Você está na página 1de 25

PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM /

PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM

BAIXADA SANTISTA
Página |2

Sumário

UNIDADE 1 ........................................................................................................ 3

1. Estudo introdutório à Psicologia: Breve histórico de seus pressupostos


epistemológicos.................................................................................................. 3

Unidade 2 ........................................................................................................... 5

2. A Psicologia do desenvolvimento humano .................................................... 5

2.1 A importância do estudo do desenvolvimento humano ................................ 6

2.1.1 Os fatores que influenciam o desenvolvimento humano ........................... 7

2.1.2 Aspectos do desenvolvimento humano ..................................................... 8

UNIDADE 3 ...................................................................................................... 10

3. TEORIAS E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS NO ENSINO DA


LÍNGUA ............................................................................................................ 10

3.1 Um pouco de Piaget e Vygotsky ................................................................ 11

3.2.1 O construtivismo de Piaget...................................................................... 11

3.1.2 O enfoque interacionista desenvolvimento humano: Vigotski ................. 13

3.2 Vigotski ou Piaget? .................................................................................... 15

UNIDADE 4 ...................................................................................................... 17

4. Fatores de Aprendizagem ........................................................................... 17

4.1 Tipos de Memória ....................................................................................... 19

4.2 Inteligência ................................................................................................. 19

4.3 Percepção e Sensação .............................................................................. 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 24


Página |3

UNIDADE 1

1. ESTUDO INTRODUTÓRIO À PSICOLOGIA: BREVE HISTÓRICO DE


SEUS PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS

A definição de Psicologia poderia ser dada por sua origem


grega: Ψυχολογία = Psyche + logia. Psyche quer dizer alma ou mente e também
era o nome da Deusa “Psiquê”, que na mitologia grega era esposa de Eros, o
famoso cupido. Note que a primeira letra, Ψ (psi), é o símbolo da
Psicologia. Logia vem de logos, que quer dizer: discurso, conhecimento, ciência.
Deste modo, Psicologia é a ciência da alma e da mente. É a ciência que estuda
a mente e o comportamento.
Pode-se dizer que a Psicologia existiu desde o nascimento da filosofia
grega, pois obras de Platão e Aristóteles já contém estudos sobre a alma
humana. Ao longo da Filosofia, desde a Antiguidade, passando pela Idade Média
e Moderna, encontram-se temas relacionados à Psicologia: estudos sobre os
humores, temperamentos, sofrimentos, ética.
No início do século XIX nasce a Psicologia como ciência, fortemente
dominada pelo pensamento empírico, entretanto, virtualmente, todas as teorias
posteriores que se desenvolvem dentro da Psicologia parecem ter se originado
dessas duas concepções, e, dependendo da matriz filosófica, surgem diferentes
posturas de investigação científica. As linhas filosóficas irão definir a prática
posterior. Para entender a prática é necessário reconhecer a matriz filosófica na
qual essa prática se apóia. Desta forma, tem-se, entre outras, a Psicologia
Behaviorista (derivada de uma corrente positivista e que definirá o homem e
seus processos psíquicos como um ser primordialmente governado por
estímulos do meio), a Psicologia Humanista (derivada da Fenomenologia e do
Existencialismo, e que definirá o homem como um ser intencional, dono de seus
atos e de sua consciência), a Psicologia Cognitiva (derivada em parte de uma
filosofia pragmática, considera o homem em uma perspectiva interacionista, fruto
da constante relação homem-meio, sendo este homem considerado como um
Página |4

sistema aberto e em sucessivas reestruturações); a corrente sócio-histórica


da Psicologia (derivada do materialismo dialético, considera também o homem
numa perspectiva interacionista, privilegiando a mediação do
meio), Gestalt (que com certa influência fenomenológica, explora a atenção, a
percepção e a tomada de consciência pelo organismo como um
todo), Psicanálise, que embora não tenha nascido no seio da Psicologia,
caminha junto com ela na sua preocupação com o homem interior.
São diferentes vertentes da Psicologia, que pretendem observar,
compreender e trabalhar o homem, no que diz respeito a seus processos
psíquicos, à construção de sua inteligência e afetos, a suas formas de ser, atuar
e se relacionar no mundo, que nas suas expressões normais ou patológicas,
quer na educação, na clínica, na empresa… onde quer que o homem esteja
atuando. As vertentes são diferentes a até opostas, mas o foco incide sempre no
mesmo homem, que ao ser estudado por outro homem confunde observador e
observado, sujeito e objeto, numa trama que se refaz a cada novo suspiro, numa
poesia que se reescreve a cada novo ato, numa música que se rearranja a cada
novo compasso, criando e recriando as mesmas velhas dúvidas, dores,
espantos, alegrias e rancores que fazem parte dele desde sua origem, quando
do início de sua viagem por um caminho repleto de convergências, mãos duplas,
obstáculos.
Página |5

UNIDADE 2

2. A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

A Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem é uma área da


Psicologia que estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus
aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social - desde o
nascimento.
Existem várias teorias do desenvolvimento humano em Psicologia. Elas
foram construídas a partir de observações, pesquisas com grupos de indivíduos
em diferentes faixas etárias ou em diferentes culturas, estudos de casos clínicos,
acompanhamento de indivíduos desde o nascimento até a idade adulta.
Dentre essas teorias, destaca-se a do psicólogo e biólogo suíço Jean
Piaget (1896-1980), pela sua produção contínua de pesquisas, pelo rigor
científico de sua produção teórica e pelas implicações práticas de sua teoria,
principalmente no campo da Educação. A teoria deste cientista será a referência
para se compreender o desenvolvimento humano, para responder às perguntas
como e por que o indivíduo se comporta de determinada forma, em determinada
situação, em determinado momento de sua vida. O desenvolvimento humano
refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico.
O desenvolvimento mental é uma construção contínua, que se caracteriza
pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais. Estas são formas de
organização da atividade mental que se vão aperfeiçoando e solidificando até o
momento em que todas elas, estando plenamente desenvolvidas, caracterizarão
um estado de equilíbrio superior quanto aos aspectos da inteligência, vida afetiva
e relações sociais. Algumas dessas estruturas mentais permanecem ao longo
Página |6

de toda a vida. Por exemplo, a motivação está sempre presente como


desencadeadora da ação, seja por necessidades fisiológicas, seja por
necessidades afetivas ou intelectuais.
Essas estruturas mentais que permanecem garantem a continuidade do
desenvolvimento. Outras estruturas são substituídas a cada nova fase da vida
do indivíduo. Por exemplo, a moral da obediência da criança pequena é
substituída pela autonomia moral do adolescente ou, outro exemplo, a noção de
que o objeto existe só quando a criança o vê (antes dos 2 anos) é substituída,
posteriormente, pela capacidade de atribuir ao objeto sua conservação, mesmo
quando ele não está presente no seu campo visual.

2.1 A importância do estudo do desenvolvimento humano

Estudos e pesquisas de Piaget demonstraram que existem formas de


perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa
etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica
uma acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterior.
Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características
comuns de uma faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o
que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos
comportamentos.
Todos esses aspectos levantados têm importância para a Educação.
Planejar o que e como ensinar implica saber quem é o educando. Por exemplo,
a linguagem que usamos com a criança de 4 anos não é a mesma que usamos
com uma outra.
E, finalmente, estudar o desenvolvimento humano significa descobrir que
ele é determinado pela interação de vários fatores.
Página |7

2.1.1 Os fatores que influenciam o desenvolvimento humano

Vários fatores indissociados e em permanente interação afetam todos os


aspectos do desenvolvimento. São eles:

 Hereditariedade - a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que


pode ou não se desenvolver. Existem pesquisas que comprovam os
aspectos genéticos da inteligência. No entanto, a inteligência pode
desenvolver-se aquém ou além do seu potencial, dependendo das
condições do meio que encontra;

 Crescimento orgânico - refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a


estabilização do esqueleto permitem ao indivíduo comportamentos e um
domínio do mundo que antes não existiam. Pense nas possibilidades de
descobertas de uma criança, quando começa a engatinhar e depois a andar,
em relação a quando esta criança estava no berço com alguns dias de vida;

 Maturação neurofisiológica - é o que torna possível determinado padrão de


comportamento. A alfabetização das crianças, por exemplo, depende dessa
maturação. Para segurar o lápis e manejá-lo como nós, é necessário um
desenvolvimento neurológico que a criança de 2, 3 anos não tem. Observe
como ela segura o lápis;

 Meio - o conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões


de comportamento do indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for
muito intensa, uma criança de 3 anos pode ter um repertório verbal muito
maior do que a média das crianças de sua idade, mas, ao mesmo tempo,
pode não subir e descer com facilidade uma escada, porque esta situação
pode não ter feito parte de sua experiência de vida.
Página |8

2.1.2 Aspectos do desenvolvimento humano

O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade,


mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos
básicos:

 Aspecto físico-motor - refere-se ao crescimento orgânico, à maturação


neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercício
do próprio corpo. Exemplo: a criança leva a chupeta à boca ou consegue
tomar a mamadeira sozinha, por volta dos 7 meses, porque já coordena
os movimentos das mãos;

 Aspecto intelectual - é a capacidade de pensamento, raciocínio. Por


exemplo, a criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar
um brinquedo que está embaixo de um móvel ou o jovem que planeja
seus gastos a partir de sua mesada ou salário;

 Aspecto afetivo-emocional - é o modo particular de o indivíduo integrar as


suas experiências. É o sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto.
Exemplos: a vergonha que sentimos em algumas situações, o medo em
outras, a alegria de rever um amigo querido;

 Aspecto social - é a maneira como o indivíduo reage diante das situações


que envolvem outras pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças,
no parque, é possível observar algumas que, espontaneamente, buscam
outras para brincar, e algumas que permanecem sozinhas.

Se analisarmos melhor cada um desses exemplos, vamos descobrir que


todos os outros aspectos estão presentes em cada um dos casos. E é sempre
assim. Não é possível encontrar um exemplo "puro", porque todos estes
aspectos relacionam-se permanentemente. Por exemplo, uma criança tem
Página |9

dificuldades de aprendizagem, repete o ano, vai-se tornando cada vez mais


"tímida" ou "agressiva", com poucos amigos e, um dia, descobre-se que as
dificuldades tinham origem em uma deficiência auditiva. Quando isso é corrigido,
todo o quadro reverte-se. A história pode, também, não ter um final feliz, se os
danos forem graves.
Todas as teorias do desenvolvimento humano partem do pressuposto de
que esses quatro aspectos são indissociáveis, mas elas podem enfatizar
aspectos diferentes, isto é, estudar o desenvolvimento global a partir da ênfase
em um dos aspectos. Jean Piaget enfatiza o desenvolvimento intelectual.

Auto Avaliação

1. Qual o objeto de estudo da Psicologia do Desenvolvimento?


2. O que é desenvolvimento humano?
3. Por que é importante estudar o desenvolvimento humano? Cite dois motivos.
4. Quais são os fatores que influenciam o desenvolvimento? Caracterize cada
um deles.
5. Quais são os aspectos do desenvolvimento humano? Caracterize cada um
deles. Qual a relação entre eles?
P á g i n a | 10

UNIDADE 3

... “Sensibilizar o aluno para a sua própria fala a fim de fazê-lo ver que
ela já sabe muito de sua língua e aproveitar esse conhecimento para
se expressar na escrita é fundamental.” (MARCUSECHI, 1996).

3. TEORIAS E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS NO ENSINO


DA LÍNGUA

Um dos maiores desafios da Escola é fazer com que os alunos leiam e


compreendam o que estão lendo. A formação da competência leitora é
imprescindível numa sociedade que exige, cada vez mais, que os cidadãos
sejam letrados.
“A leitura é um ato social, entre dois sujeitos que interagem entre si _ leitor
e autor_ é muito mais que um ato cognitivo” (KLEINAM, 1995).
É importante que o professor busque uma fundamentação teórica
consistente, para alicerçar a aprendizagem da língua, em toda a sua
complexidade. Formar a capacidade leitora do aluno é um dos objetivos básicos
da escola desde as séries iniciais da escolarização. A maneira de fazer tem
variado no tempo e no espaço, de acordo com o contexto sociocultural e as
teorias dominantes. Nas últimas décadas, dentre as inúmeras teorias de
desenvolvimento e aprendizagem, destacam-se as teorias construtivistas e as
interacionistas, preconizadas, respectivamente, pelos pesquisadores Jean
Piaget e Lev Vygotsky.
Vamos conhecer, em linhas gerais, essas teorias.
P á g i n a | 11

3.1 Um pouco de Piaget e Vygotsky

As Teorias de Jean Piaget e Lev Vygotsky, grandes teóricos do


conhecimento e do desenvolvimento infantil, chegaram ao Brasil, na década de
80, e fundamentaram a aprendizagem da leitura e da escrita, em muitas escolas.
Conversar sobre alfabetização e letramento à luz das contribuições
desses dois teóricos é, no mínimo, fascinante.,senão arrebatador.
Lembramos aqui, que, coincidentemente, ambos nasceram em 1896 e
publicaram seus primeiros trabalhos nas décadas de 20 e 30 do século passado.
Piaget aprofundou e reviu sua teoria até a morte, em 1980, em Genebra.
Já Vygotsky, de saúde debilitada, faleceu muito jovem, em 1934. Vygotsky viveu
sob o regime stalinista, na antiga Rússia Soviética, e por muito tempo foi proibido
de publicar, porque discordava dos ditames da psicologia oficial dominante.
Piaget, nascido na Bélgica, era biólogo de formação, viveu e trabalhou na
Bélgica e na França, como convidado. Explicava a construção do conhecimento
científico à luz da Biologia e, mais tarde, da Psicologia Genética. Já Vygotsky
recorreria ao interacionismo sociocultural com o meio.
Ambos romperam com as teorias então vigentes _ inatista e behaviorista
_ e revolucionaram o mundo com suas teorias sobre o conhecimento humano e
a aprendizagem.

3.1.1 O construtivismo de Piaget

Para Piaget, o conhecimento constrói-se por etapas (estágios), como já


vimos acima. A criança vai construindo, aos poucos, as suas noções sobre o
mundo físico e social; é um ser cognitivo. A cognição _ pensamento, inteligência
e razão _ é como se fosse um vagão que puxa o trem do desenvolvimento.
Para Piaget, as estruturas lógicas _ pensamento e raciocínio _ é que
fazem com que o sujeito compreenda a linguagem do mundo exterior.
A construção da linguagem na criança é egocêntrica, ou seja, não tem
função de troca com o outro. Só mais tarde, a linguagem da criança torna-se
socializada, comunicativa.
P á g i n a | 12

A teoria construtivista de Piaget sobre a aprendizagem escolar pode ser


sintetizada nos seguintes princípios:
1. O construtivismo valoriza as ações enquanto operações do sujeito
cognoscente (que conhece);
2. O construtivismo produz conhecimento apenas formalizante, não
formalizado, o que passa pela construção e reconstrução
constante;
3. No construtivismo, o conhecimento é concebido como um tornar-
se antes de um ser;
4. O conhecimento só tem sentido enquanto teoria de ação e não
enquanto teoria de representação;
5. O construtivismo é produto de uma ação espontânea, nunca
induzida.
6. Piaget lamentava que muitas escolas não adotassem os princípios
construtivistas, mas acreditava que, com o passar do tempo, essa
situação seria revertida para benefício do aluno e da própria
sociedade, pois via nas escolas tradicionais e não construtivistas,
o espectro de uma educação seletiva a serviço de uma minoria,
privilegiada.
As práticas fundamentadas no ideário construtivista trazem como ponto
positivo a introdução ou o resgate de importantes dimensões da aprendizagem
significativa e das interações, bem como dos usos sociais da escrita e da leitura,
articulados a uma concepção mais ampla de letramento.
Mas, em contrapartida, algumas compreensões equivocadas dessas
teorias têm acarretado outras formas de reducionismo. Isso se verifica quando
essas práticas negam os aspectos psicomotores ou grafomotores, desprezando
seu impacto no processo inicial de alfabetização e descuidando de instrumentos
e equipamentos imprescindíveis a quem se inicia nas práticas da escrita e da
leitura.
Essa postura prejudica principalmente as crianças que vivem em
condições sociais desfavoráveis e que, por isso, só têm contato mais amplo com
P á g i n a | 13

livros, revistas, cadernos, lápis e outros instrumentos e tecnologias quando


ingressam na escola.
Piaget deixou centenas de seguidores no mundo todo e escolas
construtivistas continuaram sua obra. Foi, sem dúvida, um dos maiores teóricos
da aprendizagem do século XXI.

Auto Avaliação

1. Quais são os períodos do desenvolvimento, segundo Jean Piaget?


2. Quais são as principais características dos períodos:
a. sensório-motor?
b. pré-operatório?
c. das operações concretas?
d. das operações formais?

3.1.2 O enfoque interacionista desenvolvimento humano: Vigotski

Ao falarmos de desenvolvimento humano, hoje, não podemos deixar de


citar o autor soviético Vigotski. Lev Semenovich Vigotski nasceu em 1896, na
Bielo-Rus, e faleceu prematuramente aos 37 anos de idade. Vigotski foi um dos
teóricos que buscou uma alternativa dentro do materialismo dialético para o
conflito entre as concepções idealista e mecanicista na Psicologia. Ao lado de
Luria e Leontiev, construiu propostas teóricas inovadoras sobre temas como
relação pensamento e linguagem, natureza do processo de desenvolvimento da
criança e o papel da instrução no desenvolvimento.

Vigotski foi ignorado no Ocidente, e mesmo na ex-União Soviética a


publicação de suas obras foi suspensa entre 1936 e 1956. Atualmente, no
entanto, seu trabalho vem sendo estudado e valorizado no mundo todo.
P á g i n a | 14

Um pressuposto básico da obra de Vigotski é que as origens das formas


superiores de comportamento consciente - pensamento, memória, atenção
voluntária etc. -, formas essas que diferenciam o homem dos outros animais,
devem ser achadas nas relações sociais que o homem mantém. Mas Vigotski
não via o homem como um ser passivo, consequência dessas relações. Entendia
o homem como ser ativo, que age sobre o mundo, sempre em relações sociais,
e transforma essas ações para que constituam o funcionamento de um plano
interno.

Para Vigotski, a história da sociedade e o desenvolvimento do homem


caminham juntos e, mais do que isso, estão de tal forma intrincados, que um não
seria o que é sem o outro. Com essa perspectiva, é que Vigotski estudou o
desenvolvimento infantil.
No estudo feito por Vigotski, sobre o desenvolvimento da fala, sua visão
fica bastante clara: inicialmente, os aspectos motores e verbais do
comportamento estão misturados. A fala envolve os elementos referenciais, a
conversação orientada pelo objeto, as expressões emocionais e outros tipos de
fala social.
Como a criança está cercada por adultos na família, a fala começa a
adquirir traços demonstrativos, e ela começa a indicar o que está fazendo e de
que está precisando. Após algum tempo, a criança, fazendo distinções para os
outros com o auxílio da fala, começa a fazer distinções para si mesma. E a fala
vai deixando de ser um meio para dirigir o comportamento dos outros e vai
adquirindo a função de autodireção. Fala e ação, que se desenvolvem
independentes uma da outra, em determinado momento do desenvolvimento
convergem, e esse é o momento de maior significado no curso do
desenvolvimento intelectual, que dá origem às formas puramente humanas de
inteligência. Forma-se, então, um amálgama entre fala e ação; inicialmente a fala
acompanha as ações e, posteriormente, dirige, determina e domina o curso da
ação, com sua função planejadora.
O desenvolvimento está, pois, alicerçado sobre o plano das interações. O
sujeito faz sua uma ação que tem, inicialmente, um significado partilhado. Assim,
P á g i n a | 15

a criança que deseja um objeto inacessível apresenta movimentos de alcançá-


lo, e esses movimentos são interpretados pelo adulto como "desejo de obtê-lo",
e então lhe dá o objeto. Os movimentos da criança afetam o adulto e não o objeto
diretamente; e a interpretação do movimento pelo adulto permite que a criança
transforme o movimento de agarrar em gesto de apontar. O gesto é criado na
interação, e a criança passa a ter controle de uma forma de sinal, a partir das
relações sociais.
Para Vigotski, as funções psicológicas emergem, consolidam-se o plano
da ação entre pessoas e tornam-se internalizadas, isto é, transformam-se para
constituir o funcionamento interno. O plano interno não é a reprodução do plano
externo, pois ocorrem transformações ao longo do processo de internalização.
Do plano interpsíquico, as ações passam para o plano intrapsíquico. Considera,
portanto, as relações sociais como constitutivas das funções psicológicas do
homem. Essa visão de Vigotski deu o caráter interacionista à sua teoria.
Vigotski deu ênfase ao processo de internalização como mecanismo que
intervém no desenvolvimento das funções psicológicas complexas. Esta é
reconstrução interna de uma operação externa e tem como base a linguagem. O
plano interno, para Vigotski, não preexiste, mas é constituído pelo processo de
internalização, fundado nas ações, nas interações sociais e na linguagem.

3.2 Vigotski ou Piaget?

Ao se comparar os dois maiores teóricos do desenvolvimento humano,


pode-se dizer, correndo algum risco de ser simplista, que Piaget apresenta uma
tendência hiperconstrutivista em sua teoria, com ênfase no papel estruturante do
sujeito. Maturação, experiências físicas, transmissões sociais e culturais e
equilibração são fatores desenvolvidos na teoria de Piaget.
Vigotski, por outro lado, enfatiza o aspecto interacionista, pois considera
que é no plano intersubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas, que têm origem
as funções mentais superiores.
P á g i n a | 16

A teoria de Piaget apresenta também a dimensão interacionista, mas sua


ênfase é colocada na interação do sujeito com o objeto físico.
A teoria de Vigotski, por outro lado, também apresenta um aspecto
construtivista, na medida em que busca explicar o aparecimento de inovações e
mudanças no desenvolvimento a partir do mecanismo de internalização. No
entanto, temos na teoria sócio-interacionista apenas um quadro esboçado, que
apresenta sugestões e caminhos, mas necessita de estudos e pesquisas que
explicitem os mecanismos característicos dos processos de desenvolvimento.
Optar pelo construtivismo piagetiano, pelo interacionismo de Vygotsky ou
por uma epistemologia diferente, depende da concepção de educação adotada
pelo Sistema Escolar e do tipo de aluno que desejamos formar.
Ao educador cabe: traçar os objetivos de seu trabalho, selecionar
conteúdos, escolher estratégias para as práticas educativas e avaliar. Todas
essas ações, obviamente, têm como pano de fundo a fundamentação legal: no
caso do Brasil, a LDBEN e os PCNs definem princípios e pressupostos para a
educação escolar,de cada nível e área do currículo..
As concepções de Aprendizagem e Letramento são fundamentais para a
educação escolar.

Auto Avaliação

1. Onde estão as origens das formas superiores de comportamento consciente


do homem, na visão de Vigotski?
2. Quais os três aspectos básicos da visão de desenvolvimento infantil de
Vigotski?
3.Como você compreendeu o processo de internalização e qual a sua
importância no desenvolvimento humano?
4.O que são os planos interpsíquico e intrapsíquico e como estão pensados na
teoria de Vigotski?
P á g i n a | 17

UNIDADE 4

4. FATORES DE APRENDIZAGEM

Aprender está relacionado, dentre outras coisas, a um clima emocional


em que o processo de compartilhar saberes promova o desenvolvimento do
indivíduo através da qualidade da relação estabelecida.
O professor, a família e a escola precisam buscar uma forma de
harmonizar essa manifestação, é por meio dessas expressões afetivas que o
educador comprometido e atento cria um olhar crítico e busca pistas para o
entendimento das "incapacidades e limitações", desde simples expressões,
faciais, agitações corporais, respiração aumentada, até olhares para garantir a
atenção e o cuidado no ato de aprender.
Alguns fatores importantes para o processo de aprendizagem e
desenvolvimento cognitivo são apresentados a seguir:
P á g i n a | 18

Saúde física e mental: para que seja capaz de aprender, a pessoa deve
apresentar um bom estado físico geral; deve estar gozando de boa saúde, com
seu sistema nervoso e todos os órgãos dos sentidos. As perturbações na área
física, como na sensorial e na área nervosa poderão constituir-se em distúrbios
da aprendizagem. Febre, dores de cabeça, disritmias (ausências mentais) são
exemplos disto.
Atenção: é uma das principais competências cognitivas que garantirá o
sucesso do estudante nas unidades escolares. Ao mesmo tempo, a atenção é
uma habilidade cognitiva indissociável de um conjunto de funções cerebrais
controladas pelo lobo frontal denominadas de funções executivas, que são as
funções mentais superiores e complexas que capacitam os indivíduos a
"tomarem" resoluções e ações orientadas no processo da aprendizagem.
Motivação: é o fator de querer aprender; o interesse é a mola propulsora
da aprendizagem. O indivíduo pode querer aprender por vários motivos: para
satisfazer a sua necessidade biológica de exercício físico e liberar energia; por
ser estimulada pelos órgãos dos sentidos, através de cores alegres; por sentir-
se inteligente e bem consigo mesmo ao resolver uma atividade mental; por sentir
necessidade de conquistar uma boa classificação na escola (status social e
pessoal, admiração).
Prévio domínio: domínio de certos conhecimentos, habilidades e
experiências anteriores, possuindo relativa vantagem em relação aos que não o
possuem.
Maturação: é o processo de diferenciações estruturais e funcionais do
organismo, levando a padrões específicos de comportamento. A maturação
neurológica se dá por etapas sucessivas e na mesma sequência (Leis céfalo-
caudal e próximo-distal). A maturação cria condições à aprendizagem, havendo
uma interação entre ambas.
Memória: É inerente aos processos de aprendizagem. Só a memória nos
possibilita reter o que aprendemos, para responder adequadamente à situação
presente e nos proporcionar a possibilidade de projetar o futuro. É a memória
que assegura a nossa identidade social. A memória é um processo cognitivo que
P á g i n a | 19

consiste na retenção e evocação das informações, conhecimentos,


acontecimentos e experiências. A memória envolve um conjunto de processos:
 Codificação: preparação das informações sensoriais para serem
armazenadas no cérebro;
 Armazenamento: a informação é conservada por períodos mais ou menos
longos, para poder ser utilizada quando necessário;
 Recuperação: quando precisamos, procuramos recuperar e/ou atualizar a
informação armazenada, para utilizar na experiência presente.

4.1 Tipos de Memória

São os nossos receptores sensoriais que captam as informações do meio.


Estes dados são codificados e retidos por um período de tempo que pode variar
entre escassos segundos ou uma vida inteira. Consoante as formas de
armazenamento da informação, distinguem-se três tipos de memória:
 memória sensorial: a informação que recebemos pelos sentidos
(audição, visão, tacto, olfato e sabor) é armazenada durante frações
de segundo;
 memória a curto prazo: designa o armazenamento de informação
durante um período limitado de tempo, podendo ser esquecida ou
passar a memória a longo prazo;
 memória a longo prazo: permite conservar dados durante horas,
meses ou toda a vida.

4.2 Inteligência

O nível de inteligência de uma pessoa relaciona-se com a sua facilidade


em aprender. As pessoas com maiores capacidades intelectuais conseguem
elaborar raciocínios mais elaborados e resolver problemas mais depressa.
P á g i n a | 20

A área de investigação em Psicologia dedicada à Inteligência tem


aumentado nos últimos anos, fruto essencialmente da necessidade de
compreender a evolução do homem e, sobretudo, para proporcionar um novo
olhar sobre a educação. No último século este foi o campo de investigação que
sofreu maior evolução, suscitando a atenção da maioria dos eruditos
preocupados com a aprendizagem e o processo de “crescimento” intelectual.
Contemporaneamente, o conceito de inteligência sofreu fortes
modificações, sendo que a mais recente se prende com a consideração da
emoção como um fator determinante para “classificar pessoas inteligentes”. O
atual debate em Psicologia sobre a inteligência faz-se com autores como
Sternberg, Goleman e Rusthon. O grande debate da inteligência no séc. XXI
procura responder ao seguinte problema: Quais são os fatores que determinam
a inteligência: o ambiente (meio em que o indivíduo se desenvolve) ou o seu
“pacote” genético (fatores hereditários)?
Sabemos que não há um único fator decisivo neste processo, porém, o
problema está em atribuir (ou não) uma percentagem significativa ao fator
genético. Rusthon, Jensen, Charles Murray e Lynn são os investigadores mais
ferrenhos na defesa de uma inteligência predominantemente “herdada”, a qual
torna clara a formação de castas mais elevadas de QI, em face de outras menos
elevadas. O QI pode ser determinante para o sucesso de um indivíduo ou povo.

4.3 Percepção e Sensação

Sensação é o nível mais primitivo do comportamento, referindo-se


unicamente à ativação de estruturas sensoriais. É a partir das sensações que o
indivíduo pode perceber o mundo que o cerca. As sensações são processos do
organismo vivo para obtenção de informações sobre o ambiente. Elas se iniciam
nos órgãos sensoriais e chegam ao cérebro, onde são interpretadas por um
processo chamado percepção.
Os dois processos são interdependentes e se influenciam mutuamente.
P á g i n a | 21

A percepção constitui-se na tomada de consciência relativa à sensação


em progresso. A eficiência da percepção depende de que o aparato neurológico
seja capaz de converter, adequadamente, as sensações em impulsos elétricos
e por meio da percepção que ocorrerá a formação das imagens. Além disso, a
percepção é um dos elementos mais importantes no processo de ensino e
aprendizagem. São elas: proximidade, similaridade, boa forma e fechamento. A
percepção é influenciada por diversos fatores, tais como a seletividade
perceptiva, a experiência prévia e a disposição para responder, o
condicionamento e os fatores contemporâneos ao fenômeno perceptivo.
Vale ressaltar que a seletividade perceptiva pode ser consciente e
também, inconsciente. A experiência prévia é um fator importante na percepção,
ou seja, percebemos melhor algo que já conhecemos previamente. O
condicionamento é uma experiência prévia de forma mais sistemática. As
pessoas são condicionadas a se comportarem de certa maneira, de acordo com
suas experiências na família, no grupo familiar, no grupo religioso, no grupo
profissional ou de trabalho. Assim, desenvolve certa visão de mundo que vai
influenciar em sua maneira de interpretar a realidade. Diante de uma mesma
situação, dois alunos poderão interpretar de forma diferente e até antagônica um
mesmo fato. O estado interno do organismo do indivíduo que percebe são os
fatores contemporâneos à percepção. Além do estado do organismo, os
sentimentos momentâneos ou permanentes do sujeito podem ainda determinar
a percepção de determinado fato ou estímulo.
As dificuldades de aprendizagem envolvem muitas áreas de percepção,
entre as quais:

 Discriminação visual ou auditiva;


 Percepção das diferenças em ambos as vistas ou ouvidos;
 Impedimento visual ou auditivo;
 Preenchimento da falta de peças de imagens ou sons;
 Discriminação figura-fundo visual ou auditiva;
 Focalização de um objeto, ignorando os seus antecedentes;
 Memória visual ou auditiva, nem a curto nem a longo prazo;
P á g i n a | 22

 Seqüenciamento visual ou auditivo;


 Colocação do que é visto ou ouvido na ordem certa;
 Associação e compreensão auditiva;
 Relacionamento do que é ouvido a outras coisas, incluindo definições de
palavras e significados de sentenças;
 Percepção espacial;
 Lateralidade (acima e abaixo, entre, dentro e fora) e posicionamento no
espaço;
 Percepção temporal;
 Intervalos de tempo de processamento da ordem de milissegundos,
fundamental para o desenvolvimento da fala de transformação;
 Incapacidade de Aprendizado Não-Verbal ("Nonverbal Learning Disability");
 Processamento de sinais não-verbais em interações sociais.

Vejam agora, como os fatores citados acima influem no processo da


aprendizagem. A aprendizagem é um processo cognitivo que envolve processos
motivacionais, emocionais e perceptivos e se manifesta em comportamentos.
Há dois processos principais de aprendizagem: as não simbólicas e
as simbólicas. Dentro das aprendizagens não simbólicas podemos distinguir a
aprendizagem associativa e a não-associativa. A aprendizagem não-associativa
refere-se à apreensão do indivíduo de um só estímulo. Existem dois modos de
apreendermos esse estímulo: a habituação e a sensitização. A habituação é o
fenômeno que nos faz não reagir a um estímulo específico. Por exemplo, quando
saltamos de uma prancha alta pela primeira vez, sentimos medo e insegurança,
porém ao fazermos isso mais vezes, passamos a não reagir mais a esse
estímulo do medo. A sensitização por sua vez é uma forma de apurar os reflexos
para sobreviver. A habituação refere-se à características de um estímulo positivo
e a sensitização à características de um estímulo negativo. A aprendizagem
associativa, por sua vez, refere-se a associação de estímulos e respostas.
A aprendizagem simbólica se divide em duas: a aprendizagem por
imitação e a aprendizagem com recurso a símbolos e representações. A
P á g i n a | 23

aprendizagem por imitação acontece ao longo do processo de socialização. Nós


apreendemos determinados conhecimentos observando e imitando os outros.
Porém, nem tudo que observamos, imitamos. Se imitamos uma ação, a
efetuamos e ela nos traz consequências negativas, não mais a repetiremos. Já
a aprendizagem com recurso a símbolos e representações permite que façamos
a aquisição de conhecimento e de competência e procedimentos através da
nossa percepção dos símbolos e das representações. Adquirimos conhecimento
através de esquemas cognitivos prévios que permitem a integração da
informação e adquirimos procedimentos e competências através da aplicação do
conhecimento adquirido.
Pode-se ver, portanto, que a nossa percepção do mundo, das pessoas e
das relações que estabelecemos com elas e com os estímulos que elas nos
proporcionam são fundamentais para o processo de aprendizagem.
Acredita-se que o educador deve encarar a sua profissão como uma
missão, pois as dificuldades enfrentadas não são poucas, é preciso dedicação,
vontade e coragem para se lançar ao desafio de ensinar, compreendendo que a
educação tem como sujeito aqueles que desejam superar suas limitações, a
partir de novas vivências.
O professor deve moldar-se a novos sistemas de ensino, criando
possibilidades de o aluno se interessar pela sua disciplina. Reconhecendo que
esse interesse depende também, da sua percepção diante do valor da educação.
É possível observar alunos reprimidos, pouco participativos, que chegam
à sala de aula sem nenhum objetivo de aprender, muitas vezes a única
motivação é encontrar os amigos. Luta-se para que a imagem crua do professor
seja desfeita, e que esse perfil “não sensível” seja transformado em uma
percepção positiva, podendo instruir o educando a buscar o conhecimento com
entusiasmo, para que no futuro venha a reconhecer a relevância dos processos
educativos.
A sala de aula deve ser um espaço de encontro, onde a cooperação, a
amizade e o comprometimento, entre outros fatores, sirvam como estrutura para
o aprendizado. Essa é uma das percepções transformadoras, que o professor
P á g i n a | 24

precisa fazer uso, para que a comunicação com os alunos aconteça de forma
produtiva, onde ambos têm sua vez de falar.
Freire apud Barreto (2003) diz que o diálogo é uma ferramenta
fundamental no processo de ensino-aprendizagem, com isso mostra que o
diálogo exige amor, humildade e esperança. Entende-se a necessidade do
sujeito estar disposto a receber as contribuições do outro, considerando que o
diálogo tem por objetivo somar e compartilhar saberes, sem obedecer a essas
exigências ele não é possível.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUNHA, Marcos Vinícius. Psicologia da Educação. Rio de janeiro: DP&A,


2003.

CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. Psicologia do desenvolvimento. São Paulo:


Ática, 2007.

MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora


Pedagógica e Universitária Ltda.

RAPPAPORT, Clara Regina, Wagner; PAVIS, Claudia. Psicologia do


desenvolvimento. São Paulo: EPU, 1981.

CRECHE FIOCRUZ. Projeto Político Pedagógico. Rio de Janeiro: Fiocruz,


2004.

BARRETO, Vera. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte e Ciência,
2003.

RIBEIRO, A. M. Curso de Formação Profissional em Educação Infantil. Rio


de Janeiro: EPSJV / Creche Fiocruz, 2005.

VASCONCELLOS e VALSINER. Perspectivas co-construtivistas na


educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes,


1996.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes,


1998.
P á g i n a | 25

Você também pode gostar