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Nordine Taria
Quelimane
2022
Cesarina Pinto Camacho
Nordine Taria
Quelimane
2022
Sumário
1. Introdução..............................................................................................................................3
1.3. Metodologia........................................................................................................................3
2. Conceito básico......................................................................................................................4
3. Conclusão.............................................................................................................................13
4. Bibliografia..........................................................................................................................14
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1. Introdução
1.3. Metodologia
2. Conceito básico
No cerne dessa questão, Demo (2016) e Colombo e Berbel (2007) defendem um dos
métodos mais importantes para a aprendizagem: a problematização. A problematização
permite ao aluno a movimentação do pensamento, a interlocução sobre o que já foi aprendido
com algo novo, que está sendo construído. Uma ou umas respostas à problematização
instaurada não concebe(m) somente o entendimento da informação; para dar conta do seu
entendimento, se faz necessário o processo reflexivo.
Essa etapa foi contemplada em três encontros, em cada serviço de saúde mental,
caracterizando-se pelo primeiro contato dos profissionais com a realidade que vivenciam
diariamente, visando identificar as potencialidades e desafios dos profissionais, entraves do
serviço e, em especial, os problemas que, prioritariamente, precisavam ser discutidos no
decorrer da pesquisa, seguindo as demais etapas do Arco de Maguerez.
Vale destacar que muitos dos problemas levantados não eram da governabilidade
dos profissionais dos serviços, sendo a maioria, relativas a esferas gestoras e, portanto, não
aplicáveis diante da natureza da investigação proposta. Foi um momento importante da
investigação, no sentido de elucidar os participantes quanto o que e como alcançar resultados,
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visto que a última etapa do AM se relaciona a aplicação das ações discutidas voltadas à
realidade em que os desdobramentos das reflexões não dependeriam diretamente das ações
dos participantes.
Uma vez definido o problema, iniciou-se esta etapa com o objetivo de levantar os
pontos chaves relacionando seus possíveis fatores e maiores determinantes, a fim de
compreender a complexidade e a multideterminação que seria estudada em profundidade
durante a próxima etapa do AM, relativa à teorização (Colombo & Berbel, 2007).
Neste foco, o encontro grupal foi permeado por técnicas mobilizadoras e reflexivas
acerca do funcionamento dos membros da equipe e da dinâmica da equipe no serviço,
enquanto processo de integração e articulação do trabalho, discutindo também a
responsabilização individual e coletiva para a existência do problema.
É a fase de se construir respostas mais elaboradas para o problema, sendo que, todo
estudo, até esta etapa, serve de base para a transformação da realidade (Colombo & Berbel,
2007). Para tanto foram propostas diversas estratégias, considerando que o processo de
construção de conhecimento e busca de informações deve partir dos participantes, como
prevê a metodologia do Arco de Maguerez.
É interessante destacar que no serviço, onde não foi apresentado o vídeo que se
discutia a coresponsabilidade de cada um no problema vivido por todos, os participantes
tenderam a planejar ações que fossem executadas tão somente por pessoas ou instituições
alheias a equipe de trabalho, como as esferas gestoras da Secretaria Municipal de Saúde.
Neste caso, foi necessário planejar outro encontro para que fossem pensadas ações factíveis
pelo próprio grupo.
Esta fase volta-se para a aplicação das hipóteses de solução à realidade, em que as
decisões são executadas na prática, num movimento contínuo de retorno do estudo ao
contexto investigado, e de intervenção de forma concreta.
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Dentro dessa perspectiva, a professora Neuzi Berbel, desde a década de 1990, tem se
debruçado sobre a temática buscando promover uma educação problematizadora e
transformadora na área educacional. Para Soares (2021), a configuração do método utilizado
por Neuzi Berbel se dá por meio da adaptação/reinterpretação do arco feita por Bordenave e
Pereira e mantém os princípios propostos por Maguerez. Dentre esses, a participação ativa
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dos envolvidos e o diálogo constante entre eles visando responder ao desafio da resolução de
problemas.
Baseado no exposto, este trabalho tem como objetivo analisar o conhecimento dos
professores de escolas municipais sobre a metodologia da problematização com o Arco de
Maguerez, além de verificar o interesse docente em participar de formação continuada sobre
o tema.
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3. Conclusão
Assim, utilizar o AM como estratégia para coleta de dados, foi uma experiência
exitosa, pois além de permitir a participação ativa dos profissionais no decorrer do estudo,
possibilitou a tomada de consciência das suas situações conflituosas, condição facilitadora
para o enfrentamento das dificuldades, em particular, neste tipo de condução metodológica de
pesquisa.
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4. Bibliografia
Gaskell, G. (2002). Entrevistas individuais e grupais. In: Gaskell, G., Bauer, M. W. (Org.).
Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático (pp. 64-89.). Petrópolis: Vozes.
Meira, R.C. (2003). As ferramentas para a melhoria da qualidade. Porto Alegre: SEBRAE