Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
QUELIMANE
TRABALHO DE FILOSOFIA
2
1. Introdução
1.1. Objectivos:
1.1.1. Gerais:
Definir o conceito «Consciência moral».
1.1.2. Especifico:
Noção de ética e moral;
Estabelecer a relação entre carácter particular da moral e universal da ética;
Identificar os termos ou conceitos de natureza moral que são utilizados pelos membros da
comunidade.
3
2. Contextualização
2.1. A Pessoa Como Sujeito Moral
2.1.1. Conceito de Pessoa (Filosofia)
Para além da definição etimológica, existem outras segundo a visão de alguns filósofos, como é o
caso de Cícero, Kant, Boécio e Tomás de Aquino.
Kant - diz que o termo pessoa tomou o seu verdadeiro sentido, para ele a pessoa é um fim em si
mesmo e não um meio ao serviço dos outros. Por tanto, ao querer definir a pessoa, devemos ter
em conta os seus 3 sentidos:
4
Apesar da relação entre os 3 (três) sentidos, importa salientar o 3 o sentido, isto porque o conceito
da pessoa surge como raiz da reflexão ética que é segundo Kant, uma distinção para a realidade.
Cada espécie (objectos, séries vivos), apresentam algumas particularidades que fazem delas séries
semelhantes. A Pessoa é, acima de tudo caracterizada pelos seguintes aspectos.
5
nível da acção, ajudam-nos a buscar argumentos teóricos e práticos que nos possibilitam alcançar
a meta de uma convivência pacífica entre os homens.
Ética
Do grego “ethos”, a Ética tem a ver com os comportamentos habituais, aos costumes, aquilo que
é habitual aos seres humanos, aquilo fazem referindo-se a sua interioridade.
Moral
Do latim “mores”, a Moral designa também aquilo que é habituais os seres humanos fazerem,
com a particularidade de indicar o que deve ou não ser feito.
Para melhor percepção do tema, convida-nos a distinguir dois conceitos muito importantes em
relação ao tema em questão (Ética e Moral).
Como já anunciamos, a palavra moral vem do latim mores, que significa costume. Podemos
descrever então que morais são as normas de conduta de uma sociedade, para permitir um
equilíbrio entre os anseios individuais e os interesses da sociedade. Por isso do termo conduta
moral, que é a orientação para os actos segundo os valores descritos pela sociedade.
A ética tem um significado muito próximo ao da moral. Ética vem do grego ethos, que também
significa conduta, modo de agir, mas o que diferencia moral da ética é o sentido etimológico, no
qual a moral tem como propósito estabelecer um convívio social de acordo com o que é bem
quisto pela sociedade, já a ética é identificada como uma filosofia moral, onde se busca entender
os sentidos dos valores morais. A ética busca avaliar os princípios em seu individual, onde cada
grupo possui seus próprios valores, culturas e crenças. Ela constitui um sistema de argumentos
dos quais os grupos ou as pessoas justificam suas acções. A configuração principal da ética é
solucionar conflitos de interesses, baseando em argumentos universais. A ética tem seu impasse,
pois o que é considerado ético para um grupo, pode não ser para outro.
6
2.4.2. Semelhança Entre A Ética E Moral
As palavras moral e ética originalmente têm significado semelhante que deriva de mores e de
ethos. Estes termos no latim e no grego, respectivamente, designam os costumes que constituem
o seu objecto. Enquanto a Moral se encontra ligada a, aplicação correcta de certas regras orais e a
situações do dia-a-dia perante as quais somos obrigados a decidir, a Ética preocupa-se com a
fundamentação racional das normas e, de uma forma mais vasta, com o agir humano. A Moral
está ligada a dimensão convencional e comunitária da vida dos homens. A Moral está, assim,
ligada obrigação, à acção em conformidade com o dever. Para Séneca, “não nos devemos
preocupar com viver muitos anos, mais com o vive-los satisfatoriamente; porque viver muito
tempo depende do destino, viver satisfatoriamente depende da tua alma.
7
Censura de remorso ou de elogio e satisfação – que nos leva a ter um peso na
consciência quando agimos contra os nossos valores ou estar de consciência tranquila se as
nossas acções forem de acordo com os nossos valores e ideais.
Segundo Piaget, a moralidade numa pessoa desenvolve- se à medida que a inteligência humana se
vai desenvolvendo, seguindo um processo delineado por três etapas fundamentais:
Nesta etapa a criança presta um respeito absoluto às normas e não possui capacidade intelectual
para compreender a razão de ser de uma norma. Reina a moral de obrigação/ ou heteronomia,
onde ela vive numa atitude unilateral de respeito absoluto para com os mais velhos e as normas
são totalmente exteriores a si.
A criança nessa fase substitui o respeito unilateral e absoluto aos adultos pelo respeito mútuo e a
noção de igualdade entre todos. Forma-se nessa etapa o sentimento de “honestidade” e de
“justiça”. Reina a moral de solidariedade entre os iguais.
O adolescente é capaz de formar seus princípios morais e criar suas próprias regras de
comportamento. Aparece o altruísmo, o interesse pelos outros e a compaixão.
8
1º Nível – Pré-convencional (pré-moral)
As normas são representadas tendo em conta as consequências: castigo ou prémio. As pessoas
respeitam as normas sociais, mas receiam o castigo se não as cumprirem ou esperam uma
recompensa pelo seu cumprimento.
2º Nível: Convencional
Procura-se responder às expectativas dos outros e manter a ordem estabelecida ou ordem
convencional.
As pessoas respeitam as normas sociais porque consideram importante que cada um desempenhe
o seu papel numa sociedade moralmente organizada.
O Homem no seu quotidiano de uma forma consciente ou inconsciente prática dois tipos de
acções: as que são comuns a outros animais e os que só ele próprio realiza.
Primeiro – as que são comuns a outros animais ou actos instintivos. Konrad Lorenz aponta a
existência de quatro instintos comuns aos homens e, aos animais (nutrição, reprodução, fuga e
Agraço).
Segundo – as que ele próprio realiza ou instintiva: consiste nas actividades reflexivas, especifica
dos seres humanos. Agir, no caso do Homem, implica pensar antes de executaras acções.
Moralmente, os homens praticam também acções que, embora sejam conscientes e intencionais,
não deixam de ser considerados inumanos. A razão é que os mesmos não se enquadram no
âmbito daqueles que consideramos dignos de seres humanos.
9
2.6.2. Acções Involuntárias (Ou Actos Do Homem)
O homem define-se pelo modo como escolhe, decide e executa as diferentes acções. É através das
acções que o homem transforma a realidade e torna-se um agente de mudanças. O homem pratica
2 (dois) tipos de actos ou acções: as que são comuns a outros animais e as que só ele realiza.
Os primeiros são os chamados actos instintivos, que permitem dar uma resposta perfeita ao mio,
facto que constitui condição indispensável a sua sobrevivência.
São acções que não implicam qualquer intenção da parte do sujeito; são acontecimentos que nos
limitamos a ser imensos receptores de efeitos que realizamos por um mero reflexo intuitivo;
O Agente – um sujeito de acção que é capaz de se reconhecer como autor da acção e agi
consciente;
O Motivo – o que nos leva a agir ou a fazer algo, a razão que justifica o acto;
O Elemento intenção – aquilo que o sujeito pretende fazer ou ser feito com a sua a acção e
responde a pergunta, que fazer? Aquilo que o agente quer realizar;
O Fim – o fim da acção e o objectivo daquilo para que se quer da acção voluntária.
10
2.6.3. Da acção aos valores
Noção de valor
Em toda a acção humana, o homem exprime o modo, como se relaciona com o mundo, os valores
dão ao sujeito motivo para agir. Exemplo: quando damos esmola está lá um valor muito nobre ‟a
solidariedade”.
Conceito de valor
Valores – são critérios segundo os quais damos ou não, valores a certos casos. Os valores são as
razões que justificam ou motivam as nossas acções, tornando as refervíeis como nossas.
Juízo de facto – é um juízo em que se descreve a realidade de uma forma objectiva, neutra e
impessoal, estes juízos podem ser verificáveis e podem ser verdadeiros ou falsos. Exemplo:
Maputo é capital de Moçambique.
Juízo de valor – é uma manifestação de preferência e apreciação sobre uma dada realidade e é
fruto de uma interpretação parcial e subjectiva feita com base em valores. Os juízos de valores
são relativos pós variam de pessoa para pessoa. Exemplo: Maputo é a cidade mais bonita da
África (para alguns).
Os valores são conceitos que traduzem as nossas preferências, o valor tem sempre como
preferência a avaliação do sujeito que o enuncia, trata-se de qualidades e atributos que são
atribuídos pelo sujeito, algo, alguém ou acontecimento. Podemos agrupar os valores em 2 (dois)
grupos: espirituais e materiais.
Valores Espirituais/Religiosas - São aqueles que dizem respeito à relação do homem com Deus.
Valores Morais – referem-se as normas ou critérios de conduta que afectam todas as nossas
actividades como: a verdade, solidariedade, honestidade, bondade, altruísmo, cidadania.
11
Valores Materiais - Valores agradáveis e de prazer, aqueles que exprimem as sensações de
prazer e de satisfação (comida, bebida, vestuário).
Existem duas posições que surgem sobre os valores, para alguns autores os valores têm duas
vertentes que são: subjectiva e objectiva.
Subjectiva
Para os defensores da vertente subjectiva, os valores não podem deixarem nunca de serem
subjectivas uma vez que designam o padrão comportamental que alguém dá. Podemos notar que
os valores ao longo dos tempos mudam, o que é belo hoje, amanha pode não ser.
Objectiva
Noção De Liberdade
Mesmo com todos os condicionalismos, o Homem é um ser livre, pois em última instancia,
sempre ele é quem decide agir ou não. Tendo essa liberdade, pode decidir ajustar-se ou não às
regras sociais que encontra.
12
Conceito De Liberdade
O termo “liberdade” diz respeito a capacidade que o homem possui de agir de acordo com a sua
própria decisão: É a capacidade de autodeterminação. A liberdade pressupõe:
I. Autonomia do sujeito face a suas condicionantes – para que uma acção possa ser
considerada livre, é necessário que ele seja a causa dos seus actos, isto é, que tenha uma
conduta livre.
II. Consciência da acção – a acção humana diz respeito a manifestação de urna vontade
livre e consciente dos seus actos. Isso significa que o sujeito não ignora a intenção, os
motivos e as circunstâncias e as consequências da própria acção.
III. Escolhas fundamentadas em valores – a acção envolve a manifestação de certas
preferências, que são expostas ao Homem. Nem sempre com esta dimensão da liberdade é
consciente, ainda que seja sempre materializada na própria acção.
2.7.1. Formas E Tipos De Liberdade
Os tipos de liberdade são uma consequência directa dos tipos de coacção de que o homem é
vítima na sua relação com os outros (sociedade) e consigo mesmo. Por isso, a liberdade pode ser
interior ou exterior.
A liberdade interior compreende:
I. Liberdade psicológica - capacidade que o Homem tem de fazer u não uma determinada
COISA.É a capacidade de decidir por si mesmo.
II. Liberdade moral - ausência de qualquer constrangimento de ordem moral, como, por
exemplo, o medo de punições. É a liberdade de escolha que torna o Homem digno de si
próprio (autónomo).
Liberdade Exterior, compreende:
I. Liberdade sociológica – autonomia do sujeito face aos constrangimentos impostos pela
Sociedade.
II. Liberdade física - ausência de qualquer constrangimento físico. Por exemplo, um
portador de deficiência física nos membros superiores pode estar privado de praticar
determinada modalidade desportiva.
III. Liberdade política - ausência de qualquer constrangimento de natureza política. Por
exemplo, um sujeito que não deve votar, por ser menor de idade, não tem liberdade
política.
13
3. Conclusão
14
4. Referencias Bibliográfica
https://www.escolamz.com/2020/07/a-pessoa-como-sujeito-moral.html
15