BATLLORI, J. Jogos para treinar o cérebro. Tradução de Fina Iñiguez. São Paulo: Madras,
2012.
BELL, J. Projeto de Pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências
sociais. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de
FIANI, R. Teoria dos Jogos: com aplicações em economia, administração e ciências sociais. 3
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

JESUS, M. M. O Lúdico no processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil. SP:


KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. 14. ed.
Petrópolis, RJ, 2010.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. (2002). Metodologia científica. São
Paulo: Atlas.

matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

Matemática. São Paulo: IME – USP, 2010.

MUNIZ, C. A. Brincar e jogar: enlaces teóricos e metodológicos no campo da educação


Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2011.

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Âpendice

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APÊNDICE 2: Entrevista dirigido aos professores de Matemática da Escola Primaria
Completa de Cerâmica

Apresentação: Sou ____________________________, estou fazendo um trabalho de pesquisa


para a conclusão de Curso Basico de Formacao de Professores na IFP- Inhamizua. Gostaria que
respondesse de uma maneira sincera as questões sobre o PEA de Matematica envolvendo
operações de adição e subtração e jogos matemáticos para a sua compreensão..

Sexo: ___ Idade: _____ Ano de Serviço: _____

Profissão: _____________ Carreira Profissional DN ___

Disciplina de Especialização: _______________ Disciplina que lecciona: _______________

E há quanto tempo lecciona? ______ Classe: ______ Tipo de Formação:

Sem formação 10ª + 1 10ª + 2 12ª + 1 Bacharel Licenciatura Outros

Questões

1. Como os jogos podem auxiliar o professor no processo de ensino e aprendizagem dos


alunos no ensino de matemática?
___________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
2. Como a manipulação de jogos pode contribuir na formação desse aluno?
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

3. Como a manipulação de jogos podem contribuir para a aprendizagem de adição e


subtração desses alunos?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_

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Pré-Teste
O pré- teste, foi destinado para os alunos da EPC de Cêramica de modo a apurar o
nível de assimilação dos conteúdos em estudo.

Questão 1 = (23+12 – 50)=

Questão 2=(6-2) + (10-4)=

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