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aspectos mais relevantes da comédia
› introduzida em Portugal por Sá de Miranda, no
século XVI, e
› desenvolvida também por Camões.
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retomada da mitologia pagã, da
perfeição estética, da pureza das formas.
“A Antiguidade, os valores greco-romanos
passam a definirem-se como marcos para
os ideais do Bem, da Beleza e da Verdade,
assim grafados em maiúsculas como
essências a serem alcançadas pela
imperfeição humana. A natureza, nesse
quadro, torna-se símbolo da plena
harmonia do Universo e espaço.”
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Com igual sentido de retomada do
mundo clássico, Camões desenvolveu
comédias
› que, no entanto, não se igualaram à sua
reconhecida obra lírica e à grandiosidade
d’Os Lusíadas.
› Essas comédias camonianas foram
denominadas de Autos, mas, ao contrário
dos textos de Gil Vicente, balizaram-se pelas
normas clássicas.
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- Francisco Sá de Miranda nasceu em 1481 e
morreu em 1558.
- Fidalgo, gozava de regalias na Corte, mas
viveu a maior parte de sua vida na quinta, (ou
seja, na fazenda ou sítio = propriedade rural)
de Tapada, no Minho.
“Formado em Direito, deixou a convivência
urbana e refugiou-se no Português rural em
função de incompatibilidades com membros
do governo monárquico.
Passou, então, a criticar a felicidade fácil
advinda do grande comércio, que, segundo ele,
deixava o setor produtivo Desamparado,
além de ser também um crítico das guerras de
colonização (África), dispendiosas e que não
visavam nada mais do que o enriquecimento
da Corte e da Igreja” (SARAIVA; LOPES, 1999
Sá de Miranda - Fonte: apud RODRIGUES, 2013, p. 86-87 ).
http://www.ovilaverdense.com/images/stories/sa%20mira
nda.jpg 8
Dentre suas comédias, destaca-se a peça Os
Estrangeiros. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pv
000004.pdf>.
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escreveu os textos Filodemo; Anfitriões e El-
rei Seleuco.
Reunidas no livro Teatro Completo (2005) -
prefaciadora Theresa Passos. Disponível em:
triplov.com/letras/teresa_ferrer/camoes.htm
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Peças marcadas por “qualidades
humorísticas e sarcasmo social [...] para
fazer uma inclemente crítica social aos
costumes e aos modos de ser da
sociedade do seu tempo” (PASSOS apud
Rodrigues, 2013, p. 93).
Obras da sua juventude, e a crítica
considera que não “chegou a alcançar
o brilho de sua lírica e de sua épica.”
(RODRIGUES, 2013, P. 93)
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Rio de Janeiro, 1705/ Lisboa, 1739
foi um importante nome do teatro português do
século XVIII,
considerado autor de óperas de cunho popular.
Sua obra: de tons cômicos e críticos,
desenvolveu-se numa época de difíceis e
complexas relações em Portugal:
› enquanto na Europa anunciava-se e afirmava-se o
Iluminismo e Liberalismo,
› nas terras portuguesas a Inquisição atravessava os
momentos mais cruentos de sua História, perseguindo
judeus e cristãos-novos.
(RODRIGUES, 2013, p. 93).
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Período de reinado de D. João V, cuja
corte vivia de maneira luxuosa, com
ostentação, alimentando-se “dos
fabulosos lucros do ouro do Brasil. Esta
[aparência de riqueza] ofuscava, na
verdade, as misérias de uma sociedade
desestruturada do ponto de vista social e
economicamente degradada” (CARDOSO,
2008 apud RODRIGUES, 2013, p. 93).
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Em 18 de outubro de 1739, depois de nova e
prolongada prisão e tortura, António José da
Silva foi morto, queimado, como era praxe nas
cerimônias macabras do Santo Ofício.
Entretanto sua obra manteve-se viva e autores
como:
› Gonçalves de Magalhães (António José ou o Poeta
e a Inquisição, de 1836),
› Camilo Castelo Branco (O Judeu, novela histórica
de 1866) e
› Bernardo Santareno (O Judeu, teatro épico de
1966),
› entre outros escritores, que trataram desse autor-
personagem com a atenção e a justiça merecida.
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Em vida do autor foram publicadas, por
Isidoro da Fonseca,
› o Labirinto de Creta (1736),
› as Variedades de Proteu e as Guerras de Alecrim e
› Manjerona, ambas em 1737.
Após a sua morte, o editor Francisco Luís
Ameno, homem culto da Lisboa setecentista,
poeta, conhecedor de línguas e tradutor de
Goldoni e Metastásio, viria a fazer justiça à
grandeza de António José, reunindo, em 1744,
toda a sua obra em dois volumes intitulados
Teatro Cómico Português (CARDOSO, 2008 apud
RODRIGUES, 2013, p. 93).
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RODRIGUES, Inara de Oliveira. Literatura
Comparada III: o teatro de língua
portuguesa (Módulo 5, vol. 4). Ilhéus/BA:
Editus, 2013. p. 25-45
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