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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

Conceitos Biogeográficos

Discente: Adélia Ernesto Massuanganhe


Código: 708201067

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Turma: A
Disciplina: Biogeografia
Ano de frequência: 3º ano

Docente: Dra Lúcia Lázaro

Chiomoio, Julho de 2022


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)
Padrões Classificação
Categorias Indicadores Pontuaçã Nota do Subtota
o máxima tutor l
Capa 0,5
Índice 0,5
Estrutura Aspectos Introdução 0,5
organizacionais Discussões 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização
(Indicação clara do 1,0
Introdução problema)
Descrição dos objetivos 1,0
Metodologia adequada
ao objecto do trabalho 2,0
Articulação e domínio 2,0
do discurso académico
(expressão e escrita
cuidada, coerência e
coesão textual)
Conteúdo Análise e Revisão bibliográfica 2,0
discussão nacional e internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Contributos 2,0
Conclusão teóricos/práticos
Paginação, tipo e 1,0
Aspectos tamanho de letra,
gerais Formatação parágrafos e
espaçamento entre linhas
Normas APA Rigor e coerência das
Referencias 6ª edição em citações/referencias
bibliográficas citações e bibliográficas 4,0
bibliografia
Total - - 20 -
Folha para recomendações (a ser preenchida pelo tutor)
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I. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, o termo “Ecologia” não corresponde a um bloco homogêneo e compacto
de pensamento. Inseridos nesse termo, pode-se encontrar os mais variados pontos de vista e
posições políticas. É fundamental, então, posicionar a Ecologia no âmbito de uma Ciência. A
Ecologia começou a se tornar Ciência em 1900. No entanto, suas raízes estão na história natural,
que é tão antiga quanto a própria humanidade. O interesse dos seres humanos pelo ambiente está
arraigado desde os primeiros tempos da nossa existência.

Uma das condições fundamentais para a sobrevivência da espécie humana desde os seus
primórdios era o conhecimento sobre o seu ambiente. Embora tal conhecimento não fosse um
estudo acadêmico, ele era útil para fazer associações entre o clima e as plantas ou sobre os locais
de ocorrência dos animais.

Nas sociedades primitivas, esse conhecimento foi fundamental para suprir as necessidades
básicas do ser humano, como por exemplo, a alimentação, por meio da caça de animais e da
coleta de vegetais e, mais adiante, por meio da agricultura. Se nossos ancestrais não soubessem
como utilizar os recursos do ambiente, certamente não estiara-se aqui hoje. Até a década de 1960,
a Ecologia não era considerada uma disciplina relevante para a sociedade.

Mas, à medida que a civilização se tornou complexa, nossas necessidades acompanharam


essa complexidade e também se diversificaram. Se antes necessitava-se de recursos basicamente
para a alimentação, hoje precisa-se de uma gama muito maior de recursos naturais.
Paralelamente, o nosso entendimento sobre o ambiente também se tornou mais complexo, além
de fundamental, e a Ecologia passou a ser uma Ciência com enorme relevância.
I.1. Objectivos
I.1.1. Geral

I.1.2. Específicos

I.2. Metodologias
II. REFERENCIAL TEÓRICO

II.1. Ecologia
A palavra ecologia foi empregada pela primeira vez pelo biólogo alemão E. Haeckel em
1866 em sua obra Generelle Morphologie der Organismen . Ecologia vem de duas palavras
gregas : Oikós que quer dizer casa , e logos que significa estudo .Ecologia significa , literalmente
a Ciência do Habitat . É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e as
interações , de qualquer natureza , existentes entre esses seres vivos e seu meio

A Ecologia é hoje uma área das Ciências Biológicas extremamente vasta. Hoje, há muitas
subdivisões com diferentes enfoques dentro da Ecologia: ecologia de comunidades, ecologia de
populações, ecologia animal, ecologia vegetal, modelagem ecológica, macroecologia, ecologia da
paisagem, ecologia humana, limnologia, ecologia marinha, só para citar alguns poucos exemplos.
Diferente de outras áreas, que têm a tendência de afunilar o conhecimento, aprofundando-se na
compreensão de um determinado tema, o aprofundamento na Ecologia é construído por meio da
compreensão dos padrões gerais que organizam a estrutura e o funcionamento das populações e
das comunidades bióticas nos ecossistemas.

II.2. Ecossistema
O ecossistema é a unidade fundamental da organização ecológica, onde ocorre a
reciclagem de matéria e o fluxo de energia. As definições mais modernas de ecossistema
consideram esse termo como sinônimo de comunidade. Inicialmente, considerava-se que o
ecossistema seria constituído pelo clima, pelo solo, pelas bactérias, pelos fungos, pelas plantas e
pelos animais de qualquer lugar definido, ou seja, um ecossistema teria componentes bióticos e
abióticos. Por sua vez, os componentes bióticos de um ecossistema, ou todos os organismos vivos
que nele habitam, em conjunto, constituíam uma comunidade ecológica.

Entretanto, em termos ecológicos não faz sentido separar os componentes abióticos das
comunidades essencialmente bióticas. Por esse motivo, o estudo das comunidades pode ser
sentido como o estudo dos ecossistemas e vice-versa.

Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes bióticos,


como os organismos vivos: plantas, animais e micróbios, e os componentes abióticos, elementos
químicos e físicos, como o ar, a água, o solo e minerais. Estes componentes interagem através das
transferências de energia dos organismos vivos entre si e entre estes e os demais elementos de seu
ambiente.

Como são definidos pela rede de interações entre organismos, e entre os organismos e seu
ambiente, ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como é difícil determinar os limites de um
ecossistema, convenciona-se adotar distinções para a compreensão e possibilidade de
investigação científica. Assim, tem-se, inicialmente, uma separação entre os meios aquáticos e
terrestres. Então, ecossistemas aquáticos serão os lagos, naturais ou artificiais (represas), os
mangues, os rios, mares e oceanos. Os ecossistemas terrestres serão as florestas, as dunas, os
desertos, as tundras, as montanhas, as pradarias e pastagens.

II.3. Teoria de equilíbrio de Biogeografia de ilhas


A teoria da biogeografia de ilhas (ou insular) foi proposta na década de 1960 pelos
ecólogos Robert MacArthur e Edward O. Wilson para explicar a riqueza de espécies em ilhas.

Atualmente a teoria é aplicada não apenas para ilhas oceânicas, mas também em referência a
qualquer habitat que esteja isolado por um ambiente inadequado às espécies presentes na “ilha”,
como por exemplo lagos isolados por terra, picos de montanhas isolados por planícies,
fragmentos florestais isolados por áreas desmatadas, clareiras em uma floresta isoladas por
árvores etc.

Esta teoria propõe, basicamente, que a riqueza


de espécies em uma ilha é mantida em um
equilíbrio entre migrações e extinções — com
espécies continuamente sendo substituídas —,
que por sua vez dependem de dois fatores: o
tamanho da ilha e seu grau de isolamento.

Com relação ao grau de isolamento, as


taxas de imigração tendem a ser maior em
ilhas mais próximas do que em ilhas mais
distantes, pois quanto maior aproximida de,
maiores as chances de espécies colonizadoras
alcançarem a ilha. Ainda, as taxas de imigração tendem a crescer de acordo com o tamanho da
Figura 1: Ilustração da teoria da biogeografia de ilhas
ilha, uma vez que ilhas maiores acomodam maior diversidade de habitats e, consequentemente,
mais oportunidades para colonização. À medida em que o número de espécies residentes aumenta
numa ilha, a taxa de colonização vai decaindo, pois são maiores as chance de que um indivíduo
novo que chegue à ilha pertença a uma espécie que já ocorre no local.

As taxas de extinção, por sua vez, tendem a aumentar quanto maior for o número de
espécies residentes na ilha, provavelmente pelo aumento da exclusão competitiva. A extinção
também tende a ser maior em ilhas pequenas, possivelmente também em razão da exclusão
competitiva ou do tamanho reduzidos das populações (populações menores têm maior risco de
serem extintas).

O equilíbrio dinâmico para cada tipo de ilha (próxima e grande, próxima e pequena,
distante e grande e distante e pequena) são representados pelos pontos S no gráfico, onde a
extinção é igual à migração. Acima deste ponto a extinção se sobrepõe a imigração (liberando
nichos ecológicos) e abaixo a imigração se sobrepõe a extinção, deixando a comunidade saturada.

A teoria da biogeografia de ilhas tem sido muito aplicada para estudar o efeito da fragmentação
de habitats e, assim, embasar as decisões sobre a necessidade de implantação de corredores
ecológicos, por exemplo.

II.3.1. Factores que influenciam as comunidades de ilhas


 Grau de isolamento (distância do vizinho mais próximo e do continente).
 Duração do isolamento (tempo).
 Tamanho da ilha (uma área maior geralmente facilita uma maior diversidade).
 Clima (tropical x ártico, úmido x árido, etc.).
 Correntes oceânicas (influências: padrões de fluxo de alimentos, peixes, pássaros e
sementes).
 Composição inicial de plantas e animais, se previamente ligada a uma massa terrestre
maior (por exemplo, marsupiais, primatas etc.).
 A composição das espécies colonizadoras originais (se isoladas).
 Atividade humana.
II.4. Biodiversidade da flora e fauna
Fauna é o nome dado ao conjunto de animais de uma determinada região. Flora é o conjunto de
plantas. A interação entre eles é indispensável para o equilíbrio dos ecossistemas. Quando fala-se
sobre biodiversidade, referimo-nos à diversidade de organismos vivos existentes
nos ecossistemas, sejam ele micro, sejam macro-organismos. Fauna é o nome que se dá à
diversidade de animais de uma determinada região. Flora é a diversidade de plantas de uma
região. A flora é indispensável para a manutenção da vida na Terra, pois ela é a responsável
pelo processo fotossintético. A fauna e a flora podem muitas vezes ser específicas de
determinadas regiões e influenciadas pelos fatores ambientais locais.

II.4.1. Flora
Pode-se observar a diferença entre a flora da caatinga em relação à da floresta Amazônica, por
exemplo. Na caatinga, onde as temperaturas são elevadas praticamente durante todo o ano e as
chuvas são escassas e irregulares, a flora é caracterizada por árvores baixas e arbustos com
muitos espinhos. Essa vegetação também tem a característica de perder suas folhas durante a seca
(vegetação caducifólia) para evitar a perda de água por transpiração, e algumas armazenam água,
como as cactáceas.

Já na floresta Amazônica, onde o clima é úmido e há temperaturas relativamente elevadas,


encontra-se um ambiente propício para um maior desenvolvimento da vegetação. Nesse local, as
árvores apresentam grande porte e há uma grande quantidade de epífitas e trepadeiras, que
buscam alcançar uma melhor posição para seu desenvolvimento, já que a mata pode encontrar-se
bastante fechada.

II.4.2. Fauna
Em relação à fauna, pode-se observar as suas diferenças entre ambientes de clima frio e onde as
temperaturas são mais elevadas, por exemplo. Em regiões de clima frio, como nas tundras, a
fauna é caracterizada por animais que possuem grande camada de gordura corporal e pelos para
a manutenção da temperatura, além das espécies migradoras, que chegam durante o verão.

Já em regiões tropicais, onde as temperaturas são mais elevadas, a diversidade de espécies é


muito maior, com a presença de representantes das mais diversas classes. As aves e
os mamíferos, por conseguirem manter a temperatura corporal constante (homeotermos),
apresentam uma maior distribuição na biosfera do que as espécies que não mantêm
(heterotérmicos).

A fauna e a flora estão intimamente interligadas, pois muitos animais utilizam as plantas
como alimento e abrigo, e as plantas necessitam, muitas vezes, dos animais para a sua
reprodução por meio da polinização e dispersão da semente.

O conhecimento a respeito da biodiversidade permite-nos compreender como os organismos


interagem e, assim, elaborar estratégias de preservação.

II.5. Quadro legal sobre a biodiversidade


Biodiversidade é a grande variedade de formas de vida, animais e Vegetais) que são
encontradas nos mais diferentes ambientes. Podemos concluir que a biodiversidade é formada por
espécies vivas desde plantas, toda espécie de animais, micro organismos que povoam desde as
profundezas dos oceanos até as mais altas montanhas.

A actual constituição da República de Moçambique no artigo 90 estabelece o direito


fundamental a um ambiente equilibrado e o dever correspondente de o defender. O Estado e as
autarquias locais, com a colaboração das associações de defesa do ambiente, adoptam políticas de
defesa do ambiente e velam pela utilização racional de todos os recursos naturais. A constituição
declara, adicionalmente, que os recursos naturais no solo e no subsolo, em águas interiores, em
águas territoriais, na plataforma continental, e na zona económica exclusiva constituem
propriedade do Estado.

Esta política estabelece as bases para o desenvolvimento sustentável de Moçambique


através de um compromisso aceitável e realista entre o desenvolvimento socioeconómico e a
protecção ambiental. O Desenvolvimento sustentável em Moçambique tem como meta a
erradicação da pobreza, melhoria da qualidade de vida e redução de danos ambientais.

II.5.1. Lei do Ambiente (Decreto 20/97 de 1 de Outubro)


A Lei do Ambiente define vários conceitos e princípios fundamentais de gestão ambiental,
estabelecendo o quadro institucional básico para a protecção ambiental. Estabelece uma norma
geral que proíbe a realização de todas as actividades que causam danos ambientais e que excedam
os limites legalmente definidos (com particular destaque para a poluição) estipula normas
especiais para a protecção do meio ambiente (em particular a protecção da biodiversidade).
III. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

BEGON, M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. L. (2007). Ecologia: De indivíduos a


ecossistemas. 4. ed. Porto Alegre: Artmed. 752p.

BRIGANTE, J. E.; ESPÍNDOLA, E. L.G. (2003). Limnologia Fluvial: um Estudo no Rio Mogi-
Guaçu. São Carlos: Rima, 255p.

ESTEVES, F.A. (2008). Fundamentos de Limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência,. 601p.

KREBS, C. J. (2012). Ecology: the experimental analysis of distribution and abundance. 3. ed.
Nova Iorque: Harper & Row, 694p.

ODUM, E. P. (2016). Fundamentos de Ecologia. 6. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,.


927p.

PIANKA, E. R. (2012). Ecologia evolutiva. Barcelona: 4. ed. Omega,. 365p.

RICKLEFS, R.E. (2003). A Economia da Natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,.
503p.
TUNDISI, J. G. Água no século XXI: Enfrentando a escassez. 2. ed. São Carlos: Rima, 2003.
248p.

IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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