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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA E SEU IMPACTO NO CRESCIMENTO


POPULACIONAL NO DISTRITO DE MOCUBA NOS ANOS 2020-2023

Nome da estudante: Vilma Laterio Salvador de Sousa Júnior

Código do Estudante: 708203756

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia

Cadeira: geografia Regional

Ano de frequência: 4º, Semestre 2º

Docente: Agnaldo Germano

Quelimane, Maio de 2023


Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Nota
Pontuação Subto
do
máxima tal
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo 3.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional relevante
na área de estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Referência
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
s
edição em citações citações/referências 2.0
Bibliográfi
e bibliografia bibliográficas
cas

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Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Objectivos..........................................................................................................................4

Conceitos fundamentais.....................................................................................................5

Localização do distrito......................................................................................................5

Historial da Medicina........................................................................................................6

Crescimento populacional.................................................................................................6

Crescimento Populacional no distrito de Mocuba.............................................................7

Evolução da medicina no distrito de Mocuba...................................................................8

Atendimento médico em Moçambique...........................................................................10

Características..................................................................................................................10

Conclusão........................................................................................................................13

Bibliografia......................................................................................................................14

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Introdução
A preocupação com o crescimento populacional é somente uma dentre as muitas
questões assinaladas nas agendas dos governantes mundiais e, seria justo dizer, que,
quando comparada com problemas imediatos, como obtenção de energia, alimentação,
educação, saúde e reformas constitucionais, fica bem abaixo destas na hierarquia das
prioridades políticas. Nos últimos anos, uma discussão cerrada sobre que ações seriam
adequadas para fazer frente ao fluxo da reprodução humana, deu entrada na arena das
questões internacionais, e agosto de 1974 ficará marcado como o momento histórico da
realização da 1ª Conferência Internacional sobre o assunto, realizada em Bucareste.
Embora no passado tenham ocorrido extensos debates sobre as vantagens e
desvantagens do crescimento populacional, dificilmente haveria nos dias correntes
algum político responsável que defendesse a idéia de que o crescimento pudesse,
logicamente, continuar para sempre.

Objectivos
Geral:

 Compreender o desenvolvimento da medicina e crescimento Populacional no


distrito de Mocuba.

Específicos

 Conceituar crescimento Populacional


 Caracterizar o desenvolvimento da medicina no distrito de Mocuba.
 Descrever o crescimento Populacional no distrito de Mocuba.

Metodologia do trabalho
De acordo com Oliveira (1997:) Metodologia é um conjunto de métodos que são usados
na busca de conhecimento, em particular científico. (pág. 105)
Para a realização deste trabalho baseou-se nas consultas bibliográficas que o tema em
destaque exige.

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Conceitos fundamentais
Uma população é constituída por um grupo de pessoas. E qualquer pessoa no mundo
está inserida em um grupo populacional. A dinâmica da população afecta vários
aspectos da vida de um cidadão, por exemplo, o local onde ele vive e, em muitos
momentos, o transcurso de sua vida.

Em todo o mundo, dinâmicas diferentes e específicas são observadas nas populações, e


todas as populações são modificadas demograficamente a partir de seus componentes
básicos: fecundidade, mortalidade e migração (CAMARANO, 2005, p. 113). A
fecundidade é o número de nascimentos contados em um período de tempo determinado
(normalmente, é calculada para cada mil pessoas). É importante destacar que
fecundidade não pode ser confundida com o termo fertilidade. Fertilidade é o potencial
reprodutivo das mulheres, ainda não concretizado em nascimentos. Acrescenta-se a esta
temática o termo natalidade que se refere à relação entre os nascimentos vivos e a
população total.

Localização do distrito

Segundo o INE, (2013), distrito de Mocuba localiza-se na parte central da província da


Zambézia, fazendo limite com os distritos de Lugela e Errego a norte, Maganja da Costa
a este, Namacurra e Morrumbala a sul e Milange a oeste. A sua situação geográfica cria
possibilidades para se elevar a região a um nível que permite identificá-la como um pólo
de desenvolvimento económico e social e dos distritos limítrofes sob sua influência.

Com uma superfície de 8,733 quilómetros quadrados, Mocuba tem uma densidade
populacional de 31.8 habitantes por quilómetro quadrado. Tem uma população jovem
(46 porcento) e um índice de masculinidade de 50 porcento. A taxa de urbanização do
distrito é de 52 porcento, e concentra- -se na cidade e nas zonas periféricas.

A agricultura é a actividade dominante, envolvendo quase todos os 67,042 agregados


familiares. O distrito possui enormes potencialidades em recursos naturais,
nomeadamente agro-pecuárias, florestais, pesqueiras e mineiras, cujo nível de
exploração ainda é baixo, o que coloca numa situação de menor grau de
desenvolvimento socioeconómico.

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Historial da Medicina
A medicina clínica surgiu a partir da articulação de uma série de fenómenos no século
XVII, dos quais podemos destacar a reorganização da percepção médica do indivíduo
doente; uma conexão teórica mais afinada com a anatomia patológica (a clínica lia os
sintomas patológicos e a anatomia patológica estudava as alterações dos tecidos); nova
compreensão e distribuição do espaço corporal (distinção entre, por exemplo, tecidos e
órgãos internos) e nova interpretação nosológica, etiológica e sintomatológica dos
fenómenos patológicos.

Segundo ALVES (2000: 23), trata-se, na concepção do autor, de uma mudança que fez
emergir aquilo que até então não podia ser visto nem enunciado, uma vez que estava além do
domínio da linguagem. Lemos ainda em Foucault que esse novo olhar possibilitou a
pronunciação de um discurso de estrutura científica sobre o indivíduo .

Portanto, de acordo com os estatutos, observação e prática seriam a base para os estudos
médicos. O acesso dos estudantes aos cadáveres deveria ser prioridade. A proposta de
reforma visava o ensino de uma “medicina empírico-racional”. Conforme vimos
anteriormente, os tratados médicos do final do século XVIII procuravam mostrar a
relevância da associação entre ensino prático e a observação dos doentes, dos cadáveres
e das suas patologias.

Crescimento populacional  

Antes da queda das taxas de mortalidade, as instituições da sociedade (família, Estado,


igrejas, etc.) se organizavam para garantir altas taxas de fecundidade para se contrapor à
mortalidade precoce. Porém, quando o número de filhos sobreviventes começou a
aumentar, o número ideal de crianças em uma família era atingido mais cedo e, em
termo macro, as taxas de reposição populacional eram atingidas também mais cedo.
Desta forma, não era mais necessário manter proles numerosas para atender o
crescimento das famílias e das nações.

Assim, mulheres e homens vivendo mais tempo e atingindo o tamanho desejado de


família com antecedência, passaram a demandar métodos contraceptivos para regular a
fecundidade e fazer coincidir o número de filhos tidos com o número de filhos

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desejados. Portanto, ter como espaçar o nascimento dos filhos e limitar o tamanho da
prole passou a ser uma necessidade das famílias, especialmente das mulheres que
queriam ter uma profissão e um projecto de vida e não podiam garantir sua autonomia
diante do fatalismo da alta fecundidade. De fato, a demanda por métodos contraceptivos
começou ainda no começo do século XIX. Os Neo-Malthusianistas (Alves, 2000)
mostram que houve um movimento pelo direito de regulação da fecundidade nos
primórdios do movimento operário. Estes e outros trabalhos foram amplamente
disseminados na Inglaterra durante o primeiro terço do século XIX, tendo ampla
aceitação do público, mas perseguição governamental. Estas preocupações com a
regulação da fecundidade chegaram aos Estados Unidos por meio do próprio Robert
Owen, quando fundou sua colónia de inspiração comunista.

Em contraste com o pessimismo de Thomas Malthus, este neomalthusianismo de


esquerda acreditava que o crescimento populacional poderia ser favorável às classes
pobres e ao proletariado, se implementado por decisões voluntárias. As mulheres
poderiam escolher o número de crianças que elas (e os casais) queriam ter. O
movimento não apelou ao Estado para impor restrições ao crescimento populacional. Ao
contrário, baseou-se em um activismo “de baixo para cima” contra os governos e as
Igrejas. Desta forma, pode-se definir como um neomalthusianismo anarquista, feminista
e de esquerda. 

Crescimento Populacional no distrito de Mocuba


Segundo o INE, (2000), a população moçambicana em 1980,, era cerca de 12 milhões
de habitantes; em 1997, era cerca de 16 milhões onde as províncias de Zambezia e
Nampula eram as províncias mais populosas do país, seguidas de Sofala e C. Delgado.
A província com mais baixa população era a do Niassa, curiosamente detentora da
maior superfície por Km².

Ainda conforme o Instituto Nacional de Estatística, o Distrito de Mocuba apresentou,


entre 2000 e 2017, uma taxa de crescimento anual a cima de 1,9%, indicando um ritmo
de crescimento maior a nível da província e do pais em geral, facto louvável pelo
governo de Moçambique e a nível mundial.

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Evolução da medicina no distrito de Mocuba

Resumidamente, a evolução da Medicina nos últimos anos possibilitou a eliminação de


diversas doenças, seja por meio de vacinas, ou de diversos tratamentos, como, por exemplo,
aqueles contra o câncer. Os progressos da medicina constituem, o maior factor da
drástica redução das taxas de mortalidade em quase todo mundo e em especial no
distrito de Mocuba e isto proporcionou o aumento da população em Mocuba. A
descoberta dos Raios X (1895), da vacina BCG (1921), das sulfamidas (1936), da
Penicilina (a primeira injecção) e de muitas outras no campo da medicina provocaram
um enorme retrocesso na mortalidade.

Como consequência, a longevidade da população é uma grande vitória, já que as pessoas


passaram a viver mais anos e com uma maior qualidade de vida. Com os avanços
tecnológicos e a criação de novos recursos, as perspectivas para o futuro são ainda
melhores, o que, com certeza, trará mais possibilidades de bons resultados para médicos e
pacientes.

A evolução da Medicina se deu com muita pesquisa e com a ajuda de renomados estudiosos
e pesquisadores das ciências da Física, Química e Biologia. A compreensão da fisiologia
humana, bem como a descoberta e invenção de recursos tecnológicos, foram primordiais
para diagnósticos mais precisos, o que aumentou as chances de cura, ao mesmo tempo em
que aumentou a qualidade de vida dos pacientes.

A saúde tem um papel fundamental no desenvolvimento de uma sociedade, pois, para


além do óbvio, que é tratar-se de uma condição primordial para o bem-estar físico,
também está intimamente relacionada com um conjunto de outras variáveis
fundamentais para a promoção do bem-estar social. Neste seguimento apresenta - se
uma sistematização do designado ciclo da pobreza e da saúde, onde evidencia
claramente a articulação e interdependência existente entre variáveis de saúde e a sua
influência na situação de pobreza. Este ciclo reflecte ainda, associado às diferentes
variáveis apresentadas, a interligação com um conjunto de outras condições sociais.
Daqui resulta também a evidência de que ao promover-se a saúde da população estão-se
a promover outras condições sociais, tais como habitacionais e de educação (Erwin,
2008), e assumindo a existência deste ciclo, a consequente diminuição da pobreza e
maiores melhorias de saúde.

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De acordo com o PNUD (2004), o desenvolvimento humano tem a ver principalmente
com a possibilidade de as pessoas viverem o tipo de vida que escolheram e com a
provisão dos instrumentos e das oportunidades para fazerem as suas escolhas. O
Relatório do Desenvolvimento Humano 2004 do PNUD assenta muito numa análise das
diferenças culturais que levam ao conflito social, económico e político e acredita que as
pessoas pobres e marginalizadas (as mais afectadas por estes conflitos) devem ser
agentes directos deste processo, pois só assim será possível alcançar o acesso equitativo
ao emprego, educação, saúde, justiça, segurança, entre outros serviços básicos, sendo
para isto fundamental dar voz aos mais marginalizados e alterar as culturas políticas,
sendo as consequências perturbadoramente claras quando tal não acontece. Dos grupos
indígenas da América Latina, às minorias infelizes da África e da Ásia e aos novos
emigrantes de todo o mundo desenvolvido, não resolver as razões de queixa destes
grupos marginalizados cria não apenas injustiça, mas também verdadeiros problemas
para o futuro (PNUD, 2004). No caso particular de Moçambique, a interioridade não é
uma das características precipitantes, pois trata-se de um país com uma vasta costa e
inúmeras fronteiras; no entanto, confirma-se a questão da elevada densidade
demográfica.

No que se refere ao caso específico do distrito de Mocuba, as opiniões também se


dividem, na medida em que uns autores defendem que a cultura local deve ser
aproveitada e valorizada, nomeadamente no campo da saúde, e outros defendem que
esta é um entrave ao desenvolvimento e à melhoria das condições de vida. Neste
seguimento, Abudo (2004) refere que um total de 60% da população moçambicana
depende da medicina tradicional, contra 40% da população que depende dos serviços
prestados pela medicina profissional. Segundo este autor, a valorização das práticas
tradicionais deve-se ao facto de a Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique
(AMETRAMO) se ter afirmado no campo da saúde formal. Ainda de acordo com
Abudo (2004), a AMETRAMO declara que em África, em geral, e em Moçambique, em
particular, a vida começa com o apoio da medicina tradicional na prevenção e combate
às doenças.

Muitos aspectos ligados à precária saúde deste país são fortes contribuidores para estes
baixos índices e indicadores gerais do país ao nível do desenvolvimento humano.
Concretamente no que respeita a alguns indicadores de saúde e, em particular, no caso
de Moçambique, segundo o PNUD (2008), 2,7% do PIB é gasto em despesa pública de
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saúde e 1,3% é gasto em despesa privada de saúde. Neste país, a percentagem de
crianças com menos de um ano que são vacinadas contra o sarampo é de 77% e contra a
tuberculose é de 87%. Num país onde a média nacional de prevalência de casos de
VIH/SIDA é de 16,1%, a taxa de utilização de preservativos é de 29% nas mulheres e de
33% nos homens. A taxa de prevalência de contraceptivos, entre mulheres casadas, é de
17%; e a percentagem de partos assistidos por técnicos de saúde qualificados de 48%.
Relativamente às condições de acesso (em 2004) a água e saneamento, a percentagem
de acesso sustentável a saneamento básico melhorado era de 32% e o acesso a fonte de
água melhorada era de 43%. Em qualquer país europeu e mesmo em muitos dos países
considerados com um desenvolvimento humano médio, estes valores situam-se entre os
90% e os 100% (PNUD, 2004).

Ainda de acordo com a fonte supracitada, a esperança média de vida à nascença é de 44


anos. Isto deve-se a uma série de condições de saúde e sociais muito precárias, aliadas a
uma série de doenças tropicais e infecciosas muito prevalecentes em África. Face a um
estudo no âmbito da saúde, importa incidir um pouco nestas doenças para melhor
compreendermos a realidade de Moçambique ao nível da saúde. Segundo o Ministério
do Plano e Finanças e o Ministério da Saúde de Moçambique, o perfil das doenças em
Moçambique continua a ser tipicamente o de um país em vias de desenvolvimento, com
o predomínio de doenças infecto-contagiosas como a malária, diarreias, doenças
respiratórias e, ultimamente, o VIH/SIDA.

Atendimento médico em Moçambique

Características

O actual sistema de saúde em Moçambique é bastante semelhante ao da maioria dos


países da África Subsaariana. É caracterizado por um nível primário com uma
infraestrutura muito deficiente, pessoal de saúde pouco qualificado e, infelizmente e
muito mais comum do que se imagina, requisitos básicos indisponíveis como água
canalizada, fornecimento de energia confiável, medicamentos, oxigénio, transporte
seguro ou diagnóstico e equipamento terapêutico. Por exemplo, os dados representativos
nacionais de Moçambique mostram que apenas 34% das instalações dispunham dos três
equipamentos básicos da infra-estrutura: água potável, saneamento e energia. Além

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disso, um número limitado de 42,7% das unidades sanitárias tinha disponíveis os
medicamentos prioritáriaos (Banco Mundial, 2015a). O sistema de saúde também sofre

Em Moçambique, não é tão difícil descobrir que saúde e o desenvolvimento estão


desconectados: basta verificar que 43% das crianças menores de 5 anos sofrem de
subnutrição crônica e 6% sofrem de subnutrição aguda (MOÇAMBIQUE, 2011).
Portanto, aproximadamente 50% das crianças moçambicanas são malnutridas, como
resultado direto da falta de alimentação e do subdesenvolvimento. O´Langhlin (2012) e
WHO (2012) já defenderam que o estado nutricional reflete a qualidade de vida da
população no seu todo ou de um determinado segmento populacional, e ainda
argumentaram que as crianças das áreas rurais são as mais subnutridas se comparadas às
das áreas urbanas.

Outro exemplo da desconexão entre saúde e desenvolvimento vem da Avaliação


Nacional de Necessidades em Saúde Materna e Neonatal em Moçambique 2007/2008,
que revela as principais causas de morte neonatal institucional: a prematuridade (50%),
asfixia grave (32%) e a sepse neonatal (29%). A não observância ou reconhecimento
dessa desconexão acarreta na manutenção do status quo e na valorização das condições
de pontual do crescimento de vida, em detrimento da qualidade de vida dos
moçambicanos, apesar de a saúde ter sido reconhecida como direito humano pela
comunidade internacional.

A falta do desenvolvimento em saúde em Moçambique é caracterizada, na população,


pela má qualidade de vida e pela falta de educação básica capaz de levar a população a
reconhecer minimamente medidas para prevenir determinadas doenças e como tratá-las,
apelando, dessa forma, para uma reflexão profunda e uma atitude de mudanças rápidas
na área de educação e saúde, incluindo a agricultura.

Em Moçambique, o desenvolvimento humano ainda está em situação não aceitável,


impelindo, para isso, uma rápida conexão entre a saúde e desenvolvimento, vigilância e
leituras constantes da evolução do mundo em matéria desses campos, integrando
políticas de boas práticas usadas por outros países, cuja situação já foi semelhante à de
Moçambique.

O país, por estar, aos poucos, entrando no sistema de industrialização, requer políticas
de atenção em saúde e de redistribuição da renda. A não incorporação dos aspectos da

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saúde no desenvolvimento poderá aumentar ainda mais o fosso de desigualdades sociais
entre os ricos e pobres, ao passo que a melhoria das condições de vida e de saúde poderá
reflectir-se na melhoria da qualidade de vida da população. Uma população doente
implica uma nação também com deficiência na sua evolução, o que requer maior
atenção em sectores-chave (saúde, educação), que, coordenados, melhoram o
desenvolvimento e a saúde das pessoas.

Um equilíbrio entre saúde e desenvolvimento revela maior bem-estar da população e


melhor confiança em investimentos, para além de diminuir mortes desnecessárias em
indivíduos das primeiras faixas etárias. O desenvolvimento de uma sociedade e de um
Estado proactivo faz com que as pessoas atinjam a autonomia de pensar, de fazer
escolhas e ter consciência da importância de preservar a própria saúde e a dos outros,
exercendo o seu próprio direito à saúde

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Conclusão

Chegado ao fim do trabalho conclui-se que o distrito de Mocuba efectivamente possui


uma área da saúde ainda muito frágil, mas encontra partida o desenvolvimento da
medicina contribui significativamente na redução do crescimento populacional. Foi
possível constatar que, em alguns aspectos como a prevalência de utilização de
contraceptivos, algumas vacinas desenvolvidas nos últimos anos também são apontadas
como factores que interferem directamente no crescimento Populacional. No entanto,
noutros, nomeadamente no acesso à água e saneamento melhorados e vacinas, os
indicadores apresentam valores mais favoráveis. Além disso, ainda que estes continuam
muito aquém dos valores internacionais e, como tal, não podemos dizer que esta cidade
se encontre em melhores condições do que o resto do país ou que o seu nível de
desenvolvimento humano seja mais favorável.

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Bibliografia
Abudo, S. (2004). Sessenta por cento da população depende da medicina tradicional. O
Campo.

Alves, A., Laranjo, F., Resende, (2000). Viagem – Ilha de Moçambique. Gondomar:


Fundação Júlio Resende.

Camarano, J. E. D.(2005). Mitos e realidade da dinâmica populacional. MG, 2000.


Anais. BH: Cedeplar/UFMG.

Erwin, P. (2008). Poverty in America: How public health practice can make a
difference. American Journal of Public Health,.

Floriano, A. P. (2006). As crianças e o VIH/SIDA na África Sub-Sahariana – O caso de


Moçambique.

PNUD, (2004). Relatório de Saúde em Moçambique

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