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De acordo com William James, falando sobre a consciência, os seres humanos diferem dos
animais em muitos sentidos, pelo que em relação ao sistema nervoso, ele é modificado a cada
impressão que chega a ele. Assim, os sentimentos que acompanham as mudanças referem-se a
objectos percebidos que se tornam mais complexos a medida que o tempo passa.
Para ele, “a primeira etapa da investigação de um facto deve ser uma descrição dos elementos
individuais (…) dos quais consiste”. Tal como os átomos constituem as substâncias químicas, as
sensações seriam os elementos simples da mente e da consciência.
Dedicou-se ao estudo da consciência (que desempenhava um papel activo e não estático, uma
vez que seria própria consciência que organizaria e sintetizava os elementos simples em
processos mentais de maior complexidade), que, segundo Wundt, era constituída por várias
partes e devia ser analisada em cada um dos seus elementos de forma pormenorizada.
Assim, Wundt definiu as sensações como sendo estímulo de um órgão obrigado ao envio de
informação até ao cérebro. As sensações nunca são dadas a conhecer de forma elementar, mas
sim de forma combinada numa representação sintetizada de uma perceção, nunca nos
apercebendo da sua forma pura, ou seja, as sensações ocorrem sempre que um órgão dos
sentidos é estimulado e esta informação é enviada ao cérebro.
Outro elemento simples que constitue a consciência são os sentimentos, pelo que o sentimento é
a componente subjectiva da sensação. Assim, uma sensação pode ser acompanhada de um
sentimento de alegria ou tristeza, como acontece, por exemplo, com as cores (sensação visual).
Ele decidiu submeter a sua turma a uma experiência: Levou para a sala de aula um metrónomo,
e registou as reacções dos seus alunos ao incomodativo som. É de notar que o sentimento
subjectivo acontece ao mesmo tempo que as sensações físicas. A emoção é, assim, constituída
por um conjunto complexo de sentimentos.
Por exemplo, quando se pensa numa casa percebemo-la como uma unidade, um todo, e não
como uma soma de elementos que podem ser estudados num laboratório. Wundt recorreu ao
conceito de apercepção para explicar esta experiência consciente unificada: processos de
organização dos elementos mentais que formam uma unidade.
Esta unidade não é a soma dos elementos constitutivos, mas uma combinação que gera novas
propriedades e características. Wundt afirma: “Todo o composto psíquico é dotado de
características que de modo algum consistem na mera soma das características das partes.” Com
esta citação, Wundt quer dizer que as características da consciência não são as mesmas do que
as dos seus constituintes. *(Veremos o conceito de unidade a seguir, por Searle).
Contudo, para Searle, cada um é livre para utilizar o termo consciência como desejar.
Entretanto, Searle nos mostra que é inegável que exista um fenômeno que chamamos de
consciência no sentido comum do termo, e que se encontra na história natural biológica do
homem (Searle, p. 56). Neste contexto, Searle, diz que a consciência consiste em estados e
processos de sensibilidade ou ciência, internos, qualitativos e subjectivos, pois ela começa
quando um indivíduo acorda de um sono e nele continua até que morra, ou entre em coma ou
fique consciente.
Com este pensamento Searle envolve “toda a enorme variedade de ciência (awareness) que
julgamos característica de nosso estado de vigília, ou seja, abarca sentir dor, perceber objectos
visualmente, lembrar de uma determinada pessoa, discutir um problema filosófico, dentre tantas
outras actividades (SEARLE, 2010, p. 55)”.
2-Particularidades/Caraceterísticas da Consciência
Ainda segundo John Searle, a consciência tem algumas particularidades que não são observadas
em outros fenômenos biológicos. Mas quais seriam estas particularidades?
1- Qualidade- cada estado consciente tem uma impressão qualitativa própria. Ex: A
experiência de saborear uma cerveja certamente é bem diferente de escutar a nona sinfonia de
Beethoven.
Isso quer dizer que a unidade é um estado ou característica consciente que decorre da
subjectividade e da qualidade, pois não é possível ter unidade sem ter a qualidade e a
subjectividade. (Searle, 2010, p. 60).
3-Tipos de Consciência
William James, o responsável pela psicologia norte-americana, foi um dos primeiros autores a
abordar a diferença entre as consciências. Como filósofo, psicólogo e cientista, definiu a
consciência através de uma série de características que nos permitirão compreendê-la muito
melhor:
4-Estados da Consciência
A consciência desperta sabe o que faz, pois caminha sob o comando do discernimento. É serena,
equânime e sua ação é constante.
2- Estados de Consciência Alterados- Todas as demais percepções que diferem da
Desperta, como, por exemplo: - a Fadiga; o Delírio; a Hipnose; as Drogas e os Sonhos, de entre
outros.
Texto Adaptado