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Género e sua relação com HIV (como e que o género pode influenciar na prevalência/incidência
do HIV
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Índice 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
1.2. Objectivos.............................................................................................................................6
2. Género - definição....................................................................................................................8
3. Conclusão...............................................................................................................................19
4. Referências Bibliográficas.....................................................................................................20
1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre o do género e sua relação com HIV (como e que o género pode
influenciar na prevalência/incidência do HIV. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV) tem se configurado como a mais importante e devastadora epidemia contemporânea. A
partir da identificação dos primeiros casos, no início da década de 1980, tem-se evidenciado
franca disseminação pelo mundo, configurando-se na pandemia da actualidade. Desde então,
tornou-se uma das condições clínicas mais pesquisadas em todo o mundo, gerando desafios
diversos à humanidade.
O Sida é uma doença incurável, mas prevenível. Transmite-se através das relações
sexuais não protegidas(penetração sem preservativo),transfusões de sangue não triado,
agulhas e seringas contaminadas.(mais frequentemente as usadas para injectar droga) e
de uma mãe infectada para o seu filho durante a gravidez, o parto ou amamentação.
1.2. Objectivos
LIBANEO (2002:104) afirma que “objectivo, é um fim a ser alcançado, alvo a ser alcançado”.
Por conseguinte, de acordo com a citação que apresentamos acima, o nosso trabalho apresenta
dois objectivos, sendo um geral e outros de caracteres específicos.
O conceito de género começou a ser usado na década de 80 por estudiosas feministas, para
contribuir com um melhor entendimento do que representa ser homem e ser mulher em uma
determinada sociedade e em um determinado momento histórico.
Enfim conceito de género é, antes de tudo, uma construção histórica e social cujas referencias
partem das representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas do
sexo .se partirmos dessa premissa ,podemos concluir que :se levarmos em conta que o feminino e
o masculino são determinados pela cultura e pela sociedade ,as diferenças que se transformaram
em desigualdades são portanto ,passíveis de mudança.
A quantidade de tempo que homens e mulheres destinam para tarefas de cuidado e realização de
trabalho doméstico é diferente, sendo desproporcional para as mulheres, que geralmente
trabalham mais horas do que os homens, com consequências para seu lazer e bem-estar (Banco
Mundial 2012:17). Esta desigualdade aumenta a segregação e as disparidades salariais entre
mulheres e homens. Além disso, limita as oportunidades para as mulheres em termos de
escolarização e trabalho. Se elas estudam, implica menos tempo para estudar; se trabalham pode
significar faltas, atrasos e baixa produtividade devido à sobrecarga de trabalho e pouco tempo de
descanso. De acordo com um informante-chave, o INE não documenta o uso do tempo por
mulheres e homens, incluindo no cuidado, o que seria importante pois disporíamos de dados
fiáveis para a tomada de decisões sobre como reduzir a carga de trabalho das mulheres e
disponibilizar tempo para actividades mais produtivas.
As Estratégias Sectoriais de Género constituem uma oportunidade para a integração de género
nas esferas política, social e económica. O Governo de Moçambique tem Estratégias de Género
em áreas-chave para o desenvolvimento socioeconómico do país como Educação, Saúde,
Agricultura, Recursos Minerais e Função Pública. Porém, não se evidenciam os resultados das
mencionadas estratégias por falta de mecanismos de implementação, monitoria e avaliação das
mesmas para além de algumas estarem desactualizadas. De acordo com informantes-chave e
grupos de discussão realizados nas províncias, as Estratégias de Género Sectoriais não são do
domínio da maioria dos funcionários das instituições responsáveis pela sua implementação. O
seu domínio circunscreve-se quase sempre aos pontos focais de género ou pessoas ligadas às
questões de género nas instituições.
O vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV (sigla em inglês para
human imunodeficiency vírus), é da família dos retrovírus e o responsável pelo SIDA. Esta
designação contém pelo menos duas sub-categorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. Entre o grupo
HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a -J. Porém com o passar dos
anos, surgiram novas subcategorias desse vírus, devido a pessoas portadoras se relacionarem
com outras também portadoras deste vírus e ocasionar uma mistura genética entre seus tipos.
De uma forma geral, o HIV é um retrovírus que ataca o sistema de defesa humano causando a
síndrome da imunodeficiência adquirida ou SIDA.
Uma vez que a célula T hospedeira não processa o RNA em proteínas, o próximo passo é gerar
um DNA a partir do RNA do HIV usando a enzima transcritase reversa para que ocorra a
transcripção reversa. Se bem sucedida, o DNA pró-viral deve ser então integrado ao DNA da
célula hospedeira usando a enzima integrase. Se o DNA pró-viral é integrado ao DNA da célula
hospedeira, a célula torna-se altamente infectada, mas não produzindo activamente proteínas do
HIV. Esse é o estágio latente do HIV, uma infecção durante a qual a célula infectada pode ser
uma "bomba não explodida" potencialmente por um longo tempo.
O risco de infecção pelo HIV, alertou o Ministro da Saúde, "é alto entre as populações chave,
mulheres e raparigas adolescentes e mulheres jovens, sendo que em 2020 os adolescentes e
jovens foram responsáveis por 40% das novas infeções por HIV".
Aliás, em 2019, a região da África Subsaariana, com apenas 12% da população mundial,
concentrava cerca de 68% das pessoas de todas as idades vivendo com o HIV no mundo, e
Moçambique, pelas estatísticas, o segundo país na região que mais contribui em novas
infecções por HIV.
E é com o objectivo de alterar este quadro, que arrancou esta Quarta-feira, na capital
moçambicana, a VIII Reunião Nacional do Programa Nacional de Controlo às ITS HIV/SIDA,
cuja abertura foi presidida pelo Ministro da Saúde.
Durante três dias, os participantes do encontro que decorre no formato virtual e presencial, vão
avaliar o grau de implementação das actividades preconizadas para o controlo da epidemia do
HIV/SIDA no país.
Para já, a "boa nova" é que não obstante a pandemia da COVID-19, o HIV e SIDA não foi
relegado para um plano secundário. "A resposta enérgica ao HIV e SIDA continua a ser uma
emergência nacional e um desafio importante de saúde, desenvolvimento, direitos humanos,
segurança e social", assegurou Armindo Tiago, realçando ainda que a implementação das
intervenções pelas diferentes áreas multidisciplinares e multissectoriais continua a ser
prioridade do Governo de Moçambique e as mesmas não devem ser desaceleradas, sendo que
sua monitoria e avaliação são um imperativo.
Inserido na região Austral de África, a mais fortemente afectada pela epidemia do HIV,
Moçambique continua a ser desafiado no controlo do HIV.
O quadro epidemiológico nacional de acordo com o Ministro da Saúde, "não nos deve
desencorajar. Pelo contrário, deve continuar a inspirar-nos na identificação contínua de
prioridades e na testagem de intervenções que se revelem capazes de acelerar a redução de
novas infecções, a redução da mortalidade, a redução da taxa de transmissão do HIV da mãe
para o filho e o alcance de zero descriminação".
Actualmente, 74% das Pessoas Vivendo com HIV em Moçambique estão a receber
gratuitamente o Tratamento Antirretroviral (TARV) e 94% da rede sanitária pública oferece
Serviços TARV, sendo que nos últimos anos, o país tem observado uma tendência de redução
de novas infecções e de mortalidade por HIV.
Os ritos de iniciação são um exemplo de prática sociocultural que põe as raparigas e mulheres
em situação de subordinação em relação aos rapazes e homens. Os ritos regulam os
comportamentos tentando conservar as hierarquias e reforçar as desigualdades de género (função
de chefe para o homem e de mãe para mulher) (WLSA 2013). Estas práticas têm vindo a
reproduzir o modelo da inferioridade das mulheres/raparigas, o que legitima a cultura de
dominação patriarcal. Segundo o estudo da WLSA (2013) não há grande diferença na
transmissão das mensagens de desigualdade de género e divisão sexual de trabalho tanto na
organização patrilinear como na matrilinear. Nos dois casos os ritos ensinam aos rapazes a serem
detentores directos do poder parental e patrimonial do lar. Com base nas discussões havidas nas
províncias e nos estudos analisados, os ritos de iniciação, legitimando a passagem das crianças à
idade adulta e à sexualidade, incentivam o casamento prematuro, e consequente abandono
escolar. Contudo, os grupos focais salientaram a importância dos ritos de iniciação na construção
da identidade social e no ensino sobre a sexualidade. Também recomendaram uma revisão da
informação divulgada, consoante a idade das crianças, e baseada em valores de equidade de
género. Foi referido, por exemplo, que os ritos eram feitos em 3 fases mas que actualmente, com
a pobreza, as famílias logo que a rapariga tiver a menarca ingressa nos ritos em uma única fase
onde recebe todas as informações relacionadas com a sexualidade e o papel da mulher na família,
e muitas vezes numa idade não apropriada. E este facto foi apontado como uma das causas do
início precoce da vida sexual e dos casamentos prematuros. A iniciação sexual acontece mais
cedo nas províncias do Niassa, Cabo Delgado e Zambézia, províncias onde mais se realizam os
ritos de iniciação, comparando com as províncias do sul, onde esta prática é quase inexistente.
FIDELIDADE: Se decidirmos ter relações sexuais sem protecção com um parceiro que não
tenha uma DTS, então teremos de ter a certeza de que o nosso parceiro apenas tem relações
sexuais connosco o que é muito difícil. Se o nosso parceiro tem relações sexuais sem protecção
com uma outra qualquer pessoa, ele ou ela pode contrair DTS e transmiti-la a nós.
Feito o trabalho, conclui-se que o vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido
por HIV (sigla em inglês para human imunodeficiency vírus), é da família dos retrovírus e o
responsável pelo SIDA.
As ciências sociais tem feito nos últimos anos uma distinção entre os conceitos de sexo e gênero.
Pode-se dizer que sexo está relacionado às distinções anatômicas e biológicas entre homens e
mulheres. O sexo é referente a alguns elementos do corpo como genitálias, aparelhos
reprodutivos, seios, etc. Assim, temos algumas pessoas do sexo feminino (com vagina/vulva),
algumas pessoas do sexo masculino (com pênis) e pessoas intersexuais (casos raros em que
existem genitais ambíguos ou ausentes).
Gênero é o termo utilizado para designar a construção social do sexo biológico. Este conceito faz
uma distinção entre a dimensão biológica e associada à natureza (sexo) da dimensão social e
associada à cultura (gênero). Apesar das sociedades ocidentais definirem as pessoas como
homens ou mulheres desde seu nascimento, com base em suas características físicas do corpo
(genitálias), as ciências sociais argumentam que gênero se refere à organização social da relação
entre os sexos e expressa que homens e mulheres são produtos do contexto social e histórico e
não resultado da anatomia de seus corpos.
4. Referências Bibliográficas
MISAU/DNS/ Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva para Adolescentes e Jovens;
Manual de Educação e aconselhamento em sexualidade, Saúde e Direitos
Reprodutivos e HIV/SIDA para Adolescentes e Jovens, Fundo das Nações Unidas para
à Popula População. Maputo, Moçambique. 2003.
Chipkevitch, Puberdade e Adolescência, Editora lglu, São-Paulo, Brasil, 1992
Bastos, Alvaro; Ginecologia Infanto-Jovenil, Editora Roca, São-Paulo,Brasil,1994
MISAU/DNS; Aconselhamento e testes voluntários-Manual do Conselheiro e do
Supervisor dos Gabinetes de ATV, MISAU,Maputo,Moçambique, 2001.