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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
LINCENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

A importância da leitura para a realização de um trabalho académico

Trabalho II Jona Francisco Josse – 708222266


Turma: F

Curso: Português
Ano de Frequência: 2o
Disciplina: MIC II

1º Trabalho
Turma: F
O tutor: Isabel José Muchope

Chimoio, Abril,
2023
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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia bibliográficas
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
CAPITULO I..........................................................................................................................................5

1.Introdução...........................................................................................................................................5

1.1.Objectivos........................................................................................................................................5

1.1.1.Geral..............................................................................................................................................5

1.2.Metodologias....................................................................................................................................5

CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................6

2.A importância da leitura para a realização de um trabalho académico...............................................6

2.1.A leitura............................................................................................................................................6

2.2.A importância da leitura...................................................................................................................6

2.2.1.Tabela 1: Distinção entre dado, informação e conhecimento.......................................................7

2.2.2.Como seleccionar o que ler...........................................................................................................8

2.2.3.Leitura ou Decodificação..............................................................................................................9

2.2.4.Bons Leitores................................................................................................................................9

2.2.5.Estratégias de Leitura..................................................................................................................10

2.2.6.Leitura Compartilhada................................................................................................................10

2.2.7.A Leitura é Capaz de Produzir Vários Efeitos............................................................................11

2.2.8.Ler para Escrever........................................................................................................................11

2.2.9.A avaliação reflexiva da leitura na formação do aprendizado do leitor......................................11

2.2.10.O Procedimento da Leitura na Construção de Leitores Críticos...............................................11

2.2.11.Análise Reflexiva do Ato da Leitura na Formação do Leitor...................................................12

CAPITULO III.....................................................................................................................................13

3.Conclusão..........................................................................................................................................13

4.Referências bibliográficas.................................................................................................................14
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CAPITULO I
1. Introdução
Neste presente trabalho da cadeira de Metodologia de Investigação Científica II irá abordar acerca da
importância da leitura para a realização de um trabalho académico. Na sociedade actual, a leitura
vem sendo foco de atenção de estudiosos e pesquisadores. O objectivo é destacar a importância da
leitura para a pesquisa, uma vez que a leitura é fundamental para a assimilação de novos
conhecimentos. O bibliotecário, neste contexto, tem o papel de mediação das fontes de informação.
A metodologia é descritiva e utiliza levantamento bibliográfico, selecção e análise de documentos
para uma melhor fundamentação do trabalho. Os resultados mostram que a leitura realmente
possibilita o acesso ao conhecimento, promove uma melhoria da aprendizagem e, sem dúvida, é uma
via de inclusão social. Além de ampliar nosso conhecimento de mundo, a leitura nos torna mais
cultos e ajuda a desenvolver nosso poder de argumentação, ao mesmo tempo em que melhora nossa
performance lexical. O trabalho é estruturalmente constituído por três (3) capítulos tais como: a
introdução; a fundamentação teórica; conclusões e as referências bibliográficas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer a importância da leitura para a realização de um trabalho académico.
1.1.2. Específicos
 Indicar o propósito da leitura;
 Praticar a leitura de acordo com as etapas;
 Verificar a compressão dos conteúdos.

1.2. Metodologias
 Para a elaboração deste trabalho recorreu – se a diversas fontes com a finalidade de reunir
uma informação satisfatória e fácil compressão através de consulta de obras, revisões
bibliográficas e pesquisa efectuado na biblioteca virtual, manuais e internet.
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CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


2. A importância da leitura para a realização de um trabalho académico
2.1. A leitura
O acto de ler consiste em “decifrar símbolos de linguagem escrita para lhes conferir a correspondência
com os sons que representam”. Do conceito de leitura acima apresentado, é possível notar que toda
actividade da aprendizagem terá o seu fulcro na leitura porque com base nela o estudante será capaz de
assimilar conteúdos a partir da atitude de clarificar os conteúdos. (Gomes, 2002).

A leitura é o processo cognitivo complexo de descodificar símbolos para extrair significados. É uma
forma de processamento da linguagem. A leitura tornou-se uma actividade extremamente importante
para a civilização, atendendo a múltiplas finalidades, sendo parte fundamental no processo educacional
e na construção do indivíduo. (Gomes, 2002).

Observa-se que a leitura é necessária para a realização de diversas tarefas, em qualquer situação ela é
de extrema importância, inclusive no colégio em todas as disciplinas em que ela é utilizada. Sem falar
que na prática da leitura é que se adquire conhecimento, consequentemente se conecta ao mundo. Há
um componente social no ato de ler. Lemos para nos conectarmos ao outro que escreveu o texto, para
saber o que ele quis dizer, o que quis significar. Mas lemos também para responder às nossas
perguntas, aos nossos objetivos. (Rangel & Rojo, 2010.)

Em consoante, compreende-se que a leitura tem uma espécie de transformar o ser socialmente na
forma de pensar e de organizar suas ideias. É lendo que se tem a resposta para todas as perguntas não
apenas para responder a questionários dos professores. Como diz Paulo Freire: “A leitura do mundo
precede a leitura da palavra” (Freire, 2003, p. 13).
Sobre isso, é válido dizer que o aprimoramento da leitura pressupõe um leque de conhecimentos que
reflete nas situações cotidianas. Sem contar no benefício instigante que causa ao indivíduo, pois é a
leitura contribui para a realização da aprendizagem, o enriquecimento do vocabulário, e ainda torna o
ser compreensivo e crítico ao ponto de manifestar suas opiniões ao longo da vida. (Freire, 2003).

2.2. A importância da leitura


O êxito da leitura é avaliado pelo grau da compreensão do texto no processo de ensino e
aprendizagem. Se os estudantes não forem capazes de transmitir o conteúdo patente no texto, ou seja,
de mostrar que conhecimentos adquiriram ou, ainda, de usar os conhecimentos para responder a
determinadas necessidades, então, eles não entenderam o texto. Porém, a leitura é antecedida por uma
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selecção de obras que normalmente nos é apresentada pelo docente mas se assim não suceder siga as
instruções que se seguem. (Potts, 1989).

A leitura vem sendo foco de atenção de estudiosos e pesquisadores uma vez que a pesquisa constitui-se
uma via de acesso a novos conhecimentos e, consequentemente, uma via de inclusão social. A leitura é
um dos meios mais importantes para a consecução de novas aprendizagens; possibilita a construção e o
fortalecimento de ideias e acções. Interessante que estas novas aprendizagens contemplam uma
situação que merece destaque, como afirma é que ninguém se torna leitor por um ato de obediência,
ninguém nasce gostando de leitura. A influência dos adultos como referência é bastante importante na
medida em que são vistos lendo ou escrevendo. (Kriegl, 2002).

A assimilação de conhecimentos através de leituras possibilita uma melhor compreensão dos novos
paradigmas que se apresentam, pois consegue ver com novos olhares as situações problemas que a
cada dia vão se apresentando. A leitura promove o desenvolvimento do raciocínio. Importante ressaltar
também que a leitura tem dois objectivos fundamentais: serve como meio eficaz para aprofundamento
dos estudos e aquisição de cultura geral. (Kriegl, 2002).

O aprofundamento dos estudos nos remete para uma leitura reflexiva e investigativa. Deve-se chamar a
atenção para a proposição: ler se torna um exercício de alienação quando não acompanha uma
compreensão contextualizada (Júnior, 2008).

A leitura constitui-se em um dos factores decisivos do estudo e imprescindível em qualquer tipo de


investigação científica. Favorece a obtenção de informações já existentes, poupando o trabalho de
pesquisa de campo ou experimental. (Marconi e Lakatos, 2006).

2.2.1. Tabela 1: Distinção entre dado, informação e conhecimento


Provém da observação simples do estado do mundo; é de fácil obtenção por
Dado
máquinas, estruturação e transferibilidade, frequentemente quantificado
Conjunto de dados relevantes com determinado propósito; requer unidade de
Informação
análise, exige consenso em relação ao significado e medição humana.
Conjunto valioso de informações da mente humana; inclui contexto, reflexão e
Conhecimento síntese, é de difícil obtenção por máquinas, estruturação e transferibilidade,
frequentemente tácito.

Fonte: Adaptado de Davenport (1998) apud Girardi (2009)


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A relação da leitura com a pesquisa está na abertura de um caminho para o mundo do conhecimento.
Logo, observa-se que a leitura como instrumento proporciona melhoria da condição social e humana,
permite uma visão mais crítica para a elaboração do texto que problematiza leitura e pesquisa de
significativa importância para a produção do conhecimento. A leitura possibilita o acesso à informação
e ao conhecimento. (Silva, 2005).

Os resultados evidenciam a importância da leitura para o acesso ao conhecimento. A leitura propicia


modificações substanciais na forma de pensar e de agir das pessoas, a fim de que estas possam, de
forma consciente, intervir no processo de construção e de reconstrução do conhecimento nos diversos
aspectos político, económico, social e cultural. Logo, tem-se a percepção e a constatação de que a
leitura para a pesquisa:
 Possibilita o acesso ao conhecimento;
 Promove uma melhoria da aprendizagem;
 O bibliotecário, neste contexto, tem o papel de mediação das fontes de informação;
 É uma via de inclusão social;
 Promove a ampliação da produção cultural da humanidade. (Maia, 2007).

2.2.2. Como seleccionar o que ler


É evidente que ao nos dirigirmos à biblioteca já teremos em mão um tema relacionado com uma
determinada área da aprendizagem. No entanto, será fundamental que conheçamos a organização dos
livros de estudo na biblioteca e depois que conheçamos a organização dos próprios livros em si.
Assim, há três técnicas entre outras possíveis de ajudar a conhecer um livro, a descobrir o seu interesse
e a tornar mais rentável a sua utilização. As técnicas destacadas pelo autor são: Percorrer o Índice, ler a
Introdução e folhear as páginas. Para o autor “pelo índice é possível ver o essencial da matéria tratada.
(...) Na Introdução, o autor explica as intenções do livro, (...) Folheando o livro pode observar-se a
forma como é apresentada a matéria.” (Estanqueiro, 2001).

Para além dos elementos citados, acrescenta que “devemos ver o nome do autor, o seu Curriculum, a
orelha do livro, a documentação ou as citações ao pé das páginas, a bibliografia, assim como verificar
a editora, a data, a edição e ler rapidamente o prefácio”. No processo de desenvolvimento da leitura é
preciso ter em conta dois passos que são considerados fundamentais para que se efectue uma leitura
efectivamente produtiva. Na primeira leitura, procura-se ter um conhecimento global do texto e, na
segunda, faz-se uma leitura mais aprofundada procurando compreender e assimilar o essencial. (Maia,
2007).
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A primeira etapa da leitura, pode ser designada Ler “por Alto” e a segunda Ler “em Profundidade”. A
primeira consiste em dar uma passagem de olhos pelo seu conteúdo, procurando ter uma visão
panorâmica do terreno a explorar ou seja uma visão geral do assunto “a Ideia Principal”. Nesta
primeira leitura, pode-se fazer a leitura de alguns parágrafos (os iniciais e os do meio e o último
parágrafo). (Ruiz, 1991).

É bom notar que um bom leitor não regista passivamente tudo aquilo o que lê nos livros, mesmo se os
autores lhe merecem toda a confiança. O bom leitor tem de manifestar o seu espírito crítico perante
todo o conteúdo que lê, ele analisa, compreende, interpreta, compara e avalia. Esta prática torna-se
eficaz a partir do momento em que sabemos sublinhar o essencial do texto. O acto de sublinhar as
ideias-chave do texto desperta a atenção, ajuda a captação e facilita as revisões. (Ruiz, 1991).
seleccionar apenas as ideias principais e os detalhes importantes; não se deve sublinhar por ocasião da
primeira linha, reconstruir o parágrafo a partir das palavras sublinhadas, ler o parágrafo sublinhado
com a continuidade e plenitude de sentido de um telegrama; sublinhar com dois traços as palavras-
chave da ideia principal, e com um único traço os pormenores importantes; assinalar com linha
vertical, as margens mais significativas e finalmente assinalar com um ponto de interrogação as
margens dos pontos a discordar. (Ruiz, 1991).

2.2.3. Leitura ou Decodificação


Ainda por meio da leitura é possível encontrar alunos que ler um texto, porém não conseguem
compreender o que leu, diante disso, significa afirmar que dessa forma a leitura não foi concebida,
processada pelo aluno, existiu apenas um processo de decodificação e se ele não soube se posicionar
sobre o tema lido, certamente não entendeu o contexto. Logo se observa que não se entende algo que
não se conhece. (Maia, 2007).

2.2.4. Bons Leitores


Compreende-se que ser leitor é fundamental para o desenvolvimento social do educando, sendo que
contribui para a compreensão da estrutura gramatical e as normas ortográficas da Língua Portuguesa.
Ser leitor é ser capaz de identificar e analisar criticamente os usos da língua como instrumento para
expressar seus sentimentos, ideias e opções. Ler, portanto, pressupõe objetivos bem definidos. E esses
objetivos são do próprio leitor, em cada uma das situações de leitura. São objetivos que vão se
modificando à medida que lemos o texto. Por exemplo, quando pegamos uma revista para ler, num
consultório médico, nosso objetivo pode ser o de apenas passar o tempo. (Rangel & Rojo, 2010).
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Diante dessa afirmação dos autores, a leitura pode mudar o mundo, dependendo do nível de
curiosidade do leitor, que irá reformulando seus próprios objetivos em meio das informações
encontradas. Porém, isso se adquire quando se é estimulado em sala de aula pelos professores. (Ruiz,
1991).

2.2.5. Estratégias de Leitura


Para que haja compreensão de leitura é necessário que se tenha o conhecimento prévio activado. De
certa forma, esse conhecimento ajudará na compreensão de textos como um todo. É necessário criar
situações-problemas que gerem dúvidas instigantes sobre o tema a estudar e permitam que os
estudantes revelem suas concepções por meio de conversas, desenhos e textos próprios. O resultado é
que no momento da leitura eles já terão uma concepção mínima do assunto, diferentes do que tinham
no início dos trabalhos. (Espinoza, 2007).

É válido notar que, ao gerar um conflito, uma discussão sobre um tema do conhecimento do aluno é
bem interessante, pois no momento desse debate, há uma troca de conhecimento bastante favorável aos
educandos. Ainda sobre o processo de estratégias durante a leitura, “Ao lerem um texto, sublinhe as
palavras desconhecidas”. “O resumo, exige a identificação das ideias principais e das relações que o
leitor estabelece entre elas, de acordo com seus objetivos de leitura e conhecimentos prévios”. entende-
se que o resumo é uma tática usada para fazer uma contextualização sobre o texto e o que entendeu do
texto. Para incentivar a realização dessa atividade, professor e alunos devem realizar, coletivamente a
leitura do texto, parágrafo por parágrafo. Após a finalização de cada trecho, o professor procura saber
qual ou quais informações são relevantes (Solé, 2013, p.21).

2.2.6. Leitura Compartilhada


Compartilhar um texto ou um tema abordado para escrever um artigo ou uma redação é bem mais
contagiante para a realizar a produção e até mesmo para desenvolver a aprendizagem, pois, quando se
escuta a opinião de outras pessoas, poder dialogar sobre o assunto em discussão é mais prazeroso para
o leitor, sendo do qual é apontado o modo reflexivo de conseguir demostrar a realidade do hábito de
ler. a leitura feita em voz alta influencia mais as pessoas a terem um prazer maior pelo ato de ler, e
ainda, auxilia o aluno para que leia com fluência, sem gaguejar. É um comportamento social que deve
ser passado de geração a geração e que os mediadores devem usar em sala de aula. (Ferrari, 2005).
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2.2.7. A Leitura é Capaz de Produzir Vários Efeitos


Entende-se que a leitura é um processo de interacção entre o leitor e o texto e para ser realizada e
compreendida a iniciativa tem que partir do leitor é um aprendizado que se conquista simultaneamente.
Apesar de que muitas vezes isso não acontece, pois, ela só é realizada para seguir instruções, para
alcançar alguma finalidade como: ler um manual de instrução, uma receita de bolo. Isso não implica
dizer que é um sistema globalizado. É óbvio que existem sociedades leitoras capazes de preencher seu
momento de lazer com breve leitura. (Ferrari, 2005).

2.2.8. Ler para Escrever


De certa forma, um assunto bem corriqueiro “é preciso ler bem para escrever bem” já que em alguns
casos alunos devoram páginas, mas, a intensidade dessa leitura não deixa marcas para uma boa escrita.
Isso implica dizer que a leitura diária é fundamental sim para o letramento. Para que isso aconteça, a
prática não pode ser um ato descompromissado, ela tem que ter um encadeamento bem definido. Nesta
construção, observamos que os alunos estão preparados em copiar respostas do texto, da qual, de onde
as perguntas foram retiradas, dando seguimento a cópia e não a interpretação crítica daquilo que foi
lido. Nesta consoante, são uns dos problemas vivenciados pela prática da leitura. (Castanheira, 2009).

2.2.9. A avaliação reflexiva da leitura na formação do aprendizado do leitor


A associação entre ler e escrever é uma combinação perfeita no processo da leitura e no aprendizado,
vale ressaltar que o ensino das regras gramaticais favorece o entendimento do leitor ao se deparar com
uma leitura fácil, como também por aquelas apresentadas com caraterísticas mais robustas de
interpretação. Estes suportes são ferramentas para o letramento do individuo durante sua vida escolar.
Nesta consoante de reflexão sobre a sintaxe do ato de ler, na qual este constituem componentes
variáveis como os conhecimentos lexicais, conhecimentos linguísticos, e conhecimentos do mundo,
esses elementos faz com que a atividade da leitura se torne compreensível aos olhos do leitor.

2.2.10. O Procedimento da Leitura na Construção de Leitores Críticos


Uma nova concepção de leitura pressupõe o outro, os outros. Há um componente social no ato de ler.
Lemos para nos conectarmos ao outro que escreveu o texto, para saber o que ele quis dizer, o que quis
significar. Mas lemos também para responder às nossas perguntas, aos nossos objectivos. Nas aulas
tradicionais de leitura, o aluno lê por ler, ou para responder perguntas que o professor saber que o leu.
Em situações sociais, em nossa vida quotidiana, no entanto, lemos para buscar respostas para nossas
perguntas. (Rangel & Rojo, 2010).
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Neste certame, a ideia de formação do leitor crítico é evidenciar um suporte de base para a leitura, na
qual ensejando ações de planejamento das práticas da leitura, construído questões informativas e
didáticas dentro do próprio aprendizado, distribuído pela matriz curriculares das escolas, podemos
dizer que nesse modo, que este processo conseguirá despertar a habitualidade da leitura. O ensino e a
promoção da leitura, compreendida como algo mais que a alfabetização, têm mobilizado atenção e
esforços de diversas forças sociais, entre educadores, agentes sociais, lideranças políticas. Assume-se
francamente que a capacidade de ler e a prática da leitura teriam implicações importantes na
participação social dos indivíduos, contribuindo decididamente para sua maior produtividade,
intervenção política e social, organização da vida prática etc. (Souza, 2009).
Deste modo, é importante frisar, que a escola tem o papel primordial na construção de leitores críticos,
pois, é a partir dela que se constituem os primeiros passos na construção do saber e é dela que se
somam as curiosidades sobre a leitura e seus aspectos politicamente sociais e individuais para o
crescimento do ser humano. (Souza, 2009).

2.2.11. Análise Reflexiva do Ato da Leitura na Formação do Leitor


Como forma de entender as perspectivas estruturais de apreciação sobre a formação crítica do leitor,
vale compreender determinadas análises de acordo com alguns grandiosos autores sobre o aspecto da
leitura. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa
prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A
compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o
texto e o contexto. (Freire, 2003,p. 13).
Desta forma o autor evidencia um dos aspectos iniciais da construção da leitura em salientar a sua
importância diante da compreensão textual relacionada naquele discurso, na qual, a forma de como
arquitetamos primeiramente a leitura do mundo, nas experiências vividas por cada individuo deste a
infância, com as primeiras observações ilustrativas de seu ambiente, até se chegar a um contexto
estruturalizado, de como esse leitor vai entender o texto. (Goldenberg, 1998).
Portanto o ambiente em que o ser humano se habituou, conservam-se grandes vertentes que
influenciam na construção da leitura, na qual este constrói um entendimento particular de leitura do
mundo, de modo a interliga-se na adaptação feita em suas interpretações diante daquele contexto
específico que lhe foi apresentado. (Castanheira, 2009).
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CAPITULO III

3. Conclusão
A ausência do hábito de ler influencia o hábito de investigar, de pesquisar e de reinventar. Desta
forma, conclui-se que é de suma importância a prática da leitura, pois desenvolve ao individuo
aspectos críticos de conscientização e memorização mecânica daquilo que foi lido, e não torná-los
meramente dependentes de textos construindo para simplesmente responder perguntas. O processo da
leitura é trazer para o indivíduo, benefícios e desenvolvimento para sua vida pessoal e profissional,
ensejados pelo processo de comunicação interpessoal da linguística falada, a forma como este escreve
e produz um texto. Em fim, a praticidade da leitura, são aspectos que contribuem na formação
intelectual do ser humano, por isso que sua aplicabilidade inicial nas escolas devem ser implantadas,
pois neste processo podemos conceber formadores de opiniões e leitores críticos.
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4. Referências bibliográficas
 CASTANHEIRA, M.L.; MACIEL, F. I. P.; MARTINS, R. M. F. (2009). Alfabetização e
Letramento na Sala de Aula. 2° ed. Belo Horizonte: Autêntica.

 CASTLE, Marieta. (2005) Ler e reler o mundo – Pátio, revista pedagógica. ArtMed. Fev/abril

 ESPINOZA, Ana Maria. (2007). É preciso ajudar os alunos a entender os textos de ciências. Nova
Escola. ABRIL; São Paulo, dezembro.

 ESTANQUEIRO, A, (2001). Aprender a Estudar, Texto ed. Lisboa.

 FERRARI, Márcio. (2005). Variar textos: a melhor receita para formar leitores. Nova Escola.
ABRIL; São Paulo. Abril.

 FREIRE, Paulo. (2003). A Importância do Ato de Ler. 1° ed. São Paulo: Moderna.

 GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências


Sociais. Rio de Janeiro: Record, 1998.

 MAIA, Joseane. (2007). Literatura na Formação de Leitores e Professores. São Paulo: Paulinas,

 PARREIRAS, Ninfa. (2009). Confusão de Língua na Literatura: O Que o Adulto Escreve, a


Criança Lê. Belo Horizonte.

 RANGEL, E. O.; ROJO, R. H. R. (2010). Língua Portuguesa. Brasília: Ministério da Educação,


Secretaria de Educação Básica, V.19.

 SILVA, Ezequiel Theodoro da. (2005.). O Ato de Ler: Fundamentos Psicológicos para uma Nova
Pedagogia da Leitura. 10 ed. São Paulo: Cortez.

 SOLÉ, Isabel. (1998). Estratégias de leitura. 6.ed. Porto Alegre: ArtMed, p. 41-42.

 SOUZA, Renata Junqueira de. (2009). Biblioteca Escolar e Práticas Educativas: O Mediador em
Formação. Campinas: Mercado das Letras.

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