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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Ensino à Distância

Importância dos bioreinos, (especiação e mecanismos de formação de novas espécies)

Atanásio da Creuz Silva Novele: 708216960

CURSO: Gestão Ambiental

Disciplina: Biogeografia e
Biodiversidade

3º Ano

Docente: Rogério Agostinho António

Pemba, Maio de 2023


Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Prestação Nota Subtot
máxima do al
tutor
 Capa 0,5
 Índice 0,5
Estrutura Aspectos  Introdução 0,5
organizacionais
 Discussão 0,5
 Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
 Contextualização
(Indicação clara do 1,0
problema)
Introdução  Descrição dos 1,0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2,0
do trabalho
 Articuladores e
domínio do discurso
Conteúdo académico 2,0
Análise e (expressão escrita
discussão cuidada, coerência /
coesão textual
 Revisão 2,0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevante na área de
estudo
 Exploração dos 2,0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2,0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
gerais Formatação paragrafo, 1,0
espaçamento entre
linhas
Referencias Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Bibliográficas edição em das citações/refecias 4,0
citações e bibliográficas
bibliografia
Índice

Introdução ................................................................................................................................... 4
1.0. IMPORTÂNCIA DOS BIOREINOS, (ESPECIAÇÃO E MECANISMOS DE
FORMAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES) .................................................................................... 5
1.1. A importância dos Bioreinos e suas funções ....................................................................... 5
1.2. Impacto da especiação e dos mecanismos de formação de novas espécies......................... 5
1.3.1. Os mecanismos de formação de novas espécies ............................................................... 6
1.3. Caraterização de cada tipo de Bioreino ............................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................................. 10
Bibliografia ............................................................................................................................... 11
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Introdução

Todos seres vivos na terra são agrupados em cinco reinos com base na classificação biológica,
onde temos o reino monera, protista, fungi, plantae e animal. Este agrupamento dos seres teve
como principio de analise de seu grau de parentesco, ou seja, das carateristicas consideradas
semelhantes. Portanto, o presente trabalho vai falar sobre A importância dos bioreinos,
(especiação e mecanismos de formação de novas espécies), tendo como base na descrição dos
seguintes pontos: A importância dos Bioreinos/explicar as funções; Impacto da especiação e
dos mecanismos de formação de novas espécies; Características de cada tipo de Bioreinos

Objectivos

Objectivo geral

 Descrever a importância dos bioreinos, (especiação e mecanismos de formação de nov


as espécies).

Objectivos específicos

 Indicar a importância dos Bioreinos/explicar as funções;


 Impacto da especiação e dos mecanismos de formação de novas espécies;
 Caracterizar cada tipo de Bioreinos.

Metodologia e Estrutura do Trabalho

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente trabalho foi o método


bibliográfico. Conforme esclarece Boccato (2006):

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de


referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas.
Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e
sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica.
Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planeamento sistemático do
processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção
lógica do trabalho até a decisão de sua forma de comunicação e divulgação (p.266).

E quanto a estrutura, o trabalho compõe-se de: capa, folha de feedback, índice, introdução,
desenvolvimento, conclusão e a respectiva referência bibliográfica.
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1.0. IMPORTÂNCIA DOS BIOREINOS, (ESPECIAÇÃO E MECANISMOS DE


FORMAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES)

1.1. A importância dos Bioreinos e suas funções

Os seres vivos se diversificaram não só quanto à genética e à característica física, mas


também quanto ao ambiente ocupado e ao modo de vida.

Portanto, Acioli (2020) em seu argumento estabelece que os princípios da classificação se


baseiam em critérios dos bioneiros, pois estes são importantes por estabelecer o agrupamento
de organismos de seres vivos segundo o seu grau de semelhança, para melhor apresentação e
compreensão de suas características fisiologias e morfológicas.

Com base neste argumento, percebe-se que o agrupamento dos seres nos Bioreinos facilita os
estudos da origem, evolução, complexidade e desenvolvimento dos seres. Assim, a
compreensão fica mais organizada e é possível identificar padrões ou fazer novas descobertas.

1.2. Impacto da especiação e dos mecanismos de formação de novas espécies

Segundo Mayr (1942), “espécie é uma população de organismos naturais que se entrecruzam
e estão isolados reprodutivamente de grupos semelhantes por características biológicas ou
biogeográfcas”.

Neste caso, o principal critério empregado nesse conceito é o isolamento reprodutivo pré e
pós-zigótico. Entretanto, ele não pode ser aplicado quando se está avaliando organismos
fósseis, organismos exclusivamente assexuados ou híbridos viáveis e férteis. Visando suprir
essa defciência também está sendo levado em conta o conceito evolutivo defnido por Wiley
(1981).

Para Wiley (1981) “espécie é considerada uma única linhagem de população ancestral-
descendente que mantém sua identidade em relação a outras linhagens e que possui sua
própria tendência evolutiva e destino histórico”.

Colley e Fischer (2011) relatam que o “evento crucial para a origem de uma nova espécie é o
isolamento reprodutivo. No caso dos animais, muitas espécies se distinguem por ser
reprodutivamente isoladas, o que representa um elemento-chave na pesquisa sobre
especiação”.

Dentro da biologia evolutiva existe consenso quanto à ocorrência de especiação alopátrica, ou


seja, a formação de novas espécies em populações geografcamente isoladas de uma mesma
espécie ancestral. E “a divisão de uma população amplamente distribuída em populações
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separadas por barreiras extrínsecas que limitam a dispersão dos indivíduos, consequentemente,
impedirá que haja o fluxo gênico livre entre todas elas” (De Queiroz, 1998).

Entretanto, o isolamento por barreira por si só não representa um mecanismo de especiação.


Ocorre que essas populações isoladas geografcamente estarão evoluindo de modo
independente, e genes diferentes serão fxados em cada uma delas, seja por deriva ou por
adaptação a ambientes heterogêneos em resposta à seleção natural e ao desvio genético. Caso
o fuxo genético entre as populações se mantenha constante, ambas sustentarão a coesão da
espécie sem se diferenciar. A teoria da especiação alopátrica sugere que, em consequência do
isolamento geográfco, o fuxo gênico é completamente interrompido, e as duas populações
desenvolverão alguma característica nova que atuará como barreira intrínseca de isolamento
reprodutivo.

1.3.1. Os mecanismos de formação de novas espécies

Especiação alopátrica

Segundo Colley e Fischer (2011), “um dos melhores exemplos desse processo de isolamento
com posterior radiação adaptativa pode ser observado a partir das aves conhecidas como
tentilhões de Darwin”.

“Esses pássaros são representantes da família Thraupidae, descendentes de uma única espécie
continental que colonizou as ilhas do isolado arquipélago de Galápagos, no Equador, e ilhas
Cocos, na Costa Rica” (Hau &Wikleski, 2001)

Esses pássaros ilustram muito bem como uma variedade de espécies de aves pôde evoluir a
partir de uma única linhagem ancestral. Inicialmente, os dados sobre a diversificação dos
tentilhões foram obtidos por Darwin sem experimentação; no entanto, têm sido
sistematicamente corroborados por numerosas análises posteriores.

Essas aves são representadas atualmente por 13 espécies no arquipélago de Galápagos


(formado por 13 ilhas maiores e seis menores) e uma espécie na ilha Cocos, que variam desde
a cor da plumagem e a forma do bico até outros aspectos morfológicos, comportamentais,
biológicos, ecológicos e genéticos (Grant & Grant, 2006).

Este autores ainda afirmam que a diversidade de espécies é resultante do isolamento sexual e
variação ambiental nas diferentes ilhas e condicionada primeiramente pela pressão ecológica
em relação às distintas fontes de alimento, consequentemente, desencadeando a radiação
adaptativa em relação à morfologia do bico.
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Portanto, s forma do bico, no caso dos tentilhões, pode influenciar o comportamento


reprodutivo.

A pesquisa de Podos (2001) demonstrou que:

A forma do bico está associada com o tipo de canto que a ave entoa. As espécies com bicos
pequenos produzem trinados rápidos e com maior variação de frequência, enquanto espécies
com bicos grandes produzem trinados mais lentos com menor número de frequências. O
tamanho do bico nessas aves está primeiramente relacionado com o tipo de alimento, sendo os
menores bicos para sementes pequenas e os maiores para sementes grandes. Tendo em vista
que os tentilhões de Darwin escolhem seus parceiros, pelo menos em parte, por meio do canto
que entoam, uma mudança na dieta em longo prazo pode promover o isolamento reprodutivo.

Especiação simpátrica

Um dos melhores exemplos desse processo de isolamento com posterior radiação adaptativa
pode ser observado a partir das aves conhecidas como tentilhões de Darwin.

“Esses pássaros são representantes da família Thraupidae, descendentes de uma única espécie
continental que colonizou as ilhas do isolado arquipélago de Galápagos, no Equador, e ilhas
Cocos, na Costa Rica” (Hau & Wikleski, 2001).

Ao longo do desenvolvimento da teoria sintética clássica da evolução muitos biólogos


evolutivos, como Mayr (1942, 1963), consideravam que a especiação só ocorria precedida
pelo isolamento geográfco.

Entretanto, Smith (1962, 1978) demonstrou que:

Em alguns casos, poderia haver diferenciação de espécies dentro de populações espacialmente


contíguas, pelo processo denominado ‘especiação simpátrica’. Desde esse período inicial de
análises, muitas evidências científcas têm corroborado em seu favor, ganhando até a aceitação
de muitos céticos.

Portanto, Existem quatro critérios para diferenciar especiação simpátrica de não simpátrica, os
quais devem ser entendidos para que de fato ela ocorra: as novas espécies devem se distribuir
por áreas sobrepostas; a especiação deve ser completa (conceito biológico e evolutivo);
necessariamente devem ser espécies irmãs ou monofléticas; e a história evolutiva
biogeografcamente deve evidenciar que a especiação alopátrica é improvável (Bolnick,
Fitzpatrick, 2007). Na natureza, têm sido observados dois tipos de especiação simpátrica que
atendem esses critérios e são denominadas ‘seleção disruptiva’ e ‘alterações cromossômicas’.
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Especiação flética

Segundo Colley e Fischer (2011), o modo pelo qual se reconhece a diferenciação de espécies
é denominado “especiação flética” (Mayr, 1963; Wiley, 1981) ou “evolução flética” (Simpson,
1944, 1953; Freire-Maia, 1990).

A inferência sobre eventos de especiação flética leva em conta a mudança na morfologia da


linhagem de um táxon em camadas estratigráfcas, no qual se observa a substituição de
organismos semelhantes por outros sucessivamente mais jovens numa sequência evolutiva
denominada “cronoespécie” (Benton & Pearson, 2001).

“A versão mais comum para defnir evolução flética em trabalhos de língua inglesa associa
esse modelo de especiação como sinônimo da ‘nova síntese darwiniana” (Eldredge, Cracraft,
1980; Freire-Maia, 1990).

Portanto, a ênfase do processo se dá por uma transformação lenta, contínua e gradual da


espécie ancestral em outra descendente. Essencialmente, considera-se que as atribuições
genéticas e fenotípicas de uma determinada espécie se modifcam a tal ponto que sua
população, ao longo do tempo, pode ser reconhecida como uma espécie distinta. Em outras
palavras, corresponde à transformação, com o tempo, de uma espécie em outra, sem a
ramifcação da linhagem.

Especiação simpátrica

Ao longo do desenvolvimento da teoria sintética clássica da evolução muitos biólogos


evolutivos, como Mayr (1942, 1963), consideravam que a especiação só ocorria precedida
pelo isolamento geográfco. Entretanto, Smith (1962, 1978) demonstrou que “em alguns casos,
poderia haver diferenciação de espécies dentro de populações espacialmente contíguas, pelo
processo denominado especiação simpátrica”.

“Desde esse período inicial de análises, muitas evidências científicas têm corroborado em seu
favor, ganhando até a aceitação de muitos céticos” (Smith, 1998).

Existem quatro critérios para diferenciar especiação simpátrica de não simpátrica, os


quais devem ser atendidos para que de fato ela ocorra: as novas espécies devem se
distribuir por áreas sobrepostas; a especiação deve ser completa (conceito biológico e
evolutivo); necessariamente devem ser espécies irmãs ou monofléticas; e a história
evolutiva biogeografcamente deve evidenciar que a especiação alopátrica é
improvável (Bolnick & Fitzpatrick, 2007).

Na natureza, têm sido observados dois tipos de especiação simpátrica que atendem esses
critérios e são denominadas “seleção disruptiva” e “alterações cromossômicas”.
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1.3. Caraterização de cada tipo de Bioreino

Segundo, Acioli (2020), temos cinco bioreinos propostos por Whittaker. Neste caso, temos:
Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi, Reino Animalia e Reino Plantae. A seguir
listaremos as principais características de cada um desses reinos.

O Reino Monera engloba todos os organismos procariontes existentes, ou seja, todos os


organismos que não apresentam núcleo delimitado por membrana nuclear. Nesse grupo, todos
os representantes também são unicelulares, e o modo de nutrição pode ser autotrófico ou
heterotrófico. Como exemplos de representantes do Reino Monera, podemos citar
as bactérias e as cianobactérias.

O Reino Protista atualmente chamado de Protoctista, esse reino engloba seres unicelulares e
pluricelulares, eucariontes, autotróficos ou heterotróficos. Como exemplos de representantes
desse reino, podemos citar algas uni e multicelulares e protozoários.

O Reino Fungi inclui os fungos, seres eucariontes, unicelulares ou multicelulares. Todos os


fungos são heterótrofos por absorção e reproduzem-se por esporos em pelo menos uma fase
da vida. Seus representantes mais conhecidos são os cogumelos, as orelhas-de-pau, os bolores
e as leveduras.

O Reino Plantae reúne as plantas, seres eucarióticos, multicelulares e autotróficos


fotossintetizantes. As plantas têm células diferenciadas, que formam tecidos corporais
razoavelmente bem definidos. Musgos, samambaias, pinheiros e plantas frutíferas são os
principais grupos que compõem o reino Plantae.

O Reino Animalia reúne os animais, seres eucarióticos, multicelulares e heterótrofos por


ingestão. Esse grupo inclui uma grande variedade de organismos, desde os muito simples,
como as esponjas, até animais complexos (estruturalmente falando), como os cordados, grupo
ao qual pertencemos
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Conclusão

Com o culminar do trabalho, conclui-se que os seres vivos se diversificaram não só quanto à
genética e à característica física, mas também quanto ao ambiente ocupado e ao modo de vida,
e através disso o agrupamento dos seres nos Bioreinos facilita os estudos da origem, evolução,
complexidade e desenvolvimento dos seres. Assim, a compreensão fica mais organizada e é
possível identificar padrões ou fazer novas descobertas. Espécie é uma população de
organismos naturais que se entrecruzam e estão isolados reprodutivamente de grupos
semelhantes por características biológicas ou biogeográficas. Os mecanismos de especiação
são; Especiação alopátrica; Especiação simpátrica; Especiação flética; Especiação simpátrica.
Quanto a espécies são agrupadas em cinco bioreinos, que são: Reino Monera, Reino
Protista, Reino Fungi, Reino Animalia e Reino Plantae. A seguir listaremos as principais
características de cada um desses reinos
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Bibliografia

Acioli, M. F. (2020). Os cinco reinos e os três domínios – critérios que os definem.


Classificação Biológica.

Benton, M. & Pearson, P. (2001). Speciation in the fossil record. Ecology & Evolution,
London.

Bolnick, D. & Fitzpatrick, B. M. (2007). Sympatric speciation? Models and empirical


evidence. Annual Review of Ecology, Evolution, and Systematics.

De Queiroz, K. (1998) The general leneage concept of species, species criteria, and the
process of speciation: A conceptual unification and terminological recommendations. In:
Howard, Daniel J.; Berlocher, Stewart H. (Ed.). Endless forms: species and speciation.
Oxford: Oxford University.

Eldredge, N. & Cracraft, J. (1990). Phylogenetic patterns and the evolutionary process:
method and theory in comparative biology. New York: Columbia University. 1980.

Grant, P. R. & Grant, B. R. (2006). Finches evolution of character displacement in Darwin’s


finches. Science, Washington.

Hau, M. & Wikleski, M. (2001). Darwin’s finches. In: Encyclopedia of Life Sciences.
Chichester: John Willeys & sons.

Podos, J. (2001). Correlated evolution of morphology and vocal signal structure in Darwin’s
Finches. Nature, London.

Smith, J. M. (1962). Disruptive selection, polymorphism and sympatric speciation. Nature,


London.

Wiley, E. O. (1981). Phylogenetics: the theory and practice of phylogenetic systematic. New
York: John Wiley.

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