Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MICROBIOLOGIA DE CARNES
Ernani Porto 1
Introdução
Os microrganismos têm um papel relevante na indústria e conser-
vação de carnes. Na verdade pode-se dizer que a tecnologia de carnes
avançou em função dos microrganismos. A carne é um alimento rico em
nutrientes e sempre foi um alimento cobiçado pelo homem. A obtenção da
carne em si sempre foi um problema menor. O homem pré-histórico apren-
deu a obter a carne através da caça e se tornou um eficiente caçador. O
problema maior sempre residiu na conservação da carne obtida. Sendo pe-
recível, tinha que ser consumida rapidamente.
Desde cedo tecnologias de conservação se desenvolveram. A sal-
ga, a defumação e desidratação são tecnologias deste período, anteriores
a qualquer conhecimento de microbiologia. Tecnologias que foram aperfei-
çoadas através do tempo, mas na sua essência permanecem as mesmas e
são eficientes em impedir o desenvolvimento microbiano e a deterioração
da carne. O emprego do frio também era conhecido pelo homem desde os
primórdios, mas seu conhecimento e disponibilidade era restrito àquelas
regiões frias e disponível apenas no período do inverno.
Nos últimos 150 anos, devido aos conhecimentos de microbiologia, houve
consideráveis avanços. O uso do frio na conservação de carnes é generali-
zado, juntamente com tecnologias auxiliares como atmosferas modificadas
e vácuo. Hoje a oferta de carne “in natura” é abundante e contínua e as
pessoas podem se dar ao luxo de prescindir de produtos salgados, defuma-
dos e curados no seu cotidiano, deixando-os para consumir como produtos
1
Professor Doutor, Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. ESALQ/USP.
ERNANI PORTO
98
MICROBIOLOGIA DE CARNES
99
ERNANI PORTO
QUADRO 1
DIFERENÇAS ENTRE A CONTAMINAÇÃO DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS E DETERIORANTES
NO PROCESSO DE ABATE
100
MICROBIOLOGIA DE CARNES
Microrganismos deteriorantes
A carne oferece boas condições para o crescimento bacteriano. Pos-
sui alta umidade (75%) e alto teor de proteínas (19 %) e teor variável de
lipídios. O carboidrato é um fator limitante ao crescimento bacteriano, assim
a maioria das bactérias deteriorantes é proteolítica. O músculo possui cerca
de 1,1% de glicogênio e 1% de glicose, porém no processo de rigor mortis
o metabolismo muscular consome os carboidratos, produzindo ácido láctico.
Após a transformação do músculo em carne, este tem cerca de 1,1% de
ácido láctico. O pH do músculo é 7,0, após o rigor mortis, este pH pode
cair para 5,6-6,2, isto dificulta o crescimento bacteriano e um bom pro-
cesso é fundamental para a conservação da carne. A carne de aves, por ter
pH um pouco mais elevado (5,8-6,4), é, por isso, mais perecível do que a
carne bovina. Na carne bovina e suína, problemas no rigor mortis podem
produzir a carne DFD (Dark, Firm, and Dry), que possui um pH > 6,2. Este
tipo de carne é mais suscetível à deterioração bacteriana. O problema
oposto, a carne PSE (Pale, Soft and Exudative) possui pH ácido (<5,6) e
resiste mais à deterioração microbiana, porém tecnologicamente esta é uma
carne de má qualidade. Já as vísceras animais (rins, fígado etc.) não so-
frem processo de rigor mortis, seu pH permanece neutro e são muito
perecíveis (Prändl et al., 1994).
101
ERNANI PORTO
QUADRO 2
CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS DE ACORDO COM A TEMPERATURA DE CRESCIMENTO
Deteriorantes mesófilos
Entereobacteriacea
A carne, se não refrigerada, deteriora rapidamente. Os microrganis-
mos responsáveis neste caso serão os mesófilos. Membros da FAMÍLIA
102
MICROBIOLOGIA DE CARNES
Clostridium
Bactérias deste grupo podem eventualmente serem responsáveis pela
deterioração profunda da carne, pois são anaeróbias estritas e não podem
desenvolver-se na superfície das carcaças. As bactérias do gênero Clostridium
vivem normalmente no intestino dos animais e esporulam quando em con-
tato com o ar. A partir do intestino podem, durante o abate, contaminar ex-
ternamente a carcaça. Sua importância neste caso é a contaminação de pro-
dutos de carne tais como embutidos, nos quais podem desenvolver-se. As
bactérias deste gênero são proteolíticas e, portanto, deteriorantes. Inclui 2
espécies patogênicas: Cl. perfringens e Cl. botulinum. A legislação brasilei-
103
ERNANI PORTO
Deteriorantes psicrotróficos
Carne Resfriada
a) Pseudomonas: o gênero pertence à Família PSEUDOMONADA-
CEAE. São bastonetes Gram-, aeróbios estritos, não esporulados,
móveis, e possuem metabolismo oxidativo, exclusivamente. São
amplamente disseminados no ambiente e são muito versáteis me-
tabolicamente, utilizando ampla gama de substratos para seu cres-
cimento. São proteolíticas e lipolíticas, sendo por isto um dos
principais deteriorantes da carne. Algumas são produtoras de
pigmentos. Muitas bactérias deste gênero crescem bem sob re-
frigeração, sendo psicrotróficas. Têm sua temperatura ótima para
crescimento entre 20o e 25 oC, crescendo desde 5 oC até 30oC. São
destruídas a 45 oC. Não resistem ao pH ácido e muitas têm difi-
culdade de crescer em pH menor que 6,0. No abatedouro, as
pseudomonas rapidamente dominam a carcaça refrigerada e são
as principais bactérias isoladas. Na carne, são isoladas princi-
palmente P. fragi, P. fluorescens, P. putida e P. lundensis (ICMSF,
1985; Jay, 1998).
104
MICROBIOLOGIA DE CARNES
105
ERNANI PORTO
Bactérias patogênicas
Distribuição
106
MICROBIOLOGIA DE CARNES
Figura 1
CICLO DA CONTAMINAÇÃO DA SALMONELA
INTESTINO ELIMINAÇÃO
PORTADOR PELAS FEZES
ANIMAIS AMBIENTE:
ÁGUA/ALIMENTOS
RAÇÃO
ABATEDOURO INDUSTRIALIZAÇÃO
HUMANOS
107
ERNANI PORTO
ABATEDOURO
PONTO A B
Patogenia
108
MICROBIOLOGIA DE CARNES
109
ERNANI PORTO
resultar em injúria de até 90% das células. O grau desta injúria depende
do meio de congelamento e da cepa envolvida (Calicioglu et al., 2003).
A salmonela tem um pH ideal entre 6,5-7,5 e extremos: 3,8 a 9,0.
Ácidos orgânicos têm efeito pronunciado sobre Salmonella e estes produ-
tos têm sido utilizados na tentativa de descontaminar carnes e carcaças
(Quarteney-Papafio et al., 1980). Os diferentes tipos de ácidos podem ofere-
cer graus de inibição para a salmonela, como pode ser visto no Quadro 4.
QUADRO 4
PH MÍNIMO PARA A INATIVAÇÃO DE SALMONELLA PARA DIFERENTES ÁCIDOS
Ácido pH
Cítrico 4,05
Málico 4,3
Láctico 4,4
Sucínico 4,6
Acético 5,4
Propiônico 5,5
Fonte: Chung & Foert, J. Fd. Sci. 35: 326328, 1970. Adaptado de JAY, 1998.
Aa
! ideal é a faixa de 0,945 a 0,999;
! em alimentos o mínimo é de 0,93;
! pode sobreviver em alimentos desidratados (Aa 0,2).
Outros fatores:
! NaCl: até 5,8%;
! Radiações ionizantes: 10 Kgy;
! Potencial Redox: não afeta;
! Competição: má competidora, inibida por bactérias lácticas.
Epidemiologia e prevenção
Os alimentos envolvidos em geral são produtos de origem animal. A
industrialização de alimentos e o transporte internacional amplo favorece-
110
MICROBIOLOGIA DE CARNES
111
ERNANI PORTO
112
MICROBIOLOGIA DE CARNES
113
ERNANI PORTO
QUADRO 4
CONDIÇÕES PARA O CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE ENTEROTOXINA PARA
S. AUREUS (ICMSF, 1996)
Parâmetro Crescimento Produção de Toxina
Temperatura
Mínima 7,0oC 10oC
Ideal 37 oC 40-45 oC
Máxima 48 oC 48 oC
pH
Mínimo 4,0 4,5
Ideal 6,0-7,0 7-8
Máximo 10,0 9,6
NaCl (máx) 20% 10%
Aa (mín) 0,83 0,87
114
MICROBIOLOGIA DE CARNES
QUADRO 6
CONTAGEM DE S. aureus (UFC/ML DE LAVADO) NOS DEDOS DE BORRACHA DA 3a
DEPENADEIRA DURANTE FUNCIONAMENTO EM ABATEDOURO COMERCIAL (PORTO, 1994)
PERÍODO REPETIÇÕES
1 2 3
2 2
Início do Turno 5,0 x 10 < 10 < 102
Intervalo 1,3 x 103 >103 1,6 x 105
Após Higienização < 102 < 102 1,6 x 103
FIGURA 2
CONTAMINAÇÃO DE S. aureus (LOG UFC/G) NA PELE DE FRANGO DURANTE O ABATE
(PORTO, 1994)
3,5
3
2,5
UFC/g S. aureus
2
1,5
1
0,5
0
Sangria Escaldamento Depenagem Evisceração Resfriamento
Etapas do Processo
115
ERNANI PORTO
min. Já a célula vegetativa, tem seu valor D60oC = 14,4 min. Podem, assim,
germinar e proliferar em carnes após cocção. Dois são os produtos de car-
ne típicos de toxi-infecção causada por Cl. perfringens: peças grandes de
carne como pernil e produtos recheados de carnes como tortas e pastéis.
Em grandes peças assadas de carnes, há a possibilidade de sobrevivência
tanto da célula vegetativa quanto do esporo. O esporo também pode sobre-
viver no recheio de produtos assados e posteriormente germinar (ICMSF,
1985; Doyle, 1989; ICMSF, 1996).
QUADRO 6
CONDIÇÕES PARA CRESCIMENTO DO Cl. perfringens
Parâmetro Mínimo Ótimo Máximo
o
Temperatura ( C) 12 43-47 50
PH 5,5 7,2 9,0
Aa 0,93 - -
Fonte: Adaptado de Microganisms in Foods 5, ICMFS, 1996.
116
MICROBIOLOGIA DE CARNES
Listeria monocytogenes
117
ERNANI PORTO
QUADRO 9
OCORRÊNCIA DE L. MONOCYTOGENES EM CARNES
118
MICROBIOLOGIA DE CARNES
Campylobacter jejuni
São bactérias Gram-, pequenas, bastonetes em forma helicoidais e
móveis, não esporulados e estritamente microareófilos, não suportando
concentrações de O 2 menores que 3% ou superiores a 10-15%. Sua tem-
peratura ideal para crescimento é entre 42 o-45 oC. É muito pouco resis-
tente fora do organismo animal, não se multiplicando em alimentos e so-
brevivendo pouco tempo em equipamentos. C. jejuni é bastante sensível
ao NaCl, não suportando mais do que 2%. Não resiste aos tratamentos
térmicos, pois é destruído aos 48oC, e os surtos são sempre relacionados
com carnes cruas ou mal cozidas. A doença causada caracteriza-se por
diarréia aquosa e profusa, sendo a febre bastante comum (Cliver, 1990;
ICMSF, 1996).
Vive normalmente no intestino de animais, sendo eliminado em gran-
de quantidade nas fezes. Portadores são muito comuns em frangos, esti-
mando-se, em certos casos, de 30 a 100% de animais portadores intesti-
nais na granja. Assim, no processo de abate, a evisceração é um dos pontos
críticos para este microrganismo (Northcutt et al., 2003).
119
ERNANI PORTO
Transporte
O transporte é uma etapa que estressa os animais, em frangos esta
etapa pode aumentar a contaminação por Salmonella. O estresse pode
contribuir de alguma forma com a invasão bacteriana a partir do intestino,
que, em condições normais, impediria este fato. Também os animais ten-
dem a se sujar mais e a se contaminar mais, especialmente contaminação
fecal. Isso é mais crítico em frangos, cujo transporte é feito com pilhas de
gaiolas superpostas, de modo que os animais recebem a sujeira dos que
estão acima (Northcutt et al., 2003).
Abate (Sangria)
Os bovinos normalmente são abatidos pela secção dos grandes va-
sos do pescoço. Frangos por este método ou pelo corte do palato, já suí-
nos são abatidos por estocada no coração. Os equipamentos utilizados no
corte podem, se não bem higienizados, introduzir microrganismos na área
do corte. Ainda que esta contaminação possa ser pouca, ela é crítica. Neste
estágio o sangue ainda está circulando e os microrganismos introduzidos
vão espalhar-se por todo o corpo do animal. Esta provavelmente é a ori-
gem da putrefação profunda, atribuída à contaminação por bactérias do
gênero Clostridium em carcaças bovinas. As bactérias introduzidas na
carcaça atingem o interior das grandes massas musculares, encontrando
condições de anaerobiose para proliferação e temperaturas elevadas, pois
aquelas regiões demoram muito a resfriar. Este tipo de contaminação pode
comprometer toda a carcaça do animal (Prändel et al., 1994; Roça, 2002).
Escaldagem
Esta etapa é aplicada, sobretudo em frangos, para facilitar a remoção
da pele e também pode ser utilizada em suínos, antes da depilagem. No
caso do frango em geral usa-se temperaturas brandas (50oC) ou elevadas
(até 80oC). As temperaturas mais elevadas são mais efetivas na destruição
das bactérias, mas retiram a cutícula da pele, expondo-a mais à contamina-
ção. Nas temperaturas mais brandas, ocorre o contrário (Mead, 1995). No
tanque há um fluxo contínuo de renovação de água, mas acumula-se muita
matéria orgânica: terra, pó, excrementos e penas. Este ponto pode ser um
local importante para o acúmulo de esporos, tais como os de Cl. perfringens.
Muito da contaminação externa, contudo, é eliminada pelo calor ou efeito
de lavagem. Pode acontecer contaminação cruzada, inclusive para Salmonella,
a qual pode ter sua sobrevivência na água do tanque facilitada pelo efeito
protetor de acúmulo de matéria orgânica e pH (Mead, 1995; Murphy et al.,
2002). Lillard (1990) encontrou 15% de amostras de água deste tanque
120
MICROBIOLOGIA DE CARNES
Evisceração
É uma das etapas de maiores riscos de contaminação. O intestino
alberga uma enorme população microbiana e qualquer ruptura de vísceras
libera um enorme número de microrganismos junto com as fezes. Além
do risco de deterioração, um grande número de bactérias patogênicas
habita o intestino, tais com Salmonella, C. jejuni. Cl. perfringens e
E. coli enterohemorrágica, havendo maiores perigos. Na evisceração de
121
ERNANI PORTO
Resfriamento
A etapa do resfriamento visa reduzir rapidamente a temperatura da
carcaça e assim inibir a multiplicação de bactérias mesófilas, sejam dete-
riorantes, sejam patogênicas. Ao chegar a este ponto, as carcaças estão
com a temperatura próxima a do animal vivo. Para bovinos e suínos ao redor
de 36 o-37 oC e para frangos em torno dos 40 o-42 oC (Prändel, 1994).
A temperatura deve ser reduzida o mais rápido possível. Em bovi-
nos, o resfriamento é lento e gradual, dada as grandes massas muscula-
res. Isto não causa maiores problemas, pois o interior destes músculos é
estéril, exceto em raros casos. O método de resfriamento é por circula-
ção de ar frio, o qual atinge rapidamente as bactérias que estão localiza-
das na superfície da carcaça, inibindo-as rapidamente. O ar frio provoca
uma pequena dessecação superficial na carcaça, a qual é suficiente para
dificultar a proliferação de bactérias psicrotróficas tais como a Pseudomonas
(Fluckey et al., 1994).
No caso de carcaças de frango em geral, no Brasil, emprega-se o sis-
tema de resfriamento por imersão em tanques com água gelada, conhecido
como chiller. A vantagem do método é que resfria rapidamente a carcaça, a
qual, em cerca de 40 minutos, passa dos 40 oC para 4 oC, detendo efetiva-
mente a reprodução dos microrganismos mesófilos. Ocorre um efeito de la-
vagem e as contagens bacterianas são reduzidas nas carcaças, tal como ocorre
com S. aureus. Contudo, a contaminação cruzada entre as carcaças aumen-
ta, especialmente a incidência de Salmonella tende a se ampliar ainda mais
122
MICROBIOLOGIA DE CARNES
QUADRO 10
TEMPO DE GERAÇÃO X TEMPERATURA
T oC
10-13o 4-5o 0-1o
L. monocytogenes 5-9 13-25 61-131
A. hydrophila 4-6 9-14 > 49
Psicrófilos 2-3 6 12
Psicrotróficos 2-4 8-12 16-20
Coliformes 3-20 * *
Salmonella sp. 3-15 > 30 ∝
Fonte: Adaptado de Mossel & Struijk, citado por Mossel e Garcia. , 1982
123
ERNANI PORTO
Referências Bibliográficas
ATTENBOURGH, M. & MATTHEWS. Food safety through the meat supply
chain. Journal of Applied Microbiology Symposium Supplement, n 29,
p. 144s-148s, 2000.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução
RDC no 12 de 2 de janeiro de 2001. http://www.anvisa.gov.br/.
BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Regulamento da Inspeção
Industrial e Sanitária e Produtos de Origem Animal. Decreto no 30.91 de
29/03/1952.
BOURGEOIS, C.M; MESCLE, J.F & ZUCCA, J. Microbiologia Alimentária.
Ed. Acribia. Zaragoza, 437 p., 1988.
CALICIOGLU, M; SOFOS, J.N; KENDALL, P.A; SMITH, G.C. Effects of acid
adaptation and modified marinades on survival of post drying Salmonella
contamination on beef jerky during storage. Journal of Food Protection; vol. 66,
n. 3, p. 396-402, 2003.
CASTILLO-A; MCKENZIE,K.S; LUCIA, L.M; ACUFF,G.R. Ozone treatment
for reduction of Escherichia coli O157:H7 and Salmonella serotype
Typhimurium on beef carcass surfaces. Journal of Food Protection; vol. 66,
n. 5, p. 775-779, 2003.
CENTER OF DISEASE CONTROL. Outbreak of Salmonella Associated
with Consumption of Raw Shell eggs. http://www. cdc/gov. MMWR, n. 45,
vol. 34, p. 737-742, august, 1996.
CENTER OF DISEASE CONTROL. Outbreak of Salmonella Serotype
Enteritidis Infection Associated with Eating Raw or Undercooked Shell
Eggs-United States, 1996-1998. http://www. cdc/gov. MMWR, n. 49, vol. 4,
p. 73-9, february, 2000.
CLIVER, D.O. Food borne Disease. Ed. Academic Press, San Diego, 395 p.,
1990.
DESTRO,M.T.; SERRANO,A.M.; KABUKI,D. Isolation of Listeria species from
some Brazilian meat and dairy products. Food Control, v. 2, n. 2 , p. 110-112,
1991.
DESTRO,M.T. Isolamento de Listeria sp. e estudo de sua ocorrência em
carnes, leite e derivados. Campinas, 1990, 142 p. Dissertação (Mestre em
Tecnologia de Alimentos). Faculdade de Engenharia de Alimentos,
Universidade Estadual de Campinas.
124
MICROBIOLOGIA DE CARNES
DOYLE, M.P. Food borne Bacterial Pathogens. Ed. Marcel Dekker, Nova
Iorque, 796 p., 1989.
FARBER,J.M.; SANDERS,G.W ; JHONSTON. M.A. A survey of various foods
for Listeria species. Journal of Food Protection, v. 52, n. 7, p. 456-458,
1989.
FENLON, D.R.; OGDEN, I.D., VINTEN, A. & SVOBODA, I. The fate of
Escherichia coli 0157 in cattle slurry after application to land. Journal of
Applied Microbiology Symposium Supplement, n. 29, p. 149s-156s, 2000.
FLUCKEY, W.M; SANCHEZ, M.X; MCKEE, S.R; SMITH, D; PENDLETON, E
& BRASHEARS, M. M. Establishment of a microbiological profile for an air-
chilling poultry operation in the United States. Journal of Food Protection;
vol. 66, n. 2, p. 272-279, 2003.
ICMSF. Ecologia Microbiana de los Alimentos 2. Productos Alimentícios.
Ed. Acribia, Saragoça, 989 p., 1985.
ICMSF. Microorganisms in Foods 5: Characteristics of Microbial
Pathogens. Ed. Blackie Academic & Professional, London, 513 p., 1996.
HUDSON,W.R; MEAD,G.C. Listeria contamination at a poultry processing
plant. Letters in Applied Microbiology, v. 9, n. 6, p. 211-214, 1989.
JAY, J.M. Modern Food Microbiology. Ed. Aspen Publishers, Gaithersburg,
Maryland. , 661 p., 1998.
KABUKY,D.Y. Contagem de Listeria spp. pelo método do número mais
provável, avaliação da sua ocorrência em carnes de frango e da eficiência
de sanitizantes na redução da contaminação por L. monocytogenes.
Campinas. 1997, 91 p. Dissertação (Mestre em Tecnologia de Alimentos).
Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas.
LILLARD, H.S. The impact of commercial processing procedures on the
bacterial contamination and cross-contamination of broiler carcasses. Journal
of Food Protection, v. 53, n. 3, p. 202-204, 1990.
MacGOWAN,A.P.; BOWKER,K.; McLAUCHILIN,P.M.B.; REEVES,D.V.;
FU,A.A.; ROY,D.; GOULET,J.; MAGNY,P. The occurrence and seasonal
changes in the isolation of Listeria spp. in shop bought food stuffs, human
faeces, sewage and soil from urban sources. International Journal of Food
Microbiology. v. 21, n. 4, p. 325-334, 1994.
MARTINS, C.M. & KUAYE, A.Y. Emprego do Ácido Peracético e outros
sanitizantes na indústria de alimentos. Higiene Alimentar, vol. 10 n. 14,
p. 5-8, 1996.
125
ERNANI PORTO
MEAD, G.C. Processing of Poultry. Chapman & Hall, Londres, 423 p., 1995.
MOSSEL,D.A.A & GARCIA, B.M. Microbiologia de los Alimentos. ed.
Acribia, Saragoça, 375 p., 1982.
MURPHY, R.Y.; DUNCAN, L.K.; MARCY, C.A, BERRANG, M.A &
DRISCOLL,L. H. Effect of packaging-film thicknesses on thermal inactivation
of Salmonella and Listeria innocua in fully cooked chicken breast meat.
Journal of Food Science, v. 67, n 9, p. 3435-3440, 2002.
NORTHCUTT, J.K; BERRANG, M.E; DICKENS, J.A; FLETCHER, D.L; COX,
N. A. Effect of broiler age, feed withdrawal, and transportation on levels of
coliforms, Campylobacter, Escherichia coli and Salmonella on carcasses before
and after immersion chilling. Poultry-Science; v. 82 n 1, p. 169-173, 2003.
NOSKOWA, G.G. Microbiología de las Carnes Conservadas por el Frío.
ed. Acribia, Saragoça, 111 p., 1972.
PARRY, S.M. & PALMER, S.R. The Public Significance of VTEC 0157. Journal
of Applied Microbiology Symposium Supplement, n 29, p. 1s-92s, 2000.
PRÄNDL, O; FISCHER, A.; SCHIMIDHOFER, T. & SINELL, H-J. Tecnología
e Higiene de la Carne. ed. Acribia, Saragoça, 834 p., 1994.
PORTO,E. Listeria monocytogenes; ocorrência em hortaliças, resistência
aos sanificantes e sobrevivência em alface ( Lactucca sativa )
minimamente processada e acondicionada em atmosfera modificada
Campinas, 2001, 188 p.,. Tese (Doutor em Ciências de Alimentos). Faculdade
de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas.
PORTO,E. Staphylococcus aureus na pele de frangos em abatedouro:
ocorrência, distribuição, resistência ao calor e aos sanificantes.
Campinas, 1994, 151 p.,. Dissertação (Mestre em Tecnologia de Alimentos).
Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas.
PORTOCARRERO,S.M; NEWMAN,M & MIKEL,B Staphylococcus aureus
survival, staphylococcal enterotoxin production and shelf stability of country-
cured hams manufactured under different processing procedures. Meat
Science; vol. 62 n 2, p. 267-273, 2002.
34. PURDY,J.; DOOD,C.E.R.; FOWLER,P.R. Increase in microbial contamination
of defeathering machinery in a poultry processing plant after changes in the method
of processing. Letters in Applied Microbiology, v. 6, n 22, p. 35-38, 1988.
35. QUARTNEY-PAPAFIO,E.A; MARSHALLII,R.T; ANDERSON,M.E. Short-
chain fatty acids as sanitizers for beef. Journal of Food Protection, v. 43,
n. 3, p.168-171, 1980.
126
MICROBIOLOGIA DE CARNES
127