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ESCOLA SECUNDARIA GERAL EDUARDO MONDLANE

QUELIMANE

TRABALHO DE FILOSOFIA

TEMA: PESSOA COMO SUJEITO MORAL

Discente: Marcelina dos Machaca Docente: Aleluia

Classe: 11a Grupo: B Turma: A1 Curso: Diurno

Quelimane, Abril 2022


Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3
1.1. Objectivos:.........................................................................................................................3
1.1.1. Gerais:.........................................................................................................................3
2. Contextualização.......................................................................................................................4
2.1. A Pessoa Como Sujeito Moral...........................................................................................4
2.1.1. Conceito de Pessoa (Filosofia)...................................................................................4
2.2. Definição de pessoa segundo certos filósofos...................................................................4
2.3. Características Da Pessoa..................................................................................................5
2.4. Semelhança E Diferença Entre A Ética E Moral...............................................................5
2.4.1. Distinção Entre Ética E Moral....................................................................................6
2.4.2. Semelhança Entre A Ética E Moral............................................................................7
2.5. Consciência Moral: Etapas Do Seu Desenvolvimento (Piaget E Kohlberg).........................7
2.5.1. Consciência Moral: Noção E Caracterização.................................................................7
2.5.2. Formação E Desenvolvimento Da Consciência Moral: Etapas do desenvolvimento da
consciência moral.........................................................................................................................8
2.5.2.1. Etapas do desenvolvimento da consciência moral segundo Piaget........................8
2.5.2.2. Etapas do desenvolvimento da consciência moral segundo Kohlberg...................9
2.6. Acção Humana E Valores.....................................................................................................9
2.6.1. Actos Voluntários E Actos Involuntários...................................................................9
2.6.2. Acções Involuntárias (Ou Actos Do Homem)..........................................................10
2.6.3. Da acção aos valores................................................................................................11
2.6.3.1. Tipos de valores....................................................................................................11
2.6.3.2. Subjectividade e objectividade de valoras............................................................12
2.7. Liberdade Como Fundamento Da Acção Humana..............................................................12
2.7.1. Formas E Tipos De Liberdade.....................................................................................13
3. Conclusão................................................................................................................................14
4. Referencias Bibliográfica........................................................................................................15

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1. Introdução

O presente trabalho, é da disciplina de Filosofia leccionada na 11 a classe e tem como tema: a


pessoa como sujeita moral. A palavra “pessoa” tem a sua origem no termo latino para uma
máscara usada por um actor no teatro clássico. Às porém máscaras, os actores pretendiam
mostrar que desempenhavam uma personagem. Mais tarde “pessoa” passou a designar aquele que
desempenha um papel na vida, que é um agente. Um dos sentidos actuais do termo é “ser
autoconsciente ou racional”. Este sentido tem precedentes filosóficos irrepreensíveis. John Locke
define a pessoa como “um ser inteligente e pensante dotado de razão e reflexão e que pode
considerar-se a si mesmo como aquilo que é, a mesma coisa pensante, em diferentes momentos e
lugares. Nesse contexto o homem como ente racional e ao mesmo tempo responsável. Moral é o
conjunto de regras, normas de uma sociedade ou região que visa a dirigir as acções do homem,
segundo a justiça e equidade natural (igualdade de direitos). A ética é a dignidade humana,
(valores morais, verdade). A moral é conduta, comportamento, parte de uma cultura, bons
costumes.

1.1. Objectivos:
1.1.1. Gerais:
 Definir o conceito «Consciência moral».
1.1.2. Especifico:
 Noção de ética e moral;
 Estabelecer a relação entre carácter particular da moral e universal da ética;
 Identificar os termos ou conceitos de natureza moral que são utilizados pelos membros da
comunidade.

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2. Contextualização
2.1. A Pessoa Como Sujeito Moral
2.1.1. Conceito de Pessoa (Filosofia)

O conceito da pessoa é a chave em toda a reflexão filosófica de modo especial no campo da


Antropologia filosófica, porem ela não é exportado pela filosofia sendo assim tratado em outras
ciências.

Etimologicamente a palavra ‟pessoa ” vem do grego prosopan e do latim persona que significa


‟máscara” ou tudo o que um actor punha no rosto ou na ‟cara” numa peça teatral. Este sentido
etnológico foi introduzido a filosofia para designar os diversos papéis que o Homem representa
no seu quotidiano.

Para além da definição etimológica, existem outras segundo a visão de alguns filósofos, como é o
caso de Cícero, Kant, Boécio e Tomás de Aquino.

2.2. Definição de pessoa segundo certos filósofos


Boécio - A pessoa pode ser definida como sendo o Homem nas suas relações com o mundo e
consigo mesmo Beócio, um dos filósofos Romano da idade média, Para ele, pessoa é uma
substância individual de natureza racional.

São Thomas de Aquino - considera a pessoa como um subsistente de natureza racional.

Sincero - define a pessoa como sujeito de deveres e direitos.

Kant - diz que o termo pessoa tomou o seu verdadeiro sentido, para ele a pessoa é um fim em si
mesmo e não um meio ao serviço dos outros. Por tanto, ao querer definir a pessoa, devemos ter
em conta os seus 3 sentidos:

 Psicológico :a pessoa surge como um ‟EU”, a interioridade subjectiva, a individualidade


dotada de personalidade;
 Jurídico :a pessoa é um sujeito de direitos legalmente reconhecidos;
 Estico :a pessoa é entendida como sujeito moral dotada de valor e dignidade.

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Apesar da relação entre os 3 (três) sentidos, importa salientar o 3 o  sentido, isto porque o conceito
da pessoa surge como raiz da reflexão ética que é segundo Kant, uma distinção para a realidade.

2.3. Características Da Pessoa

Cada espécie (objectos, séries vivos), apresentam algumas particularidades que fazem delas séries
semelhantes. A Pessoa é, acima de tudo caracterizada pelos seguintes aspectos.

Singularidade: a pessoa é una, original, verídico, não se repete e insubstituível ou seja,


ninguém é cópia de ninguém, não há duas pessoas iguais, há sempre diferença entre duas
ou mais pessoas.
Unidade: a pessoa é constituída por partes diversificadas (é corpo físico, razão, emoção,
acção etc.) que complementam a sua totalidade, isto é, as deferentes partes que as
constituem foram um todo coeso, uma unidade biológica.
Interioridade: em cada ser humano há um espaço de reserva e de intimidade, inacessível
e inviolável: é consciência moral.
Autonomia: corresponde a qualidade e capacidade que o homem tem de autogovernar-se
e autodeterminações.
Projecto: pessoa é um ser dinâmico, que está sempre em construção, aprendendo novas
coisas.
Valor em si: o valor (preço) de uma pessoa é imensurável, a pessoa é um valor absoluto
razão pelo qual não pode ser usada como um meio ao serviço de outrem.
2.4. Semelhança E Diferença Entre A Ética E Moral

Os nossos comportamentos são influenciados pelos valores e costumes aceites na nossa


comunidade e pelo mundo em geral, havendo aspectos que na prática nos unem e nos dividem.
Actualmente fala-se bastante sobre a perda de valores morais. Esta discussão leva-nos a reflectir
sobre as noções de ética e moral, a particularidade da moral e a universalidade da ética. Ao
trazermos questionamentos sobre o que distingue um do outro conceito; como é que pessoas de
diferentes traços culturais no nosso país e no mundo se podem relacionar; o que é lícito, justo
dentro da comunidade ou os valores duma determinada comunidade podem não ser na outra; a
discussão sobre os níveis da linguagem do discurso moral que nem sempre se coadunam com o

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nível da acção, ajudam-nos a buscar argumentos teóricos e práticos que nos possibilitam alcançar
a meta de uma convivência pacífica entre os homens.
Ética

Do grego “ethos”, a Ética tem a ver com os comportamentos habituais, aos costumes, aquilo que
é habitual aos seres humanos, aquilo fazem referindo-se a sua interioridade.

Moral

Do latim “mores”, a Moral designa também aquilo que é habituais os seres humanos fazerem,
com a particularidade de indicar o que deve ou não ser feito.

2.4.1. Distinção Entre Ética E Moral

Para melhor percepção do tema,  convida-nos a distinguir dois conceitos muito importantes em
relação ao tema em questão (Ética e Moral).

Como já anunciamos, a palavra moral vem do latim mores, que significa costume. Podemos
descrever então que morais são as normas de conduta de uma sociedade, para permitir um
equilíbrio entre os anseios individuais e os interesses da sociedade. Por isso do termo conduta
moral, que é a orientação para os actos segundo os valores descritos pela sociedade.

A ética tem um significado muito próximo ao da moral. Ética vem do grego ethos, que também
significa conduta, modo de agir, mas o que diferencia moral da ética é o sentido etimológico, no
qual a moral tem como propósito estabelecer um convívio social de acordo com o que é bem
quisto pela sociedade, já a ética é identificada como uma filosofia moral, onde se busca entender
os sentidos dos valores morais. A ética busca avaliar os princípios em seu individual, onde cada
grupo possui seus próprios valores, culturas e crenças. Ela constitui um sistema de argumentos
dos quais os grupos ou as pessoas justificam suas acções. A configuração principal da ética é
solucionar conflitos de interesses, baseando em argumentos universais. A ética tem seu impasse,
pois o que é considerado ético para um grupo, pode não ser para outro.

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2.4.2. Semelhança Entre A Ética E Moral

As palavras moral e ética originalmente têm significado semelhante que deriva de mores e de
ethos. Estes termos no latim e no grego, respectivamente, designam os costumes que constituem
o seu objecto. Enquanto a Moral se encontra ligada a, aplicação correcta de certas regras orais e a
situações do dia-a-dia perante as quais somos obrigados a decidir, a Ética preocupa-se com a
fundamentação racional das normas e, de uma forma mais vasta, com o agir humano. A Moral
está ligada a dimensão convencional e comunitária da vida dos homens. A Moral está, assim,
ligada obrigação, à acção em conformidade com o dever. Para Séneca, “não nos devemos
preocupar com viver muitos anos, mais com o vive-los satisfatoriamente; porque viver muito
tempo depende do destino, viver satisfatoriamente depende da tua alma.

2.5. Consciência Moral: Etapas Do Seu Desenvolvimento (Piaget E Kohlberg)


2.5.1. Consciência Moral: Noção E Caracterização
Conceito
Consciência moral é a atenção do sujeito ao valor moral das suas acções, para julgar se elas são
boas ou más. Esta atenção ou capacidade de avaliar a moralidade dos actos diz respeito tanto às
acções já efectuadas como àquelas que se estão a realizar e às que serão realizadas futuramente.
A consciência moral é a voz da nossa consciência ou juiz interior que nos obriga, nos acusa ou
repreende enquanto sujeitos livres e racionais, capazes de responder pelos próprios actos ou de
avaliar os actos alheios. Assim, a consciência moral desempenha o papel de:
 Crítica – porque nos proíbe, impede ou condena de praticar uma acção má;
 Norma – pois, nos manda aquilo que devemos fazer.
Assim, a consciência moral pode ser descrita como sendo:
Intimidade - consciência moral é o lugar mais secreto e íntimo do ser humano que exige o
direito e respeito à inviolabilidade;
Apelativo – para valores e normas ideais a que devemos aspirar;
Força - que nos mobiliza ou impede à acção;
Imperativo – que nos ordena para realizar uma acção compatível com os nossos valores;
Voz interior – que nos indica a nossa obrigação;
Juiz interior - que condena ou aprova os nossos actos com incidência moral;

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Censura de remorso ou de elogio e satisfação – que nos leva a ter um peso na
consciência quando agimos contra os nossos valores ou estar de consciência tranquila se as
nossas acções forem de acordo com os nossos valores e ideais.

2.5.2. Formação E Desenvolvimento Da Consciência Moral: Etapas do


desenvolvimento da consciência moral
2.5.2.1. Etapas do desenvolvimento da consciência moral segundo Piaget

Segundo Piaget, a moralidade numa pessoa desenvolve- se à medida que a inteligência humana se
vai desenvolvendo, seguindo um processo delineado por três etapas fundamentais:

1ª Etapa: Moral de Obrigação (entre 2 a 6 anos)

Nesta etapa a criança presta um respeito absoluto às normas e não possui capacidade intelectual
para compreender a razão de ser de uma norma. Reina a moral de obrigação/ ou heteronomia,
onde ela vive numa atitude unilateral de respeito absoluto para com os mais velhos e as normas
são totalmente exteriores a si.

2ª Etapa: Moral de Solidariedade (entre 7 e os 11 anos)

A criança nessa fase substitui o respeito unilateral e absoluto aos adultos pelo respeito mútuo e a
noção de igualdade entre todos. Forma-se nessa etapa o sentimento de “honestidade” e de
“justiça”. Reina a moral de solidariedade entre os iguais.

3ª Etapa: Moral de Equidade ou autonomia (a partir dos 12 anos)

O adolescente é capaz de formar seus princípios morais e criar suas próprias regras de
comportamento. Aparece o altruísmo, o interesse pelos outros e a compaixão.

2.5.2.2. Etapas do desenvolvimento da consciência moral segundo Kohlberg


Kohlberg divide o desenvolvimento da consciência moral em três níveis.

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1º Nível – Pré-convencional (pré-moral)
As normas são representadas tendo em conta as consequências: castigo ou prémio. As pessoas
respeitam as normas sociais, mas receiam o castigo se não as cumprirem ou esperam uma
recompensa pelo seu cumprimento.

2º Nível: Convencional
Procura-se responder às expectativas dos outros e manter a ordem estabelecida ou ordem
convencional.
As pessoas respeitam as normas sociais porque consideram importante que cada um desempenhe
o seu papel numa sociedade moralmente organizada.

3º Nível – Pós-convencional (Moral de Princípios)


Existe neste nível o esforço de definir valores e princípios de validade universal, acima das
convenções sociais. Estabelece que as pessoas se preocupam com um juízo autónomo e com o
Estabelecimento de princípios morais universais.
2.6. Acção Humana E Valores
2.6.1. Actos Voluntários E Actos Involuntários

O Homem no seu quotidiano de uma forma consciente ou inconsciente prática dois tipos de
acções: as que são comuns a outros animais e os que só ele próprio realiza.

Primeiro  – as que são comuns a outros animais ou actos instintivos. Konrad Lorenz aponta a
existência de quatro instintos comuns aos homens e, aos animais (nutrição, reprodução, fuga e
Agraço).

Segundo  – as que ele próprio realiza ou instintiva: consiste nas actividades reflexivas, especifica
dos seres humanos. Agir, no caso do Homem, implica pensar antes de executaras acções.
Moralmente, os homens praticam também acções que, embora sejam conscientes e intencionais,
não deixam de ser considerados inumanos. A razão é que os mesmos não se enquadram no
âmbito daqueles que consideramos dignos de seres humanos.

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2.6.2. Acções Involuntárias (Ou Actos Do Homem)

O homem define-se pelo modo como escolhe, decide e executa as diferentes acções. É através das
acções que o homem transforma a realidade e torna-se um agente de mudanças. O homem pratica
2 (dois) tipos de actos ou acções: as que são comuns a outros animais e as que só ele realiza.

Os primeiros são os chamados actos instintivos, que permitem dar uma resposta perfeita ao mio,
facto que constitui condição indispensável a sua sobrevivência.

No segundo os actos instintivos, são secundarizados dando lugar a actividade reflectiva,


especifica dos seres humanos, agir significa pensar antes de executar a acção.

Acção Involuntária Ou Actos Do Homem

São acções que não implicam qualquer intenção da parte do sujeito; são acontecimentos que nos
limitamos a ser imensos receptores de efeitos que realizamos por um mero reflexo intuitivo;

Acções Voluntárias Ou Actos Humanos

As acções humanas implicam uma intenção deliberada de um agente do agir de determinado


modo e não de outro, estas acções são reflectidas, premeditadas ou até projectados à longo prazo
tendo em vista atingir determinados objectivos, isto é, tendo um propósito e a intenção de fazer o
que está fazendo, são acções que realizamos de forma consciente, voluntário e responsável, por
isso toda a acção humana implica os seguintes elementos:

O Agente  – um sujeito de acção que é capaz de se reconhecer como autor da acção e agi
consciente;

O Motivo  – o que nos leva a agir ou a fazer algo, a razão que justifica o acto;

O  Elemento intenção  – aquilo que o sujeito pretende fazer ou ser feito com a sua a acção e
responde a pergunta, que fazer? Aquilo que o agente quer realizar;

O  Fim  – o fim da acção e o objectivo daquilo para que se quer da acção voluntária.

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2.6.3. Da acção aos valores

Noção de valor

Em toda a acção humana, o homem exprime o modo, como se relaciona com o mundo, os valores
dão ao sujeito motivo para agir. Exemplo: quando damos esmola está lá um valor muito nobre ‟a
solidariedade”.

Conceito de valor

Valores  – são critérios segundo os quais damos ou não, valores a certos casos. Os valores são as
razões que justificam ou motivam as nossas acções, tornando as refervíeis como nossas.

Juízo de facto  – é um juízo em que se descreve a realidade de uma forma objectiva, neutra e
impessoal, estes juízos podem ser verificáveis e podem ser verdadeiros ou falsos. Exemplo:
Maputo é capital de Moçambique.

Juízo de valor  – é uma manifestação de preferência e apreciação sobre uma dada realidade e é
fruto de uma interpretação parcial e subjectiva feita com base em valores. Os juízos de valores
são relativos pós variam de pessoa para pessoa. Exemplo: Maputo é a cidade mais bonita da
África (para alguns).

2.6.3.1. Tipos de valores

Os valores são conceitos que traduzem as nossas preferências, o valor tem sempre como
preferência a avaliação do sujeito que o enuncia, trata-se de qualidades e atributos que são
atribuídos pelo sujeito, algo, alguém ou acontecimento. Podemos agrupar os valores em 2 (dois)
grupos: espirituais e materiais.

Valores Espirituais/Religiosas - São aqueles que dizem respeito à relação do homem com Deus.

Valor Estético – trata-se de valores de expressão, beleza, traços, elegância.

Valores Morais  – referem-se as normas ou critérios de conduta que afectam todas as nossas
actividades como: a verdade, solidariedade, honestidade, bondade, altruísmo, cidadania.

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Valores Materiais - Valores agradáveis e de prazer, aqueles que exprimem as sensações de
prazer e de satisfação (comida, bebida, vestuário).

Valores Vitais  – aqueles referentes ao estado físico (saúde, força, velocidade)

Valor De Utilidade Ou Económica  – aqueles que se referem a habitação, capital (caro,


dinheiro, casa, viaturas).

2.6.3.2. Subjectividade e objectividade de valoras

Existem duas posições que surgem sobre os valores, para alguns autores os valores têm duas
vertentes que são: subjectiva e objectiva.

Subjectiva

Para os defensores da vertente subjectiva, os valores não podem deixarem nunca de serem
subjectivas uma vez que designam o padrão comportamental que alguém dá. Podemos notar que
os valores ao longo dos tempos mudam, o que é belo hoje, amanha pode não ser.

Objectiva

Para os defensores da objectividade, advogam que os valores designam os poderes de


comportamento colectivamente reconhecidos por um grupo ou comunidade e que são
considerados absolutos e inquestionáveis. A mesma posição foi defendida por Platão ao
considerar belo, bem e justo, entidades ou ideias imutáveis enquanto Sócrates defende que cabe
ao homem a invenção dos seus próprios valorares.

2.7. Liberdade Como Fundamento Da Acção Humana

Noção De Liberdade

Mesmo com todos os condicionalismos, o Homem é um ser livre, pois em última instancia,
sempre ele é quem decide agir ou não. Tendo essa liberdade, pode decidir ajustar-se ou não às
regras sociais que encontra.

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Conceito De Liberdade
O termo “liberdade” diz respeito a capacidade que o homem possui de agir de acordo com a sua
própria decisão: É a capacidade de autodeterminação. A liberdade pressupõe:
I. Autonomia do sujeito face a suas condicionantes – para que uma acção possa ser
considerada livre, é necessário que ele seja a causa dos seus actos, isto é, que tenha uma
conduta livre.
II. Consciência da acção – a acção humana diz respeito a manifestação de urna vontade
livre e consciente dos seus actos. Isso significa que o sujeito não ignora a intenção, os
motivos e as circunstâncias e as consequências da própria acção.
III. Escolhas fundamentadas em valores – a acção envolve a manifestação de certas
preferências, que são expostas ao Homem. Nem sempre com esta dimensão da liberdade é
consciente, ainda que seja sempre materializada na própria acção.
2.7.1. Formas E Tipos De Liberdade
Os tipos de liberdade são uma consequência directa dos tipos de coacção de que o homem é
vítima na sua relação com os outros (sociedade) e consigo mesmo. Por isso, a liberdade pode ser
interior ou exterior.
A liberdade interior compreende:
I. Liberdade psicológica - capacidade que o Homem tem de fazer u não uma determinada
COISA.É a capacidade de decidir por si mesmo.
II. Liberdade moral - ausência de qualquer constrangimento de ordem moral, como, por
exemplo, o medo de punições. É a liberdade de escolha que torna o Homem digno de si
próprio (autónomo).
Liberdade Exterior, compreende:
I. Liberdade sociológica – autonomia do sujeito face aos constrangimentos impostos pela
Sociedade.
II. Liberdade física - ausência de qualquer constrangimento físico. Por exemplo, um
portador de deficiência física nos membros superiores pode estar privado de praticar
determinada modalidade desportiva.
III. Liberdade política - ausência de qualquer constrangimento de natureza política. Por
exemplo, um sujeito que não deve votar, por ser menor de idade, não tem liberdade
política.
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3. Conclusão

Durante o desenvolvimento do trabalho, chegou-se as seguintes conclusão, a ética é uma


característica inerente a toda acção humana e, por esta razão, é um elemento vital na produção da
realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de “consciência moral”,
estando constantemente avaliando e julgando suas acções para saber se são boas ou más, certas
ou erradas, justas ou injustas. Falar de assuntos relativos ao Homem (na sua qualidade de pessoa),
é um tema muito importante porque é um desafio na medida em que é urna das forraras de medir
a nossa humanidade enquanto pessoas sujeitas normas, não só sociais e culturais, mas também
morais. Dizia o velho Sócrates, “uma oportunidade de nos conhecermos a nós mesmo”. Pessoa
advém da palavra persona do latim. Gramaticalmente falando, a pessoa é a que antecede o verbo,
personificando a pessoa que está agindo, podendo ser também um pronome, que faz a relação
entre quem fala e o discurso. Neste contexto, Existem sempre comportamentos humanos
classificáveis sob a óptica do certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir
individual, essas classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em
determinadas sociedades e contextos históricos. A ética está relacionada à opção, ao desejo de
realizar a vida, mantendo com os outros relações justas e aceitáveis. Via de regra está
fundamentada nas ideias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e
cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.

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4. Referencias Bibliográfica

GEQUE Ed e BIRIATE Manuel, Filosofia 11a classe, Longamn Ed Moçambique, 2010.

https://www.escolamz.com/2020/07/a-pessoa-como-sujeito-moral.html

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