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Tutora:
Msc: Teresa Navalha
1. Introdução ........................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 5
1.1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................. 5
1.1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................. 5
1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 5
2.1.1. Filosofia política ........................................................................................................... 6
2.1.1.1.. Origem do Estado em Platão .................................................................................... 6
2.1.1.2. Comunismo/idealismo ............................................................................................... 6
2.1.1.3. Classes sociais............................................................................................................ 6
2.1.1.4. Formas de governo..................................................................................................... 7
2.1.2. Filosofia Politica em Aristóteles ................................................................................... 7
2.1.2.1. Origem do Estado ...................................................................................................... 7
2.1.2.2. Formas de governo..................................................................................................... 8
2.2. Filosofia Politica na idade média: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. ............... 8
2.2.1. Santo Agostinho ............................................................................................................ 9
2.2.2. São Tomás de Aquino ................................................................................................. 10
2.3. Filosofia política na idade média: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. .............. 10
2.3.1. Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) .............................................................................. 11
2.3.2. Thomas Hobbes (1588 – 1679) ................................................................................... 12
2.3.3. John Locke (1632-1704) ............................................................................................. 13
2.3.4. Charles de Montesquieu (1689 – 1755) ...................................................................... 14
2.3.5. Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778)........................................................................ 15
2.4. Filosofia Politica na Idade Contemporânea ................................................................. 16
2.4.1. John Rawls .................................................................................................................. 16
2.4.2. Karl Popper (1902-1994) ............................................................................................ 17
3. Conclusão.......................................................................................................................... 20
4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 21
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas. Que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se
do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto
que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o mesmo.
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2. Relação entre Filosofia e Política
O pensamento politico de Platão (428-347 a. C.) esta contido sobretudo nas obras A
Republica e o Politico e as leis. Era ateniense, provinha de uma família aristocrática e tinha
um grande fascínio pela política. Platão imaginava uma cidade (que não existe), mas que deve
ser o modelo de todas as cidades terrenas: é a cidade ideal.
Segundo Platão O bom governo depende de virtude dos bons governantes. Em Platão,
há a considerar quatro abordagens: a origem do Estado, comunismo/idealismo, a questão das
classes sociais e as formas de governo
2.1.1.2. Comunismo/idealismo
Em A Republica, Platão imagina que todas as crianças devem ser criadas pelo Estado e
que até aos vinte anos de idade devem receber a mesma educação. Nessa altura, ocorre o
primeiro corte e definem-se as pessoas que, por possuírem “alma de bronze”, tem uma
sensibilidade grosseira e por isso devem dedicar-se à agricultura, ao artesanato e ao comércio.
Os outros prosseguem aos estudos durante mais dez anos, momento em que acontece um
segundo corte. Os que tem “alma de prata” dedicar-se-ão à defesa da cidade. Conhecerão,
então, a filosofia, que eleva a alma ate ao conhecimento mais puro e que é a de fonte da
verdade. Aos cinquenta anos, aqueles que passaram com sucesso por essa serie de provas
estarão aptos a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados. Como são os mais sábios,
também serão os mais justos, uma vez que justo é aquele que conhece justiça, a justiça
constitui a principal virtude, a condição das outras virtudes.
A partir do comunismo de Platão podemos antever a sua organização social. Ele parte
do princípio de que os homens são diferentes e que, portanto, deverão ocupar lugares e
funções diferentes na sociedade. Dependendo do metal da alma de cada um, a sociedade
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organiza-se em três classes: trabalhadores (camponeses, artesão e comerciantes), soldados e
magistrados (governantes). Os trabalhadores deverão garantir a subsistência da cidade; os
soldados, a sua defesa e os magistrados, dirigir a cidade, matendo-a coesa.
Aos olhos de Platão, a democracia é o pior dos governos, pois, estando o poder nas
mãos dos povos, e sendo este incapaz de conhecer a ciência política, facilita, através da
demagogia o aparecimento da tirania.
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2.1.2.2. Formas de governo
Partindo do principio de que o fim do Estado é o bem comum. Aristóteles pensava que
cada Estado deveria aprovar uma constituição que respondesse às suas necessidades. Ele
concebeu três formas de organização política (constituições) do Estado, as quais se podem
também apresentar na forma de governo corrupto:
2.2. Filosofia Politica na idade média: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
Por vezes, a Idade Média é descrita como um período de “trevas”, uma mera fase
intermediária entre a idade antiga e a idade moderna na qual não houve relevante produção
intelectual, até que chegasse o Iluminismo, ou o “Século das Luzes”.
Esta ideia tem origem no próprio Iluminismo e não retrata com fidelidade aquele
período: é claro que as sociedades daquela época também buscavam saberes, estudos e
conhecimento. É inerente ao ser humano a curiosidade pelas coisas que não se conhecem e a
vontade de saber mais.
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Durante a Idade Média, surgiram as primeiras universidades, formas de associações de
professores e alunos que promoviam debates e discussões, unindo-se também para questionar
os pensamentos e ideologias padrão da época.
Sempre houve uma tradição religiosa na filosofia ocidental, seja judaica, católica ou
protestante, e não apenas na Idade Média. Contudo, é nesta época que se deu o link mais forte
entre os âmbitos religioso, intelectual, artístico, político, económico e social.
Para Agostinho, para se definir o que é direito, antes, é necessário definir o que é
justiça. Dessa maneira, sem a justiça não existe o direito e, tampouco, o Estado.
Segundo ele, ainda, o direito existe em função da religião. A justiça seria a lei de
Deus, e a verdadeira justiça só poderia ser encontrada na Cidade de Deus. O direito natural,
por conseguinte, vinha primeiramente da lei divina.
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2.2.2. São Tomás de Aquino
Ele foi influenciado pelas ideias de Aristóteles no que diz respeito ao direito natural.
Tomás de Aquino acreditava que havia uma ordem natural, que era divina, e dava origem a
lex aeterna, ou leis da natureza. Ele acreditava que as leis seguiam a seguinte ordem de
classificação:
Além disso, o ser humano está sujeito à lex aeterna, mas pode escolher seus atos e
construir seu pensamento utilizando-se de seu livre arbítrio. Assim, ele reconheceu o poder de
decisão do ser humano que, dotado de razão, perseguirá seus interesses de acordo com suas
próprias convicções.
2.3. Filosofia política na idade média: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
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dos soberanos e introdução dos governos constitucionais, etc.).
(Fitzgerald, 1983).
A época moderna, em síntese, apresenta três características fundamentais:
Esta tripla emancipação do Homem permitirá aos filósofos pensar sem que tenham de
obedecer a regras previamente estabelecidas, como acontecia na época precedente, o que
resultará numa pluralidade de visões sobre os temas tradicionais da Filosofia política.
O Príncipe deve impor-se mais pelo temor do que pelo amor, para alcançar os seus
objectivos: preservar a sua Vida e a do Estado. Porém, Maquiavel adverte que o príncipe não
deve esquecer a sua reputação.
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Critica a "O Príncipe"
Inglês, oriundo de uma família pobre, conviveu com a nobreza, da qual recebeu apoio
e condições para estudar, e defendeu fortemente a direito absoluto dos reis, ameaçado pelas
novas tendências liberais. Teve contacto com Descartes, Francis Bacon e Galileu. Preocupou-
se com a problemática do conhecimento e da política. A sua doutrina política encontra-se
patente nas obras De Cive e Leviatã.
A renúncia de poder deve ser total, caso contrário, se se conservar um pouco que seja
da liberdade natural do Homem, instaura-se de novo a guerra. Este poder exerce-se ainda pela
força, pois só a iminência do castigo pode atemorizar os homens. Cabe ao soberano julgar
sobre o bem e o mal, sobre o justo e o injusto; ninguém pode discordar, pois tudo que o
soberano faz é resultado do investimento da autoridade consentida pelo súbdito.
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2.3.3. John Locke (1632-1704)
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2.3.4. Charles de Montesquieu (1689 – 1755)
Esta obra compreende 31 livros, dos quais dois são dedicados à problemática religiosa.
Na sua obra, pretende descobrir as leis naturais da Vida social. A lei social entende-a não
como um princípio racional do qual se deve deduzir todo um sistema de normas abstractas,
mas à relação intercorrente dos fenómenos empíricos.
As leis são relações indispensáveis emanadas da natureza das coisas. Por isso, ser
algum pode existir sem leis. Tanto a divindade como o mundo material e as inteligências
superiores ao Homem possuem as suas leis, da mesma forma que este último também as
possui. Existem as seguintes leis:
Leis da Natureza
Leis Positivas
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fundamentais do Estado, a democracia, a monarquia e o despotismo e apresenta as leis
constitutivas de cada um nos vários sectores da Vida humana.
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contrato. Há que considerar a possibilidade de um contrato verdadeira,
legitimo, em que o povo esteja reunido sob uma sé vontade. (Bobbio e
Bovero, 1986).
O contrato social, para ser legitimo, deve ser fruto do consentimento de todos os
membros da sociedade. Cada associado aliena-se totalmente, isto é, renuncia a todos os seus
direitos a favor da comunidade. Mas como todos abdicam igualmente, na verdade, cada um
nada perde, pois este acto de associação produz, em lugar da pessoa particular de cada
contratante, um corpo moral e colectivo composto por tantos membros quantos os votos da
assembleia, alcançando a sua unidade, o seu eu comum, a sua Vida e a sua vontade
(democracia directa), A democracia rousseauniana critica o regime da democracia
representativa (alguns cidadãos representam D povo nas decisões dos destinos do pais e na
elaboração e aprovação das leis), pois considera que toda a lei não ratificada pelo povo em
pessoa é nula. Eis a razão pela qual propõe uma democracia participativa ou directa. Só se
mantém a soberania do povo através da reunião das assembleias frequentes de todos os
cidadãos. Porém, reconhece que este sistema é aplicável sobretudo nas pequenas sociedades.
Na sua obra, Uma Teoria de Justiça (1971), Rawls fala da necessidade de uma
democracia constitucional e descreve o estabelecimento da relação entre a teoria da justiça e
os valores da sociedade e o bem comum.
Para Rawls, uma sociedade justa, funda-se na igualdade de direitos. E ainda, a justiça
não pode ser deduzida a partir das concepções de bem difundidas na sociedade, mas sim
encarada como a capacidade concedida à pessoa para escolher os seus próprios fins.
Uma redução da liberdade deve reforçar o sistema total da liberdade que todos
partilham;
A desigualdade só é aceitável caso sirva para beneficiar os menos favorecidos;
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implementando reformas continuas e solução de problemas sociais. (Boron e
Atilio, 2006).
As principais ideias de Popper são:
A humildade não tem um sentido concreto conhecido antecipadamente mas sim aquele
que os homens lhe dão;
O progresso da humanidade é possível sem que necessite de um critério único de
verdade;
A razão humana é naturalmente falível;
Sistemas de governo
Governo ditatorial: quando o poder é detido por uma pessoa ou conjunto de pessoas
que exercem o poder por direito próprio, sem que haja participação da pluralidade dos
governados. O governo ditatorial subdivide-se em monocrático e autocrático.
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3. Conclusão
Com a filosofia política não é diferente, pois os filósofos desse campo do pensamento
sempre buscaram estabelecer críticas e fomentar novas ideias que dessem movimento ao
campo intelectual que se atreve a pensar e questionar o campo da organização política.
A filosofia política, ao diferenciar-se da ciência política por não haver uma pretensão
metódica e científica, permitiu aos vários pensadores elaborar diferentes teorias sobre a
organização política, mas sempre questionando e dialogando com o conhecimento anterior e
estabelecendo novos conceitos acerca dos problemas políticos.
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4. Referências Bibliográficas
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