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Apresentação da Disciplina
• Teoria da Computação:
❑Carga Horária Total: 68 horas
❑Carga horária Semanal:
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Apresentação da Disciplina
Objetivos
• Fornecer uma visão geral sobre as capacidades e limitações
fundamentais dos computadores e sobre os problemas que podem ou
não ser resolvidos computacionalmente.
• Compreender modelos computacionais, incluindo autômatos e a
máquina de Turing.
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Apresentação da Disciplina
Ementa
• Autômatos e Linguagens Formais, Linguagens regulares.
• Linguagens livres de contexto.
• Modelos computacionais universais, Computabilidade, Máquina de
Turing, Variações da Máquina de Turing.
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Apresentação da Disciplina
Material Didático
Básica:
SIPSER, Michael. Introdução à teoria da computação. 2.ed. São Paulo:
Thomson, 2007.
HOPCROFT, John E ; ULLMAN, Jeffrey D ; MOTWANI, Rajeev. Introdução à
teoria de autômatos, linguagens e computação. São Paulo: Campus, 2002.
LEWIS, Harry R. ; PAPADIMITRIOU, Christos H. Elementos de teoria da
computação. Bookman, 2004.
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Apresentação da Disciplina
Material Didático
Complementar:
DIVERIO, Tiaraju Asmuz; MENEZES, Paulo Fernando Blauth. Teoria da
computação: máquinas universais e computabilidade. Bookman, 2008.
MENEZES, Paulo Fernando Blauth. Linguagens formais e autômatos.
Bookman, 1999.
BROOKSHEAR, J. Glenn ; PIVETA, Eduardo Kessler. Ciência da computação :
uma visão abrangente. Porto Alegre: Bookman, 2013.
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Apresentação da Disciplina
Metodologia e Avaliação
Metodologia
• Aulas expositivas;
• Resolução de exercícios;
• Atividades individuais e coletivas.
Avaliação
• Prova escrita MP = ((P1+P2)/2);
• EXTRA: Frequência, participação em aula (FP) e realização das
atividades.
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INTRODUÇÃO À TEORIA DA
COMPUTAÇÃO
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Por que estudar Teoria da Computação?
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Teoria da Complexidade
• Comparações entre o tempo de fatoração de números com muitos algarismos em
seus fatores primos, de tamanhos diferentes, quando realizadas pelos
computadores atuais e por algoritmos quânticos1.
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Teoria da Complexidade
• o Frontier é o computador mais poderoso do mundo em
2023, com um poder de processamento de mais de 1,5
exaflops. Sua combinação única de processadores de
CPU e GPU e sua capacidade de usar IA o tornam
capaz de realizar cálculos complexos em uma variedade
de áreas. A competição por esse título continuará a
crescer à medida que a computação de alto
desempenho se torna cada vez mais importante. Esses
números tornam o Frontier a primeira máquina
efetivamente exascale da história (mais de 1,5 exaflops)
— já que é capaz de executar a marca de um
quintilhão* de cálculos por segundo.
* O número 1 000 000 000 000 000 000 = 1018, denominado trilião ou quintilhão, é o número natural que corresponde
à designação de "um milhão de milhões de milhões
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Teoria da Complexidade
• Pode-se demonstrar, com um método, uma maneira de evidenciar de
que certos problemas são computacionalmente difíceis.
• Quando você se depara com um problema que parece ser
computacionalmente difícil, você pode:
➢Primeiro, dependendo do aspecto do problema, você pode ser capaz de alterá-lo de
modo que o problema seja mais facilmente solúvel.
➢Segundo, você pode ser capaz de se contentar com menos que uma solução perfeita.
➢Terceiro, alguns problemas são difíceis somente na situação do pior caso, porém fáceis
na maior parte do tempo. Dependendo da aplicação, você pode ficar satisfeito com um
procedimento que ocasionalmente é lento mas resolve.
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➢Finalmente, você pode considerar tipos alternativos de computação.
Teoria da Complexidade
• Na maioria das áreas, um problema computacional fácil é
preferível a um difícil porque os fáceis são mais baratos de
resolver.
• Criptografia é incomum porque ela especificamente requer
problemas computacionais que sejam difíceis, ao invés de
fáceis, porque códigos secretos têm que ser difíceis de quebrar
sem a chave ou senha secreta.
• A teoria da complexidade tem mostrado aos criptógrafos o
caminho dos problemas computacionalmente difíceis em torno
dos quais eles têm projetado novos códigos revolucionários. 17
Teoria da Computabilidade
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NOÇÕES E TERMINOLOGIA MATEMÁTICAS
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Noções e Terminologias Matemáticas
• Conjuntos
• Sequências e Uplas
• Funções e Relações
• Grafos
• Cadeias e Linguagens
• Lógica Booleana
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Noções e Terminologias Matemáticas
• Conjuntos
• Sequências e Uplas
• Funções e Relações
• Grafos
• Cadeias e Linguagens
• Lógica Booleana
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Conjuntos
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Conjuntos
• Descrição de conjuntos:
➢Listar elementos entre chaves: {λ, 30, @, {𝑎𝑏𝑎, 𝑏𝑏}}
➢Descrever com uma regra: 𝑛 𝑛 = 𝑚2 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚 𝑚 ∈ 𝑁}
➢Usando diagrama de Venn:
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Conjuntos
• Descrição de conjuntos:
➢A ordem de descrever um conjunto não importa, nem a repetição de seus membros.
{ 57, 7, 7, 7, 21 } = { 57, 7, 21 }.
➢Se desejamos levar em consideração o numero de ocorrências de membros chamamos
o grupo um multiconjunto ao invés de um conjunto. Logo { 7 } e { 7, 7 } são diferentes
como multiconjunto mas idênticos como conjuntos.
1. Pertinência:
• Pertence a: 𝛼 ∈ {𝛼, 𝑏, 0}
• Não pertence a: 1 ∉ {𝛼, 𝑏, 0}
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Conjuntos
Relações e Operações sobre Conjuntos
2. Inclusão:
• É subconjunto: {1,18} ⊂ {1,2,18}
• Não é subconjunto: {1,19} ⊄ {1,2,18}
• É superconjunto : {1,2,18} ⊃ {1,18}
• Não é superconjunto: {1,2,18} ⊉ {1,10}
• É subconjunto: {1,2,18} ⊆ {1,2,18}
• Não é subconjunto: {1,3,19} ⊈ {1,2,18}
• É superconjunto: {1,2,18} ⊇ {1,2,18}
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• União: 1 ∪ 𝑞, 𝑤 = {1, 𝑞, 𝑤}
• Interseção: 1, 𝑞, 𝑤 ∩ 𝑞, 𝑤 = {𝑞, 𝑤}
• Complementar: 𝐴ҧ
• Diferença: 1, 2, 3 − 1 = {2, 3} ou 1, 2, 3 \ 1 = {2, 3}
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Conjuntos – Exercício
Examine as descrições formais de conjuntos abaixo de modo que você
entenda quais membros eles contem. Escreva uma descrição informal
breve em português de cada conjunto.
1. {1, 3, 5, 7, … }
2. {… , −4, −2, 0, 2, 4, … }
3. 𝑛 𝑛 = 2𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚 𝑚 ∈ ℕ}
4. 𝑛 𝑛 = 3𝑘 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚 𝑘 ∈ ℕ}
5. 𝑛 é 𝑢𝑚 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑒 𝑛 = 𝑛 + 1}
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Conjuntos – Exercício
Escreva descrições formais dos seguinte conjuntos:
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Conjuntos – Exercício
Seja 𝐴 = {𝑥, 𝑦, 𝑧} e 𝐵 = {𝑥, 𝑦}:
1. A é um subconjunto de B?
2. B é subconjunto de A?
3. Quem é A∪B ?
4. Quem é A∩B ?
5. Quem é o complementar de A em relação a B?
6. Quem é o complementar de B em relação a A?. 34
Sequências e Uplas
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Sequências e Uplas
Exemplos:
• A sequência 7, 21, 57 pode ser escrita como uma k-upla
• (7, 21, 57) com 𝑘 = 3, ou seja 3 − 𝑢𝑝𝑙𝑎.
• (7, 21, 57) não é o mesmo que (7, 57, 21), e ambas são diferentes
de (7, 7, 21, 57).
• {7, 21, 57} é idêntico a {7, 7, 21, 57}.
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Sequências e Uplas
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Sequências e Uplas
Exemplos:
Seja 𝐵 = {0, 1}
• O conjunto das partes de B é o conjunto {∅, 0 , 1 , {0, 1}}.
• O conjunto de todos os pares cujos elementos são 0s e 1s é
{ 0,0 , 0,1 , 1,0 , (1,1)}.
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Sequências e Uplas
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Sequências e Uplas
Exemplos:
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Funções e Relações
• Uma função ou mapeamento é um objeto que estabelece um
relacionamento entrada-saída.
• É um procedimento para computar uma saída a partir de uma
entrada especificada.
• Se f é uma função cujo valor de saída é b quando o valor de
entrada é a, escrevemos f(a) = b, onde f mapeia a para b.
• O conjunto das possíveis entradas para a função é chamado
domínio. As saídas da função vêm de um conjunto chamado
contradomínio. 41
Funções e Relações
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Funções e Relações
Exemplos:
• Função do valor absoluto: 𝑎𝑏𝑠 2 = 2 e 𝑎𝑏𝑠 −2 = 2.
• Na função 𝑎𝑏𝑠, se o domínio e o contradomínio é o conjunto ℤ, então
𝑎𝑏𝑠: ℤ → ℤ.
• Função da adição: 𝑎𝑑𝑑 2,3 = 5 e 𝑎𝑑𝑑 0, −2 = −2
• Na função 𝑎𝑑𝑑, o domínio é o conjunto de pares de inteiros ℤ𝑥ℤ e o
contradomínio é ℤ, então 𝑎𝑑𝑑: ℤ𝑥ℤ → ℤ.
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Funções e Relações
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Funções e Relações
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Funções e Relações
Exemplo:
• Em um jogo infantil chamado Tesoura–Papel–Pedra, os dois jogadores escolhem simultaneamente
um membro do conjunto { TESOURA, PAPEL, PEDRA } e indicam suas escolhas com sinais de mão.
Se as duas escolhas são iguais, o jogo começa. Se as escolhas diferem, um jogador vence,
conforme a relação bate.
Dessa tabela determinamos que TESOURA bate PAPEL é VERDADEIRO e que PAPEL bate TESOURA
é FALSO. 46
Funções e Relações
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Grafos
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Grafos
Exemplos:
• Na figura, o 𝐺 = (𝑉, 𝐸) tem 𝑉 = {𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷} e
𝐸 = { 𝐴, 𝐵 , 𝐴, 𝐶 , 𝐵, 𝐷 , (𝐶, 𝐷)}.
estradas que as conectam, ou nós podem ser componentes elétricas e arestas os fios entre elas
Grafos
Exemplos:
• Seja
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Grafos
Definições:
• Um caminho em um grafo é uma sequência de nós conectados por
arestas.
• Um caminho simples é um caminho que não repete nenhum nó.
• Um grafo é conexo se cada dois nós têm um caminho entre eles.
• Um caminho é um ciclo se ele começa e termina no mesmo nó
• Um ciclo simples é aquele que contém pelo menos três nós e repete
somente o primeiro e último nós.
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Grafos
Definições:
• Árvore é um grafo conexo sem ciclos.
• Raiz é o nó de origem da árvore
• Os nós de grau 1 em uma árvore, exceto a raiz, são chamados as folhas da
árvore.
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Grafos
Definições:
• Um grafo com “setas” ao invés de linhas é um grafo direcionado.
• O número de setas apontando para um dado nó representa o grau de entrada.
• O número de setas apontando a partir de um dado nó representa o grau de saída.
• Um grafo no qual todas as setas apontam na mesma direção de seus passos é chamado um
caminho direcionado.
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Grafos
Exemplos:
• Σ1 = 0, 1 .
• Σ2 = 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑒, 𝑓, 𝑔, ℎ, 𝑖, 𝑗, 𝑘, 𝑙, 𝑚, 𝑛, 𝑜, 𝑝, 𝑞, 𝑟, 𝑠, 𝑡, 𝑢, 𝑣, 𝑤, 𝑥, 𝑦, 𝑧 .
• Γ = 0, 1, 𝑥, 𝑦, 𝑧 .
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Cadeias e Linguagens
• Uma cadeia sobre um alfabeto (palavra) é uma sequência de símbolos
daquele alfabeto, usualmente escrito um seguido do outro e não separados
por vírgulas.
• O comprimento de uma cadeia é o número de símbolos que ela contém.
Se 𝑤 é uma cadeia, então seu comprimento é representado por 𝑤 .
• Uma cadeia vazia é uma cadeia de comprimento zero, e é representada
por 𝜀 (Épsilon). Uma cadeia sem símbolos é uma cadeia válida.
• O reverso de uma cadeia é essa cadeia escrita na ordem inversa, é
representado por 𝑤 𝑅
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Cadeias e Linguagens
Exemplos:
• Σ1 = 0, 1 pode gerar a cadeia 𝑤 = 01001.
• O comprimento de 𝑤 é 5, isto é, 𝑤 = 5
• 𝑤 𝑅 = 10010
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Cadeias e Linguagens
• A cadeia 𝑧 é uma subcadeia de 𝑤 se 𝑧 aparece consecutivamente dentro
de 𝑤. Por exemplo, cad é uma subcadeia de abracadabra.
• Se temos a cadeia 𝑥 de comprimento 𝑚 e a cadeia 𝑦 de comprimento 𝑛, a
concatenação de 𝑥 e 𝑦, é escrito x𝑦. Ao concatenar uma cadeia em si
própria podemos usar notação de expoente.
• A ordenação lexicográfica de cadeias é a mesma que a ordenação
familiar do dicionário, exceto que cadeias mais curtas precedem cadeias
mais longas. Por exemplo, a ordenação lexicográfica de todas as cadeias
sobre o alfabeto { 0,1 } é: (ε, 0, 1, 00, 01, 10, 11, 000, . . .).
• Uma linguagem é um conjunto de cadeias. 61
Cadeias e Linguagens
Exemplos:
• 𝑤 = 01001 é uma cadeia, e 𝑧 = 100 é a subcadeia de 𝑤.
• Se 𝑦 = 𝑐𝑐𝑐𝑑𝑎 é uma cadeia, então 𝑧𝑦 = 100𝑐𝑐𝑐𝑑𝑎 é uma cadeia
concatenada.
• 𝑤1 = 𝑎𝑎𝑎 e 𝑤2 = 𝑎𝑎, então 𝑤1 + 𝑤2 = 𝑎5 .
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Cadeias e Linguagens
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Cadeias e Linguagens
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Cadeias e Linguagens
Exemplos:
• Se Σ = {𝑎, 𝑏}, então Σ ∗ = 𝜀, 𝑎, 𝑏, 𝑎𝑎, 𝑎𝑏, 𝑏𝑎, 𝑏𝑏, 𝑎𝑎𝑎, ⋯ .
• Σ + = 𝑎, 𝑏, 𝑎𝑎, 𝑎𝑏, 𝑏𝑎, 𝑏𝑏, 𝑎𝑎𝑎, ⋯ .
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Lógica Booleana
• Lógica booleana é um sistema matemático construído em torno de dois
valores: verdadeiro e falso.
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Lógica Booleana
• A operação de ou exclusivo ou XOR é designada por ⊕ (oplus). Se
entre dois operadores um deles for igual a 1, então o resultado é 1.
• A operação de igualdade, escrita com o símbolo ↔, é 1 se o seus
dois operandos são iguais.
• A operação de implicação, escrita com o símbolo →, é 0 se seu
primeiro operando é 1 e se seu segundo operando é 0; caso
contrário é 1.
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Lógica Booleana
Exemplos:
• 0⊕0 = 0, 0⊕1 = 1, 1⊕0 = 1 e 1⊕1 = 0
• 0↔0 = 1, 0↔1 = 0, 1↔0 = 0 e 1↔1 = 1
• 0→0 = 1, 0→1 = 1, 1→0 = 0 e 1→1 = 1
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Lógica Booleana
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Lógica Booleana
• Proposição ou sentença é toda declaração que pode ser classificada
como Verdadeira ou falsa.
• Tal declaração deve conter sujeito e predicado, ter apenas um entre
os dois valores lógicos e ser declarativa (não ser exclamativa nem
interrogativa).
Exemplos:
➢Nove é diferente de cinco. (9 ≠ 5)
➢Três é divisor de onze. (3|11)
➢Dois é um número inteiro. (2 ∈ ℤ) 71
Lógica Booleana
• Sentenças abertas são sentenças que contêm variáveis e cujo valor
lógico (Verdadeira ou falsa) vai depender do valor atribuído à
variável.
• Há duas maneiras de transformar sentenças abertas em proposições:
(i) atribuir valor às variáveis; e (ii) utilizar quantificadores;
• O quantificador universal é indicado pelo símbolo ∀ e lido como
"qualquer que seja", "para todo", "para cada".
• O quantificador existencial é indicado pelo símbolo ∃ e lido como
"existe", "existe pelo menos um", "existe um". 72
Lógica Booleana
Exemplos:
•x+1=7
• (∀x)(x +1 = 7), "qualquer que seja x, temos x +1 = 7"
• (∃x)(x +1 = 7), "existe um número x, tal que x +1 = 7"
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Lógica Booleana
• Uma sentença quantificada com um quantificador universal, do tipo
(∀x)(p(x)), é negada substituindo-se o quantificador pelo existencial
e negando-se p(x), ou seja, (∃x)(¬p(x)).
• Uma sentença quantificada com um quantificador existencial, do tipo
(∃x)(p(x)), é negada substituindo-se o quantificador pelo universal e
negando-se p(x), ou seja, (∀x)(¬p(x)).
Exemplos:
➢Sentença: (∀𝑥)(𝑥 + 3 = 5); negação: (∃𝑥)(𝑥 + 3 ≠ 5)
➢Sentença: (∃𝑥)(𝑥 + 1 = 7); negação: (∀𝑥)(𝑥 + 1 ≠ 7) 74
DEFINIÇÕES, TEOREMAS E
PROVAS
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Definições, Teoremas e Provas
• Definições descrevem os objetos e noções que usamos. Precisão é
essencial. É preciso deixar claro o que constitui o objeto e o que não
constitui.
• Após termos definido vários objetos e noções, usualmente fazemos
enunciados matemáticos sobre eles para expressar suas propriedades.
Exemplos:
➢Definição: Um inteiro é considerado par se é divisível por 2.
➢Enunciado: Para todo grafo G, a soma dos graus de todos os nós em
G é um número par. 76
Definições, Teoremas e Provas
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Definições, Teoremas e Provas
• Uma prova é uma argumentação que mostra, de maneira indiscutível,
que uma afirmação é verdadeira. É convincente em um sentido
absoluto.
• A ´única maneira de determinar a veracidade ou a falsidade de um
enunciado matemático é com uma prova matemática.
• Tipos mais frequentes de enunciados ocorrem na forma “P se e
somente se Q” (P sse Q) ou P↔Q, que significa um enunciado de duas
partes:
➢Direção de ida: “P somente se Q” ou P → Q
➢Direção reversa: “P se Q” ou P ← Q
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Definições, Teoremas e Provas
• Um outro tipo de enunciado de múltiplas partes afirma que dois
conjuntos A e B são iguais. Para provar que dois conjuntos são iguais,
demonstre que todos os membros de um também é um membro do
outro.
• Experimentar com exemplos é especialmente útil. Se o enunciado diz
que todos os objetos de um certo tipo têm uma propriedade
específica, escolha uns poucos objetos daquele tipo e observe que
eles na realidade têm mesmo aquela propriedade.
• Contra-exemplos são usados para demonstrar que algum objeto rompe 80
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Definições, Teoremas e Provas
Como provar??
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Definições, Teoremas e Provas
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Definições, Teoremas e Provas
Dicas para se produzir uma prova:
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Definições, Teoremas e Provas
Exemplo 2: Provar uma das leis de DeMorgan: "para quaisquer dois
conjuntos 𝐴 e 𝐵, 𝐴 ∪ 𝐵 = 𝐴ҧ ∩ 𝐵”.
ത
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Definições, Teoremas e Provas
Tipos de provas:
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Definições, Teoremas e Provas
Tipos de provas:
1. Prova por construção: Para teoremas que enunciam que
um objeto existe, demonstramos como construir esse objeto.
2. Prova por contradição: Assumimos que o teorema é falso e
mostramos que essa suposição leva a uma consequência
falsa.
3. Prova por indução: Demonstra que o teorema é correto
em todos os passos ou para todas as entradas. 90
Tipos de Provas: Prova por construção
Exemplo 3: Para cada número par 𝑛 maior que 2, existe um
grafo 3-regular com 𝑛 nós.
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Tipos de Provas: Prova por construção
Exemplo 3: Para cada número par 𝑛 maior que 2, existe um
grafo 3-regular com 𝑛 nós.
• Seja 𝑛 > 2. Construa o grafo 𝐺 = (𝑉, 𝐸), com 𝑉 = 𝑛 nós. Seja 𝑉 =
0, 1, ⋯ , 𝑛 − 1 , e 𝐸 = 𝑖, 𝑖 + 1 0 ≤ 𝑖 ≤ 𝑛 − 2} ∪ {{𝑛 − 1, 0}} ∪
𝑛
{{𝑖, 𝑖 + 𝑛/2}| 0 ≤ 𝑖 ≤ − 1} . Desenhe os nós desse grafo escritos
2
consecutivamente ao redor da circunferência de um círculo. Nesse caso, as
arestas descritas na linha superior de E ligam pares adjacentes ao longo
do círculo. As arestas descritas na linha inferior de E ligam nós em lados
opostos do círculo. Dessa forma fica demonstrado que todo nó em G tem
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grau 3.
Tipos de Provas: Prova por contradição
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Tipos de Provas: Prova por contradição
Exemplo 4: 2 é irracional.
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Tipos de Provas: Prova por contradição
Exemplo 4: 2 é irracional.
(Parte 2): Agora, pelo menos um, dentre 𝑚 e 𝑛, não é par. Multiplicamos
ambos os lados por 𝑛 e obtemos 𝑛 2 = 𝑚. Elevando ambos os lados ao
quadrado temos 2𝑛2 = 𝑚2 . Em virtude de 𝑚2 ser 2 vezes o inteiro 𝑛2 ,
sabemos que 𝑚2 é par. Assim, 𝑚 também é par, pois o quadrado de um
número ímpar é sempre ímpar. Portanto, podemos escrever 𝑚 = 2𝑘 para
algum inteiro 𝑘. Então, substituindo 𝑚 por 2𝑘, obtemos 2𝑛2 = (2𝑘)2 = 4𝑘 2 .
Dividindo ambos os lados por 2 obtemos 𝑛2 = 2𝑘 2 . Mas esse resultado
mostra que 𝑛2 é par e, assim, 𝑛 é par. Dessa forma, estabelecemos que
tanto 𝑚 quanto 𝑛 são pares. Mas tínhamos reduzido 𝑚 e 𝑛 de modo que
não fossem pares, o que é uma contradição. 96
Tipos de Provas: Prova por indução
• Na linguagem usual, indução se refere à extração de conclusões gerais ao
se examinar vários fatos particulares.
• Prova por indução é um método avançado usado para mostrar que todos
os elementos de um conjunto infinito têm uma propriedade especificada.
• Usamos rotineiramente para mostrar que um programa funciona
corretamente em todos os passos ou para todas as entradas.
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Tipos de Provas: Prova por indução
• Toda prova por indução consiste de duas partes, o passo da indução e a
base.
• Prova por indução = Base de indução (B.I) + passo de indução (P.I.)
• Passo de indução começa com uma hipótese de indução (H.I.)
• Base de indução: P(1) é verdadeira
• Passo de indução:
➢Hipótese de indução: Supor que 𝑃(𝑖) é verdadeira, ∀𝑖 ≥ 1.
➢Passo: Se 𝑃(𝑖) é verdadeiro, provar que 𝑃(𝑖 + 1) é verdadeiro.
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Tipos de Provas: Prova por indução
Exemplo 5: Provar por indução a correção da fórmula usada para calcular
as prestações mensais da casa própria. Ao comprar uma casa, muitas
pessoas tomam algum dinheiro emprestado (financiamento) e o pagam
durante alguns anos. Uma quantidade fixa é paga a cada mês para cobrir
os juros, assim como uma parte do montante original.
𝑡
𝑡
𝑀 −1
𝑃𝑡 = 𝑃𝑀 − 𝑌 , ∀𝑡 ≥ 0
𝑀−1
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Tipos de Provas: Prova por indução
Exemplo 5: Provar por indução a correção da fórmula usada para calcular
as prestações mensais da casa própria. Ao comprar uma casa, muitas
pessoas tomam algum dinheiro emprestado (financiamento) e o pagam
durante alguns anos. Uma quantidade fixa é paga a cada mês para cobrir
os juros, assim como uma parte do montante original.
Passos da solução
• Nomes e significados das variáveis
• Acontecimento mês a mês
• Prova
100
Tipos de Provas: Prova por indução
Passos da solução
• Nomes e significados das variáveis:
➢P: principal (montante do empréstimo)
➢I: taxa de juros anual (I = 6% = 0.06)
➢Y : pagamento mensal
𝐼
➢M: multiplicador mensal (taxa de mudança do valor mensal) sendo 𝑀 = 1 + .
12
• Acontecimento mês a mês:
(a) Montante do empréstimo (P) cresce devido ao multiplicador mensal (M)
(b) Montante (P) tende a diminuir devido ao pagamento mensal (Y )
• Prova 101
Tipos de Provas: Prova por indução
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Tipos de Provas: Prova por indução
Distribuindo 𝑀 e reescrevendo 𝑌 temos:
𝑘−1
𝑀 𝑀−1
𝑃𝑘+1 = 𝑃𝑀𝑘+1 − 𝑌𝑀 −𝑌
𝑀−1 𝑀−1
Logo,
(𝑀𝑘+1 −𝑀) 𝑀−1
𝑃𝑘+1 = 𝑃𝑀𝑘+1 − 𝑌 𝑀−1 −𝑌 𝑀−1
𝑀 𝑘+1 − 𝑀 + 𝑀 − 1
= 𝑃𝑀𝑘+1 − 𝑌
𝑀−1
𝑘+1 − 1
𝑀
= 𝑃𝑀𝑘+1 − 𝑌
𝑀−1
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107
Tipos de Provas: Prova por indução
Exercícios:
2. Encontre o erro na seguinte prova de que 2 = 1.
Considere a equação 𝑎 = 𝑏. Multiplique ambos os lados por 𝑎 para obter
𝑎2 = 𝑎𝑏. Subtraia 𝑏 2 de ambos os lados para obter 𝑎2 − 𝑏 2 = 𝑎𝑏 − 𝑏 2 .
Agora fatore cada lado, 𝑎 + 𝑏 𝑎 − 𝑏 = 𝑏(𝑎 − 𝑏), e divida cada lado por
(𝑎 − 𝑏), para chegar em 𝑎 + 𝑏 = 𝑏. Finalmente, faça 𝑎 e 𝑏 b iguais a 1, o
que mostra que 2 = 1.
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