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1. Introdução.........................................................................................................................1
2.1. Conceito.......................................................................................................................2
HIV-SIDA.................................................................................................................................2
Educação de alunos....................................................................................................................3
3. Contexto geral...................................................................................................................3
8. Conclusão............................................................................................................................8
9. Referencias Bibliograficas................................................................................................9
1. Introdução
Para um bom rendimento pedagógico nas escolas não é suficiente que o ensino ministrado
seja de boa qualidade, mas também que os alunos estejam saudáveis e tenham uma
alimentação adequada. O estado de doença diminui a capacidade de aprendizagem, provoca
absentismo escolar e, consequentemente, aumenta o índice de reprovações e progresso
escolar. Esta situação tem como impacto final, a redução da capacidade da população de
prosperar individualmente e como sociedade no geral. O HIV/SIDA afecta as pessoas em
todas as dimensões da sua vida, pessoal, familiar, comunitária e social. Controlar a expansão
do HIV/SIDA em particular no nosso solo pátrio, Moçambique, exige mudanças ao nível de
normas sociais e comportamentais e também intervenções de natureza política e social. A
comunicação pode influenciar positivamente processos sociais para mudar normas de
conduta, derrubar preconceitos, activar movimentos sociais e reforçar políticas públicas. As
acções de comunicação são, portanto, ferramentas indispensáveis para apoiar as políticas de
prevenção, tratamento e mitigação da epidemia em curso no país, tanto a nível do ensino
básico, assim, como nas outras áreas de cunho educacional.
Uma vez que o HIV/SIDA afecta todas as áreas e sectores de Moçambique, do idoso ao
jovem, das cidades às zonas rurais, para barrar a disseminação da doença é fundamental uma
visão compartilhada das prioridades e das acções transversais a todos os sectores e níveis da
sociedade. Para muitos moçambicanos, especialmente os residentes nos distritos e nas áreas
rurais, o HIV/SIDA parece não ser real e relacionado com as suas vidas. Contudo, o
HIV/SIDA está presente e vive no seio de muitas famílias e comunidades. Para uma
prevenção sustentável e significativa, as comunidades precisam de processar e entender o
HIV/SIDA de acordo com a sua visão de mundo e “traduzir” o HIV/SIDA para o seu
universo vocabular, de forma a entender melhor como a epidemia está a afectá-las e aos seus
entes queridos.1
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ESTRATÉGIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO PARA O COMBATE AO HIV/SIDA,2006.
2. Quadro conceptual e teórico.
2.1. Conceito
HIV-SIDA
HIV “É o vírus que causa a doença do SIDA. O HIV debilita o nosso sistema imunitário ou
imunológico, isto é, as defesas naturais do corpo contra os organismos que causam
doenças”. Um indivíduo que tem o vírus de HIV designa-se de seropositivo. Não existe cura
para o SIDA. (UNESCO 2009, p.75)
Educação de alunos
De acordo com MINED (2011.p4), Educação de alunos refere-se ao “processo de
aprendizagem formal, não formal e informal, em que jovens e adultos desenvolvem
habilidades, conhecimentos e atitudes, aperfeiçoando as suas qualificações técnicas e
profissionais na perspectiva de satisfazer as suas necessidades, da comunidade e da sociedade
em geral”.
3. Contexto geral
O aparecimento da SIDA, no início dos anos 80, abalou as certezas do mundo
contemporâneo, tendo desregulado e sobrecarregado os sistemas sanitários e sociais nos
países ricos e pobres. Veio ainda agravar outros flagelos e tornar, muitas vezes, ineficazes os
inúmeros esforços de luta contra outras doenças endémicas. A SIDA é uma doença biológica
e social, sendo objecto simultâneo de um tratamento médico e social.
De acordo com UNAIDS (2009), ao nível mundial, a prevalência de pessoas vivendo com
HIV, em 2009, era estimada em 33,4 milhões. Apesar desta taxa de prevalência continuar
elevada, ela mostra uma tendência de aumento em cerca de 27% quando comparada com a
reportada em 1999, que era de 26,2 milhões de pessoas infectadas.
Em Moçambique, o HIV e SIDA constituem um problema social que afecta a sociedade no
geral e sobretudo a camada jovem. Embora os resultados preliminares sobre a revisão dos
dados de vigilância epidemiológica do HIV em Moçambique tenham registado uma queda
nos índices de ser prevalência nacional entre adultos (15-49 anos), de 16% em 2007 para 15%
em 2009, o HIV continua a ser um problema de saúde pública. Estima-se que em 2008 mais
de 95000 jovens com idades compreendidas entre 15 e 19 anos viviam com HIV (MISAU,
2009).
Durante a última década, Moçambique tem feito grandes esforços para controlar o
desenvolvimento da expansão do HIV e SIDA que ameaça minar as conquistas da economia
alcançadas ao longo deste período. Dados da Ronda de Vigilância Epidemiológica (RVE)
mostram que a epidemia de HIV em Moçambique encontra-se abaixo das epidemias de
outros países da região da África Austral, actualmente cerca de 1.6 milhões de moçambicanos
vivem com HIV (INE2007, projecção 2010).
A prevenção do risco de infecção por HIV implica informar, clarificar aspectos relevantes
sob o ponto de vista da transmissão do vírus e dos comportamentos que a favorecem e,
sobretudo, modificar esses mesmos comportamentos em áreas tão complexas como a da
sexualidade.
Em todo o caso, o conhecimento dos riscos e dos comportamentos seguros a adoptar perante
esta epidemia deve se fazer acompanhar pela adesão às normas de prevenção da infecção,
sendo aparentemente mais fácil modificar as atitudes face ao HIV, do que o comportamento
sexual (HIV/AIDS – Virtual Congress, 2003).
A análise dos determinantes prováveis dos comportamentos tornou-se, então, indispensável
quer em termos de percepção do risco, quer da avaliação do risco e dos factores que
influenciam a modificação de comportamentos, no sentido de promoção de saúde.
Actualmente, as principais formas de transmissão de HIV associam-se a relações
heterossexuais e a comportamentos de riscos ligados à toxicodependência, quer em termos de
partilha de material de injecção infectado, quer em termos de relações sexuais não protegidas.
Esse aspecto reforça a noção de que o tratamento da toxicodependência e as medidas de
minimização de riscos são factores muito importantes no contexto da prevenção face à Sida
(ONUSIDA, 2008).
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ESTRATÉGIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO PARA O COMBATE AO HIV/SIDA,2006.pag. 46
grupo dos 10 aos 14 anos de idade, na medida em que este representa a designada “janela de
esperança”.
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ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇA NA COMUNIDADE ESCOLAR – 2010- 2016
Estilos de vida e comportamentos sociais não saudáveis influenciam não só a saúde e a
nutrição, como também retardam as oportunidades de educação a um número cada vez
crescente de crianças, adolescentes e jovens. Quando os alunos adoptam formas saudáveis de
vida durante a idade escolar, geralmente isso se mantém para o resto de suas vidas .
Ainda o mesmo autor afirma que a análise da estrutura das intervenções que se revelam mais
eficazes remete, entre outras questões, para a importância da redução de comportamentos
sexuais de riscos, quer para o HIV quer para outras ITS, e ainda para a prevenção da gravidez
indesejada. Por outro lado, remete para a necessidade de adequar o material utilizado na
prevenção e à experiência sexual das populações alvo. De igual modo, deve ser objecto de
análise o treino de técnicas de comunicação, negociação e de outras competências
comportamentais, bem como a importância do treino e da atitude dos orientadores da
formação.
8. Conclusão
Findo o trabalho, pude concluir que prevenção nos alunos nas escolas tem sido objecto de
vários estudos, que procuram situar a questão do risco de infecção por HIV numa perspectiva
mais geral, a da problemática específica da adolescência. Tambem, constatei que a
educação em si própria é um factor fundamental para evitar a infecção. Atingir a educação
primária de uma maneira ampla é, consequentemente, uma estratégia decisiva para baixar a
taxa de infecção do HIV. Em Moçambique, o sector da educação envolve activamente
aproximadamente 80.000 professores e gestores e 4.000.000 de estudantes – incluindo um
largo número do segmento designado como “janela da esperança” e, além disto, fornece
articulação com as famílias e comunidades através dos ZIP’s, Zonas de Influência
Pedagógica, e LEC (Ligação Escola-Comunidade) e programas de formação de Conselhos de
Escolas.
E por fim, observei que existe a necessidade de um melhor gerenciamento para o contexto do
HIV/SIDA, que ajude directores e professores a promoverem um ambiente positivo e forneça
os instrumentos e os processos de planeamento participativo.
9. Referencias Bibliograficas
Organização Mundial da Saúde (OMS) (1986). Carta de Ottawa para a promoção da
saúde. Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, Ottawa,
Canadá.