Você está na página 1de 11

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Turma: S

Tema: Origem e evolução vida da vida na terra (Teorias da origem da Vida)

Pedro Ministro Monteiro. Codgo -708221863

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia


Disciplina: Biogeografia
Ano de Frequência: 3° Ano
Tutor:

Quelimane, Maio de 2024


Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5

 Índice 0.5

Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização (Indicação
1.0
clara do problema)
Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico (expressão
Conteúdo 2.0
escrita cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica nacional
e internacionais relevantes na 2.0
área de estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos
Formatação letra, paragrafo, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências edição em citações/referências
4.0
Bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia

2
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 4

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1.Objectivo Geral: ................................................................................................................ 4

1.1.2.Objectivos específicos: ...................................................................................................... 4

1.1.3. Metodologia ...................................................................................................................... 4

2. Origem e evolução vida da vida na terra (Teorias da origem da Vida) .................................. 5

2.1. Teoria Criacionista .............................................................................................................. 5

2.2. Teoria Biogénica.................................................................................................................. 6

2.3. Teoria Abiogénica ............................................................................................................... 7

2.4. Teoria de Gaya..................................................................................................................... 9

3. Conclusão ............................................................................................................................... 9

4. Referências bibliográficas .................................................................................................... 11

3
1. Introdução

A busca pela compreensão da origem e evolução da vida na Terra tem fascinado cientistas e
filósofos ao longo dos séculos. Este estudo tem como objectivo explorar as diferentes teorias
propostas para explicar como a vida surgiu e evoluiu em nosso planeta. Dentre as teorias
abordadas estão a Teoria Criacionista, que postula uma origem divina da vida, a Teoria
Biogénica, que afirma que toda vida vem de formas de vida preexistentes, a Teoria Biogénica,
que propõe a geração espontânea de vida a partir de matéria não viva, e a Teoria de Gaia, que
concebe a Terra como um sistema auto-regulado que mantém as condições propícias para a
vida. Ao examinar essas teorias, buscamos ampliar nosso entendimento sobre as complexas
dinâmicas que moldaram a vida em nosso planeta.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral:

 Conhecer a origem e evolução vida da vida na terra.

1.1.2.Objectivos específicos:

 Identificar as teorias origem e evolução vida da vida na terra;


 Descrever origem e evolução vida da vida na terra;
 Mencionar principais defensores das teorias origem e evolução vida da vida na terra.
1.1.3. Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho, foi possível pelo uso do método de revisão
bibliográfico.

Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento,


selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo
pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material
cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material
já escrito sobre o mesmo.

4
2. Origem e evolução vida da vida na terra (Teorias da origem da Vida)

Conforme citado por Lazcano, (2006), ao longo da evolução do pensamento humano, diversas
teorias foram elaboradas para explicar o surgimento da vida na Terra. O homem buscou
explicações em origens sobrenaturais. Contudo, a espécie humana, diferente dos demais seres
vivos, dispõe de características intelectuais que permitiram que, em poucos séculos,
vivêssemos uma revolução em diversos campos do conhecimento.

O autor afirma que podemos estender essa noção de revolução para as teorias sobre a origem
da vida à medida que o conhecimento científico evoluiu. Em virtude do abandono de antigas
correntes de pensamento, aliado as novas técnicas experimentais adoptadas, diferentes
cientistas em seus respectivos contextos históricos contribuíram para elucidar o tema. Dentre
as diversas teorias formuladas, destacam-se o criacionista, biogénica, abiogénese e gaya.

2.1. Teoria Criacionista

O termo criacionismo segundo Kung, H. (2007), tem origem na palavra grega bara, que e
traduzida para o latim como creavit, que segundo a teologia, e o acto criador de deus, o qual,
em seu poder e infinita misericórdia , deu origem a todas as coisas.

De acordo com Bowler e Morus, (2005a), a teoria criacionista é uma explicação para a origem
e diversidade da vida que se baseia em princípios religiosos, especialmente encontrados nas
interpretações literais de textos religiosos como a Bíblia. De acordo com a teoria criacionista,
todas as formas de vida foram criadas por um ser divino ou entidade sobrenatural em um acto
único de criação. Essa visão contrasta com as explicações científicas sobre a origem da vida,
que buscam entender o fenómeno através de processos naturais e evidências observáveis.

Do ponto de vista científico, Bowler e Morus, (2005a), referem que a teoria criacionista não é
considerada uma explicação científica válida para a origem da vida, pois não se baseia em
evidências empíricas e não é testável no sentido científico. No entanto, é uma visão
significativa para muitas pessoas em contextos religiosos e filosóficos.

Para Kung, H. (2007), os precursores e defensores proeminentes da teoria criacionista são:

 William Paley: Um teólogo e filósofo britânico do século XVIII, Paley são


conhecidos por seu argumento do "relógio no campo". Ele comparou a complexidade
do universo e dos seres vivos a um relógio intricadamente projectado, sugerindo que
isso implicava a existência de um criador inteligente.
5
 James Ussher: Um arcebispo irlandês do século XVII, Ussher é famoso por sua
estimativa da idade da Terra com base em cálculos cronológicos a partir da Bíblia. Ele
concluiu que a Terra foi criada em 4004 a.C., uma data que foi amplamente aceita
entre os criacionistas por muitos anos.
 Henry Morris: Considerado um dos fundadores do movimento criacionista moderno,
Morris foi um cientista e engenheiro civil americano que escreveu vários livros
influentes, como "The Genesis Flood", onde argumentava que a narrativa bíblica do
Dilúvio era uma explicação válida para a geologia e a história da Terra.
 Ken Ham: Um defensor contemporâneo da teoria criacionista, Ken Ham é o
presidente e fundador da Answers in Genesis, uma organização que promove o
criacionismo e a interpretação literal da Bíblia em relação à origem da vida e do
universo.
 Instituto Discovery: Esta organização promove uma abordagem conhecida como
"Design Inteligente", que argumenta que certos aspectos da natureza exibem
características de design que não podem ser explicadas apenas por processos naturais,
defendendo assim a existência de um designer inteligente por trás da vida e do
cosmos.

2.2. Teoria Biogénica

A teoria biogénica, também conhecida como biogénese, de acordo com Santos, (s.d.) é o
princípio fundamental da biologia moderna que afirma que toda a vida vem de outras formas
de vida preexistentes. Essa teoria refuta a ideia de abiogénese, que propunha a geração
espontânea de vida a partir de matéria não viva.

A autora afirma que a biogénese foi estabelecida por experimentos e observações realizados
por cientistas como Louis Pasteur no século XIX. Por exemplo, o experimento do frasco de
pescoço de cisne de Pasteur demonstrou que os microrganismos não surgem espontaneamente
em meios de cultura estéreis, mas sim de fontes de vida pré-existentes (idem).

Essa teoria, para Santos, (s.d.) é um dos pilares da biologia e tem implicações importantes
para a compreensão da evolução e da diversidade da vida na Terra. Ela sugere que os
organismos se reproduzem e evoluem por meio de processos biológicos, como a reprodução
celular, a hereditariedade e a selecção natural, em contraste com explicações antigas que
invocavam forças sobrenaturais ou processos não naturais para a origem da vida.

6
A teoria biogénica, que afirma que a vida surge apenas a partir de organismos preexistentes, é
amplamente aceita pela comunidade científica. Para Uzunian e Birner, (2008) ela tem como
precursores e defensores:
 Francesco Redi: Um médico italiano do século XVII, Redi é conhecido por seus
experimentos com carne em decomposição, nos quais ele demonstrou que larvas de
moscas não surgiam espontaneamente da carne, refutando assim a ideia de geração
espontânea.
 Louis Pasteur: Um dos cientistas mais influentes na história da microbiologia,
Pasteur refutou definitivamente a teoria da geração espontânea através de seus
experimentos com frascos de pescoço de cisne, que mostraram que a contaminação
ocorria apenas quando o ar podia entrar em contato com o caldo nutritivo.
 Rudolf Virchow: Um patologista alemão do século XIX, Virchow é conhecido por
sua frase "Omnis cellula e cellula" (toda célula vem de outra célula), que reforça a
ideia de que a vida surge a partir de células preexistentes.
 Stanley Miller e Harold Urey: Em 1953, Miller e Urey realizaram o famoso
experimento da síntese abiótica de moléculas orgânicas, demonstrando que compostos
orgânicos complexos poderiam ser formados a partir de condições similares às
presumidas na Terra primitiva, apoiando assim a ideia de que a vida tem uma origem
biogénica.
 Modernos Biólogos e Geneticistas: Desde o século XX, avanços significativos na
biologia molecular e na genética reforçaram ainda mais a teoria biogénica. A
compreensão dos processos de replicação do DNA, transcrição e tradução nas células
mostrou que a vida é baseada em um sistema altamente organizado e regulado,
fundamentando a ideia de que a vida surge apenas de outras formas de vida.
2.3. Teoria Abiogénica

Segundo Carvalho, (2013) a teoria abiogénica, também conhecida como geração espontânea,
foi uma ideia antiga que propunha que a vida poderia surgir espontaneamente a partir de
matéria não viva. Essa teoria foi amplamente aceita na antiguidade e na Idade Média, com
ideias como a crença de que vermes podiam surgir da lama ou que moscas surgiam de carne
em decomposição.

No entanto, autor afirmam que a teoria abiogénica foi refutada por experimentos conduzidos
por cientistas como Louis Pasteur no século XIX. O experimento do frasco de pescoço de

7
cisne de Pasteur, por exemplo, demonstrou que os microrganismos não surgem
espontaneamente em meios de cultura estéreis, mas sim de fontes de vida pré-existentes
(idem).

Segundo Martins, & Martins, (1989), a refutação da teoria abiogénica foi um marco
importante na história da biologia e levou ao estabelecimento da teoria biogénica, que postula
que toda a vida vem de outras formas de vida preexistentes. Esta teoria é um dos fundamentos
da biologia moderna e influenciou profundamente nossa compreensão da origem e da
diversidade da vida na Terra. Assim Zaia, (2003) aponta como precursores e defensores
notáveis da teoria abiogénica os seguintes:

 Alexander Oparin: Um bioquímico russo do século XX, Oparin foi um dos primeiros
a formular a hipótese da abiogénese em seu livro "A Origem da Vida", publicado em
1924. Ele propôs que a vida poderia ter surgido de moléculas orgânicas simples em
um ambiente primordial rico em compostos químicos e energia.
 J.B.S. Haldane: Um biólogo e geneticista britânico do século XX, Haldane contribuiu
para a teoria abiogénica com suas ideias sobre a síntese pré-biótica de moléculas
orgânicas complexas em condições primordiais da Terra, como atmosfera redutora e
fontes de energia.
 Stanley Miller e Harold Urey: Embora mais conhecidos por seu experimento de
síntese abiótica de moléculas orgânicas (que apoiou a teoria biogénica), Miller e Urey
também contribuíram indiretamente para a abiogénese ao demonstrar que
aminoácidos, blocos construtores das proteínas, poderiam ser produzidos em
condições similares às da Terra primitiva.
 Sidney Fox: Um bioquímico americano, Fox realizou experimentos na década de
1950 que demonstraram a formação de estruturas semelhantes a proteínas em
ambientes pré-bióticos, sugerindo que moléculas complexas poderiam se formar
espontaneamente antes do surgimento da vida.
 Jack W. Szostak: Um biólogo molecular contemporâneo, Szostak ganhou o Prêmio
Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2009 por suas pesquisas sobre a origem da vida.
Seu trabalho envolve a investigação de como moléculas auto-replicantes poderiam ter
surgido a partir de precursores químicos, contribuindo para a compreensão dos
processos abiogénicos.

8
2.4. Teoria de Gaya

Conforme Varela; Atlan; Lovelock, et al. (2001) dizem que a "Teoria de Gaia" é uma hipótese
proposta pelo cientista James Lovelock na década de 1970. Ela sugere que a Terra é um
sistema auto-regulado que mantém as condições necessárias para a vida. O nome "Gaia"
refere-se à deusa grega da Terra.

De acordo com a Teoria de Gaia, estes autores explica que a biosfera terrestre e os
componentes não vivos do planeta interagem de maneira complexa e interdependente,
formando um sistema global que regula condições como temperatura, composição
atmosférica, salinidade dos oceanos e outros factores ambientais. Essa auto-regulação é vista
como uma forma de hemóstase planetária, onde os organismos vivos desempenham um papel
activo na manutenção das condições adequadas para a vida (idem).

Já para Uzunian e Birner, (2008) explicam que a Teoria de Gaia tem sido objecto de debate e
crítica dentro da comunidade científica. Alguns cientistas a consideram uma metáfora útil
para entender a interacção entre organismos e o ambiente terrestre, enquanto outros
questionam sua validade como uma teoria científica rigorosa, argumentando que ela pode ser
antropomórfica demais ao atribuir características de organismos vivos ao planeta como um
todo.

Em qualquer caso, a Teoria de Gaia segundo Uzunian e Birner, (2008), contribuiu para uma
discussão mais ampla sobre a relação entre vida e ambiente na Terra, e seu impacto na forma
como pensamos sobre a ecologia e a sustentabilidade do planeta é significativo

9
3. Conclusão

A investigação das diferentes teorias sobre a origem e evolução da vida na Terra nos conduz a
uma apreciação mais profunda da complexidade e diversidade dos processos que deram
origem à vida como a conhecemos hoje. A Teoria Criacionista, embora tenha sido uma
explicação predominante em certos contextos históricos e culturais, é frequentemente
contrastada com as abordagens científicas da Teoria Biogénica, que ressalta a continuidade e
evolução das formas de vida, e a Teoria Abiogénica, que evidencia a necessidade de
preexistência de vida para sua geração. A Teoria de Gaia, por sua vez, oferece uma
perspectiva holística e interconectada da Terra como um sistema vivo. Ao considerarmos
essas teorias em conjunto, somos levados a reconhecer a complexidade e maravilha da
história da vida em nosso planeta e a importância contínua da pesquisa e exploração científica
para desvendar seus mistérios.

10
4. Referências bibliográficas

Avelar, T. (2007). A ciência como deve ser. In: GASPAR, Augusta (Coord.). Evolução e

criacionismo: uma relação impossível. Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições.

Carvalho, E. C. (2013). A controvérsia sobre a geração espontânea entre Needham e

Spallanzani: Implicações para o ensino de Biologia. Dissertação (Mestrado em

Ensino de Ciências), Programa de pós-graduação Interunidades em ensino da

Universidade de São Paulo, São Paulo.

Gaspar, A.; Mateus, O.; Almada, F.. (2007). Os argumentos criacionistas em face da

evidência científica. In: GASPAR, Augusta (Coord.). Evolução e criacionismo: uma

relação impossível. Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições.

Kung, H. (2007). O princípio de todas as coisas. Petrópolis, Vozes.

Lazcano, A. (2006). The Origins of Life. Natural Histor.

Martins, L. P. & Martins, R.A. (1989). Geração espontânea: dois pontos de vista.

Perspicillum

Santos, V. S. dos. (s.d.). "Abiogênese e biogênese"; Brasil Escola. Disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/abiogenese-biogenese.htm. Acesso em 17 de

abril de 2024.

Uzunian, A.; Birner, E. (2008). Biologia: volume único. 3a ed. São Paulo: Harbra.

Varela, F.; Atlan H.; Lovelock, J., et al. (2001). Gaia – Uma Teoria do Conhecimento. 3ª ed.

Editora Gaia Ltda. São Paulo.

Zaia, D. A. M. (2003). Da geração espontânea à química prébiótica. Química Nova, v.

11

Você também pode gostar