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Conceitos Biogeográficos
Nos dias atuais, o termo “Ecologia” não corresponde a um bloco homogêneo e compacto
de pensamento. Inseridos nesse termo, pode-se encontrar os mais variados pontos de vista e
posições políticas. É fundamental, então, posicionar a Ecologia no âmbito de uma Ciência. A
Ecologia começou a se tornar Ciência em 1900. No entanto, suas raízes estão na história natural,
que é tão antiga quanto a própria humanidade. O interesse dos seres humanos pelo ambiente está
arraigado desde os primeiros tempos da nossa existência.
Uma das condições fundamentais para a sobrevivência da espécie humana desde os seus
primórdios era o conhecimento sobre o seu ambiente. Embora tal conhecimento não fosse um
estudo acadêmico, ele era útil para fazer associações entre o clima e as plantas ou sobre os locais
de ocorrência dos animais.
Nas sociedades primitivas, esse conhecimento foi fundamental para suprir as necessidades
básicas do ser humano, como por exemplo, a alimentação, por meio da caça de animais e da
coleta de vegetais e, mais adiante, por meio da agricultura. Se nossos ancestrais não soubessem
como utilizar os recursos do ambiente, certamente não estiara-se aqui hoje. Até a década de 1960,
a Ecologia não era considerada uma disciplina relevante para a sociedade.
I.1.2. Específicos
I.2. Metodologias
II. REFERENCIAL TEÓRICO
II.1. Ecologia
A palavra ecologia foi empregada pela primeira vez pelo biólogo alemão E. Haeckel em
1866 em sua obra Generelle Morphologie der Organismen . Ecologia vem de duas palavras
gregas : Oikós que quer dizer casa , e logos que significa estudo .Ecologia significa , literalmente
a Ciência do Habitat . É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e as
interações , de qualquer natureza , existentes entre esses seres vivos e seu meio
A Ecologia é hoje uma área das Ciências Biológicas extremamente vasta. Hoje, há muitas
subdivisões com diferentes enfoques dentro da Ecologia: ecologia de comunidades, ecologia de
populações, ecologia animal, ecologia vegetal, modelagem ecológica, macroecologia, ecologia da
paisagem, ecologia humana, limnologia, ecologia marinha, só para citar alguns poucos exemplos.
Diferente de outras áreas, que têm a tendência de afunilar o conhecimento, aprofundando-se na
compreensão de um determinado tema, o aprofundamento na Ecologia é construído por meio da
compreensão dos padrões gerais que organizam a estrutura e o funcionamento das populações e
das comunidades bióticas nos ecossistemas.
II.2. Ecossistema
O ecossistema é a unidade fundamental da organização ecológica, onde ocorre a
reciclagem de matéria e o fluxo de energia. As definições mais modernas de ecossistema
consideram esse termo como sinônimo de comunidade. Inicialmente, considerava-se que o
ecossistema seria constituído pelo clima, pelo solo, pelas bactérias, pelos fungos, pelas plantas e
pelos animais de qualquer lugar definido, ou seja, um ecossistema teria componentes bióticos e
abióticos. Por sua vez, os componentes bióticos de um ecossistema, ou todos os organismos vivos
que nele habitam, em conjunto, constituíam uma comunidade ecológica.
Entretanto, em termos ecológicos não faz sentido separar os componentes abióticos das
comunidades essencialmente bióticas. Por esse motivo, o estudo das comunidades pode ser
sentido como o estudo dos ecossistemas e vice-versa.
Como são definidos pela rede de interações entre organismos, e entre os organismos e seu
ambiente, ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como é difícil determinar os limites de um
ecossistema, convenciona-se adotar distinções para a compreensão e possibilidade de
investigação científica. Assim, tem-se, inicialmente, uma separação entre os meios aquáticos e
terrestres. Então, ecossistemas aquáticos serão os lagos, naturais ou artificiais (represas), os
mangues, os rios, mares e oceanos. Os ecossistemas terrestres serão as florestas, as dunas, os
desertos, as tundras, as montanhas, as pradarias e pastagens.
Atualmente a teoria é aplicada não apenas para ilhas oceânicas, mas também em referência a
qualquer habitat que esteja isolado por um ambiente inadequado às espécies presentes na “ilha”,
como por exemplo lagos isolados por terra, picos de montanhas isolados por planícies,
fragmentos florestais isolados por áreas desmatadas, clareiras em uma floresta isoladas por
árvores etc.
As taxas de extinção, por sua vez, tendem a aumentar quanto maior for o número de
espécies residentes na ilha, provavelmente pelo aumento da exclusão competitiva. A extinção
também tende a ser maior em ilhas pequenas, possivelmente também em razão da exclusão
competitiva ou do tamanho reduzidos das populações (populações menores têm maior risco de
serem extintas).
O equilíbrio dinâmico para cada tipo de ilha (próxima e grande, próxima e pequena,
distante e grande e distante e pequena) são representados pelos pontos S no gráfico, onde a
extinção é igual à migração. Acima deste ponto a extinção se sobrepõe a imigração (liberando
nichos ecológicos) e abaixo a imigração se sobrepõe a extinção, deixando a comunidade saturada.
A teoria da biogeografia de ilhas tem sido muito aplicada para estudar o efeito da fragmentação
de habitats e, assim, embasar as decisões sobre a necessidade de implantação de corredores
ecológicos, por exemplo.
II.4.1. Flora
Pode-se observar a diferença entre a flora da caatinga em relação à da floresta Amazônica, por
exemplo. Na caatinga, onde as temperaturas são elevadas praticamente durante todo o ano e as
chuvas são escassas e irregulares, a flora é caracterizada por árvores baixas e arbustos com
muitos espinhos. Essa vegetação também tem a característica de perder suas folhas durante a seca
(vegetação caducifólia) para evitar a perda de água por transpiração, e algumas armazenam água,
como as cactáceas.
II.4.2. Fauna
Em relação à fauna, pode-se observar as suas diferenças entre ambientes de clima frio e onde as
temperaturas são mais elevadas, por exemplo. Em regiões de clima frio, como nas tundras, a
fauna é caracterizada por animais que possuem grande camada de gordura corporal e pelos para
a manutenção da temperatura, além das espécies migradoras, que chegam durante o verão.
A fauna e a flora estão intimamente interligadas, pois muitos animais utilizam as plantas
como alimento e abrigo, e as plantas necessitam, muitas vezes, dos animais para a sua
reprodução por meio da polinização e dispersão da semente.
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