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Índice
CAPITULO I – INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1.Introdução.............................................................................................................................................4
1.1.Objectivos..........................................................................................................................................4
1.1.1.Geral...............................................................................................................................................4
1.1.2.Específicos......................................................................................................................................4
1.2.Metodologias.....................................................................................................................................4
CAPITULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................5
2.Lírica camoniana..................................................................................................................................5
2.2.Amor é um fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões................................................................6
2.3.Os lusíadas de luís Vaz de Camões...................................................................................................8
2.4.O episódio de Inês de Castro.............................................................................................................9
2.5.Características formais da lírica.........................................................................................................9
CAPITULO III.......................................................................................................................................11
3.Conclusão...........................................................................................................................................11
4.Referências bibliográficas..................................................................................................................12
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CAPITULO I – INTRODUÇÃO
1. Introdução
Neste presente trabalho da disciplina de Literatura Portuguesa e Brasileira, tem como foco “A Lírica
Camoniana”. Este trabalho visa destacar a importância da lírica, explorando seu papel na
compreensão da intenção do falante e do efeito sobre o ouvinte. ”. Camões, o grande poeta português
do século XVI, deixou um legado poético incrível que continua a ser estudado e apreciado hoje. A
lírica camoniana abrange uma variedade de temas, desde o amor até as reflexões filosóficas e as
sátiras sociais. Os sonetos de Camões são especialmente notáveis, como os sonetos amorosos que
exploram as complexidades e as dores do amor. O soneto 65, por exemplo, é um belo exemplo da
habilidade de Camões em expressar emoções profundas em forma poéticas. Há também a influência
do Classicismo na poesia de Camões, evidente em seu uso de formas poéticas fixas, como o soneto, e
na inspiração em autores clássicos, como Virgílio e Petrarca. O épico "Os Lusíadas" é outra obra-
prima de Camões, narrando as viagens dos portugueses e apresentando uma rica mistura de mitologia,
história e simbolismo. Sua habilidade em combinar a forma épica com a lírica é notável. O trabalho é,
estruturalmente, constituído por cinco (3) capítulos tais como: introdução; fundamentação teórica; as
conclusões e referências bibliográficas, respectivamente.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Saber a importância da lírica camoniana;
1.1.2. Específicos
Descrever as características da lírica camoniana;
Falar da história de luz de Vaz Camões.
1.2. Metodologias
Para a realização do trabalho recorreu-se a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões bibliográficas
e pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema em destaque nas
quais vem mencionadas no fim do trabalho.
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Porém, ao lado épico, a lírica camoniana também é uma das mais importantes da língua portuguesa.
Nestas obras, Camões mostra-se ter sabido aproveitar tanto as influências da lírica medieval
(redondilhas) portuguesa como da lírica renascentista (sonetos, oitavas, sextinas, églonas, canções,
elegias), e o teatro popular e clássico (Auro de Filodemo, El-Rei Seleco e Anfitriões).
Falando dos sonetos, os mais perfeitos de quantos produzidos por Camões e dos mais belos da
Língua Portuguesa apresentam pontos em comum naquilo que diz respeito à estética clássica. Em
primeiro lugar, pelo facto de obedecerem ao princípio de imitação, quer dizer, da aceitação de
modelos preexistentes à elaboração da obra de arte, sejam eles escritores greco-latinos, sejam os
quinhentistas que lhes seguiram as pegadas. (Coutinho, 1970).
um poeta nacional de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos
grandes poetas da tradição ocidental.
Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da
pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjectura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida
educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e
modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é
documentada. Frequentou a corte de D. João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-
se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar
uma vida boémia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, autoexilou-se em África,
alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço
e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de
adversidades, foi preso várias vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra
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A Luís de Camões, o Amor trouxe infortúnios e sonetos como este, talvez um dos mais conhecidos
da lírica camoniana. "Amor é um fogo que arde sem se ver" está neste episódio do programa "Voz"
lido pela atriz brasileira Sílvia Pfeifer.
Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na colectânea Rimas, tendo deixado também três
obras de teatro cómico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e
da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser
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reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura
europeia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores e influenciando
gerações de poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um
duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma
referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente
estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido
para várias línguas e tornando-se objecto de uma vasta quantidade de estudos críticos.
Com efeito, vigiado que os clássicos erigiam em faculdade matriz no conhecimento do mundo, o
sentimento ou a emoção contém-se nos limites do equilíbrio e harmonia, que, por seu turno,
constituem outras características da estética clássica presente nos sonetos. Ora, o equilíbrio e a
harmonia conduzem à impressão de absoluto e universalidade. (Monteiro, 1970)
O soneto que a seguir se vai ler, mostra claramente o que acima ficou dito: versos ou temas imitados,
mas misturados com a genialidade do seu autor.
Episódios heroicos, trágicos e gloriosos alternam-se nas vozes de Júpiter, Vênus, Tétis ou
Adamastor. Os Lusíadas contêm 10 cantos, 1.102 estrofes ou instâncias e 8.816 versos. As instâncias
estão organizadas em oitava rima, oito versos com o esquema rítmico abababcc. Os versos são
decassílabos heroicos, com cesura na 6ª e na 10ª sílaba, salvo variantes. Divide-se em três partes:
Introdução, que ocupa as 18 estâncias, reparte-se em Proposição (estâncias 1-3), ou seja, o assunto
do poema “ as armas e os barões assinalados”, “Cantando, espalharei por toda parte”; Invocação
(estâncias 4-5) às Tágides, musas do Rio Tejo; e Oferecimento (estâncias 6-18) ao Rei D. Sebastião,
que subconvenciou a publicação da obra; a Narração (canto I, estâncias 19 – Canto X, estância 144)
e Epílogo (Canto X 145 – 156). A acção do poema é o desenvolvimento do facto heroico. Na obra,
há uma dupla acção histórica e uma ação mitológica. A primeira ação histórica, nós já conversamos
sobre ela: trata-se da narração da viagem de Vasco da Gama à Índia e o seu regresso (1497-1499). A
segunda ação histórica é a exposição da história de Portugal, desde as origens do Condado
Portucalense, feita por Vasco da Gama ao rei de Melinde e por seu irmão, Paulo da Gama, ao catual.
A ação mitológica compreende a luta travada entre Vênus, que protege os portugueses, e Baco, que
os combatia.
que Vênus pede a Júpiter proteção para os portugueses, no canto II. Há, no entanto, outros tipos de
episódio: os líricos. No canto III, instâncias 118-135, temos o episódio de Inês de Castro. No canto
IV, instâncias 88-104, o episódio do Velho do Restelo. No canto V, instâncias 37-61, o episódio do
Gigante Adamastor. No canto IX, instâncias 64-83, o episódio da Ilha dos Amores.
Segundo Moisés (p. 58) assim como, em outras épocas, eram outras as passagens do poema as
preferidas pelos leitores, os episódios mais consagrados pela sensibilidade actual são o de Inês de
Castro (Canto III, 118-135), o do Velho do Restelo (Canto IV, 88-104), o do Gigante Adamastor
(Canto V, 37-61) e o da Ilha dos Amores (Canto IX, 64-83):
A convite, ou aproveitando a oportunidade de vencer parte da distância que o separava da pátria, não
se sabe ao certo, em dezembro de 1567 Camões embarcou na nau de Pedro Barreto para Sofala,
na ilha de Moçambique, onde este havia sido designado governador, e lá esperaria por um transporte
para Lisboa em data futura. Os primeiros biógrafos dizem que Pedro Barreto era traiçoeiro, fazendo
promessas vãs a Camões, de tal modo que, passados dois anos, Diogo do Couto o encontrou em
precária condição, conforme se lê no registo que deixou:
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"Em Moçambique achamos aquele Príncipe dos Poetas de seu tempo, meu matalote e amigo Luís de
Camões, tão pobre que comia de amigos, e, para se embarcar para o reino, lhe ajuntamos toda a
roupa que houve mister, e não faltou quem lhe desse de comer. E aquele inverno que esteve em
Moçambique, acabando de aperfeiçoar as suas Lusíadas para as imprimir, foi escrevendo muito em
um livro, que intitulava Parnaso de Luís de Camões, livro de muita erudição, doutrina e filosofia, o
qual lhe juntaram (roubaram). E nunca pude saber, no reino dele, por muito que inquiri. E foi furto
notável. (Coelho, 1974).
Ao tentar seguir viagem com Couto foi embargado em duzentos cruzados por Barreto, por conta dos
gastos que tivera com o poeta. Os seus amigos, porém, reuniram a quantia e Camões foi libertado,
chegando a Cascais a bordo da nau Santa Clara em 7 de abril de 1570.
Depois de tantas peripécias, finalizou Os Lusíadas, tendo-os apresentado em récita para o rei D.
Sebastião. O rei, ainda um adolescente, determinou que o trabalho fosse publicado em 1572,
concedendo também uma pequena pensão a "Luís de Camões, cavaleiro fidalgo de minha Casa", em
paga pelos serviços prestados na Índia. O valor desta pensão não excedeu os quinze mil réis anuais, o
que se não era grande coisa, também não era tão pouca como se tem sugerido, considerando que as
damas de honra do Paço recebiam cerca de dez mil réis. Para um soldado veterano, a soma deve ter
sido considerada suficiente e honrosa na época. Mas a pensão só deveria se manter por três anos, e
embora a outorga fosse renovável, parece que foi paga de forma irregular, fazendo com que o poeta
passasse por dificuldades materiais. (Buescu, 1997).
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CAPITULO III
3. Conclusão
Em resumo, a lírica camoniana é marcada por uma profunda expressão emocional, uma linguagem
poética refinada e uma reflexão perspicaz sobre os temas universais que continuam a ressoar com os
leitores contemporâneos. Grande parte dos poetas do romantismo não se afastou de todo de Camões.
Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias usaram nas epígrafes versos líricos ou épicos
camonianos. Alvares de Azevedo (1831-1851), no "Poema do Frade" deixa transparecer os moldes
de Camões. Casimira de Abreu (1834-1860) escreveu em Lisboa a sua peça "Camões e o Jau". Em
Junqueira Freire (1832-1855) e em Fagundes Varela (1841-1875) a influência camoniana, se
realmente existe, está muito bem disfarçada, o que não acontece com Castro .Alves (1847-1871). Ele
usava em muito dos seus poemas a oitava-rima, principalmente no final do Navio Negreiro ("cuja
concepção lembra bastante alguns traços de Os Lusíadas>.
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4. Referências bibliográficas
1. Bossi, Alfredo, (1990). História Concisa da Literatura Brasileira. 3ª Ed., São Paulo, Cultrix
Lda, BRASIL, Reis, História da Literatura Portuguesa. Lisboa, Plátano Editora, 1958.
2. Buescu, Helena Carvalhão, (1997). Dicionário do Romantismo Literário Português. Lisboa,
Caminho,
3. Cândido, António, (1959). Formação da Literatura Brasileira. Belo Horizonte, Ed. Italaia
Lda,
4. Coelho, Nelly Novaes, (1974). Literatura e Língua: A Obra Literária e a Expressão
Linguística. Rio de Janeiro, José Olímpio Editora.
5. Coutinho, Afrânio, (1970). A Literatura no Brasil. (vol II), Rio de Janeiro, J.O Editora.
6. Figueiredo, Fidelino, (1966). História Literária de Portugal. São Paulo, Editora Nacional.
7. França, José Augusto, (1971). O romantismo em Portugal. s/l: Livros Horizonte (Vol. I), s/d.
8. Monteiro, A. Casais, (1972). Figuras e Problemas da Literatura Contemporânea. Instituto de
Estudos Brasileiros-USP.
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